Como Pássaros Perdidos

05/11/2018 Imprimir - História Como pássaros perdidos - Capítulo 1 - Spirit Fanfics
Como pássaros perdidos

Autor(es): iambyuntiful
Sinopse
[KAISTAL || FLUFFY] Jongin e Soojung construíram uma história ao lado um do outro, mas a vida
os levou para caminhos diferentes e agora, em novos relacionamentos e completamente infelizes
com suas vidas, reencontram-se dois anos depois em uma sexta à noite qualquer para falar a respeito
do passado e de todos os anseios que dividem.
Aviso Legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das
situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma
ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual.
História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as
imagens dos artistas.
1. Capítulo único - Você sempre pode voltar ao seu ninho
Notas do Autor
Hey there~!
No último feriado eu estava ouvindo The Script novamente e plotei essa fanfic. Resolvi deixar de
lado para terminar Primo Aspecto e agora, depois de terminada a longfic e respeitado meu período
de luto por ela n, escrevi CPP em uns dois dias. Faz um tempo que eu queria escrever alguma coisa
com esse casal e que fosse feliz (diferente de Unsaid things uahueuaheua); não é a coisa mais feliz
do mundo, mas to no caminho, certo?
A capa foi feita pela lindíssima da Fane (@woyifane) e tá LINDÍSSIMA DEMAIS, amem a capa e
a capista, por favor. O título também foi dado pela Lua (@LunaDo) e não poderia combinar mais,
obrigada nenê <3 Não foi betada, então caso vocês encontrem algum erro me avisem, certo?
Espero que gostem e boa leitura~!
COMO PÁSSAROS PERDIDOS
Capítulo único – Você sempre pode voltar a seu ninho.
[Trying to make it work but man these times are hard

But we're gonna start by drinking old cheap bottles of wine
https://www.spiritfanfiction.com/historia/imprimir/14758137/capitulo1 1/16
Sit talking up all night

