r e vi s ta arkham
•
hoje, que é a de imaginar-se algo Porém ,desde o momento em que a
diferente, longe da rotina de viver num ficha pode ser amassada e jogada no
escritório, numii sala de aula, enfim, lixo, acaba a autoridade. Acaba o poder
evasivamente. E' uma verdade, nos mágico do RPG. É importante ressaltar
jogamos nos meandros dos que como qualquer jogo, você pode
pensamentos do mestre, que como simplesmente vira r as costas e não
pessoa comum, filho de Deus, Jeová, jogar mais. Enquanto pessoa, todo o
Javé ou de qualquer grande entidade poder que se dá ao mestre de jogo é
real ou não, não passa de um Portal o mesmo de um árbitro de futebol: Se
para a bolha de ideologias e discorda, se xinga, se respeita, mas se
possibilidades de cada Jogador. Isto é você não quer mais jogar bola, sai do
RPG, compartilhar pensamentos e campo e pronto.
realizacões
, num universo qualquer, A grande dúvida agora é saber o que
largado por aí. Talvez isso explique a se passa na cabeça do jogador, mestre
taman ha morosidade dos grupos em se que compartilha de suas eviscerações
unir em torno de soluções, dificilmente através de livros, contos , sftios
saem de seus próprios mundos pra internáuticos, listas de discussão, para
pensar em RPG nacional a não ser nas traçar uma rota coerente pra seguir
prateleiras que nunca visitam. "Não é através do mar de ign orantes
problema meu, eu só jogo, e daf?" A (desconhecedores, como quis explicar
sociedade vê isso. E o preconceito é o Kléber BigBrotheresco) do modo de
inevitável. Mas se não temos nem um pensar RPG. Definitivamente, o RPG não
conceito formado, por que reclamar? pode ser encarado como algo maior que
O que é o jogador, senão um poço nossa própria vontade, mas sim como
de dúvidas? Ele é apenas humano, fruto da boa vontade de algumas mentes
objeto de s~u próprio prazer e dispostas a ceder algum tempo de suas
belprazer de urn mestre de jogo, lfder vidas a desfechar trilhas geradas pelo
inato; guia sáb.io; tirano indecente; inconsciente geral da mesa de RPGistas,
rato de regras; senhor dos combates; JdRrrantes, jogadores e mestres.
todos juntos OLJ um por vez. Ele possui Basta lembrarmos de defender o
todo o poder que os jogadores o dão direito de pensar livremente, já que
no instante da criacão
, do universo. pensar é humano. a Ira contra quem
visa cu lpar o RPG não tem justificativa,
ela age tal qual a fé, que pode ser cega
e surda mesmo quando temos certeza.
Ir Aprend am a expandir a comunicação,
a coerência que temos numa mesa de
jogo a todos os que se perguntam o
porquê de tantos jovens de várias
classes , de vários lugares, se reuni rem
pra jogar em um mundo qualquer, da
imaginação de cada um dos
-,
, .
- ,
·--"":~""""'(-....•-&::- . í -,,:::::
participantes por tanto tempo. Puxa,
somos capazes de criar mundos, alterar
. ..,...----
""' r-~--
- """:::::=-A ~-·-...,.- - ..._.,,..,-:::::::::-
realidades, porque é tão diffcil dar uma
visão à sociedade do que somos?
Um jogo de conceitos tão simples que
~O / os assassinos, loucos, desequilibrados da
li \,/ vi da cotidiana podem jogar como
I qua lquer outro jogo que envolva o
raciocínio, a imaginação e um pouco de
o conhecimento e diversão, que ninguém
é de ferro, como xadrez, damas,
videogame, pôq_uer, purrinh a . .. Não
podemos simplesmente admitir que é
impossível, temos de mostrar o que existe.
Já há quem faça, você já pensou em fazer
algo hoje? O seu grupo aceita iniciantes
facHmente? Vocês se reúnem escondidos,
r pg
como uma seita ou todo mundo sabe que
vocês jogam? O que você pensa de um
grupo de caras que se isolam de todo
mundo, mas quando são estigmatizados
negam tudo? Todo mundo vê e sabe de
quem se isola. Quanto mais isolado o
grupo, pior fica provar que são pessoas
tentando se divertir.
Vamos mostrar o lado bom do RPG
sim. Que pessoas de bem jogam RPG,
que educam, que se divertem sem
problemas. Mas não esqueçamos que
o lado ruim existe e está em cada um
de nós , por sermos humanos e
jogadores. Não procuremos culpados
e inocentes, procuremos autores,
criadores, seres pensantes em cada um
de nós RPGistas possuidores de QI e
QE. Não é diffcil. Afinal , somos
inocentes até que se prove o
contrário. Mas só podemos nos cu lpar
se nada for feito por nós, senão por
nós. O RPG definitivamente não é
culpado , mas quem o inocentará da
acusação de incentivar o pe nsar
livremente ? Os que acusam sem o
conhecer? Ou os que conhecem bem
e sabem que a desunião e a baderna
nacional favorecem o cala-boca?
Aqui vai o meu conselho: Não
briguem, nem discutam. Mostrem que
sabem pensar e logo alguém vai notar
que RPG não passa de coisa de
adolescente com vocação pra serial
killer. Já há algumas pestanas se
levantando. RPG é Educação, RPG é
Lazer, mas RPG e maturidade ainda faltam.
Ou vamos nos unir e solucionar
isso, ou não nos importamos e vemos
o que quer que eles vejam de bom e
de ruim no RPG, e rec lam amos,
esperneamos mas acordamos no outro
dia como se nada tivesse acontecido.
Mesmo que você não possa fazer
nada, tente entender como as pessoas
"de fora" pensam daquilo que você faz.
Mesmo que você não se importe, é
