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ATIVIDADE DE EXTENSÃO

Título da Atividade de extensão:

Qualidade de vida e bem-estar: contar, ouvir e ressignificar

Selecione a MODALIDADE de extensão:

Curso/Oficina

Informe a submodalidade de extensão:

Projeto (Projeto Social, Projeto Cultural, Projeto de Ensino Extensionista, Projeto de


Saúde e Bem-estar, Projeto de Letramento Digital, Projeto Educacional, Projetos de
Sustentabilidade e Proteção Ambiental)

Informe o número de um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


ao qual o projeto está vinculado:

Objetivo 3 - Saúde e Bem-estar

Curso propositor:

Tecnólogo em Qualidade de Vida na Contemporaneidade

Informe a área do conhecimento do curso propositor:

Saúde e Bem-estar

A atividade extensionista será ofertada para mais de um curso?

Sim.

Selecione a(s) competência(s) profissiográficas que o curso propositor pretende


desenvolver nos estudantes, por meio da atividade de extensão:

COMUNICAÇÃO
TÉCNICO-DIGITAL
TOMADA DE DECISÃO
LIDERANÇA
PENSAMENTO CRIATIVO
PROATIVIDADE
ÉTICA
SÓCIO-CULTURAL
Resumo da Atividade Extensionista:

Em consonância com a proposta da inclusão social, apresentamos o Projeto “Qualidade


de vida e bem-estar: contar, ouvir, sentir e ressignificar”. O projeto tem como objetivo o
ATIVIDADE DE EXTENSÃO

engajamento do adulto ou do idoso, possibilitando sua participação em atividades que


envolvam os saberes holísticos, alteridade, contemplando o bem-estar, a troca de
conhecimentos, a partilha dos saberes, um olhar para si e ao outro, desenvolvendo
empatia, reconhecimentos de identidades, empoderamento e inclusão social. Trazendo,
assim, melhoria para sua qualidade de vida, por meio de oficinas que externalizem as
percepções dos seus enredos, como também a sua identidade e a relação com coletivo.

Palavras-chave (de três a cinco):

Qualidade de Vida. Bem-estar. Histórias. Inclusão social. Ressignificação.

Introdução

O aumento da população idosa e a transformação no perfil demográfico brasileiro


constituem importantes modificações estruturais da sociedade moderna. Desde a
década de 1940, observou-se um declínio nos níveis de fecundidade, o que reflete a
redução na taxa de crescimento populacional, causando alterações, ou mesmo uma
inversão na pirâmide etária e na análise estatística mundial, tendo, como resultado, o
incremento mais lento do número de crianças e adolescentes, paralelamente, ao
aumento contínuo de adultos e idosos (IBGE, 2016). Estimativas projetam que o número
de idosos, até 2025, será superior a 30 milhões.
Contudo, viver plenamente é um anseio inerente aos seres humanos; a
longevidade é, sem dúvida, uma dádiva, uma vitória. Mas a vida de cada sujeito é
imbuída de singularidades, contextos, caminhos e histórias únicas. Desta forma, o
Projeto “Qualidade de Vida e bem-estar: contar, ouvir, sentir e ressignificar”, visa chegar
a todas as regiões do Brasil, por meio de nossos acadêmicos, e atingir a qualidade de
vida e bem-estar do adulto e do idoso, possibilitando sua participação em atividades que
integrem os saberes holísticos do bem-estar pleno, ou seja mente e corpo integrados.

Quando falamos em desenvolvimento humano estamos preocupados


com a formação integral do indivíduo, capacitando-o para viver numa
sociedade pluralista, em permanente processo de transformação. Isto
implica que, além das dimensões cognitiva e instrumental, sendo esta
última representada pela aquisição dos códigos de representação das
informações e dos conhecimentos construídos, é preciso também
trabalhar a criatividade, a responsabilidade social, juntamente com os
componentes éticos, afetivos, físicos e espirituais (MORAES, 2003, p.
21).

Nesta mesma linha, o projeto tem como objetivo o engajamento do adulto ou do


idoso, possibilitando sua participação em atividades que envolvam os saberes
holísticos, contemplando o bem-estar, a troca de conhecimentos, a partilha dos saberes,
ATIVIDADE DE EXTENSÃO

um olhar para si e ao outro, desenvolvendo a alteridade, a empatia, os reconhecimentos


de identidades, o empoderamento e a inclusão social. Trazendo, assim, melhoria para
sua qualidade de vida, por meio de oficinas que externalizem as percepções dos seus
enredos, como também a sua identidade e a relação com coletivo.