Saying things we haven't for a while, a while yeah
We're smiling but we're close to tears
Even after all these years
We just now got the feeling that we're meeting
For the first time]
For the first time – The Script
Soojung não esperava encontrar logo ele naquele lugar.
Era sexta à noite e queria se livrar um pouco do estresse de seu dia-a-dia; não estava mais
conseguindo dar conta de sua mente cansada e tudo que lhe dizia para desistir do que estava
fazendo, que insistir não traria nenhum retorno, que já era uma luta perdida. Contudo, Soojung era
teimosa demais para aceitar mais uma derrota e continuava insistindo.
E continuava e continuava e continuava, mesmo que soubesse que estava fadado ao fim.
Na verdade, ele era a principal causa de sua obstinação. Não aceitava perder mais uma vez
como havia perdido com ele; precisava fazer com que as coisas dessem certo dessa vez, precisava
provar que não era um caso perdido e que conseguiria consertar tudo ao menos agora, para provar a
todos – que, na verdade, era apenas ela – que ele não tinha levado consigo aquilo que possuía de
melhor.
Sua coragem.
Contudo, Soojung sabia seus limites e sabia o quão perto estava deles. Era horrível se sentir
desse jeito, ela sabia, mas não conseguia impedir a si mesma de continuar no mesmo erro porque
desistir era pior do que continuar tentando. Quando percebeu que estava tão perto do limite que
havia imposto para si mesma, percebeu também que era o momento de dar uma pausa.
Não estava desistindo. Estava tentando encontrar a si mesma, o que era diferente. Precisava
encontrar-se novamente se queria que alguma coisa desse certo.
E Soojung tinha o leve pressentimento de que algo estava prestes a acontecer e que levaria
sua vida para uma nova direção – ruim ou boa, ela não saberia dizer, mas seus pressentimentos
nunca estavam errados.
Quando escolheu aquele bar – por pura nostalgia, respeitando pelo menos uma vez o
sentimento de saudade que ainda a habitava –, esperava encontrar qualquer coisa, menos ele.
Kim Jongin continuava tão bonito quanto se recordava de tê-lo visto na última vez em que
se encontraram, dois anos antes. Os cabelos rebeldes ainda lhe davam um ar jovial, como se não
tivesse abandonado a adolescência onde era tão cobiçado por tantas garotas, inclusive ela. Soojung
ainda se recordava de como ficara feliz quando o capitão do time de futebol a convidara para sair,
parecendo tão tímido quanto ela mesma.
Olhá-lo depois de tanto tempo fazia com que seu coração se apertasse em saudades; Jongin
não a pertencia há anos, não fazia sentido que se sentisse dessa forma depois de tanto tempo, mas
não conseguia mandar em seu coração. Embora houvesse outras prioridades em sua vida nesse
momento, Soojung sabia que havia uma parte de si que sempre responderia a Jongin.
Desviou o olhar de onde o moreno estava, na esperança de que ele não a notasse e seguisse
seu caminho. Quem sabe Jongin gostasse de ficar no balcão, bem longe da mesa no canto do
estabelecimento que havia escolhido; quem sabe ele estivesse em um encontro e não pudesse ter
tempo para ela – nem mesmo sabia se era isso o que queria que acontecesse, mas, se fosse
necessário, estava disposta a suprimir as vozes em sua cabeça.
Estava disposta a tudo, mas sabia que estava tudo perdido quando ouviu passos em sua
direção. Obviamente não era nenhum tipo de garçom e Soojung amaldiçoou a própria existência.
Maldita fora a hora em que resolvera sair de sua casa.
Manteve seu olhar no copo à sua frente, o indicador bailando pelas bordas do recipiente
como se estivesse distraída, mas a tensão que havia se instalado em seus ombros pesava uma
tonelada. Tentou se esconder em seus cabelos louros, tão diferentes de quando estava namorando
Jongin, na esperança de que ele pudesse perdê-la de vista ou pensar que era outra pessoa.
Contra todas as suas expectativas, Jongin puxou uma cadeira e sentou-se à sua frente com
um olhar tão curioso quanto saudoso. Soojung simplesmente não podia resistir àqueles olhos como
não havia conseguido resistir anos antes. Estava perdida antes mesmo que ele abrisse a boca, como
sempre fora entre os dois.
“Soojung”, Jongin a chamou, parecendo saborear a forma como a palavra deslizava por sua
língua. Também parecia nostálgico pela forma como a encarava sem parar. “De todas as pessoas no
mundo que pensei em encontrar, você por aqui é a última delas.”
“Engraçado”, Soojung respondeu, jogando os cabelos para trás; que utilidade teriam agora
que ele já sabia que era ela? “Eu estava pensando exatamente a mesma coisa.”
Jongin deu um meio sorriso, o mesmo sorriso que a conquistava todos os dias alguns anos
atrás. Uma pena que não fosse mais a mesma Soojung que se encantara por aquela curva em seu
rosto. “Você costumava dizer que o destino escreve certo por linhas tortas e eu nunca acreditei”, ele
comentou, “mas me vejo forçado a concordar agora.”
Soojung queria desesperadamente soar tão impessoal como Jongin estava – como se fossem
apenas velhos conhecidos dos tempos do ensino médio, como se pudessem partilhar algumas
histórias e alguns drinks, algumas boas risadas e seguiriam seus caminhos –, mas era impossível. A
presença de Jongin a deixava tensa de uma forma que não havia imaginado ser possível.
Pensara que estava imune a todos os efeitos de Kim Jongin, mas bastava estar sozinha com
ele novamente depois de anos para perceber que tudo o que fizera foi enganar a si mesma. Nunca
estivera imune.
“O acaso do destino às vezes consegue realmente nos surpreender de formas que nunca
esperamos”, Soojung concordou mais uma vez. “Que ventos o trazem aqui, Jongin?”
Jongin não respondeu de início, o que talvez significasse que não estava tão confortável
assim como a garota havia pensado. Os olhos escuros se perderam no horizonte por um momento,
como se estivesse analisando alguma coisa, como se estivesse escolhendo sua próxima bebida, como
se a história fosse longa demais para uma noite só. Soojung não se importava; o que mais tinha em
sua vida, agora tão próxima do limite, era tempo.
Estava curiosa para saber do destino de seu ex-namorado e ninguém poderia julgá-la por
isso, afinal.
“Acho que a soma de diversos fatores”, Jongin deu de ombros, “alguns mais relevantes que
outros, mas todos foram meu estopim.”
A garota não entendeu o que ele queria dizer com aquilo e permaneceu em silêncio
esperando que Jongin dissesse mais alguma coisa. O rapaz não correspondeu às suas expectativas,
voltando a olhar para os lados como se procurasse por alguma coisa, mas não soubesse o que.
Soojung não queria ser a pessoa a perguntar demais, mas Jongin estava dando-lhe respostas de
menos.
“Você pode me contar os seus motivos”, Soojung voltou a dizer, “sempre pôde me contar
qualquer coisa.”
Um breve riso passou pelos lábios de Jongin, como se estivesse se recordando de alguma
piada. “Menos naquele momento, não é?”, ele devolveu. Soojung sabia que ele estava certo; fora um
erro insistir. “Tudo bem, vou te contar. Não é como se fosse o grande segredo de estado o quanto a
minha vida está uma merda.”
Essa definitivamente era uma surpresa gigante para a Jung. Como Jongin poderia estar tendo
dias ruins quando tudo em sua vida era maravilhoso quando o conheceu? As pessoas o amavam,
tinha um futuro promissor na faculdade que entraram juntos, estava em um emprego estável e tinha
bons amigos ao seu lado. Como algo nisso tudo poderia estar dando errado?
Refreou a própria língua antes que se traísse e o perguntasse à respeito. Jongin dissera que
iria lhe contar tudo, então esperaria até que a iniciativa partisse do lado do rapaz. Mal tinham
começado a conversar e já havia se queimado o suficiente com ele mais uma vez graças à sua pressa
em saber de tudo.
Jongin demorou um pouco para voltar a falar – talvez estivesse buscando as palavras certas
para dizer tudo que estava acontecendo em sua vida nos dois anos em que Soojung e ele se evitaram
mutuamente. Era tanta coisa ao mesmo tempo que temia não saber por onde começar.
“Acho que meu principal motivo é o Kyungsoo”, Jongin resmungou depois de um tempo, ao
perceber qual era o início de seus problemas. Aquela pessoa que jurara que não seria um problema e
que acabou tornando-se o principal entre todos. “Os outros provavelmente se tornaram
consequências dele.”
É claro que Soojung sabia quem era Do Kyungsoo.
Mesmo depois do término com Jongin, Soojung ainda sabia de uma ou duas coisas a
respeito da vida do mais novo e sabia que, alguns meses depois que terminaram, Jongin havia
encontrado uma nova pessoa para estar ao seu lado. Seria mentira se dissesse que não ficara
machucada com isso porque Jongin fora o amor da sua vida por anos e em meses ele a substituiu,
mas entendia que ele não mais a pertencia e torcia para que ele desse certo com essa nova pessoa.
A nova pessoa era Do Kyungsoo e fizera parte da turma de Administração de seu ex-
namorado. Sabia que os dois eram bons amigos em classe, mas que nunca mantiveram muito
contato fora dela porque Kyungsoo era uma pessoa de poucas palavras e poucos amigos. Não
entendia o que havia unido aqueles dois, mas torcia pela felicidade de Jongin, mesmo que não fosse
mais ao seu lado.
Os dois já estavam namorando há um ano e meio e Soojung nunca poderia imaginar que
havia problemas no paraíso.
Bom, houve problemas em seu paraíso, certo? Por que não haveria no de Kyungsoo?
“O que aconteceu entre vocês?”, Soojung perguntou cuidadosa. Talvez estivesse entrando
em um terreno perigoso agora. “Não me pareciam ter problemas.”
“O que você sabia sobre nós quando me evitou desde que terminamos, Krystal?, Jongin
devolveu a pergunta, utilizando-se do antigo apelido que só ele continuou a usar depois que saíram
da escola. O uso do apelido lhe trouxe uma carga de nostalgia que não estava esperando, mas
manteve-se quieta; não queria ser a única a sentir saudades. “Eu também pensei que não teria
problemas com Kyungsoo desde que começamos, mas... É difícil. É muito complicado lidar com
ele.”
Soojung se recordava de quando Jongin a chamava de complicada e que não sabia lidar
consigo. Isso quase a fez rir por um momento – talvez seu ex-namorado tivesse um dedo ruim para
escolher seus parceiros de vida e não tivesse percebido isso até então.
“Você pode me contar, então, já que eu não sei de nada”, Soojung deu de ombros. Era
verdade que o tinha evitado desde o término, mas Jongin também não fizera nenhum esforço em
encontrá-la.
Jongin suspirou. Parecia um tema pesado para se tratar e do qual ele queria se livrar logo,
mas estava preso a ele. Soojung o entendia melhor do que gostaria, recordando-se de seus próprios
motivos para estar naquele bar sexta-feira à noite.
“Kyungsoo é uma pessoa muito prática”, Jongin respondeu depois de um suspiro, “e às