com elas que você vai acabar tendo
que se entender, quando ocorrer algo
ruim. O mundo não é só a sua roda de
amigos, há muita gente lá fora que
mesmo ignorando sua existência, se
importa quando você quebra as regras
de convivênc.ia social. Liberdade,
Igualdade e Respeito.
11
 revista
1
odas sabemos. que o RPG é
uma forma sadia de
entretenimento, no qual as
pessoas exercitam sua
criatividade com o objetivo de se
divertir. Sabemos também que, de
acordo com o cenário da aventura, os
jogadores precisam empreender algum
tipo de pesquisa histórica e/ ou literária
para melhor compor seus personagens
e que esta caracteristica vem sendo
utilizada em processos educacionais
com relativo sucesso. Apesar disso,
observamos que muitos Mestres
preferem repetir velhas fórmulas do tipo
"criar um grupo de heróis que combinam
suas habilidades e saem pelo mundo em
busca de aventuras", nas quais cada
personagem é, no máximo, um leve
aperfei çoamento do estereótipo de
herói de Fantasia Medieval.
Se nos utilizarmos apenas de livros
básicos e suplem e ntos para um
determinado tipo de jogo, ficaremos
sempre presos a certas situações. Mas,
se buscássemos inspiração em outros
gêneros literários para sofisticar as
aventuras e aprimorar o background
dos personagens? Será que não
poderiamas nos divertir ainda mais?
,.
HEROIS DE
CAPA & ESPADA
Enriquecendo as campanhas
de Fantasia Medieval
Existem diversos gêneros que poderiam
ser analisados, como policial, terror,
suspense e ficção cientifica , todos
, recheados de boas idéias.
Mas nenhum deles
consegue passar um clima
mais aventuresco do que
as tradicionais histórias
de capa e espada, em
-
que a açao e' quase
ininterrupta, os grandes
feitos fisicos e a galanteria dos
mocinhos é tão eletrizante que deixa
a gente literalmente de cabelo em pé.
Nesta matéria , apresentamos
diferentes situações e sugerir alguns
personagens clássicos da literatura e
do cinema que podem ser usados como
arquétipos para personagens de RPG,
em especial no cenário de Fantasia
Medieval, embora possam ser adaptados
para outros tipos de cenário.
Trabalho em equipe: a
união faz a força e as
grandes revoluções
Segundo boa parte dos fãs do
gênero capa e espada (eu, inclusive)
o grande responsável pela criação e
difusão desta maravilha foi o escritor
Alexandre Dumas, autor de clássicos
como "Os Três Mosqueteiros" e "O
Conde de Monte Cristo". Dumas
eternizou seus mosqueteiros (algo
como uma tropa de elite do exército
monárquico francês do século XVIII)
fazendo com que pessoas simples,
desprovidas de qualquer coisa além das
suas h abilidades naturais, se
sobressaí ssem realizando feitos
heróicos em nome da justiça e sendo
aclamados pelo povo. Esta abordagem
deveria ser utilizada por Mestres e
jogadores· de RPG, principalmente
aqueles que escondem seus
personagens por detrás de poderes ou
artefatos mágicos. Afinal de contas,
quem disse que um personagem
precisa de uma espada vorpal + 200 ou
de um anel de invisibilidade para ser
um herói? Basta olharmos para
D' Artagnan, Athos, Porthos e Aramis
para vermos que a idéia de conjunto,
a coragem, estratégia e habilidades
naturais podem gerar ótimos heróis e
ótimas aventuras.
É claro que para vislumbrarmos isso
é necessário desconsiderar filmes como
"A Vingança do Mosqueteiro", em que
o jovem D' Artagnan mais se parece com
um guerreiro jedi nascido nas
imediações do planeta Krypton que com
o personagem de Alexandre Dumas.
O Patrocinador:
quando a aventura
está em bancar o jogo
rro Conde de Monte Cristo" é também
uma ótima fonte de inspiração. Na história
original, o jovem Edmond Dantes é
condenado e preso injustamente. Após
um longo periodo encarcerado, ele
consegue fugir e, de posse de um
fabuloso tesouro, começa a empreender
um intrincado plano de vingança contra
aqueles que o prejudicaram. O Mestre
poderá encontrar diversos pontos
interessantes nesta obra literária e
criar um personagem que pode atuar
como patrocinador de um grupo de
aventureiros, fazendo com que eles
trabalhem a favor de seus interesses
ou concordando em financiá -los em
troca de uma parte do lucro obtido
com a aventura.
O Cavaleiro Solitário:
, . ,
a estrateg1a e a sua
melhor arma
Um outro bom exemplo do gênero
capa e espada é o seu mais ilustre
representante: o Zorro. Criado em
1919 pelo escritor americano Johnston
McCulley, o Zorro combate a tirania
do alcaide (prefeito) de Los Angeles,
que sucedeu o pai de seu alter-ego,
Diego de La Vega, durante o governo
espanhol na província da Califórnia.
 Espadachim formidável, o Zorro não
conta apenas com sua habilidade em
esgrima para resolver os problemas.
Antes disso, ele se utiliza de uma
identidade secreta aparentemente
inofensiva, um criado que se finje de
surdo-mudo e de inteligentes
estratégias para vencer seus inimigos.
Embora seja um personagem
1
'solitário" nos momentos de ação, o
Zorro poderia ser adaptado para RPG
não apenas em relação às suas
habilidades de combate mas,
principalmente, por seu compor-
tamento estratégico. Seria interes-
sante que um ou mais personagens do
g r u p o a g i s se m ' 1 n as som b r as "
