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Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A
responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
Coordenação Geral
Aisllan Diego de Assis - Escola de Medicina / UFOP
Adriana Maria de Figueiredo - Escola de Medicina / UFOP
Rosângela Minardi Mitre Cotta - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Siomara Aparecida da Silva - Escola de Educação Física / UFOP
Participação
Irisa Seabra - Escola de Medicina / UFOP
Jacyra Aparecida Meireles Rosa - Centro Promocional e Educacional Padre Ângelo
Marta Maria Neves Corrêa - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais –
FAPEMIG
Emily de Souza Ferreira - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Érica Aparecida Coelho - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Thainá Cristina Gonçalves de Aguiar - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Thales Lopes da Silva - Instituto de Filosofia e Artes / UFOP
Amanda Corrado - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / FAPEMIG
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Participação
Irisa Seabra - Escola de Medicina / UFOP
Jacyra Aparecida Meireles Rosa - Centro Promocional e Educacional Padre Ângelo
Marta Maria Neves Corrêa - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais –
FAPEMIG
Emily de Souza Ferreira - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Érica Aparecida Coelho - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Thainá Cristina Gonçalves de Aguiar - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Thales Lopes da Silva - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura / UFOP
Amanda Corrado - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / FAPEMIG
Colaboração
Marcela Alves de Lima Santos - Escola de Medicina / UFOP
Alexandre Costa Val - Escola de Medicina / UFOP
Marina de Lucca - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Glauce Dias da Costa - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde / UFV
Ana Paula de Oliveira - Secretaria de Estado da Educação – São Paulo / SP
Mirelly Lopes Beltrame - Psicomotricista Relacional e Psicóloga – Recife / PE
Valeria Priscila de Oliveira - Psicomotricista e Psicóloga – Belo Horizonte /MG
Ficha Catalográfica
Assis, Aisllan Diego de.
Manual Saúde mental nas Escolas e fora delas /Aisllan Diego de Assis,
Adriana Maria de Figueiredo, Rosângela Minardi Mitre Cotta, Siomara
Aparecida da Silva (coordenação). Ouro Preto: UFOP, 2023.
4
Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças
5
Apresentação
7
partilha de saberes e práticas foi possível elaborar um conjunto de
reflexões, técnicas e dicas que podem apoiar os educadores na
promoção da saúde mental e do bem-estar nas escolas, juntamente
com as famílias e comunidade.
Para que esse processo formativo alcance seus objetivos,
contamos com o envolvimento de todos na descoberta de novos
caminhos e na criação de melhores alternativas para enfrentar os
desafios que envolvem o tema da Saúde Mental. Faz-se necessário
considerar as singularidades de cada situação e as possibilidades de
traçar formas de tratamento e de construção de redes de cuidado
voltadas para a defesa da vida das pessoas.
Esperamos que o Manual Saúde Mental nas Escolas e Fora
delas possa ser um instrumento para construção da escola acolhedora,
onde educadores, estudantes, familiares e toda a comunidade possam
vivenciar e acolher suas emoções e sentimentos e, de maneira especial,
fazer da escola um espaço de diálogo e paz.
8
Sobre o curso
9
discriminações na escola. Nestes encontros formativos, faz-se o
convite para construção de espaços, relações e encontros entre
comunidade, profissionais e escolas por meio do diálogo e da paz.
Os dois últimos encontros formativos centram-se na construção
da escola acolhedora, pelo uso do empoderamento e Comunicação Não
Violenta (CNV), além das práticas grupais voltadas para a
humanização dos espaços e relações nas escolas e fora delas. O “Varal
da Saúde Mental” é uma bela forma de fazer da escola um lugar para
se expressar os sentimentos, resolver problemas e empoderar os
sujeitos da escola e da comunidade.
O objetivo do curso transcende os conteúdos, práticas e saberes
partilhados nele. A realização do curso busca concretizar a esperança
e utopia de que a educação muda as pessoas, e essas, podem mudar o
mundo, como nos ensinou o mestre Paulo Freire. E para isso,
merecemos e precisamos do acolhimento para realizar as mudanças
necessárias e para se ter a “Saúde Mental nas Escolas e fora delas”.
10
SUMÁRIO
Apresentação 7
Sobre o curso 9
Integrando corpo, mente e território nas escolas - 1º ciclo formativo
1º Encontro Formativo 16
Os sentidos da saúde mental nas escolas e fora delas 17
Introdução – Vamos falar de saúde mental? 17
O cuidado da saúde mental nas escolas e na comunidade 19
Acolhendo as diferenças, enfrentando os preconceitos 19
Caixa de Ferramentas dos Educadores 21
Roda Formativa 25
1ª Tarefa do curso 27
2º Encontro Formativo 31
O corpo da escola como território de saber, afetos e valor existencial 32
Introdução 32
Que corpo é esse ao qual pretende-se trabalhar? De que corpos estamos
falando? 33
O corpo para a psicomotricidade nos corpos da escola 34
Caixa de Ferramentas dos Educadores 35
Roda Formativa 41
2ª Tarefa do curso 42
3º Encontro Formativo 47
Acolhimento das pessoas atingidas e cuidado em saúde mental nas
escolas e fora delas 48
Introdução 48
A saúde mental no território e comunidade atingida 50
O que a escola pode fazer para fortalecer suas capacidades? 50
Caixa de Ferramentas dos Educadores 52
Roda Formativa 56
3ª Tarefa do curso 58
Abordagem psicossocial da saúde mental nas escolas e fora delas - 2º
ciclo formativo
11
4º Encontro Formativo 62
Diagnósticos, diferenças e direitos: abordagem psicossocial da saúde
mental nas escolas e fora delas 63
Introdução – Como cuidamos da saúde mental? 63
Os diagnósticos e as diferenças das pessoas 65
O direito à saúde e as redes de cuidado 66
Caixa de Ferramentas dos Educadores 67
Roda Formativa 71
4ª Tarefa do curso 73
5º Encontro Formativo 75
Enfrentando violências, preconceitos e discriminações, construindo o
diálogo e a paz nas escolas e fora delas 76
Introdução - Entendendo os conceitos de Violências, preconceitos e
discriminações 76
Enfrentando a violência escolar 78
Construindo espaços de diálogo e paz na escola 78
Caixa de Ferramentas dos Educadores 80
Roda Formativa 85
5ª Tarefa do curso 87
Promoção do bem-estar e da saúde mental nas escolas e fora delas - 3º
ciclo formativo
6º Encontro Formativo 92
Empoderamento e comunicação não – violenta para saúde mental nas
escolas e fora delas 93
Introdução – O que é empoderamento? 93
As práticas de empoderamento na escola e comunidade 95
Utilizando a CNV para promover a saúde mental na escola 95
Caixa de Ferramentas dos Educadores 97
Roda Formativa 102
6ª Tarefa do curso 104
7º Encontro Formativo 107
Construindo a escola acolhedora: criando ambientes de diálogo e
convivência humanizada 108
Introdução - Vamos construir uma escola acolhedora? 108
Construindo a escola acolhedora 109
12
Estratégias utilizadas para concretizar a escola acolhedora 111
Caixa de Ferramentas dos Educadores 112
Roda Formativa 118
Mensagem de Finalização do Curso 123
Referências 127
Agenda de contatos para rede de saúde mental das escolas 133
13
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Tema
Objetivos
Refletir sobre os sentidos e significados da saúde mental nas
escolas e na comunidade.
Problematizar, desnaturalizar os (pré)conceitos sobre a saúde
mental e as diferenças das pessoas.
Conhecer e identificar a produção de bem-estar e da saúde
mental na escola, na família e na comunidade.
17
significa apenas a ausência de transtornos ou doenças, mas também
envolve o desenvolvimento de habilidades de resiliência, autoestima,
autoconhecimento e capacidade de lidar com as emoções de forma
saudável. Ter uma boa saúde mental permite que as pessoas enfrentem
os desafios da vida, trabalhem produtivamente, mantenham
relacionamentos saudáveis e contribua para a comunidade.