vezes é difícil lidar com ele porque ele parece pensar que nosso relacionamento funciona da mesma
forma que as contas dele. Ele se irrita quando algo dá errado e quando pensa que não estou dando
suporte necessário na vida dele, se irrita quando proponho que façamos algo diferente porque estou
cansado da mesmice, se irrita quando não digo nada porque tenho receio de irritá-lo. É como viver
todos os dias pisando em ovos porque eu nunca sei quando vai ser o momento em que vou irritá-lo
novamente.”
Soojung realmente deveria saber que nem tudo é o que parece ser; seus amigos que ainda
mantinham Jongin como amigo em comum disseram-lhe que os dois pareciam funcionar bem, que
se comunicavam através de olhares e que Jongin estava sempre sorrindo quando estava ao lado de
Kyungsoo. Talvez não tivessem conseguido enxergar através da máscara que ele havia erguido para
fazer seu relacionamento funcionar.
Se Soojung estivesse lá, ela teria conseguido enxergar. Não havia nada que não enxergasse
em Jongin.
“Eu não imaginava que teriam tantos problemas assim”, comentou.
“Não é como se todos nós quiséssemos sair mostrando os defeitos dos nossos
relacionamentos, não é?”, Jongin deu de ombros. “Eu tento fazer funcionar, tento diverti-lo da forma
como sei, mas parece que nada adianta e que ele vive em um modo automático. Eu passei a me
afundar no meu trabalho para escapar do tempo que teria com ele porque essa era uma desculpa
melhor do que permanecer em casa esperando que ele volte e nós briguemos mais uma vez. Quando
não estou me matando no meu trabalho, eu estou com o TaeOh.”
Soojung engoliu em seco a menção de TaeOh. Aquele era um laço que dividia com Jongin e
que era impossível de quebrar; talvez fosse também a lembrança mais querida que tinha do moreno,
o pedaço que havia restado dele que mais amava em sua vida e a única coisa da qual nunca iria se
arrepender. Seu pequeno TaeOh.
Jongin percebeu o silêncio de sua ex-namorada à menção do garoto e perguntou-se o que se