enquanto os demais partissem para o
confronto direto.
Identidade secreta +
equipe de agentes:
desviando a atenção
do inimigo
Pouca gente sabe que o Zorro
deriva de um personagem da literatura
inglesa do final do século XIX, o
Pimpinella Escarlate, da Baronesa
Orczy, que é considerada a criadora
do conceito da identidade secreta.
Nobre de nascimento, o Pimpinella
Escarlate esconde,-se atrás da
identidade de Sir Percy Blakeney, um
jovem afeminado e fleumático, que nas
horas vagas trabal ha junto com seu fiel
grupo de amigos para salvar os nobres
franceses do apetite da guilhotina.
Além do conceito de identidade
secreta, outro ponto alto neste t ipo
de abordagem é a existência de um
grupo de assistentes praticamente
anônimos, que fornece suporte ao
herói. Desta forma, quando perse-
guido por algum vilão (que verá apenas
o herói como seu verdadeiro
oponente), o mocinho terá sempre a
vantagem de que seus fiéis servidores
estarão agindo em paralelo para
frustrar os planos malignos do inimigo.
Dupla identidade:
quando os heróis não
são apenas heróis
Embora tenha sido usada à exaustão
nas décadas seguintes ao surgimento
do Pimpinella Escarlate, a identidade
secreta poderia render muita diversão
se adaptada para as mesas de jogo.
Normalmente, numa aventura de RPG,
os personagens são o que são, seus
rostos são feitos conhecidos do grande
público e cantados pelos bardos e
menestréis. Mas e se eles se ocultas-
sem sob uma outra identidade? Não
seria divertido representar dois
personagens ao invés de um,
esforçando-se para diferenciá-los aos
olhos de todos para que as missões
secretas pudessem ter mais êxito?
De um modo geral, a identidade
secreta clássica de um herói é alguém
afeminado/ desastrado/fútil ou algo do
gênero, mas podemos optar por um
personagem que possui duas
identidades heróicas, a primeira
conhecida do grande público e a
segunda, secreta , que poderia ser um
outro herói que por alguma razão fosse,
por exemplo, considerado fora da lei.
Piratas e ladrões: o
vilão pode ser um
mocinho?
Embora romantizados ao extremo
pelo cinema americano dos anos 50 e
60, os piratas eram na verdade uma
turma prá lá de casca grossa. Marginais
da pior espécie, esses indivíduos se
amontoavam em navios renegado s,
chacoalhando pelo oceano em busca
de outras naus que pudessem ser
pilhadas. Com o passar do tempo, a
pirataria deixou de ser apenas um
negócio "free-lancer" para se tornar
também um empreendimento
governamental. Alguns países, dentre
eles , a Inglaterra e a Espanha,
financiavam grupos que tinham por
missão saquear embarcações de
nações ln1migas. Estes piratas
recebiam da coroa a famosa "Carta de
Corso" (daí o nome corsá rio), uma
espécie de autorização Legal de saque,
e iam para alto mar mandar chumbo e
roubar os outros sem se tornar um fora-
da-lei perante seu próprio país.
Como fontes de pesquisa de piratas
interessantes , indico os filmes no
Gavião do Mar", ftPirata Sangrento" e
no Cisne Negro" , que darão ótimas
idéias para campanhas, mesmo em
terra seca, afinal é bom não esquecer
que o famoso mosqueteiro Porthos foi ,
em outras épocas, um famoso pirata.
Falando em terra seca e Ladrões,
não podemos esquecer do mais famoso
bandoleiro que já existiu: Robin Hood.
Um nobre que se vê perseguido por
um principe e luta junto com outros
foras-da-Lei pelo retorno de seu
soberano à Inglaterra. Muita gente vê
Robin apenas como um arqueiro
incomparável, mas ama análise mais
minuciosa revelará diversos pontos que
podem ser aproveitados na criação de
um personagem.
Senso de humor e
coragem inabalável:
pré-requisitos para ser
um herói de capa e
espada
Os tempos atuais nos oferecem (anti)
heróis sisudos e violentos, que por
qualquer coisinha saem metendo bala
nas imediações. Mas no tempo da capa
e espada as coisas eram bem diferentes.
Todos os heróis deste gênero Literário,
além de cavalheiros, são extremamente
bem-humorados e fazem do humor a
oportunidade ideal para exibir seus dotes
intelectuais e sua presença de espírito
frente aos desafios. Antes que alguém
se confunda, é bom expUcar que eles
não são bufões ou personagens cômicos.
Seu senso de humor é pontuado por uma
fina ironia é eles o usam como uma de
s\'.Jas principais armas, para desestabilizar
emocionalmente o inimigo.
Outra característica dos persona-
gens de capa e espada é o uso de
estratégia. Eles não se comportam
como Conan, o bárbaro, que pega a
espada, grita crom ! E sai dando
bordoada em todo mundo. Eles pensam,
planejam, aguardam e então agem. A
coragem que demonstram (e que tantas
pessoas admiram) é muito mais uma
questão de confiança em seus talentos
e estratégias do que uma demonstração
de desprezo pelo perigo.
Essas são as minhas sugestões e
posso garantir que elas funcionam
muito bem, pois já as usei diversas
vezes. Se o Mestre quiser tornar suas
aventuras mais divertidas deve olhar
menos para os livros de regras e
suplemen tos e buscar fontes mais ricas
na Literatura e no cinema, onde não
faltam boas idéias.
Um por todos e todos por um!
Marcos Archanjo
archanjo@portalrpg.com.br
Comandante da Legião
Combatente
1 ••