Data inicial da atividade extensionista:

2023.

Data de término da atividade extensionista: *

Indeterminado.

Carga horária total da atividade extensionista:

50 horas.

Objetivo da Atividade de Extensão:

Objetivo Geral:

Proporcionar aos acadêmicos envolvidos no projeto ações que ressignifiquem a


percepção de si e do outro, buscando um olhar holístico com princípios pautados na
responsabilidade, na autonomia e na solidariedade, comprometido com uma
perspectiva inclusiva, ofertada nas instituições de ensino, nos centros culturais, de
esporte, lazer ou no polo de apoio presencial aos interessados no projeto.

Objetivos específicos:

✓ Promover engajamento do adulto ou do idoso, possibilitando sua participação


em atividades que envolvam os saberes holísticos, contemplando bem-estar, a
troca de conhecimentos, a partilha dos saberes, um olhar para si e ao outro,
desenvolvendo empatia, reconhecimentos de identidades e coletividade.
✓ Favorecer experiências inovadoras do ponto de vista de metodologias,
instrumentos e processos, considerando o princípio da inclusão.
✓ Fomentar a participação de acadêmicos como protagonistas no planejamento e
avaliação das atividades.
✓ Aplicar o conhecimento acadêmico para o benefício da comunidade.

O estudante deverá apresentar algum conhecimento mínimo prévio?

Conhecimentos prévios:

O que é Alteridade?
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https://www.youtube.com/watch?v=bIXiPC_e-mI.

Quais são as novas pautas em educação. (p.14)

http://www.ub.edu/sentipensar/pdf/candida/paradigma_emergente.pdf

Justificativa

Em consonância com o Programa Viver – Envelhecimento Ativo e Saudável


(PVEAS), apresentamos o Projeto “Qualidade de Vida e bem-estar: contar, ouvir, sentir
e ressignificar, que propõe aos acadêmicos mediar ações com público de adultos e
idosos, ressignificando a percepção de si e do outro, buscando um olhar holístico com
princípios pautados na responsabilidade, na autonomia e na solidariedade,
comprometido com uma perspectiva inclusiva, ofertada nas instituições de ensino, nos
centros culturais de esporte, lazer ou no polo de apoio presencial aos interessados no
projeto.

Metodologia

A metodologia adotada para execução deste projeto é a metodologia participativa,


entendendo que a inclusão e a qualidade de vida do adulto e do idoso é
responsabilidade social, tendo como referência a construção coletiva, em que seus
diversos atores são sujeitos na elaboração e na execução deste trabalho. A execução
do projeto poderá ocorrer nas escolas, EJA, Instituições de ensino, centros culturais, de
esporte e lazer, comunidade em geral, ou no polo de apoio presencial com a parceria
do tutor externo dos cursos.

Inicialmente, será escolhida a instituição para realização do projeto e realizado o contato


com o responsável pelo local escolhido, conforme acordo entre os responsáveis. Será
necessário verificar, antecipadamente, a disponibilidade de todos os recursos
necessários para a aplicação do projeto em sua íntegra.

É importante que o acadêmico conheça todas as etapas e as atividades a serem


desenvolvidas, antes de iniciar o desenvolvimento do projeto. Lembrando que deverá
cumprir a quantidade de horas informadas junto ao espaço em que o projeto for
acolhido, ou a partir das atividades e das ferramentas virtuais, conforme descritas no
cronograma de execução.

Após o contato inicial com o local, será realizado um levantamento acerca das
possibilidades de aplicação do projeto na região. Em seguida, busca-se traçar um perfil
do público que será atendido para saber quais são suas áreas de interesse e as
dificuldades em relação a elas. Este levantamento pode ser realizado por meio de uma
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roda de conversa ou uma reunião, na qual se buscará compreender quais os melhores


horários para as atividades e o que eles esperam como resultado deste projeto.