passava em sua mente. Mal a tinha reencontrado e já tinha jogado todos seus problemas à mesa, sem
se perguntar o que havia feito com que uma garota como Soojung viesse àquele bar. Não fazia o seu
tipo, percebeu um pouco tarde demais, e algum motivo ela deveria ter.
Resolveu investigar de forma calma, para não assustá-la. Uma Soojung arisca era uma
Soojung que não revelava nada.
“Como ele está, aliás?”, Jongin perguntou. “Faz alguns fins de semana que não consegui vê-
lo, me desculpe por isso.”
“Está tudo bem”, Soojung respondeu. “Ele sente a sua falta e está me perguntando nos
últimos dias quando você irá vê-lo. Ele está na casa da minha mãe hoje para que eu pudesse vir aqui.
Não queria deixá-lo em casa com... Ele.”
Jongin trincou seu maxilar à menção dele. Sabia bem de quem Soojung estava falando
porque TaeOh poderia ter apenas três anos, mas era muito comunicativo e dizia-lhe tudo a respeito
do homem que morava agora com ele e a mamãe e de como ele era.
“TaeOh me contou algumas coisas sobre ele”, Jongin respondeu. “Do jeitinho dele, mas
contou.”
Soojung se perguntou que tipo de coisas TaeOh poderia ter dito a Jongin.
“TaeOh não gosta muito do Yixing”, Soojung encolheu os ombros ao dizer, “mas ele é só
uma criança e Yixing não leva jeito com elas. Não é como se ambos se detestassem, eu só... Não
gosto de deixá-los sozinhos porque não quero ambos desconfortáveis e TaeOh gosta muito de estar
com a minha mãe. Ela o mima demais, tal como você.”
Soojung não queria dizer que não deixava TaeOh ao lado de Yixing porque o chinês
detestava seu filho. Não queria dizer a Jongin que Yixing sempre a dizia que havia uma parte dele
naquela casa porque TaeOh era idêntico ao pai e de como isso o irritava porque ela nunca era
plenamente dele. Sempre haveria uma parte de Jongin para roubá-la de si e não queria pagar para
ver o que Yixing poderia fazer com aquela parte de seu ex-namorado.
Sabia que o chinês nunca encostaria em seu filho. Yixing poderia ser ciumento e possessivo
como era, mas nunca encostaria em TaeOh porque Soojung acabaria com sua vida se visse um único
machucado em seu garoto. Porém, ainda não era uma boa ideia deixá-los sozinhos porque
machucados físicos não eram seu único receio.
Jongin observou cada momento de silêncio da ex-namorada, como se estivesse pensando