· Dragonlance ·
re v i st a a r, k h, a m r p g

--
''Neste~
tempos
tenebrosos, Comj?tlnhe1iros
de Aventura, só.' re,~~a . ama
esperança:·· enQ.t:Jm~i/i:!af ÇJ
brago,n i nae! ~{-
Por Fábio Farias e Diogo Bronér
Ilustrações: TSR
'
á quase vi nte anos, um grupo de
escritores da l'mt, ~~resa responsável
pelo entãó já fam0'8e Dungeons and
Dragons, recee~l,_J,: uma 1mpertante
encomenda: criar uma sérte dE; avefltl!,ras que
reproduzissem um rom.ambe a ser e~crito O principal
obj etivo era fazer com q;ue -os j0gq€1ores se
identificassem com os ,rets~rti:ge'fl~ qQ· romance e
buscassem viver as mesma~ a.V-émt;õra~,. O e.tljet-ivo
deste projeto era recrwta.~.,itlai~ 'jo~~ágr~s. ,
O grupo, partind:@, @e· ~.ot~ c~im~ai'\A~ rp ré •
existente, desenhou ®l-'f1 e~n~w'%- ·t:tm· mwr1~® ttnite
se realizariam gra11d:es .av:e~t:.Uras,.
»
11eusés. feram ·.
criados, sociedades rht>ld:adá'S', g.rand~~s cidades e
pequenos vilarejos descrites. ét'frwtG de todo este
trabalho foi apenas alg,umas f;ofhas; 'rabiscadas e
desenhadas. •
O próximo passo a ser executado
. . era a criação
de um grupo de personçigell~ interessantes e
expressivos, os quais os escriteres/jogadores
interpretariam em uma campanha e:omandada por
Margaret Weis.
A partir das folhas rascunhadas, os personagens
foram criados. Suas vidas foram e:.,s~ritas, detalhando
seu passado, suas personalid:a(l~s, p~culiaridades e
defeitos. Eram pers0nageF1s marcados por
sentimentos comuns à humarHlil:a:dê como a ambição,
a insegurança, ·o amor e a f;nocência. Estes
personagens viveram a:v entwràs inesquecívei~,
derrotaram inimigos pód@ro stos, trouxeram a
esperança de volta ao mundo. Poucos sabiam· disso
até então, mas um grande épico havia nascido.
O fruto destas aventuras recebeu o nome de
Crônicas de Dragonlance - uma série de romances
que deu origem ao mundo de Dragonlance, escritas
por Margaret Weis e Tracy Hickman. Hoje, esta saga
é um best-se//er mundial e conta com mais de
noventa romances publicados. Entre estas dezenas
de contos e romances, existem estórias sobre os
personagens originais das Crônicas, sobre
acontecimentos do passado que ajudaram a moldar
o mundo como ele é hoje, ou ainda sobre como
acontecimentos importantes, do passado e do
presente, moldaram o mundo-.
:

14
 ~ -~ .

Dragonlance
· F -evista ark ha m r pg

O CENÁRIO
DragGnlan"ê:e é urn mundo de honrados
cavaleir©!i ~ue buscam trazer sua antiga ordem de
volta a sells dias de glória e de feiticeiros sedentos
de p0de~ porteaé{Jos pela manutenção do equilíbrio
entrs @b@m e o m.àl. Dicotomia na qual se baseia o
-Oest-nre>jªr ~h? toda a trama. Neste mundo, as
circutIBt'.âf:l~ia.~
, 'f)odem interferir na conduta dos
persQnªJ:~f,f,sJ V e um evento, por mais banal que .
p,ar~ç~-i ~~je desencadear uma aventura que
miü©iifii ~iif>l;p;~eiâ.~ente o ·mundo. Os personagens
~~ au~~ ~'l°'©i~rfas ·motivações e interesses, o que
p~r!J1~te ~e,, €ffi um determinado momento, um
pers,otlâge)1J ;s~j~ um grande herói lutando por um
mundo lhtr~ ~ em Q)utrà, tornar-se a maior força
do mal existente~
Certamente esta é uma das maiores forcas , de
Dragon;lanf.le : seu-s personagens são comuns,
sentem meÇ!o, desespero, insegurança, egoísmo,
mas rne-smo assim seguem seu caminho, sabendo
<JfUe é a única coisa certa a fazer.

CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO
'
.Kryntil, o mufl,do de Dragonlance conheceu, em
sua ·cf:~Ç.ã© tJr~s tleuses maiores, Takhisis do Mal (o
f1ftagã:Q d~~ l1:ª~©'"ças) 1 Gi.~eaJ'I ·O Neutro (o Livro) e
~atad;Ne~w.-·!lofrGlçrél~ ~0 qrágão de Platina). Estes
deu§~ ~ri~@:-r11 q ~ida e deram aos seres o livre-
ar.k!itrto ,Haf'â ~ru~ ~iv;ess~m o alinhamento com o qual
mais se td~fitifiea§Sern~ G~ar0 que algumas raças foram
privilegiadag por alguns deuses, mas mesmo entre
elas, Çlíssicl€I}t es podem ser encontrados . .
Desa@ .sua criação, o munçlo foi marcado pelas
tentativas de dominação de Takhisis, visando a
destruição ou subjugação dos povos que não a
recohheces..sem como superior. Porém', foi o triunfo
do Bem que trouxe ao mundo o maior sofrimento
que seus h·abitantes jamais conheceram : o
Cataclismo, ínvoc;ado pelo Rei -Sacerdote, que em
seus devanetos de grandeza e extermínio do mal,
tentou equiparar-se aos deuses.
Krynn fot entregue ?IO <Zaos total e milhares de
vidas foram perdidas. O Bem havia provado que era
tão arneaçádõr quanto D Mal, caso não fosse por
este equilibrado. Os cavaleiros foram banidos e
taxados de cnarlatões, nobres perderam seus
postos e riquezas, povos se distanciaram uns dos
outros, culpando-se mutuamente pelas desgraças
acontecidas.
• ,• r.;

- ·A GUERRA DA LANÇA
É neste cenário desolador que a história se
passa. Um grupo de amigos se reencontra , passados
cinco anos durante os quais cada um deles vagou
por conta própria os rincões do mundo em busca
dos deus~s verdadeiros e, mais ainda, de si mesmos.
São eles:

15

;J~~~;·
.
.·.;· ·· .:. :"· > t ;.·:._·.:·, ·. · · ···":· ..
. .
Qr_E tgo_nlance
. .-.
r e vi s ta
:·;
O líder dos Companheiros, como se
autodenominavam os aventureiros das
crônicas. Tanis traz em sua pel-e as
desavenças do mundo de Kryr11:1 . FiUno
· de ym estuprador humano e de U!r:\á @Cfa,
Tanis nunca teve paz em nenhum e:anto
do mundo e seus pensamentos e ~úvidas
refletem sua natureza dúbia. Mesmo
assim, todos confiam nele cegamente.
O amalgama do bom Cavaleiro. 5turm
é o ícone da honra e glória que os
Cavaleiros de Solamnia (uma ordem
perdida de leais e estimados eay~:teit9s)
.'
uma vez Jª representaram. ·'
• grande am.or, o grandalhãe Caramon, .
~
arkh am r p g
lJJm Kender. E f.;:tó deveria sei; o
bastante se você sq,be o que tsto
si.gniflea ~ Uma raça que lembra myito
j0v:ef.l:s !Jymanos, i;::©m seu senso d·e
. ~uH~siclàc;!e ff11::Jllipt1'-ad.õ i;ifit;1·i tas ~~:i~e­
sérn tifetrhum m~d$. Ta S> é
t>ef-slDThagem trágico e eqrnico numa gaga
mareada pelas ações de gente pequena,,
vulr)~r:~vel e comum ~orno ele.
...
. · FL.INT FIREFORGE
.. ·. ·.
.
'
Um anão ao mel~or estilo turrà-0 e
coração-mole. Fl int' é o ancião do
grupo, a voz da safu@dorifi.. Sua teitríosJa
e s;tl~ <d~ti~êricia ~·â10; Çâ.d marca-ílites
tjuàrt~cy se:u bon&'O$® p$1?Jt:rito.
.
, dos Elfos Qualinest, Laurana deixa-se
/
..
. coni q!llem vive L!ITla ·emocionante
'
. ~-li, ..•
li
'
. G.O L.DMOON . . . . ..
r • • \ \
A pf'mcesa Que-shü~ uma tribo de
bárbar0s das planícies,, descobre um
artefato q:ue prova a existência dos.
deug~s ~ \?~!ídadei ros e tr9~ de v-ol ta a
, Kry"'n ·ei ~1tp~rança e a ~t:terra.
um Ili'
RIVERWIND .
O guerreiro .Que~shlJcuja vida vsA
d:é g!J~r~'al-eostas de sµ~~;r:]ncesa a r~i
de se14 puvo , ao desposá-la. A
descrei:ica de Riverwind é um bom
'
exemplo das desavenças que as raças
e povos de Krynn têm entre si..
LAURANA· . . . ·.
A filha do Orador dos Sóis, o Rei
levar por sua paixão adolescente por
Tanis e @mbarca na aventura por acas0,,
tornando-se, com o pássàr do tempo,
uma importantíssima guerreira na
batalha final contra o Mal.
. ' .
TIKA WAYLAN
. .. .
A garçenete de uma taverna que
também deixou-se levar por seu
coração e seguiu o grupo atrás de seu
história de amor.
CARAMON . MAJERE
E RAISTLIN MAJERE
"
Não há como descrever um sem a·
outro. Era notório desde o
nascimento dos gêmeos que um
complementaria o outro. O que o
primeiro tinha de força, o segundo
tinha de inteligência. "l<llnquanto um
era querido por todos, o outro
odiado e temido. Caramon sempre
teve um coração maior que seus
invejáveis músculos, Raistlin , por
outro lado, escondia em seu corp.o
franzino. e doentio uma ambição qüe
lhe dava forcas '
para
,
moldar seu
destino. Tão opostos e tão parecidos.
Ódio e amor são tão fortes entre estes
dois personagens que é impossível não
s~ sen:tir atraído por sua relação . Os.
irmãos Majere são o melhor exempló
do paradoxo e do tênue equilíbrio que
sustenta Krynn.
 r e v ist a ark ham r pg

