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“Holocausto Brasileiro” O HORROR DO HOSPITAL COLÔNIA ONDE TUDO ERA PERMITO “Em nome da

Razão”

Um garoto de oito anos vê uma foto


de pessoas presas em uma cela.
“Papai, o que é isso?” O pai
responde que era um lugar para
loucos. “Mas não entendi, por que
prendiam os loucos?”. O pai também
não entende.

O hospital foi inaugurado em 12 de


outubro de 1903 e seguindo padrões
europeus implantou um modelo de
atenção aos doentes mentais como as
demais instituições psiquiátricas ao longo
de todo o país. com a função de dar
assistência a doentes mentais. Mas ao
longo de sua história o hospital passou a
receber os “indesejados” – 70% internos
não tinham histórico de doença mental.

Estavam ali porque alguém os tinha declarado “loucos”. “Você pode ser meu pai?”, pergunta um garotinho,
chorando, para o fotógrafo Napoleão Xavier, que visitava
a Colônia. Uma criança louca ou uma criança
abandonada?

Uniforme usado no hospital colonia.

Tragédia: Silvio Savat, 11 anos, interno do


Hospital Colônia de Barbacena. Filho dos
ciganos André Savat e Nair Ostite, foi
criado na ala feminina do hospital. Vestido como menina, Silvio aparece na imagem com o corpo coberto de
moscas, 1979. ©Napoleão Xavier

Dentre todas as violências possíveis, a omissão talvez seja a forma mais perturbadora, porque é silenciosa e
permite que os estragos perdurem por anos.
Só a omissão foi capaz de permitir que 60 mil brasileiros morressem dentro
do Hospital Colônia, em Barbacena (MG). Um genocídio no maior hospício
do Brasil.

Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de


medicina, e as ossadas comercializadas.
Estima-se de 60 mil pessoas tenham morrido e quase 2000
corpos tenham sido vendidos.

Do que somos capazes de fazer quando


temos poder?
Amontoados em um trem, chegavam
Marias, Josés, Silvios, Antônios, Elzas. Eram
pessoas tristes, pessoas tímidas,
epilépticos, alcóolatras, homossexuais,
prostitutas, meninas grávidas pelos
patrões, mulheres trancadas pelos maridos,
moças que perderam a virgindade antes do casamento, crianças rejeitadas pelos pais por não serem
perfeitas.

No arquivo do Museu da Loucura


existe uma documentação composta
por livros de registro de entrada de
pacientes, totalizando 108 livros,
referente ao período de 1903 a
1970.

Em 1958, começaram as primeiras


denúncias. como a famosa matéria “Nos porões
da loucura”. Foi feito também um documentário
chamado Em Nome da Razão
Essas denúncias demoraram quase duas décadas
para começar a surtir efeito. Somente em 1980, o
hospital foi fechado. Profissionais da área da
saúde mental e direitos humanos começaram a
se manifestar. Em 1987 foi instituído o dia 18 de
maio como Dia da Luta Antimanicomial.
Como as coisas demoram, foram 10 anos de
discussão para somente após 10 anos, em 2001,
ser assinada a Lei 10216, conhecida como Lei Antimanicomial.

Uma realidade que torna normal o tratamento indigno dos


“anormais”. Segrega aquilo que não reconhece em si, e
transfere a carga para o outro.
Chama de louco aquele que se arrasta pelo hospício, com
olhar vago e sons irreconhecíveis. Declara sãos aqueles que
impõem sofrimento.
Por muitos anos a doença mental veio acompanhada da
palavra “perigo”, e este foi o argumento para que milhares
de pessoas fossem trancafiadas. Ainda hoje esta equivocada
noção leva a reações despreparadas da polícia diante de
pessoas com problemas mentais e ao estigma de que uma
pessoa com problema de saúde mental é violenta e perigosa.
O neurocientista Kent Kiehl lhe deu uma sugestão: "A melhor
maneira de eliminar a crença de que pessoas com problemas
de doença mental são violentas é ajudá-las para que não
sejam violentas."
As condições a que eram submetidos os pacientes eram a mais degradantes possíveis. Banhos gelados,
eletrochoque, lobotomia. Não havia dignidade. Não havia cuidado. Não havia esperança. O hospital chegou
a ser comparado a um campo de concentração nazista por um psiquiatra italiano que o visitou

. Aparelhos de eletrochoque
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Um garoto de oito anos vê uma foto de pessoas
presas em uma cela. “Papai, o que é isso?” O pai
responde que era um lugar para loucos. “Mas
não entendi, por que prendiam os loucos?”. O pai
também não entende.
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O hospital foi inaugurado em 12 de outubro de