muito longe de onde estavam, como se buscasse por respostas para as perguntas que não sabia como
formular. Sua mente parecia perdida em problemas que Jongin sequer imaginava quais eram, mas
estava disposto a ouvi-la também. Às vezes, tudo que se precisa é de um ombro amigo, mesmo que
viesse de seu passado.
“Por que você está aqui, Krystal?”, Jongin a perguntou. Soojung se assustou com a pergunta
repentina, mas se recompôs em seguida. Sabia que esse momento chegaria uma hora ou outra. “Você
não é o tipo de garota que vem a bares à noite.”
“Talvez eu também tenha mudado nesses anos em que você não me vê”, Soojung o
respondeu. “Você não é o único que passou por problemas, Kai.”
O apelido escapava por sua língua de forma prazerosa, quase nostálgica, recordando-a dos
bons momentos em que foram apenas Krystal e Kai, escondidos em seus pseudônimos para ser as
pessoas que queriam ser. Ao lado um do outro, sempre foram livres demais para se prender a alguma
coisa e talvez esse tenha sido o motivo que havia os levado ao fim.
Agora que estavam separados, encontraram suas respectivas gaiolas.
“Você também pode me contar os seus problemas, se você quiser”, Jongin se ofereceu,
usando as mesmas palavras usadas anteriormente por sua ex-namorada.
Soojung lançou um pequeno sorriso de canto pela forma como fora pega. “Os meus
problemas são iguais ao seus, eu imagino. Yixing é o maior de todos eles e a causa de todos os
outros.”
Jongin devia ter imaginado.
Zhang Yixing era um chinês que entrara na vida de sua ex-namorada pouco tempo depois
que começara a namorar Kyungsoo. Alguns amigos em comum o contaram de como Yixing
começara a cortejá-la quando percebeu que estava solteira e de como Soojung fora resistente a cada
investida, até que começasse a abaixar sua guarda e o deixasse entrar em sua vida.
À época, Jongin não sabia o que Yixing poderia ter usado para conquistá-la, mas não
precisava ser nenhum gênio para saber que usara TaeOh como uma de suas armas. Quando
terminaram o relacionamento de anos que mantinham, TaeOh tinha apenas um ano e Soojung nunca
deixaria que alguém se aproximasse de si que também não quisesse bem a seu filho.
Também não era necessário ser nenhum gênio para saber que Yixing havia mentido.
“O que ele fez?”, Jongin quis saber.
Soojung olhou para baixo antes de respondê-lo, como se analisasse suas opções. Seria uma
boa ideia permitir que Jongin entrasse nessa parte de sua vida novamente? A garota não tinha
certeza, mas que mal podia fazer, não é? Não é como se Jongin quisesse vê-la arruinada ou
certamente teria sentado à sua mesa apenas para rir de sua cara ao invés de contar-lhe seus
problemas também.
“Yixing é... Um pouco controlador demais”, Soojung suspirou. “É difícil também lidar com
ele porque não sei quando ele está sendo uma bomba relógio ou não, sabe? Ele está feliz ao meu
lado, sorrindo a cada momento e, de repente, está irritado em um nível que sei que qualquer coisa
que eu disser será motivo contra mim. São nesses momentos que não quero deixar TaeOh com ele.”
“O que me leva a crer que agora seja um desses momentos”, Jongin presumiu.
Soojung acenou com a cabeça de forma positiva. “Eu vim até aqui porque eu queria respirar
um pouco, sabe?”, a garota continuou. “Ele é muito ciumento e acha que tudo pode me roubar dele e
às vezes é horrível para fazê-lo perceber que quem decide por quanto tempo estaremos juntos somos
nós dois. Eu estava me sentindo sufocada em casa, então deixei TaeOh com minha mãe e vim para o
primeiro lugar em que pensei que ele nunca me procuraria.”
“Porque Jung Soojung nunca estaria nesse bar”, Jongin disse, “a menos que fosse um
momento desesperado.”
“Acho que esse é um bom momento de desespero, não é?”, Soojung deu de ombros. “A
minha vida mudou bastante desde que Yixing entrou nela e eu só... Não sei se é o rumo que eu
gostaria que ela tivesse tomado, entende?”
A forma como sua voz soava quebradiça doía quase fisicamente em Jongin. A Soojung que
tinha conhecido na época do colégio era forte e independente, apesar de tímida. Não se deixava
intimidar por ninguém e, depois que começaram a namorar, nunca deixou que erguesse a voz contra
ela sem que fizesse o mesmo consigo. Estiveram sempre em pé de igualdade em seu relacionamento
e era o que mais amava em estar com a Jung.
Krystal era inquebrável e invencível e saber que alguém tinha conseguido quebrar um pouco
de sua armadura fazia Jongin odiá-lo. Zhang Yixing não tinha o menor direito – não porque ela era
sua ex-namorada, não porque ela era a mãe de seu filho, mas porque Soojung deveria estar alçando
voo todos os dias e não aprisionada em uma gaiola.
Pensou em perguntá-la o motivo de ainda estar com Yixing mesmo com todos esses
problemas e porque nunca pensara em deixá-lo para trás, mas refreou-se em seguida. Quem era ele
para poder dizer alguma coisa quando Kyungsoo também cortara suas asas e o aprisionara em uma
gaiola tal como Yixing fizera? Como poderia cobrar algo de sua ex-namorada quando não tinha
forças para fazer o mesmo por si?
Era a mesma pergunta que se passava pela cabeça da mulher. Não sabia como sair das garras
de Yixing de forma pacífica, sem que maiores problemas fossem causados pela sua vontade de
desistir de tudo o que tinham, mas queria entender por que Jongin ainda estava preso quando a
liberdade fazia parte de quem ele era, desde o sorriso que amava até os movimentos de dança que a
cativara.
Estavam ambos presos em gaiolas que nunca quiseram estar, mas que agora também não
tinham a menor ideia de como sair.
“Parece que não estamos tão felizes como gostaríamos de estar, não é?”, Jongin quebrou o
silêncio formado entre os dois depois que pararam para pensar em seus respectivos problemas. “Não
era como eu esperava reencontrar você.”
“Não esperava reencontrá-lo tão cedo, para ser sincera”, Soojung respondeu, dando de
ombros. Jongin ergueu uma sobrancelha em curiosidade. “Não me olhe com essa cara. Você também
fugiu de mim por esses dois anos.”
“Eu pensei que você não quisesse me ver e eu não queria forçar a barra com você”, Jongin
explicou. “Eu não entendi porque você se afastou primeiro, então só resolvi acatar o pedido
implícito. Nunca questionei a sua mãe porque todas as vezes em que eu precisava pegar o TaeOh era
com ela que ele estava.”
Como Soojung poderia explicar que passara a evitá-lo porque voltar a olhar para Jongin
reacendia todos os sentimentos que tivera por ele em outro momento de sua vida? Como poderia
explicar que passara a evitá-lo porque não mais podia tê-lo, porque ele já pertencia a Kyungsoo e
sua chance fora perdida? Como poderia fazê-lo entender sem que pensasse que estava nostálgica de
tudo que viveram?
Acostumou-se de tal forma a viver desse jeito que passou a ser natural não estar presente
todas as vezes em que Jongin aparecia em sua vida. TaeOh era um elo que a uniria permanentemente
ao moreno, mas sua mãe nunca reclamou de ser a intermediária entre os dois e Soojung acostumou-
se a não vê-lo porque Jongin não parecia procurá-la da mesma forma.
Não tinha certeza se queria descobrir os motivos de Jongin não tê-la procurado também.
“Talvez nós tenhamos errado em algumas coisas nesses últimos anos”, Soojung admitiu.
“Acho que erramos desde o início, Krystal”, Jongin suspirou. “Onde foi que nós nos
perdemos? Por que é que nós terminamos?”
Soojung não tinha uma resposta pronta para esse questionamento porque, se fosse sincera
com Jongin, diria que estava se perguntando a mesma coisa nos últimos tempos. Enquanto a vida ao
lado de Yixing se tornava cada vez mais insustentável com o sentimento de posse do chinês em
relação a ela, a garota Jung se perguntava insistentemente o que fizera de errado com Jongin.
Era bom saber que o mesmo questionamento se passava pela cabeça do Kim. Era bom saber
que a vida ao lado de Kyungsoo não era melhor do que estar ao seu lado. Era bom saber que Jongin
ainda pensava em si na mesma frequência em que pensava nele e era bom saber que não era a única
que queria voltar ao passado de vez em quando.
Ao menos se eles pudessem...
“Eu não sei”, Soojung respondeu depois de um tempo, com um sorriso triste enfeitando os
lábios carmesins. “Nós já não estávamos tão bem quando eu estava grávida do TaeOh e brigamos
muito depois que ele nasceu, mas... Eu gostava do que nós tínhamos. Não sei porque terminamos.”
“Acho que descontamos nossas frustrações e medos do futuro com relação ao TaeOh nos
momentos errados e nas pessoas erradas”, Jongin respondeu. “Eu não precisava ter trazido tanta
coisa do trabalho para casa também quando você precisava do meu apoio.”
“Eu deveria ter compreendido melhor o seu lado em saber que estava fazendo o melhor por
nós três enquanto eu não podia ajudá-lo”, Soojung se apressou em remendar, como se Jongin
assumir a culpa sozinha fosse uma espécie de crime.
“Nós deveríamos ter pensado melhor, tentado mais vezes antes de termos desistido um do
outro como fizemos”, Jongin comentou. “Às vezes eu paro e penso em como seria a minha vida se
eu ainda estivesse com você e eu me vejo muito mais feliz do que sou hoje.”
Soojung tomou um passo de coragem e apanhou a mão de Jongin em cima da mesa,