Promover a saúde mental nas escolas é fundamental para o
bem-estar dos estudantes, professores e funcionários. Para isso
podemos criar ambientes seguros e acolhedores nas escolas,
abordando tópicos como habilidades de enfrentamento, resiliência,
gestão do estresse e emoções, além de ensinar e incentivar práticas de
autocuidado entre estudantes, professores e familiares. Criar uma rede
de apoio com profissionais de saúde e outras áreas também é muito
importante para criar espaços e momentos de saúde mental e bem-
estar nas escolas.
Trabalhar para diminuir o estigma associado aos problemas
de saúde mental, enfrentando toda forma de preconceito, relacionados
os modos de ser e viver, ou seja, as diferenças das pessoas, através de
campanhas de conscientização, eventos educacionais e rodas de
diálogo e conversas, são importantes formas de promover a saúde
mental nas escolas. Neste primeiro encontro formativo vamos falar e
compartilhar todos esses sentidos da saúde mental nas escolas e fora
delas.
18
O cuidado da saúde mental nas escolas e na
comunidade
O cuidado em saúde mental nas escolas e comunidades pode
ser realizado por meio de uma abordagem abrangente e integrada, ou
seja, que envolva as pessoas da escola, mas também familiares,
profissionais e pessoas da comunidade.
Ações como estabelecer parcerias com profissionais de saúde
mental (psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e terapeutas) que
possam fornecer aconselhamento e atividades dentro das escolas e
comunidades; incluir nos espaços das escolas palestras, workshops,
seminários e materiais educativos que abordem diferentes aspectos da
saúde mental, incluindo sinais de alerta, prevenção de transtornos
mentais e estratégias de autocuidado; estabelecer um sistema eficaz de
encaminhamento de estudantes e professores para serviços de saúde
mental especializados na comunidade; e divulgação de histórias de
superação, promoção de eventos que abordem a saúde mental de
forma positiva, além da criação de espaços seguros, como as rodas de
conversa, para que as pessoas possam falar abertamente sobre suas
experiências, são algumas formas de realizar o cuidado da saúde
mental nas escolas.
É importante lembrar que a promoção do cuidado em saúde
mental nas escolas e comunidades requer uma abordagem
interdisciplinar e interprofissional, envolvendo não apenas
profissionais de saúde mental, mas também educadores, pais, líderes
comunitários e outros membros influentes da comunidade. Juntos,
todas, todos e todes podem criar um ambiente saudável e de apoio para
o cuidado em saúde mental nas escolas e na comunidade.
19
tomadas por doenças ou transtornos, e ainda, estigmatizadas com
expressões que marcam profundamente a vida das pessoas, como
apelidos e zombarias. Assim como os preconceitos e discriminações, a
exemplo do machismo e dos racismos, podem provocar sofrimento
mental nas pessoas que sofrem ou recebem esses gestos e falas.
É importante que as escolas adotem uma postura proativa na
promoção da diversidade e na conscientização sobre os preconceitos e
formas de discriminação que afetam a saúde mental das pessoas. Ao
criar um ambiente acolhedor, inclusivo e respeitoso, as escolas podem
desempenhar um papel fundamental na formação de pessoas que
valorizam a diversidade.
Promover a educação e conscientização sobre diversidade,
inclusão e respeito em todos os espaços da escola, por meio de
programas educativos e atividades que abordem temas como
preconceito, discriminação, estereótipos e igualdade, assim como
incluir políticas anti-bullying, códigos de conduta que abordem o
respeito mútuo, a não discriminação e a não tolerância ao preconceito,
além de medidas para enfrentar casos de discriminação ou exclusão,
são iniciativas que ajudam a desenvolver uma consciência crítica e
empática entre educadores, estudantes, familiares e comunidade. A
promoção da saúde mental passa pela sensibilização e empatia que
permitam aprender sobre diferentes culturas, identidades, religiões,
orientações sexuais, habilidades, experiências e diferenças das
pessoas.
20
Caixa de Ferramentas dos Educadores
21
trazendo informações sobre si, de modo que todos na roda
possam conhecê-los. Após se apresentarem, os participantes
devem responder às seguintes perguntas: O que é saúde
mental? Como eu cuido da saúde mental?
e) Os giros da roda podem seguir o próprio círculo, onde cada
participante pode falar o quanto for necessário, enquanto os
demais escutam, ou ainda, seguindo uma sequência definida
pelo próprio grupo. Peça para alguém registrar os
significados da saúde mental e as formas de cuidado
destacadas por cada participante.
f) Ao final dos giros da roda, leia os significados e cuidados
recolhidos e discuta com os participantes os significados
positivos e negativos expressos e as formas usadas no
cuidado da saúde mental. Neste momento é importante
convidar os participantes a refletir sobre os preconceitos e
discriminações que provocam sofrimento mental e a
importância de realizar atividades que promovam o bem-
estar. Não esqueça de levantar com os participantes quais
cuidados da saúde mental podem ser realizados na escola.
g) Para finalizar a roda de diálogo convide os participantes, um
a um, para se despedir deixando uma palavra, expressão ou
dica de lazer, esporte, atividades ou outras formas de bem-
estar e convivência na comunidade. Finalize com um abraço
coletivo, acolhendo todos os participantes da roda.
22
Sugestão de leitura
Oliver Sacks – Um antropólogo em Marte.
Editora Companhia da Letras, São Paulo, 2006.
O que têm em comum o pintor que, em decorrência de
um acidente, passa a enxergar o mundo em preto-e-
branco, o rapaz cujas únicas lembranças se restringem
ao final dos anos 60 e o exímio cirurgião tomado por
todo tipo de tiques (verbais e físicos) na vida cotidiana?
23
Sugestão de conteúdos da Internet
24
Roda Formativa
Nesta primeira Roda Formativa, vamos conhecer os
participantes, os tutores, as tarefas e atividades do curso.
Os participantes do curso serão divididos em pequenos grupos
chamados Rodas Formativas. Cada grupo contará com um tutor que
terá a missão de apoiar os participantes na realização das atividades
do curso. Os tutores são profissionais de saúde ou outras áreas com
experiência e formação na área de saúde mental e estão preparados
para acolher, orientar e apoiar os participantes em todas as atividades
do curso.
Cada grupo deverá, juntamente com o tutor, construir uma
roda de diálogo, formando um círculo seguro e confortável, onde todos
possam se ver e ouvir.
Após a construção da Roda Formativa e com a coordenação do
tutor deverão ser realizados três giros de conversas, com o seguinte
roteiro:
1º Giro da roda:
Cada participante deverá se apresentar do modo que quiser,
destacando elementos de sua identidade e história de vida para que
todos na roda possam conhecê-lo. Ao final da apresentação o
participante deverá expressar e explicar uma palavra ou expressão que
usa para definir a saúde mental e como ela se apresenta na escola. O
tutor deverá registrar essas palavras e expressões, de modo a ter ao
final do giro da roda uma lista de significados, palavras, expressões ou
sentidos para saúde mental nas escolas.
2º Giro da roda:
A partir desta lista e com a coordenação do tutor da Roda
Formativa, os participantes podem refletir e discutir a lista de sentidos
da saúde mental na escola, destacando aspectos positivos e negativos,
assim como quais práticas ou atividades podem promover a saúde
mental e o bem-estar nas escolas. Os participantes poderão dar
25
exemplos e narrar experiências de como realizam sua prática
pedagógica integrando o cuidado com a saúde mental e o
enfrentamento dos preconceitos no âmbito da escola.
3º Giro da roda:
No último giro da roda, os participantes com a ajuda do tutor,
podem ler e se preparar para realização da 1ª tarefa do curso. Neste
momento é importante tirar dúvidas, se aconselhar e compartilhar
dicas, experiências e ideias que possam ajudar os participantes a
cumprir a tarefa, que será realizada no intervalo dos encontros
formativos do curso, nas escolas ou comunidades onde os
participantes trabalham e vivem.