1903 e seguindo padrões europeus implantou um
modelo de atenção aos doentes mentais como as
demais instituições psiquiátricas ao longo de
todo o país. com a função de dar assistência a
doentes mentais. Mas ao longo de sua história o
hospital passou a receber os “indesejados” –
70% internos não tinham histórico de doença
mental.
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Estavam ali porque alguém os tinha declarado
“loucos”. “Você pode ser meu pai?”, pergunta um
garotinho, chorando, para o fotógrafo Napoleão
Xavier, que visitava a Colônia. Uma criança louca
ou uma criança abandonada?
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Uniforme usado no hospital colonia.


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Tragédia: Silvio Savat, 11 anos, interno do
Hospital Colônia de Barbacena. Filho dos ciganos
André Savat e Nair Ostite, foi criado na ala
feminina do hospital. Vestido como menina, Silvio
aparece na imagem com o corpo coberto de
moscas, 1979. ©Napoleão Xavier
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Dentre todas as violências possíveis, a omissão
talvez seja a forma mais perturbadora, porque é
silenciosa e permite que os estragos perdurem
por anos.
Só a omissão foi capaz de permitir que 60 mil
brasileiros morressem dentro do Hospital
Colônia, em Barbacena (MG). Um genocídio no
maior hospício do Brasil.
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Seus cadáveres foram vendidos para faculdades
de medicina, e as ossadas comercializadas.
Estima-se de 60 mil pessoas tenham morrido e
quase 2000 corpos tenham sido vendidos.
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DO QUE SOMOS CAPAZES DE FAZER QUANDO
TEMOS PODER?

Amontoados em um trem, chegavam Marias,


Josés, Silvios, Antônios, Elzas. Eram pessoas
tristes, pessoas tímidas, epilépticos, alcóolatras,
homossexuais, prostitutas, meninas grávidas
pelos patrões, mulheres trancadas pelos maridos,
moças que perderam a virgindade antes do
casamento, crianças rejeitadas pelos pais por não
serem perfeitas.
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No arquivo do Museu da Loucura existe uma
documentação composta por livros de registro de
entrada de pacientes, totalizando 108 livros,
referente ao período de 1903 a 1970.
Em 1958, começaram as primeiras
denúncias. como a famosa matéria “Nos porões
da loucura”. Foi feito também um documentário
chamado Em Nome da Razão
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Essas denúncias demoraram quase duas décadas
para começar a surtir efeito. Somente em 1980, o
hospital foi fechado. Profissionais da área da
saúde mental e direitos humanos começaram a
se manifestar. Em 1987 foi instituído o dia 18 de
maio como Dia da Luta Antimanicomial.
Como as coisas demoram, foram 10 anos de
discussão para somente após 10 anos, em 2001,
ser assinada a Lei 10216, conhecida como Lei
Antimanicomial.
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Uma realidade que torna normal o tratamento
indigno dos “anormais”. Segrega aquilo que não
reconhece em si, e transfere a carga para o
outro.
Chama de louco aquele que se arrasta pelo
hospício, com olhar vago e sons irreconhecíveis.
Declara sãos aqueles que impõem sofrimento.
Por muitos anos a doença mental veio
acompanhada da palavra “perigo”, e este foi o
argumento para que milhares de pessoas fossem
trancafiadas. Ainda hoje está equivocada noção
leva a reações despreparadas da polícia diante de
pessoas com problemas mentais e ao estigma de
que uma pessoa com problema de saúde mental
é violenta e perigosa.
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O neurocientista Kent Kiehl lhe deu uma
sugestão: "A melhor maneira de eliminar a
crença de que pessoas com problemas de doença
mental são violentas é ajudá-las para que não
sejam violentas."
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As condições a que eram submetidos os
pacientes eram a mais degradantes possíveis.
Banhos gelados, eletrochoque, lobotomia.
NÃO HAVIA DIGNIDADE. NÃO HAVIA CUIDADO.
NÃO HAVIA ESPERANÇA.
O hospital chegou a ser comparado a um campo
de concentração nazista por um psiquiatra
italiano que o visitou
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TRABALHO SAÚDE MENTAL: REFORMA PSIQUIÁTRICA


TEMAS: O HOLOCAUSTO BRASILEIRO / EM NOME DA RAZÃO
PROFESSORA: ARIANE TURMA: 76M
NOMES:
 EVELYN LUIZA - 10
 HELOISA OLIVEIRA - 15
 JULLY ISABELLY – 21

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