apertando-a contra a sua própria, enquanto olhava-o com um sorriso bonito no rosto. Sentia-se tão
bem por saber que seu ex-namorado também sentia falta de seus tempos juntos que aliviava um
pouquinho as sensações ruins que a dominavam há muitos dias sem cessar.
“Não sei se ajuda muito ficarmos pensando no passado dessa forma, mas é bom saber que eu
não sou a única que pensa dessa forma”, Soojung revelou. “Às vezes eu paro e me pergunto também
onde estaríamos se ainda estivéssemos juntos e sei que estaríamos bem, de qualquer forma. Nós
sempre achamos um jeito de ficarmos bem mesmo nos piores momentos.”
Dois anos poderiam ter se passado e podia ter outra pessoa em sua vida agora assim como
havia na vida dela, mas Jongin continuava apaixonado por aquele sorriso pequeno, quase
imperceptível, que Soojung insistia em manter no canto dos lábios, como quem sabe que tem seu
charme no mistério de sua existência. Nesse momento em que o via novamente depois de anos,
Jongin podia jurar que nunca se sentira tão apaixonado.
“Me consola, ao menos, saber que não terminamos por falta de amor”, Jongin encolheu os
ombros, sem nunca deixar que Soojung soltasse sua mão. Deus sabia quanto sentia falta de sua ex-
namorada e o quanto seu toque era reconfortante. “Talvez tenhamos terminado pelo excesso dele
porque sabíamos que estávamos nos destruindo.”
“Parecia uma boa ideia àquela época”, a garota concordou. “Não sei dizer se agora ainda é.”
Jongin escolheu não responder nada porque tudo o que se passava em sua cabeça eram
respostas negativas; não, não era a melhor ideia que estivessem separados; não, não era a melhor
ideia que estivessem com outras pessoas quando claramente estavam infelizes ao lado delas; não,
não era a melhor ideia que estivessem abdicando de seus momentos juntos por uma decisão mal
pensada do passado.
Contudo, como poderia esperar que Soojung pensasse o mesmo? Talvez sua ex-namorada
apenas estivesse se sentindo nostálgica ao vê-lo, pensasse no passado com carinho pelas escolhas
que fizeram e as decisões que não tomaram, mas não mudasse em nada tudo que viveram. Talvez
Jongin fosse o único com a vontade urgente de refazer seus passos e tê-la de volta ao seu lado e não
podia esperar que o sentimento fosse recíproco.
Soojung, por sua vez, preferiu o silêncio para memorizar os traços de Jongin novamente.
Deus sabia quando voltariam a se ver, quando isso aconteceria graças aos ciúmes excessivos de
Yixing em relação a tudo que envolvia Jongin, e queria ter certeza de que ainda o teria em sua
memória tão vivo quanto nos momentos que partilharam juntos. As expressões de Kim Jongin
sempre foram as suas favoritas.
A forma como seu cabelo caía displicente em sua testa, os vincos próximos às sobrancelhas
quando estava pensando muito em algo, os olhos bonitos e bem desenhados, o nariz tão perfeitinho e
a boca da qual tinha tanta saudade. Tudo em Jongin era perfeito e tudo em Soojung gritava em
saudades, mas precisava se contentar em saber que os anos ao lado dele foram os melhores de sua
vida, mas já não os tinha mais.
O silêncio falava muito mais do que qualquer palavra na troca de olhares que ainda
sustentavam. O silêncio falava muito sobre suas vontades, sobre os desejos que reprimiam, mas
tanto sobre todas as impossibilidades que os mantinham presos onde estavam. Ambos queriam
tanto, mas talvez a vida não fosse feita apenas de querer.
“Eu... Eu preciso ir embora”, Jongin disse, pigarreando em seguida para clarear sua voz; não
queria que Soojung visse o quanto era difícil se despedir uma segunda vez. “Foi muito bom rever
você depois de tanto tempo, Krystal, de verdade. Não suma mais desse jeito.”
“Eu vou tentar”, Soojung deu um pequeno sorriso e um último aperto em sua mão antes de
deixá-lo ir. “TaeOh estará esperando você também.”
“Eu vou vê-lo nesse final de semana, diga a ele que estou morrendo de saudades”, Jongin
respondeu, um sorriso involuntário surgindo sempre que se recordava de seu filho. “E também
espero te ver lá.”
“Vou estar, eu prometo”, Soojung prometeu. “Até mais, Jongin.”
“Até mais, Soojung.”
Jongin se foi tão rápido quanto chegou e Soojung se viu mais uma vez sozinha com seus
próprios sentimentos e pensamentos confusos. Sua vida estava de cabeça para baixo há muitos
meses sem que visse uma saída ou qualquer tipo de escapatória, mas agora com o retorno de seu ex-
namorado parecia uma bagunça ainda maior.
Sabia que seus sentimentos por Jongin nunca morreram por completo, mas dar-se conta de
que estavam ali dentro, como se nada nunca tivesse mexido com eles, apenas em revê-lo depois de
dois anos a assustou. Como poderia seguir sua vida se ainda amava seu ex-namorado e sentia sua
falta em um nível que doía?
Zhang Yixing deveria ser a única pessoa em sua vida e o único a ocupar seus pensamentos,
mas tudo que Soojung sentia ao pensar no chinês era vontade de fugir para longe, fugir para um
lugar onde ele não a alcançaria para sufocá-la. Não era o tipo de mulher para Yixing porque
recusava-se a ficar presa a ele, mas era tão difícil soltar-se das amarras onde fora colocada...
Quando estava com Jongin, sempre fora um pássaro livre que tinha seu ninho ao lado do
moreno. Contudo, precisava se convencer de que havia perdido sua chance e de que agora Jongin
era o ninho de outra pessoa, embora ele não aparentasse estar muito mais feliz do que ela estava.