Para encerrar a Roda Formativa, os participantes podem
realizar o “Giro do Abraço” onde cada participante se despede do
colega ao lado, dedicando algo que seja bom para realização da tarefa
do curso, o convidando para o próximo encontro formativo e
dedicando um abraço.
26
1ª Tarefa do curso
Nesta primeira tarefa do curso os participantes deverão
organizar uma atividade para abordar e acolher os sentidos da saúde
mental na escola. O objetivo é que os participantes possam utilizar os
conhecimentos, dicas e práticas compartilhadas no curso para
construir um espaço ou momento de acolhimento dos sentidos da
saúde mental dos estudantes, professores, familiares ou comunidade
nas escolas.
Sugerimos três atividades que podem ser realizadas pelos
educadores:
27
do filme, convide os participantes a debater os sentidos da
saúde mental expressos no filme e como eles se
apresentam na escola e fora dela. Não deixe de convidar os
participantes a organizar a sessão de cinema em lugar
confortável, onde todos possam aproveitar o filme,
inclusive com uma deliciosa pipoca.
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ANOTAÇÕES
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&/$0/530'03."5*70
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Tema
Objetivos
Entender o corpo a partir de sua subjetividade e dos sofrimentos
psicossociais;
Considerar o corpo da escola como produtor de saberes;
Promover um espaço de acolhimento sobre as dores silenciadas
permitindo a construção de um lugar/território possível.
Introdução
Considerando as escolas um território relacional, de
transmissão de conhecimentos e constituído por subjetividades e
poderes, se faz necessário cuidar dos corpos da escola para que esses
possam lidar com as singularidades, nortear as ações educativas,
proporcionar acolhimento e promover a saúde mental dos envolvidos.
O lugar que o corpo da escola ocupa demanda que eles estejam
em constante movimento, acompanhando as mudanças e se
adaptando às necessidades, para então gerir e gerar movimento de
32
vida. Mas quem cuida dos corpos da escola para que eles possam
cuidar de outros?
Entender que o corpo não é apenas “carne e osso”, mas é
também um templo onde todas as emoções são vividas e registradas,
nos possibilita a compreensão de que cuidar do corpo é cuidar do
emocional e uma forma de promover saúde mental.
A proposta da Psicomotricidade é compreender o sujeito por
meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno
e externo. Esta área da saúde busca utilizar o corpo como instrumento
de acolhimento e escuta do sofrimento psíquico. O profissional
psicomotricista se dedica do percurso e do lugar que este corpo ocupa.
Ou seja, seu espaço, suas relações, sua história, dentro da relação
espaço-tempo e de um contexto biopolítico social.
Neste contexto, o objetivo é proporcionar uma vivência corporal
que, metaforicamente, leve a experimentar movimentos/ações do dia a
dia que norteiam as relações pessoais e sociais, através do brincar livre.
33
Sendo a escola um espaço de construção de conhecimento
buscamos através da vivência corporal da Psicomotricidade um espaço
que permita aos corpos da escola, tomar consciência do seu poder, mas
sem deixar de localizar e dar sentido à experiência da dor, distanciando
do silenciamento e aproximando-se de estratégias de reconstrução, de
laços sociais mais fortes, empoderamento e autonomia.
34
Caixa de Ferramentas dos Educadores
Eu e meu lugar
Estrutura da prática
B - Percepção e memória:
5) Registro individual do jogo
6) Registro coletivo do jogo
35
7) Verbalização do vivido
36
Sugestão de leitura
Rupi Kaur. Meu corpo minha casa. Planeta
Estratégia, 2020.
Um dos temas mais frequentes na obra de Rupi Kaur é
a importância que há em crescer e estar sempre em
movimento. Em meu corpo minha casa, ela leva leitoras
e leitores a uma jornada de reflexão através da
intimidade e dos sentimentos mais fortes, visitando o
passado, o presente e o potencial que existe em nós.
37
O Corpo na História – com José Carlos
Rodrigues. Vídeo, 2010. Canal Saúde,
FIOCRUZ, Rio de Janeiro. Disponível
em:
https://www.canalsaude.fiocruz.br/can
al/videoAberto/o-corpo-na-historia
O corpo individual, limpo, subjetivado e
objetivado, afasta-se do cosmos. Entrevista
com o autor do livro “O corpo na História”,
José Carlos Rodrigues. O autor finaliza seu
belo livro convidando à busca do resgate da
incontornável dimensão trágica do corpo.
38
Território do Brincar | Série MiniDocs |
Corrida de Tora – Aldeia Nasêpotiti, PA.
Vídeo, 2016.
https://youtu.be/AEL5xmJ4Zm4
O corpo e a força são acordados com as negras
pinturas do jenipapo. A tora, a longa distância
e o sol que arde, são a combinação necessária
para esse desafio de meninos na Aldeia
Nãsêpotiti, de índios Panará. Por fim, a água, o
rio, onde toda brincadeira termina. Com
crianças Panará da Aldeia Nãsêpotiti - PA
Associação Brasileira de
Psicomotricidade
https://psicomotricidade.com.br/
39
Saiba mais – referências técnicas e
profissionais para aprofundamento
40
Roda Formativa
41
2ª Tarefa do curso
Deixe 1
Almério e Martins
Deixe
1
Deixe, música de Martins e Juliano Holanda, pode ser ouvida e apreciada em
https://almerioemartins.lnk.to/AoVivoNoParqueID.
42
Ao som da música “Deixe” solte seu corpo em um
espaço que tenha liberdade de se expressar, se
movimentar e perceber o que ficou inscrito da
vivência corporal.
Escreva sobre suas percepções.
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ANOTAÇÕES
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"DPMIJNFOUPEBTQFTTPBT
BUJOHJEBTFDVJEBEPFNTBÜEF
NFOUBMOBTFTDPMBT
FGPSBEFMBT
Tema
Objetivos
Acolher a comunidade escolar em suas demandas em territórios
sujeitos a riscos socioambientais;
Compartilhar o conceito de atingido(a) e sua reverberação na saúde
mental nas escolas e fora delas;
Escutar a comunidade escolar em sua tarefa de preparar para o
acolhimento das pessoas atingidas.
48
Sendo assim, é importante conhecer os conceitos de pessoa
atingida para refletir sobre o que isso representa e sobre quais
impactos precisam ser minimizados dentro de determinada região.
Entender como esses elementos chegam até a escola e como o contexto
local de vulnerabilidades sociais construídas nos últimos anos tem
impactado a dinâmica escolar.
As escolas se tornam espaços essenciais para pensar esse
componente da realidade social que atravessa a educação e o
desenvolvimento de crianças e adolescentes. Buscamos, em relação a
essa temática, aprofundar as reflexões sobre esse processo e suas
consequências e apoiar a comunidade escolar na construção de
estratégias de fortalecimento e acolhimento de profissionais e
estudantes.
49
A saúde mental no território e comunidade atingida
Os desastres causam grave interrupção no funcionamento de
uma comunidade e excedem a capacidade das pessoas atingidas em
lidar com a situação mediante recursos próprios.
Quando falamos de saúde mental, é importante reconhecer que
as pessoas têm diferentes recursos subjetivos para lidar com as
questões que podem surgir em situações de emergências. Elas são
afetadas de formas diferentes e precisam de processos de cuidado
pensados para cada realidade.
Dessa forma, em locais onde se convive com o risco de desastre,
é importante que as comunidades fortaleçam as suas capacidades de
forma que consigam compreender os riscos e vulnerabilidades
existentes e construir novas possibilidades neste território. Nesse
sentido, os conhecimentos e a cultura local são de extrema relevância
para a redução de riscos e a construção de caminhos mais sustentáveis.
50
disseminação de conhecimentos e de tecnologias para os moradores,
profissionais da escola e da rede de saúde; 2. na atenção psicossocial:
promover diálogos para compreender, identificar e acompanhar as
necessidades das pessoas atingidas em seus contextos de vida e
trabalho.