A lettura das crôn,icas é, mªts d'o~.

que a;gradável. É h~pn0ti:za:rrt~ Se-
~, . y,ocê já l eu e go;tot.J do~ k,iâs,sie'o .
~''. ' x. · $enhor d0s Anéis, p0d-E! ~ R"er~ . n~~
<·Ai '. ~m,f nimo ur:n é.pico cl<as di:~@~s?~it~~~- ·, ··
svaga Tolk1ernana. Se a. -~xp·f,1çªç~uD~ ,
aqui descrita pareceu-lhe um pouco
confusa, excelente! O objetivo é
fazer você interessar-se pelos livro~.
Porém, se você já conhece o
Dragonlance e j á teve suas experiências
com o mundo , pode estar se
pe rguntan do: onde estão o~
responsáveis por este mundo e por que
eles pararam de lançar livros da série?
Aqui vai uma noticia qye
,'. certamente lhe agradará! ·''
...
Alguns anos atrás (aliás_ , come> um
",., ,, ~d·os autores desta matéria pôdé
~ "' "Constatar no VI 1 Encontro. lrnt,e,r;,
"
~
'nac1onal de RPG em São Pa:ulp), ' .
a~

Wizards of the Coast, empresa..

' :·· detentora dos direitos do mundo de
Dragonlance, anunci0u que o cenário
estava sendo descontinuaGlo .-
Dragonlance contaria apenas com·
romances que continuariam a ser
publicados com a mesma regulari-
dade de antes, e suplementos
deixariam de ser publicados.
Recentemente, algo mudou:
·. ...
Margaret Weis e Tracy Hickman, hoje
prQprietários de sua própria ernptesa
, . . de jogos, a Sovereign Pres,sl
~·· ~, .., qo!Wlpraram o~ direitos d:e0 cer1ári0:,, ,~
_,'}; :'·' . e já anunciaram que· o livro basiço '
.-;.

$: de regras para Dragonlance, apoiado • v!· " '

.... .- .. '
no já consagrado D20 System, da
própria Wizards, seria publicado no
outono de 2002 (primavera no Brasil,
ou seja, por volta de outubro).
Então, seja você um jogador
aficionado ou mais um leitor cativado
pelas histórias contadas por esta
d~pla de brilhantes autores, o futuro
promete doces surpresas ...
Os Três Mosqueteiros
revista arkh a m rpg

•
Uma incrível
aventura para sistema d20
O lugar é a França, a época é o século XVI 1; os
sentimentos fortes e rebeldes do povo inundam as ruas
imundas de Paris, uma cidade marcada pelo pulso fraco
de um pobre rei e pela inveja mascarada dos cardeais
pelo domínio francês. Mas, feitos heróicos e a
interferência d e quatro grandes homens iriam mudar esse
quadro. Quatro nomes que, ao lado do rei, dec idiriam o
,
destino do país: Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan.
E nesse cená rio que o célebre escritor Alexandre Dumas
baseia a lguns dos livros mais famosos e populares do
mundo: O s Três Mosqueteiros, O Homem da M áscara
de Ferro e outros.
Também , n esse cenário, pode m se passar aventu ras
cheias de estilo, coragem, humor, tensão e combates,
nos quais os jogadores, sem dúvida, serão os
heróis: Os Mosqueteiros!

Por Marcos Santiago

FICÇÃO e REALIDADE ilustrações: Prancheta. com

Alexandre Dumas nasceu do com escritores e intelectuais o levou

amor de um soldado, Thomas-
Alexandre Davy de La Pailleterie
· com Marie Cessette, negra latino-
a me rica na imigrada de São
Domingos. Thom as- Al exandre
Davy, pouco antes da queda da
Bastilha, mudou o sobrenome
para Dumas e, posteriormente ,
fez carreira no exército de
Napoleão, chegando ao posto de
general. Morreu quando
Alexandre era ainda muito
jovem, o que levou o rapaz a
mudar-se para Paris, com
intenção de se tornar
advoga do.
Contudo, o
contato
parà o mundo da literatura, onde se
consagrou como dramaturgo e
romancista.
Os Tr ês Mosqueteiros, seu
princi pal romance, acompanha as
aventuras e desventuras de D' Artagnan,
filho de um fidalgo Gascão, que decide
i r par a Paris e se tor nar um dos
mosqueteiros do rei.
Para escrever seu livro, Alexandre
Dumas se baseou no livro f'Memoirs of
Monsieu r D' Artagnan ", de autoria de
Gaiten de Courtilz de Sandras, um
tenente da 1 Comp an hia dos
Mosqueteiros do Rei. Por f antasi oso
que pareça, existiu uma companhia de
mosqueteiros na Fran ça, criada em
1622. Os mosquetei ros eram os guarda-