A seguir temos as oficinas que poderão ser escolhidas para realização do projeto:

OFICINA 1- Narrativas e Histórias de vida

Tem como objetivo principal proporcionar aos participantes o compartilhamento


dos saberes, por meio de narrativas e histórias de vida, que poderá ser por meio de
imagens, fotos, exposição oral, teatro, música, explorando as tecnologias, conforme a
criatividade do grupo.
• O acadêmico deverá, primeiramente, conhecer o público-alvo para,
então, planejar e conduzir a oficina de acordo com os contextos dos
participantes.
• Importante a consulta do livro: “Narrativas e Histórias de Vida”. Este livro
lhe dará subsídios e ideias para aplicar a oficina. É um livro institucional,
e você encontra no site da biblioteca.
As narrativas são formadas por pensamentos, impressões, imaginações, desco-
bertas, dúvidas, questionamentos, informações obtidas na mídia, na escola, no lar, na
igreja, na esfera dos sonhos, nas realidades, nos aspectos culturais, artísticos etc.
(VIEIRA; SPERB, 2007).
Para Viana, Imbrizi e Jurdi (2017), o conteúdo das narrativas não surge do nada,
nem o jeito de contá-las é adotado aleatoriamente. Tudo o que envolve as narrativas
tem porquês e está emaranhado com a subjetividade, a identidade, os sentimentos, os
pensamentos daquele que narra. É possível que o narrador nem perceba que revela
tanto de si ao narrar.
• Acadêmico, importante você orientar o púbico ao qual você destinará este
projeto, que poderá expor um acontecimento em sequências as quais vão
se desencadeando ao longo do relato. Não precisa estar organizado em
ordem cronológica. Pode ser apresentada com trechos do presente, do
passado, que vão se cruzando, ou se sobrepondo.
• Enquanto o participante relata sua história, observe não somente o que
ele conta, mas a forma como expressa suas emoções. Observe, também,
a reação e as expressões do grupo. Anote suas percepções.
• Para finalizar você, desenvolverá algum material para expor as histórias
relatadas. Poderá utilizar recursos tecnológicos, com fotos, imagens,
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escrita, música etc. A coletânea destes produtos poderá ser socializada


se autorizada pelos idosos participantes. Fotografe o momento da
contação e da exposição. Mande para o e-mail:
patrícia.offial@uniasselvi.com.br, juntamente com o relato de sua
percepção desta oficina.

Desta forma, estamos contribuindo com a valorização do “registro da memória e


a transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de
garantir a continuidade e a identidade cultural” (BRASIL, 2010, p. 13).

OFICINA 2 – Corporeidade e imagem pessoal

Corpo é um conceito com o qual já estamos familiarizados, sendo logo


relacionado à nossa estrutura física: ossos, veias, artérias, cartilagens, músculos e afins,
e motricidade. Já a definição de corporeidade é relativamente nova, o que explica o
equívoco de muitos em presumir que tais conceitos são sinônimos. Esta definição é
moldada na fenomenologia do filósofo francês Merleau-Ponty, não obstante, foi somente
no século XX e início do atual que ela ganha maior amplitude e passa a ser utilizada em
diversos âmbitos de estudos, atingindo cursos de Pedagogia e Educação Física com
maior abrangência.

Englobando não tão somente a motricidade e os aspectos fisiológicos, como


também percepções envolvendo a grande variedade de experiências às quais estamos
expostos. Relaciona-se, ainda, com a racionalidade e as relações sociais e
socioculturais do ser com seu meio.

Neste aspecto, corpo e corporeidade são conceitos distintos, todavia estão


interligados, sendo inexequível abordar tal tema sem fazer as cabíveis convergências.
Para tanto, partindo da perspectiva de que corporeidade bem como imagem corporal
são experiências subjetivas e envolvem questões culturais e históricas, este projeto se
destina a envolver os adultos e os idosos em atividades de sensibilização para esta
percepção.
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Etapas do Projeto:

Sensibilização Preparação

Como me
Autorretrato
vejo

Como o
interpretação
outro me vê

Como vejo
Subjetividade
mundo

• Sensibilização: o acadêmico trabalha o conceito de corporeidade e imagem


pessoal, por meio de palestras, círculo de conversas, debates, sensibiliza o
adulto ou o idoso a entender o conceito.
• Autorretrato: o adulto ou o idoso trará contribuições de seu ponto de vista sobre
a corporeidade e a imagem pessoal, por meio de diferentes registros que
culminarão em uma exposição. Representará, de forma artística, como ele se
enxerga (sem texto).
• Releitura: acadêmicos fazem releitura e apresentam suas interpretações aos
adultos ou aos idosos.
• Subjetividade: adultos ou idosos apresentam a sua percepção de corporeidade
e a relação de imagem com a sociedade.