Neste sentido, entender que a Saúde Mental não se restringe à
assistência psicológica e psiquiátrica, mas que diz respeito ao estado
mental das pessoas, em suas singularidades e na interação com o
território em que vivem. E que a escola é uma instituição que congrega
relações sociais que refletem as necessidades e demandas por saúde
mental presentes na sociedade. Assim, cumpre um importante papel
ao se preparar para atender também ao acolhimento das pessoas
atingidas, ao compartilhamento dos conhecimentos sobre a temática e
à escuta dos(as) atingidos(as) para identificação e adequada aborda-
gem de suas necessidades.
51
Caixa de Ferramentas dos Educadores
Abc do acolhimento
52
Fonte: A Sirene-para não esquecer. Ed.nº 2, abril de 2016
Link: Jornal A Sirene - Ed. 2 (abril)
53
Sugestão de leitura
Sérgio Papagaio. “Papo di cumadi”. In: A
Sirene-para não esquecer. Ed.nº 2, abril de
2016, p.16.
Nesta crônica, Sérgio Papagaio reproduz um diálogo
entre “cumadis”, Maria Concebida e Clemilda que
estão comovidas pela repentina mudança em suas
vidas.
54
Sugestão de conteúdos da Internet
GESTÃO LOCAL DE
DESASTRES NATURAIS PARA
A ATENÇÃO BÁSICA
Neste link você tem acesso ao
material educativo elaborado
com o objetivo de contribuir na
qualificação dos profissionais da
saúde, em especial daqueles que
atuam nos postos de saúde nos
bairros e comunidades
55
Roda Formativa
1. A construção da Roda
Complementação de Sentenças
Sentenças
56
1. Os giros da Roda
No primeiro giro, recolher as impressões do grupo para cons-
truir um entendimento do conceito de desastres e de vulnerabilidade.
No segundo giro, cada participante escreverá em uma ficha em
branco qual o papel da escola no acolhimento dos atingidos e atingidas
ou qual sugestão /alternativa apresentaria para que a escola faça esse
acolhimento.
2. Finalização da Roda
A tarefa consistirá em realizar uma dinâmica grupal, entrevistas
ou roda de conversa na escola para conhecer os sentimentos presentes
entre seus membros e construir um fluxograma para promover o
acolhimento dos atingidos e atingidas na escola.
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3ª Tarefa do curso
58
ANOTAÇÕES
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Tema
Objetivos
Refletir sobre os significados e impactos dos diagnósticos médicos,
psicológicos e psiquiátricos na escola;
Conhecer a abordagem psicossocial da saúde mental no SUS e no
território;
Construir uma rede de cuidado da saúde mental nas escolas e na
comunidade.
63
é, um processo contínuo que abrange uma variedade de práticas,
intervenções e suportes destinados a melhorar o bem-estar emocional,
psicológico e social das pessoas. O cuidado em saúde mental pode
incluir uma ampla gama de práticas, desde a prevenção e promoção da
saúde mental até o tratamento de transtornos mentais. Pode ser
fornecido por uma variedade de profissionais de saúde mental,
incluindo psicólogos, médicos, psiquiatras, terapeutas, assistentes
sociais e outros profissionais, inclusive de educação, como as
pedagogas e professores.
O SUS conta com uma rede de serviços de saúde voltados para
o atendimento de pessoas com transtornos mentais, além de contar
com as equipes de Saúde da Família que também cuidam de pessoas
em sofrimento mental, diretamente no território onde vivem. A rede
de atenção psicossocial do SUS, a RAPS, integra serviços como os
centros de atenção psicossocial, os CAPS, assim como outras redes de
suporte social, como são os serviços médico-hospitalares, de
assistência social, emprego, educação e cidadania da cidade. É
importante considerar sempre o caráter de rede de cuidado como
sendo um conjunto de instituições, pessoas e recursos que dão suporte
às pessoas em sofrimento mental.
Para construir uma rede de cuidados da saúde mental é
imprescindível vencer os preconceitos que provocam afastamento,
estabelecendo relações de respeito e valorização das pessoas e seus
direitos, concretizando o cuidado em sua forma sensível e integral.
64
Os diagnósticos e as diferenças das pessoas
Os diagnósticos são identificações ou classificações de
condições médicas, transtornos ou doenças com base em sintomas,
sinais clínicos, critérios específicos ou resultados de exames. Eles são
usados pelos profissionais de saúde, como médicos, psiquiatras,
psicólogos e outros clínicos, para compreender, descrever e tratar
problemas de saúde das pessoas. Eles ajudam a identificar a natureza
e a causa de uma condição de saúde específica, facilitando a seleção do
tratamento apropriado. É importante ressaltar que os diagnósticos são
ferramentas clínicas e não devem ser vistos como rótulos definitivos
ou limitantes. Além disso, é essencial considerar o contexto individual
de cada pessoa, suas circunstâncias sociais, emocionais e culturais ao
interpretar e aplicar um diagnóstico, evitando preconceitos e
expressões discriminatórios.
Infelizmente, o diagnóstico psiquiátrico ainda é estigmatizado
em muitas sociedades, o que pode levar à discriminação e ao
preconceito. Pessoas diagnosticadas podem enfrentar estigma tanto
em suas vidas pessoais quanto na escola. Isso pode afetar sua
autoestima, autoconfiança e relacionamentos interpessoais, bem como
contribuir para a exclusão social, bullying e dificuldades na vida
escolar. Pessoas diagnosticadas podem lidar com sintomas que
interferem em sua capacidade de concentração, regulação emocional,
relacionamentos interpessoais e desempenho acadêmico. Elas podem
enfrentar dificuldades adicionais no gerenciamento do estresse,
enfrentar estigmas sociais, experimentar sentimentos de vergonha ou
enfrentar barreiras no acesso a oportunidades educacionais. É
necessário refletir sobre os impactos dos diagnósticos na vida e nas
relações das pessoas na escola e acolher as pessoas em sofrimento
mental!
Isso significa abrir espaço para discussões sobre saúde mental,
redução do estigma, empatia e promoção de um ambiente escolar
inclusivo e solidário. Cada pessoa e situação são únicas, e os
diagnósticos não podem ser utilizados para apagar ou discriminar as
65
diferenças das pessoas. É necessário acolher toda diversidade da saúde
mental dentro e fora da escola.
66
Caixa de Ferramentas dos Educadores
67
escravidão, mas, acima de tudo, evidenciar a cultura e a
capacidade dos negros de se organizar e de sobreviver.
Essa mesma estratégia pode ser usada para discutir os
diagnósticos e como independente deles, as pessoas podem se
realizar e seguir a vida. O conto de Machado de Assis “O
Alienista” é um ótimo recurso para refletir sobre o cuidado da
saúde mental das pessoas e da comunidade.
68
Sugestão de leitura
Machado de Assis – O alienista. Editora
Principis, São Paulo, 2019.
Machado de Assis, neste livro, propõe a seguinte
pergunta: quem é louco? Conheça a história do médico
Simão Bacamarte, dedicado e estudioso da mente
humana, que decide construir um hospício para tratar
os doentes mentais na pequena cidade de Itaguaí, a
casa verde. Quem entra e quem fica de fora?
Surpreenda-se com o final.
69
sanitário de Jardim Gramacho, local que recebe os
resíduos produzidos na cidade do Rio de Janeiro.
Tornou-se famosa pelo seu discurso filosófico, uma
mistura de extrema lucidez e loucura, que abrangia
temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões
existenciais acerca de si mesma e da sociedade dos
homens.
70
Roda Formativa
Nesta quarta Roda Formativa, vamos construir a rede de
cuidados da saúde mental.
Os participantes do curso serão divididos em pequenos grupos
chamados Rodas Formativas. Cada grupo contará com um tutor que
terá a missão de apoiar os participantes na realização das atividades
do curso. Os tutores são profissionais de saúde ou outras áreas com
experiência e formação na área de saúde mental e estão preparados
para acolher, orientar e apoiar os participantes em todas as atividades
do curso.