Não queria o pior para seu ex-namorado, mas era um pouco reconfortante saber que não era a única
infeliz.
Talvez a vida escrevesse certo por linhas tortas e precisasse de um pouquinho mais de tempo
para se acostumar com a ideia de que o que tinham era passado e que a única coisa que possuía no
momento eram as boas lembranças ao lado um do outro. Talvez fossem o amor da vida um do outro,
mas estivessem fadados ao desencontro.
Soojung poderia se acostumar com isso. Só precisava de tempo.
“Mas ainda sinto tanto a sua falta, Jongin...”, Soojung sussurrou para si mesma, ciente de
que essa verdade jamais chegaria ao moreno.
Estava quase indo embora quando ouviu passos novamente, percebendo que Jongin estava
de volta não muito tempo depois de ter ido. O rapaz parecia ofegante, os cabelos ainda mais
desarrumados do que antes e parecia ansioso com alguma coisa que Soojung ainda não sabia. Havia
um sorriso constante em seu rosto, mas o nervosismo em seu olhar o entregava.
Os olhos de Jongin eram o espelho de sua alma.
“Eu pensei que poderia ir embora e continuar a minha vida do mesmo jeito que estava
quando entrei aqui”, Jongin começou a falar, sem dar chance a garota de dizer qualquer coisa, “mas
percebi que não posso. Não posso continuar tentando ser feliz ao lado de alguém que não faz com
que eu me sinta assim, não posso continuar tentando fazer uma vida dar certo quando está fadada ao
fracasso. Não posso fazer isso comigo, Soojung, e você não pode fazer isso com você.”
“O que está dizendo, Jongin?”, Soojung perguntou, confusa com a enxurrada de informações
que estava recebendo. “Como acha que mudaríamos isso de repente?”
“É algo maluco, você nunca aceitaria, mas eu não me perdoaria se nunca perguntasse: se eu
te pedisse para terminar com Yixing e eu terminar com Kyungsoo e arriscar tudo comigo
novamente, você embarcaria nessa comigo?”, Jongin perguntou, sem dar pausa entre as palavras.
Parecia ansioso com o que dizia e ainda mais ansioso pela resposta. “Não posso deixar você escapar
de novo depois de tudo que vivemos, mas preciso da sua decisão para fazer isso dar certo.”
Soojung se sentia cada vez mais perdida dentro de si mesma, mas havia uma voz em sua
cabeça que gritava sim, que gritava que faria qualquer coisa contanto que estivesse ao lado de
Jongin novamente. Os mesmos sentimentos confusos de outrora agora gritavam à sua frente com a
proposta de seu ex-namorado porque aquilo era tudo que precisava para dar um passo à frente em
direção à saída do terremoto que vivia.
Jongin não disse mais nada depois de sua proposta, mas a urgência em seu olhar denunciava
o quanto estava ansioso. A garota tentou pensar nos prós e contras daquela escolha – voltar com
Jongin era arriscar toda sua vida nos últimos meses na incerteza de que estar com seu ex-namorado
seria melhor do que o tinha agora, sem ter nenhuma garantia de que não destruiriam um ao outro e
as boas memórias que possuíam –, mas a verdade é que a resposta era uma só e ela já existia há
muito tempo.
“Sim”, Soojung balbuciou, “sim, Jongin, vamos arriscar tudo. É maluco, é arriscado, não
tem nenhuma garantia de que vá dar certo, mas é ao seu lado, então sim.”
O sorriso de Jongin se estendeu ainda mais em seus lábios e o rapaz a puxou da cadeira em
que estava para dentro de seu abraço, de onde nunca deveria ter saído. A forma como se sentia
protegida dentro dos braços de Jongin sempre seria algo indescritível e sempre seria seu abrigo
favorito; Jongin tinha cheiro de casa e do lar para onde queria retornar.
Sabiam que não seria nada fácil terminar seus relacionamentos atuais para iniciarem alguma
coisa novamente; Yixing faria um inferno ao ser deixado para trás e Kyungsoo não era a pessoa
mais fácil do mundo para se lidar, mas estavam dispostos a tentar. Estavam ao lado um do outro
novamente, depois de tanto separados, e nada poderia quebrá-los dessa vez.
“TaeOh vai se sentir tão feliz quando contarmos a ele”, Soojung comentou, olhando para
cima para encontrar o rosto de seu ex-namorado. “Ele vive comentando que queria ver o papai e a
mamãe juntos.”
“Vamos dar isso a ele, então”, Jongin sorriu de volta. “Eu senti muito a sua falta, Krystal. E
você está tão linda, como pude perder todos esses momentos...”
“Eu também”, ela sussurrou voltando a abraçá-lo e sentindo Jongin apoiando o rosto em
seus cabelos. “Vamos fazer isso dar certo dessa vez.”
As incertezas a respeito do futuro ainda eram gritantes e não davam trégua para que
aproveitassem a felicidade momentânea daquele instante, mas, aos poucos, conseguiriam fazer com
que tudo se encaixasse e encontrasse seu caminho. TaeOh ficaria radiante ao saber que sua família
estaria reunida novamente, mas não mais do que seus pais por conseguirem se reencontrar com seus
passados mais uma vez.
Soojung e Jongin sempre foram livres demais para se prender a uma única coisa e, mesmo
que tenham se perdido com o passar dos anos e mesmo que tenham encontrado gaiolas ao decorrer
de suas vidas, sempre conseguiriam voltar ao ninho mais uma vez para alçarem voo juntos
novamente.
Notas finais
Espero que tenham gostado!! Qualquer coisa, estou no twitter também como @iambyuntiful e
meu curiouscat é https://curiouscat.me/iambyuntiful <3
Até a próxima e beijinhos~!! <3
Todas as histórias são de responsabilidade de seus respectivos autores. Não nos