costas do rei L1.1is XIII durante os tempos
de paz, e nos tempos de guerra, eles
juntavam-se à infanta ria ou à cavalaria.
D' Artagnan, ·Athos , Porthos e Aram is
foram personagens reais, cujas breves
aparições em relatos históricos
inspiraram Dumas.
No livro uos Três Mosqueteiros",
com g ra nde habilidade como
espadachim e muita coragem,
D' Artagnan dá muitas provas de seus
atributos e passa por muitos apuros,
tornando-se amigo inseparável dos
três mosquet~iros Athos, Porthos e
Aramis. Juntos passam por variadas
de aventuras;' quase sempre sendo
atrapalhados e ameaçados de diversas
formas, mas sempre frustrando os
planos diabólicos dos agentes do
cardeal Rich e li e u , como Lady de
Winter, uma mulher belíssima e de
requintada cultura , mas sem qual-
quer tipo de escrúpulos , ou como
o Conde de Rochefort , um homem
cruel e impiedoso.
Apesar do 'título, a guarda do rei
não usava mosquetes, pois apesar dos
mosquetes serem capazes de penetrar
qualquer armadura, causando
ferim entos mortais, eram pesados
demais. Para é!-tirar, eram necessárias
•
forquilhas para equ'ilibrá-los. Por esse
motivo , os mosqueteiros usavam
pistola e espadas.
Segundo a maior parte das des-
crições históricas, seus uniformes eram
compostos de túnicas azuis, com uma
cruz dourada disposta no centro do
peito e nas costas. Dependendo do
exato período histórico , houver
pequenas mudanças, co mo um sol sendo
adicionado à cruz no reinado de Luís
XIV, que era conhecido como o Rei Sol.
O número dos Mosq ueteiros do
Rei, segundo a m aior parte das
fontes, sempre girava em torno de
120 homens , e aparentemente a
Guarda do Card eal, cujos uniformes
eram vermelhos, mas muito parecidos
com os dos Mosqueteiros, chegou a
numerar mais que o dobro dessa
quantidade de soldados.
A Guarda do Cardeal era detestada
pelo população, e vista com temor, ao
passo que os Mosqueteiros eram
heróis do povo.
Destemidos , bem-humorados,
injustiçados. Assim foram os Mosque-
teiros de Alexandre Dumas, sempre
tendo no coração um lema inspirado
na mais pura lealdade e amizade: Um
por todos e todos por um!
19
. . ,· . ·p.. . " < • ..•••.. ·.···.··.··• ..•.•....·..•.. ·... •. •. . ..
·. : e .rs<>,r1agens ...
< .··. • . .• . . . ·•·.· ..·•.·• Y.

As fichas de personagens estão com os termos em inglês para evitar alguma tradução errônea. Qualquer dúvida: wulgreth@ig.com.br

Jovem, com cerca de dezoito arios, Mate human Com 1I Ftr 9: CR 1O;
· · pele bronzeada, rosto angular, ·queixo Medium-size humanoid (human); HD
·.. quadrado e urn ar de sagacidade. Myi,to ·
1d4+9d10+20; hp 86; lnit +8; Spd 30
.· • / grande
:·
para um meninq,
.· ...
roas
. :
33.inda
. . _, . .
•, ' ' :

pequeno .para um homem adulto/ ate

' : •·_ ' '' ' --_-
ft.; AC 14 (touch 14, flat-footed 10);
• rn~smo Um olh() ·experiente poderia Atk +14/ +9 melee (1 d6+1 /18-20,
confundi-lo com · o filho de úm . Masterwork rapier), +13 ranged
·tazendeiro em viagem, senão fossepela
·•·.•• > - .·,·. - ·.: : . . , '. - , - -_ F .'
[1d10/x3, pistol); AL CG; SV Fort +8,
. · espada pendurada a seu lado.· Esse e o Ref +7, Will +3; Str 15(+2), Dex 18
prôtótipo do jovem herói, cheio de ·
(+4), Con 14 (+2), lnt 12 (+1), Wis 10
energia e confiança, . achando que
tudo· está ao seu ·. alcance. (+O), Cha 16 (+3); Height 6 ft.

. Com grande beleza e .um compor- Male human Ari 2/ Ftr 9: CR 11;
. tamente austero, Athos era o roais
Medium-size humanoid (human); HD
reservado dos três mosqueteiros.
Muito perspicaz e especialmente .. 2d8+9d10+22; hp 97; lnit +3; Spd 30
fl) taciturno . quando o assunto . é ft.; AC 13 (touch 13, flat-footed 10);
o relacionado com mulheres, ele é o Atk +14/ +9 melee (1 d6+1 / 18-20,
:e ··. homem com um segr~do · em s.~u ·.·..
....<( · •. P.assado. Amargo ê rude,.à conviVênci.a ··
Masterwork rapier), +12 ranged
[1d10/x3, pistol); AL CG; SV Fort +8,
. tôm ele era difícil, mas como todos ds
Ref +6, Wil l +4; Str 16(+3 ), Dex 16
. : . outros, daria sua vida por urn:amigo . .·
(+3), Con 15 (+2), lnt 13 (+1), Wis 12
(+1 ), Cha 14 (+2);Height 6 ft, 1 in.

Male human Ari 1/ Rog 2/ Ftr 8: CR

11; Medium-size humanoid (human);
HD 1d8+2D6+8d10+33; hp 107; lnit +2;
cn Spd 30 ft.; AC 12 (touch 12, flat-
o
:e footed 10); Atk +13/+8 melee (1d6+1/
.... 18-20, Masterwork rapier), +1 O ranged
a:
oa. [1d10/x3, pistol); AL CG; SV Fort +9,
Ref +4, Will +2;
Str 18(+4), Dex 14 (+2), Con 16 (+3),
lnt 13 (+1), Wis 10 (+O), Cha 15 (+2);
Height 6 ft, 3 in.