Cada grupo deverá, juntamente com o tutor, construir uma
roda de conversas, formando um círculo seguro e confortável, onde
todos possam se ver e ouvir.
Após a construção da Roda Formativa e com a coordenação do
tutor deverão ser realizados três giros de conversas, com o seguinte
roteiro:
1º Giro da roda:
Cada participante deverá pegar o barbante e enquanto enrola
no dedo se apresenta e diz quem ou o que gostaria de contar na sua
rede de cuidados.
Finalizada a apresentação o participante lança o barbante para
outro participante da roda, chamando para sua rede de cuidados.
Um após o outro, os participantes vão se apresentando e
lançando o barbante para quem quer que esteja na sua rede de
cuidados.
2º Giro da roda:
Quando todos os participantes estiverem ligados pelo
barbante podem visualizar a rede que construíram.
Os participantes podem experimentar os vários usos da rede,
puxando, baixando ou subindo os fios do barbante conjuntamente.
71
Para construir a rede foi necessário chamar alguém para a
rede!
Mas é necessário percorrer a rede, assim com ajuda de todos,
os participantes vão percorrendo a rede de fios de barbante para
encontrar quem está do outro lado, assim, mostra-se que é necessário
sair do lugar para encontrar quem está do outro lado da rede.
Ao final do giro todos percorreram a rede de cuidado para
receber ou oferecer o cuidado!
3º Giro da roda:
No último giro da roda, os participantes com a ajuda do tutor,
deverão ler e se preparar para realização da 4ª tarefa do curso. Neste
momento é importante tirar dúvidas, se aconselhar e compartilhar
dicas, experiências e ideias que possam ajudar os participantes a
cumprir a tarefa, que será realizada no intervalo dos encontros
formativos do curso, nas escolas ou comunidades onde os
participantes trabalham e vivem.
Para encerrar a Roda Formativa os participantes podem
realizar o “Giro do Abraço” onde cada participante se despede do
colega ao lado, dedicando algo que seja bom para realização da tarefa
do curso, o convidando para o próximo encontro formativo e
dedicando um abraço.
72
4ª Tarefa do curso
Nesta quarta tarefa do curso vamos construir a rede de
cuidados da saúde mental da escola.
Com ajuda de outros educadores, estudantes, familiares e
pessoas da comunidade, construa sua rede de cuidados, anotando nos
círculos os dados das pessoas ou instituições que podem te apoiar a
realizar o cuidado em saúde mental na escola.
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ANOTAÇÕES
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Tema
Objetivos
Refletir sobre os conceitos e formas de violência, preconceito e
discriminação nas escolas e comunidade;
Enfrentar as causas e consequências da violência escolar;
Criar espaços de diálogo para expressão livre, convivência pacífica e
compartilhamento de experiências na escola e comunidade.
76
reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou
comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de
resultar em ferimento, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento
ou privação”.
Já o Preconceito é uma opinião formulada sem a devida
reflexão ou exame crítico. Geralmente desprovida de qualquer
fundamento, essa opinião acaba influenciando modos de pensar e agir,
podendo determinar atos de intolerância contra pessoas ou grupos
sociais. Dentre os tipos de preconceito que existem na nossa sociedade,
são comuns os preconceitos contra condição social (classismo ou
preconceito social), pessoas com deficiência (capacitismo),
nacionalidade ou origem (xenofobia), orientação sexual (homofobia),
identidade de gênero (machismo), etnia, raça (racismos), maneira de
falar (preconceito linguístico) e local de moradia ou território
tradicional (racismo ambiental).
A Discriminação é denominada toda a atitude que exclui,
separa e inferioriza pessoas tendo como base ideias preconceituosas.
Esse tipo de violência geralmente é praticado contra as classes sociais
pobres, população negra, pessoas com deficiência, população
LGBTQIAPN+, obesos, regionalidade, pessoas de outras etnias e
religiões, além de demais grupos sociais.
77
Enfrentando a violência escolar
A violência escolar pode ser definida como toda ação ou
omissão que cause ou vise causar dano à escola, à comunidade escolar
ou a algum de seus membros. Sendo visíveis ou invisíveis: visíveis,
agressões físicas e agressões verbais; e invisíveis, intolerância,
autoritarismo, machismo, preconceitos, falta de afetividade, racismo,
discriminações por parte dos educadores, estudantes ou outras
pessoas atuantes na escola.
As causas da violência escolar estão ligadas a um conjunto de
motivos que podem explicar comportamentos, reações, expressões e
sentimentos violentos ou conflituosos. Está ligada ao contexto e
território em que a escola está inserida, às pessoas que compartilham
os espaços das escolas e comunidade. O enfrentamento da violência
escolar é um processo contínuo e multidimensional. As escolas devem
adotar uma abordagem abrangente, envolvendo todas as partes
interessadas, especialmente a comunidade, para criar um ambiente
escolar seguro e acolhedor, onde todos se sintam protegidos e seguros.
É fundamental promover a educação e conscientização sobre os
diferentes tipos de violência, preconceitos e discriminações, seus
impactos e como evitá-los. Identificar e intervir precocemente nos
casos de violência é crucial. As escolas devem estar atentas a sinais de
violência, como bullying, agressões físicas ou verbais, discriminação e
abuso.
78
para juntos construir espaços e medidas de diálogo e resolução de
conflitos.
Algumas sugestões para construir espaços de diálogo e paz nas
escolas, incluem: educação dos direitos humanos, sensibilização e
conscientização, escuta ativa, diálogo aberto e respeitoso, mediação de
conflitos, enfrentamento do bullying, inclusão e acessibilidade para
todos da escola, formação dos educadores, observar para prevenir,
evitar punições, cooperação com família e comunidade, atenção e
cuidado da saúde mental.
O trabalho com a arte, literatura e esporte pode ser muito
benéfico para promover a saúde mental e a convivência pacífica nas
escolas. Lembre-se de que a construção do diálogo e da paz nas escolas
é um processo contínuo, que exige o engajamento de toda a
comunidade e escolas. É por meio da educação e do respeito mútuo
que podemos construir uma sociedade mais justa, igualitária e
pacífica. Vamos conversar?
79
Caixa de Ferramentas dos Educadores
Resolvendo Problemas
80
Quando o facilitador perceber que quem ficou no centro
não está dando conta de segurar todos os problemas peça para
que todos voltem ao círculo e então ele pergunta:
81
Sugestão de leitura
Margaret J. Wheatley – Conversando a
gente se entende. Editora Cultrix, São
Paulo, 2002.
A autora relata a sua experiência riquíssima para
demonstrar que as grandes transformações no
mundo acontecem quando passamos a nos ouvir
melhor uns aos outros em conversas, diálogos
simples, honestos, humanos, numa constante
troca de experiências, esperanças e medos.
82
Sugestão de filmes ou vídeos para utilização
nas escolas e comunidades
Pro dia nascer feliz – Documentário, 2007.
Direção, edição e roteiro: João Jardim.
Copacabana Filmes, Brasil.
O filme é uma rara oportunidade para discutir
com os próprios estudantes a sua situação e a
situação do ‘outro’, do estudante que está em
outro lugar, outra realidade. Comparar
realidades, verificar condições, criticar a partir do
conhecimento do diverso e compreender os
desafios da educação são possibilidades de
diálogo com os próprios estudantes. Carências,
grilos, sonhos, vontades, desânimo, desestímulo,
apoio, pressão… violência.
83
Sugestão de conteúdos da Internet
84
Roda Formativa
Nesta roda formativa vamos refletir sobre as ferramentas para
o enfrentamento e mediação dos conflitos encontrados no ambiente
escolar, na busca pelo diálogo e pela paz nas escolas. Usaremos a
dinâmica dos balões.
Resolvendo os Problemas
85
deixarem suas bexigas no ar e se sentarem, enquanto os restantes
continuam no jogo.
86
5ª Tarefa do curso
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Exemplos de perguntas que podem ajudar na construção do
mural:
e) O que você acha que poderia ser feito para promover um ambiente
mais inclusivo e acolhedor na escola?