responsabilizamos pelo material postado.
História arquivada em https://www.spiritfanfiction.com/historia/como-passaros-perdidos-
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Como Pássaros Perdidos

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05/11/2018 Imprimir - História Como pássaros perdidos - Capítulo 1 - Spirit Fanfics

Como pássaros perdidos

1. Capítulo único - Você sempre pode voltar ao seu ninho

Espero que gostem e boa leitura~!

COMO PÁSSAROS PERDIDOS

Capítulo único – Você sempre pode voltar a seu ninho.

[Trying to make it work but man these times are hard

Sit talking up all night

For the first time – The Script

Soojung não esperava encontrar logo ele naquele lugar.

Maldita fora a hora em que resolvera sair de sua casa.

É claro que Soojung sabia quem era Do Kyungsoo.

“Kyungsoo é uma pessoa muito prática”, Jongin respondeu depois de um suspiro, “e às

“Eu não imaginava que teriam tantos problemas assim”, comentou.

Jongin percebeu o silêncio de sua ex-namorada à menção do garoto e perguntou-se o que se

Jongin observou cada momento de silêncio da ex-namorada, como se estivesse pensando

Agora que estavam separados, encontraram suas respectivas gaiolas.

Jongin devia ter imaginado.

“O que ele fez?”, Jongin quis saber.

Ao menos se eles pudessem...

Soojung tomou um passo de coragem e apanhou a mão de Jongin em cima da mesa,

“Vou estar, eu prometo”, Soojung prometeu. “Até mais, Jongin.”

“Até mais, Soojung.”

Soojung poderia se acostumar com isso. Só precisava de tempo.

Os olhos de Jongin eram o espelho de sua alma.

Até a próxima e beijinhos~!! <3

Todas as histórias são de responsabilidade de seus respectivos autores. Não nos

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