RESULTADOS ESPERADOS

Além da experiência vivenciada com a elaboração de uma proposta inclusiva,


espera-se que este projeto:

a) Contribua para a revitalização dos vínculos entre IES e comunidade,


principalmente, na redefinição de compromissos e função social de ambas no
que se refere à valorização da terceira idade.
b) Instigue, nos acadêmicos, reflexões para além do método científico, conectando
teoria e prática de forma interdisciplinar, provocando posturas investigativas e
críticas diante das situações do cotidiano e do mundo que os envolve.
c) Contribua para que os acadêmicos possam se apropriar da metodologia ação-
reflexão-ação e tenham autonomia para elaborar atividades com conteúdos
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específicos de sua área de conhecimento, que possam ser utilizadas na sua vida
profissional, de forma interdisciplinar.

Público-alvo impactado

Adultos e idosos.

Sugestão de locais para que o projeto seja desenvolvido:

O projeto poderá ser desenvolvido nos seguintes locais: escolas que ofertam a EJA,
centros de assistência ao idoso, fundações culturais, ONGs e associações de bairros
ou de moradores.

Obs.: acadêmico, este campo trata-se de sugestões de locais para que você realize seu
projeto de extensão. Ainda é possível realizá-lo em outros locais, desde que observado
o público-alvo.

Cronograma

Para realização do Projeto de Extensão, presencialmente:

Dia Ação CH

1 - Contato inicial com a instituição/local de aplicação. 5h


- Reconhecimento do espaço, por meio de um levantamento inicial
que pode ser realizado por meio de uma roda de conversa ou uma
reunião, na qual se buscará compreender quais os melhores
horários para desenvolver as atividades.

2 Encontro 1 5h
- Selecione com o público-alvo a organização das oficinas a serem
aplicadas.
- Defina datas e colete materiais para a construção das oficinas de
aprendizagem, juntamente com o público-alvo.

3 Encontro 2 10h
- Prepare o local no qual serão desenvolvidas as oficinas.
- Sensibilize o público-alvo antes da aplicação, contextualizando o
tema da oficina escolhido.
- Oriente e auxilie o público-alvo das etapas das oficinas.
- Estipule a forma de registro.

4 Encontro 3 10h
- Oriente sobre as etapas da oficina.
- Enfatize o objetivo da oficina, relacionando com a área escolhida
(ciências humanas e sociais).
- Aplique a oficina, com registro de fotos (item obrigatório).
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5 Encontro 4 15h
- Colete o depoimento dos participantes a respeito da atividade
desenvolvida e encaminhe os registros para a coordenação do curso
que você está matriculado.
- Realize uma Roda de conversa com os participantes
(encerramento e despedida).
- Apresente uma síntese das atividades desenvolvidas para os
responsáveis pela Instituição.
- Fechamento do Projeto.

6 - Preenchimento do questionário de avaliação da realização do 5h


Projeto e o envio dos registros para a coordenadora de curso.

Total 50h

Avaliação da Atividade Extensionista:

Qualitativa (item institucional).

Informe quais procedimentos/ferramentas serão utilizados(as) para a avaliação da


Atividade Extensionista:

Questionário (item institucional).

Informe a periodicidade da avaliação da Atividade Extensionista:

Semestral (item institucional).

Referências:

BRASIL. Política Nacional do Idoso. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento


Social e Combate à Fome, 2010. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/politica
_idoso.pdf. Acesso em: 7 ago. 2010.

CAVALCANTI. R. A. Andragogia: a aprendizagem nos adultos. Revista de Clínica


Cirúrgica da Paraíba, a. 6, n. 4, jul. 1994.

GADOTTI, M. Educação de Adultos: Teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez,


2001.

KNOWLES, M. S. O aluno adulto. Uma espécie negligenciada. 4. ed. Houston: Gulf


Publishing, 1990.

MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. Campinas/SP: Papirus,


2003.

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