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ANOTAÇÕES
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Tema
Objetivos
Refletir sobre os significados e práticas de empoderamento para saúde
mental;
Conhecer a comunicação não – violenta, seus princípios e usos na
escola;
Construir um espaço de empoderamento e acolhimento na escola ou
comunidade.
93
A Comunicação Não Violenta (CNV) é um modelo de
comunicação desenvolvido pelo psicólogo e mediador Marshall
Rosenberg. Ela busca estabelecer conexões e construir
relacionamentos saudáveis, promovendo empatia, compreensão e
resolução pacífica de conflitos. A CNV é baseada em princípios de
respeito, compaixão e cooperação. Ela se concentra na expressão
honesta de sentimentos e necessidades, bem como na escuta empática
dos outros. O objetivo da CNV é criar uma atmosfera de diálogo aberto,
no qual as pessoas se sintam ouvidas e compreendidas, facilitando a
resolução de conflitos e a construção de relacionamentos mais
positivos.
Tanto o empoderamento quanto a CNV fornecem ferramentas
para lidar com conflitos de forma pacífica e construtiva. Ao se envolver
em processos de resolução de conflitos baseados na CNV, você pode
promover a compreensão mútua, a empatia e a busca de soluções que
atendam às necessidades de todas as partes envolvidas. Isso contribui
para a promoção da saúde mental e para a criação de relacionamentos
saudáveis e harmoniosos.
O empoderamento e a CNV também estão ligados à promoção
da igualdade, da justiça social e dos direitos humanos. Ao promover a
igualdade e lutar contra a discriminação e a opressão, estudantes,
educadores, familiares e toda comunidade contribuem para a criação
de ambientes mais saudáveis e inclusivos, nos quais todas as pessoas
tenham suas necessidades atendidas e se sintam valorizadas.
Promover a saúde mental com o empoderamento e a CNV
envolve práticas contínuas de autodesenvolvimento, empatia e
cuidado com todos nas escolas e fora delas.
94
As práticas de empoderamento na escola e
comunidade
O empoderamento é um processo contínuo e dinâmico, que
pode variar de pessoa para pessoa e de grupo para grupo. É uma
abordagem que visa promover a igualdade, a justiça social e a
participação significativa de todos na sociedade.
O empoderamento envolve capacitar as pessoas, especialmente
as mais vulneráveis como mulheres, crianças, adolescentes, pessoas
com deficiências e atingidos, a superarem barreiras e desafios,
permitindo que elas alcancem seu pleno potencial e tenham uma voz
ativa em questões pessoais e coletivas. Ele se baseia nos princípios de
igualdade, justiça social e respeito pelos direitos humanos.
Existem diferentes práticas de empoderamento, que podem ser
utilizadas para promover a saúde mental. Alguns exemplos de como o
empoderamento pode ocorrer nas escolas e na comunidade, incluem:
atividades que promovam desenvolvimento de habilidades, confiança e
autoestima em nível individual dos estudantes e educadores;
fortalecimento da comunidade e seus grupos, para que possam se
organizar, identificar problemas e buscar soluções coletivas. Isso pode
envolver o acesso a recursos, a criação de redes de apoio, a participação
cívica, a colaboração com outros grupos e a defesa de interesses
comuns; participação ativa e informada nos processos políticos e na
tomada de decisões que afetam a vida das pessoas. Isso pode incluir a
conscientização sobre questões políticas, a defesa de direitos e acesso a
oportunidades de trabalho, educação financeira, empreendedorismo e
redes solidárias de compra, troca e venda de produtos.
95
Estabelecer um ambiente acolhedor, criando um ambiente
escolar seguro e inclusivo, onde os estudantes e educadores se sintam
valorizados e respeitados. Promover a empatia, a escuta ativa e a
compreensão mútua entre os estudantes, professores e funcionários.
Ensinar habilidades de comunicação emocional ensinando e
aprendendo a identificar e expressar os sentimentos e necessidades de
forma não violenta. Ensinar e aprender a ouvir ativamente os outros e
a desenvolver empatia. Isso inclui incentivar os educadores e
estudantes a descreverem observações objetivas, expressarem seus
sentimentos e necessidades, ouvirem com empatia e colaborarem na
busca de soluções que atendam às necessidades de todos os
envolvidos.
Podem ser atividades como rodas de conversa, onde
estudantes, educadores, familiares e membros da comunidade têm a
oportunidade de se expressar e serem ouvidos, bem como projetos
pedagógicos que incentivem a compreensão e o respeito pelas
diferentes culturas e experiências dos colegas, como as feiras de arte e
cultura da escola.
Use a CNV para abordar questões de bullying, preconceito e
discriminação na escola e comunidade. Incentive estudantes e
educadores a se expressarem de forma respeitosa e a se colocarem no
lugar do outro. Trabalhe para criar um ambiente escolar livre de
bullying e promova o respeito à diversidade e que todos sejam
valorizados.
96
Caixa de Ferramentas dos Educadores
Campo minado
O campo minado demonstra a importância de uma boa
comunicação, de saber ouvir aquilo que o outro diz e,
principalmente, confiar nos colegas de equipe. Serão
necessárias mesas, cadeiras, caixas e outros objetos que sirvam
como obstáculos, além de vendas para os olhos dos
participantes e um espaço bem amplo e vazio.
Os itens devem ser espalhados pelo local, formando um
“campo minado” de obstáculos. O grupo, por sua vez, será
dividido em duplas. Um membro da dupla é vendado e enviado
para o campo minado sem poder falar, somente ouvindo as
instruções do seu colega — que estará fora do campo,
orientando seus movimentos para que passe ileso por todos os
obstáculos.
A cada vez que o participante esbarrar em um objeto, a
dupla receberá uma punição (voltar dez passos, por exemplo).
Quem completar o caminho em menos tempo vence a
brincadeira.
Descoberta da emoção
Essa dinâmica ajuda no autoconhecimento de cada
membro do grupo e, consequentemente, no exercício de observar
o outro, ajudando-o a reconhecer os próprios sentimentos e os
do colega. Para tanto, serão necessárias algumas fichas com
emoções e sentimentos escritos em cada uma delas.
O grupo é dividido em dois times, sendo que cada um
ficará com metade das fichas. Um membro de cada equipe pega
uma ficha e começa a expressar aquele sentimento (ou emoção)
97
para o seu grupo, mas sem revelar verbalmente qual é. O time
que acertar em menos tempo marca o ponto.
O jogo acaba quando não houver mais fichas a serem
interpretadas e, claro, ganha o time com maior número de
pontos.
Troca de segredos
Essa dinâmica objetiva viabilizar a empatia entre os
participantes da equipe. O recomendado é que o grupo possua
cerca de 20 pessoas. Os materiais necessários são papel e lápis
ou caneta para os membros. Cada um deve escrever se possui
alguma dificuldade de se relacionar com outro membro da
equipe, mas que não apresenta vontade de se exprimir
verbalmente.
Porém, é preciso ter atenção ao escrever! Cada pessoa
deve utilizar uma letra diferente, para que não seja possível
reconhecer. Depois, são redistribuídos os papéis e é preciso que
o participante leia o que está escrito, como se o problema fosse
dele, e sugerir uma solução.
98
Sugestão de leitura
Marshall Rosenberg – Comunicação não-
violenta: técnicas para aprimorar
relacionamentos pessoais e profissionais.
Editora Ágora, São Paulo, 2006.
Manual prático e didático que apresenta
metodologia criada pelo autor, voltada para
aprimorar os relacionamentos interpessoais e
diminuir a violência no mundo. Aplicável em
centenas de situações que exigem clareza na
comunicação: em fábricas, escolas, comunidades
carentes e até em graves conflitos políticos.
99
Hoje eu quero voltar sozinho – Filme – 2014.
Direção, produção e roteiro de Daniel
Ribeiro, estrelado por Guilherme Lobo,
Fábio Audi e Tess Amorim.
