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Para além da diversão que as harmonias trazidas nos versos das parlendas
ocasionam, é importante frisar que estas se instituem em um gênero oral. Este
gênero se encontra atuando no cotidiano, em meio à interação sociocultural e
talvez por isso as crianças acabem por manter um maior contato com ele.
Portanto, pode ser uma excelente ferramenta utilizada pelo professor que, se
bem empregada, o auxiliará no processo de aprendizagem da escrita das
crianças. Neste sentido,
A parlenda é um rico enunciado lúdico pedagógico que diverte, ensina, pela sua
forma rítmica, sonora e motora, uma vez que desenvolve as condições
linguísticas e sócio-culturais do homem. Este texto da tradição oral é utilizado,
especialmente na fase infantil, como ferramenta de interação e divertimento.
(BESERRA; RODRIGUES, 2010, p.67).
Deste modo, acredita-se que tanto as parlendas, bem como outros gêneros orais
tenham seu papel significativo no exercício de aprendizagem da leitura e escrita.
Mais precisamente, eles são ricos materiais para o trabalho pedagógico de
alfabetizar: primeiro, por se tratar de um gênero bem conhecido das crianças e
segundo, pela possibilidade do educando fazer uma associação da linguagem
oral ao código escrito.
Paralelo a isto, também se faz necessário salientar que ao docente cabe o papel
de apresentar os mais variados gêneros textuais, pois é sabido que o somente
alfabetizar não garante que um indivíduo esteja munido da capacidade de
compreensão significativa do que está sendo lido.
REFERÊNCIAS:
BESERRA, Carla Rhaissa G.; RODRIGUES, Josiane P. Gêneros orais na sala
de alfabetização: Parlendas.Educação e Docência, São José do rio Preto,
V.1, n. 1, p. 63 – 73, jan/jun de 2010.
BRASIL, Ministério da Educação. Alfabetização: Livro do
professor. Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000. 176 p.
FERREIRA Betânia A.. ; RAMOS Fernanda M.. O papel do trava-língua,
enquanto gênero oral, na sala de alfabetização. Educação e Docência,
São José do rio Preto, V.1, n. 1, p. 53 – 61, jan/jun de 2010.