O filme traz temas como superproteção materna,
inclusão de pessoas com deficiência no sistema
educacional, homossexualidade e bullying. Além de
tudo isso, o fato de o filme ser brasileiro faz com que
a narrativa e contexto possam ser explorados em um
argumento de forma mais direta.
100
Saiba mais – referências técnicas e
profissionais para aprofundamento
Joice Berth – Empoderamento. Editora
Jandaíra, Rio de Janeiro, 2019.
Uma discussão sobre a Teoria do
Empoderamento, a partir de diversas matrizes
teóricas que hoje se dedicam ao tema. São
pensadores que entendem empoderamento como
aliança entre conscientizar-se criticamente e
transformar na prática, algo contestador e
revolucionário na sua essência. Muito mais do que
a tradução literal de um termo estrangeiro, é uma
prática cotidiana para a igualdade.
101
Roda Formativa
Nesta sexta Roda Formativa, vamos praticar o empodera-
mento e a comunicação não-violenta para promoção da saúde mental
nas escolas e comunidades.
Os participantes do curso serão divididos em pequenos grupos
chamados Rodas Formativas. Cada grupo contará com um tutor que
terá a missão de apoiar os participantes na realização das atividades
do curso. Os tutores são profissionais de saúde ou outras áreas com
experiência e formação na área de saúde mental e estão preparados
para acolher, orientar e apoiar os participantes em todas as atividades
do curso.
Cada grupo deverá, juntamente com o tutor, construir uma
roda de conversas, formando um círculo seguro e confortável, onde
todos possam se ver e ouvir.
Após a construção da Roda Formativa e com a coordenação do
tutor deverão ser realizados três giros da roda, com o seguinte roteiro:
1º Giro da roda:
Cada participante deverá se apresentar, dizer como chega na
roda e escrever numa folha de papel seu maior sonho. Poderá usar uma
só palavra, expressão ou descrever com detalhes o que pretende ser ou
ter no futuro. Não se deve dizer o que escreveu aos demais partici-
pantes.
Na mesma folha o participante deverá colocar uma palavra,
expressão ou desenho que mais representa sua identidade.
As folhas deverão ser dobradas de modo a não mostrar o
conteúdo escrito e devem ser depositadas numa caixa, a caixa dos
sonhos e das identidades.
2º Giro da roda:
No segundo giro da roda, quando todos os participantes já se
apresentaram e colocaram as folhas de papel preenchidos na caixa, o
102
tutor passará a caixa para cada participante da roda que deverá retirar,
aleatoriamente, uma das folhas dobradas.
Os participantes deverão ler o sonho e a identidade escritos na
folha. Em seguida, deve-se expressar um modo de valorização da
identidade ali descrita e uma forma de realizar o sonho escrito.
Ao final, quem escreveu o sonho e identidade se revela e diz
como se sente a partir da valorização e realização do outro.
3º Giro da roda:
No último giro da roda, os participantes com a ajuda do tutor,
deverão ler e se preparar para realização da 6ª tarefa do curso. Neste
momento é importante tirar dúvidas, se aconselhar e compartilhar
dicas, experiências e ideias que possam ajudar os participantes a
cumprir a tarefa, que será realizada no intervalo dos encontros
formativos do curso, nas escolas ou comunidades onde os
participantes trabalham e vivem.
Para encerrar a Roda Formativa os participantes podem
realizar o “Caldeirão das emoções”, onde todos os participantes ligados
num abraço coletivo possam lançar no centro da roda uma palavra ou
expressão que possam ajudar todos ali a realizar seus sonhos e
orgulhar-se de quem são, de como e onde vivem.
103
6ª Tarefa do curso
Nesta sexta tarefa do curso vamos construir um espaço de
empoderamento na escola.
Com ajuda de outros educadores, estudantes, familiares e
pessoas da comunidade, organize um show de talentos ou uma feira de
beleza, artes ou produtos manuais. Convide as pessoas da escola, ou
mesmo de sua turma ou sala de aula, a preparar uma apresentação,
poesia, texto, pintura, teatro, artesanatos ou outros produtos que cada
um saiba fazer ou que mais goste.
Organize as apresentações onde cada participante possa
apresentar seu talento, conhecimento, arte ou produto.
Incentive os demais participantes a fazer perguntas e valorizar
as apresentações e aproveite para destacar as qualidades e fragilidades
de cada apresentação e apresentador.
Os participantes podem formar grupos entre mulheres,
homens ou outras identidades para preparar apresentações coletivas,
que possam apresentar o trabalho ou os talentos e belezas de um dos
grupos da escola.
Música, danças, esportes, poesias, textos e outras artes podem
ser apresentadas no pátio da escola, onde todos possam apreciar e
valorizar as apresentações.
O objetivo do show de talentos, feira ou apresentações é dar
oportunidade para que todos na escola possam apresentar suas
habilidades, talentos, qualidades, artes e produtos de modo a destacar
os elementos de sua identidade e cultura, além de suas capacidades
individuais.
As equipes ou grupos podem ser valorizados, mostrando como
o trabalho em equipe e o vínculo entre as pessoas, especialmente entre
aquelas que sozinhas podem ficar mais frágeis, podem construir e
revelar belas formas de fazer e viver juntos e ser solidários.
O empoderamento é uma forma de expandir as liberdades e
abranger os conhecimentos dos estudantes e educadores, tanto
pessoais como intelectuais, que muitas vezes os levam a desenvolver
104
habilidades com o “eu” interior e a ser protagonistas de seus próprios
desejos, lidando melhor com o outro.
O show de talentos da escola ou a feira de artes e identidades
é uma forma de promover o empoderamento na escola, promovendo a
valorização das pessoas e suas habilidades e a saúde mental como
momento de convivência, bem-estar e saúde coletiva.
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ANOTAÇÕES
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$POTUSVJOEPB
FTDPMBBDPMIFEPSB
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EJÆMPHPFDPOWJWÎODJB
IVNBOJ[BEB
Tema
Objetivos
Identificar os requisitos necessários para a criação de espaços de
acolhimento nas escolas, visando a construção de convivências
humanizadas;
Refletir sobre a escuta ativa, o acolhimento e a participação dos
profissionais, família e comunidade para a implementação de uma
escola acolhedora;
Construir estratégias para concretizar a estruturação de escolas
acolhedoras, visando uma abordagem humanizada da saúde mental na
escola e fora dela.
108
angústias e aflições, a garantia de assistência resolutiva e, caso
necessário, a articulação com outros serviços da rede de atenção à
saúde para continuidade do cuidado.
Neste sentido, o acolhimento é uma tecnologia relacional
capaz de construir e alicerçar afetos, contribuindo para a potenciali-
zação do processo terapêutico entre os docentes, estudantes, gestores,
funcionários e famílias. Desta forma, a criação e solidificação de
espaços de acolhimento nas escolas e fora delas, certamente ajudará
os estudantes, professores e funcionários a lidar com emoções e
sentimentos de maneira dialógica, contribuindo para a construção de
uma convivência humanizada.
Segundo o Instituto Ame sua Mente (2023), o ambiente
educacional deve dispor de alguns princípios e fatores que contribuem
para a formação de uma escola acolhedora, sendo esses: ambiente
saudável; apoio e suporte; diálogo com pais e estudantes; envolvimento
com a comunidade; vínculos afetivos entre todos do grupo escolar;
comunicação efetiva e respeitosa; envolver os estudantes nas atividades
dentro e fora de sala; facilitar o aprendizado; incentivar o respeito e
empatia; desenvolver o senso de pertencimento entre todos os
envolvidos; incentivo ao respeito e empatia; valorização da cultura.
O acolhimento está diretamente ligado à sensação de amparo,
proteção, refúgio, percepções que influenciam diretamente no bem-
estar e satisfação no ambiente escolar. A escola acolhedora está
disposta a acolher os envolvidos na escola, dentro e fora dela, de forma
aberta e compreensiva.
109
ambiente, sendo essas relacionadas ao humor, ânimo, a predisposição
para a aprendizagem e desenvolvimento de suas atividades rotineiras.
Para isso, os sujeitos envolvidos na escola devem ser
estimulados a desenvolverem o empoderamento em termos de saúde
mental, reconhecendo a importância da mesma, buscando o seu
autoconhecimento para fortalecer o desenvolvimento do acolhimento
nas escolas e fora delas.
Neste contexto, a escuta ativa deve ser ação costumeira, criando
um local de acolhimento que sustenta um espaço emocional seguro do
qual emerge a confiança entre os pares. Assim, será possível assegurar
a liberdade e potencializar o ser e estar de cada sujeito, possibilitando
ao final, o exercício da empatia no conviver diário, que comporta todas
as humanidades.
A escola acolhedora, nada mais é que um espaço onde as
crianças e jovens desenvolvem habilidades emocionais e sociais,
podendo ampliar sua influência ao se tornar um lugar que estimule os
familiares e a comunidade para o desenvolvimento socioemocional.
A Base Nacional Comum Curricular (1996) evidencia a relevância
da dimensão socioemocional na formação integral do estudante, sendo
também fundamental para o fortalecimento das relações no ambiente
escolar e engajamento nas aulas. O aprendizado de competências
socioemocionais mais disseminado mundialmente é o modelo da
Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning – CASEL.
Esse ocorre por meio do “processo pelo qual crianças, jovens e adultos
adquirem e aplicam de maneira efetiva o conhecimento, atitudes e
habilidades necessárias para entender e gerenciar emoções, traçam e
atingem metas, sentem e demonstram empatia pelos outros, estabelecem
e mantêm relações positivas e tomam decisões responsáveis”.
Esse modelo é centrado no desenvolvimento de cinco compe-
tências inter-relacionadas de natureza cognitiva, afetiva e comporta-
mental: autoconhecimento; autocontrole; consciência social; habili-
dades sociais e tomada de decisão responsável.
O aprendizado de tais competências é essencial no desenvolvi-
mento humano, colaborando para a criação de um ambiente acolhe-
110
dor, dentro e fora da escola, e podem ser apreendidas pelos alunos,
professores, famílias e comunidade.
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Caixa de Ferramentas dos Educadores
Dica:
A utilização de técnicas ativas e participativas, constitui-se em
ótimas estratégias para a mobilização dos sujeitos visando a
aproximação, o acolhimento e a integração, para a construção de uma
escola acolhedora.
112
você vivenciou) e 2) A MARCA (qual foi a marca que esta
experiência deixou em você?) Essa marca é uma palavra, no
máximo 2. Cada participante escreve na folha e inicia-se o
primeiro giro da roda, com a leitura dos relatos individuais
(Conte-nos o que é essencial da sua lembrança, o fato e a
marca), ao final do relato, o participante, levanta, escolhe um
pregador (de roupas) e prega sua folha (fato e marca deixados
pela experiência negativa) no varal (‘as roupas sujas’).
Segue-se então o segundo giro, desta vez com o resgate
da memória da experiência POSITIVA relacionada a saúde
mental que o afetou significativamente, o registro na folha do
fato e da marca, o giro da roda com a leitura e a disposição no
varal das experiências positivas (‘as roupas limpas’).
Intencionalmente as atividades são iniciadas com as
experiências negativas seguidas das positivas. Nestes 2
momentos dos giros da roda, muitas emoções são afloradas e o
grupo se sensibiliza com os colegas, se acolhem, e muitas vezes
se identificam com as experiências, sendo estes sentimentos
trabalhados pela equipe gestora.
É importante relatar que os participantes são orientados
a registrarem apenas as experiências que se sentirem à vontade
para compartilharem. Enquanto a técnica do varal é executada,
uma pessoa da equipe gestora, devidamente capacitada,
constrói em cartolinas e de forma criativa, a sistematização do
processo (em um lugar reservado, para não despertar a atenção
dos participantes da roda). Ao final do processo a sistema-
tização é apresentada aos participantes e estes comentam sobre
as suas sensações, emoções e sentimentos despertados pela
técnica do varal.
Finalizando o processo, no terceiro e último giro é
solicitado aos participantes que avaliem a roda de diálogos
respondendo (em uma palavra), em uma filipeta as seguintes
questões: “O que eu senti hoje? Que mensagem eu gostaria de
113
deixar”. Em seguida as respostas são compartilhadas
livremente.
114
Sugestão de leitura
Júlia Cameron. A arte da escuta. Editora
Sextante, 2022.
Quando aprendemos a escutar de verdade,
nossa atenção é aguçada e ganhamos
autoconhecimento e inspiração. Além disso,
despertamos a criatividade de um modo que
ressoa em todos os aspectos da nossa vida.
Em uma cultura de agitação e barulho
incessantes, este livro é um lembrete do poder
transformador da escuta genuína.
115
de adolescentes rebeldes determinados a expulsá-lo
do cargo. Tratados com respeito, os estudantes
abandonam o comportamento hostil, se afeiçoando
ao mestre.
116
Rosângela Minardi Mitre Cotta
(organizadora) Métodos ativos de ensino,
aprendizagem e avaliação: da teoria à
prática– Editora UFV, Viçosa, 2023.
Neste livro são apresentados detalhadamente os
principais Métodos Ativos de Ensino,
Aprendizagem e Avaliação utilizados na atualidade
de formas presencial, remota e, ou, híbrida.
Apresenta-se também a diferença entre métodos e
técnicas ativas, ilustrando com algumas das
técnicas ativas e participativas mais utilizadas no
ensino universitário e destacando, ainda, a
importância da mentoria e das Tecnologias Digitais
de Informação e Comunicação.
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Roda Formativa
Mostra das rodas formativas
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Divisão dos Papéis no grupo
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ANOTAÇÕES
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Mensagem de finalização do curso
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Agradecemos a todos os especialistas convidados,
organizadores, tutores, apoiadores e participantes que tornaram este
curso possível, proporcionando conhecimentos valiosos e orientações
essenciais.
Desejamos a todes, muito sucesso nessa nobre missão de cuidar
e educar e na construção de uma escola acolhedora, que promove a
saúde mental e o bem-estar de todos, dentro e fora das escolas.
Equipe Organizadora
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ANOTAÇÕES
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Referências
ABBAMONTE, G.; BEATO, E.; ÁBDO, P. (coord.) Psicomotricidade: da
gestação à melhor idade. Rio de Janeiro: Editora Conquista, 2023.
127
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COTTA, R.M.M. (org.), CAMPOS, A. A., SILVA, L. S., SILVA, L. S., COTTA, F. M.,
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128
Debate “Afeto-efeito”: O que pode um corpo? – com Rita Von Hunty e Selma
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ESPAÇO Escolar: Acolher bem para viver bem: live. Disponível em:
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129
https://portal.fiocruz.br/livro/medicalizacao-em-psiquiatria . Acesso em 16 set.
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GARUZI M.; ACHITTI M. C.O.; SATO C. A.; ROCHA S.A.; SPAGNUOLO R.S.
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130
LUIZ, M. C. (org.). Conselho Escolar e as possibilidades de diálogo e
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NOLASCO, Ricardo (ed.). Jornal A Sirene: Para não esquecer. Ed.nº 2, abril de
2016, p.7. Disponível em:
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PRO dia nascer feliz. Direção: João Jardim. Produção: Flávio Ramos
Tambellini. Documentário, 2005. DVD.
ROSE, Nikolas. What Is Diagnosis For? Conference on DSM-5 and the Future
of Diagnosis. Disponível em https://nikolasrose.com/wp-
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131
SACKS, Oliver. Um antropólogo em Marte. Editora Companhia das Letras, São
Paulo: Editora Companhia das Letras, 2006.
SÉRGIO Papagaio. “Papo di cumadi”. In: A Sirene para não esquecer. Ouro
Preto: Ed.nº 2, abril de 2016, p.16.
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Agenda de contatos para rede de
saúde mental das escolas
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O que pode me ajudar? __________________________
Pode realizar quais atividades nas escolas? ____________
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