Male human Exp 1I Ari 2/Ftr 8: CR

11; Medium-size humanoid (human);
HD 1d6+2D8+8d10+22; hp 94; lnit +3;

-
fl)

~
e(
Spd 30 ft. ; AC 13 (touch 13, flat-
footed 10); Atk +12 / +7 melee (1d6+1 /
18-20, Masterwork rapier), +1 1 ranged
a: [1d10/x3, pistol); AL CG; SV Fort +8,
e(
Ref +5, Will +4;
Str 15(+2), Dex 16 (+3), Con 14 (+2),
lnt 15 (+2), Wis 14 (+2), Cha 14 (+2);
Height 6 ft .
 SKlLLS: Balance +2, Bluff +2, Climb +4, Hide +2, lnnuendo +2,
lntimidate +2, Jump +3, Listen +2, Move Silently +2, Ride +5,
Search +3, Spot +2, Swim +3, Tumble +3, Use Rope +3.

FEATS: Combat Reflexes, Dodge, lmproved lnitiative, Mobility,

Spring Attack, Weapon Finesse.

POSSESSIONS: Masterwork Rapier, pistol, Musketeer tabard.

SKILLS: Balance +2, Bluff +2, Climb +4, Diplomacy +2, Hide +2,
lnnuendo +4, lntimidate +4, Jump +4, Knowledge (Local-Paris) +2,
Listen +4, Move Silently +3, Ride +5, Search +3, Sense Motive +7,
Spot +4, Swim +2, Tumble +3, Use Rope +3.

FEATS: Combat Reflexes, Dodge, lmproved Critical, Mobility,

Weapon Focus, Weapon Specialization.

POSSESSIONS: Masterwork Rapier, pistol, Musketeer tabard.

Um homem intrigante e misterioso, que por vezes duela com

SKILLS: Appraise +5, Balance +2, Bluff +6, Climb +3, Diplomacy
+4, Disguise +5, tscapeArstist +4, Forgery +5, Gather lnformation
+4, Hide +4, lnnuendo +6, lntimidate +6, lntuit Direction +3,
Jump +3, Knowledge (Local-Paris) +5, Knowledge (Religion) +1,
Listen +4, Move Silently +3, Open Locks +3, Perform +4, Pick
Pockets +3, Read Lips +2, Ride +3, Search +3, Sense Motive +3,
Spot +3, Swim +2, Tumble +2, Use Rope +3, Wilderness Lore +2.
FEATS: Cleave, Combat Reflexes, Dodge, Great Cleave, Mobility,
Power Attack,Sneak Attack (+1d6), Evasion.
POSSESSIONS: Masterwork Rapier, pistol, Musketeer tabard.
os mosqueteiros e parece ser o braço direito do cardeal Richelieu,
ele é o primeiro verdadeiro inimigo a cruzar o camin ho dos
mosqueteiros. Quase sempre comanda uma pequena tropa de
soldados, que dão suporte para escapadas discretas ou ordens de
prisão, quando se faz necessário. Com os cabelos negros, pele
bronzeada, um olhar penetrante, uma cicatriz da têmpora ao rosto
e crueldade exalando de cada poro, ele é o arquétipo do vilão.
Male human Ari 2/Rog 3/Ftr 9: CR 14; Medium-size
humanoid (human); HD 2d8+3D6+9d10+28; hp 1-15; lnit +7; Spd
30 ft.; AC 13 (touch 13, flat-footed 10); Atk +14/+9 melee
(1d6+1 /18-20, Masterwork rapier), +12 ranged [1d10/x3, pistol);
ALCE; SV Fort +8, Ref +6, Will +4;
Str 16(+3), Dex 16 (+3), Con 15 (+2), lnt 14 (+2), Wis 13 (+1),
Cha 12 (+1);Height 6 ft, 2 in.

Skills: Appraise +5, Balance +5, Bluff +6, Climb +5, Decipher
SKILLS: Alchemy +2, Appraise +2, Balance +3, Bluff +3, Climb +4,
Script +4, Diplomacy +4, Disguis·e +3, Escape Arstist +5, Forgery
Decipher Script +4, Diplomacy +5, Disguise +3, Escape Arstist
+5, Gather lnformation +7, Hide +4, lnnuendo +4, lntimidate
+3, Forgery +2, Gather lnformation +3, Handle Animal +2, Heal
+8, lntuit Direction +4, Jump +6, Knowledge (Local-Paris) +5,
+5, Hide +3, lnnuendo +5, lntimidate +3, lntuit Direction +2,
Listen +5, Move Silently +6, Open Locks +4, Perform +3, Pick
Jump +4, Knowledge (Local-Paris) +3, Knowledge (Religion) +6,
Pockets +4, Read Li ps +6, Ride +8, Search +7, Sense Motive
Listen +3, Move Silently +3, Perform +4, Read Lips +4, Ride +4,
+8, Spot +7, Swim +4, Tumble +6, Use Rope +4 . .
Search +4, Sense Motive +4, Speak Latin +3, Spot +4, Swim +2,
Tumble +2.
Feats: Combat Reflexes, Expertise, lmproved Critical, Power Attack,
Weapon Focus, Sneak Attack (+2d6), Evasion, Uncanny Dodge.
FEATS: Combat Reflexes, Dodge, Expertise, lmproved Disarm,
lmproved Trip, Mobility.
Possessions: Masterwork Rapier, pistol, Musketeer tabard.
POSSESSIONS: Masterwork Rapier, pistol, Musketeer tabard.
_ ,,,_,.., _......,,__,, . _,..,,,,,

:' ,. >, ·~ • • • :.·· "•,: . • • :· - .. •• '. • ~.. • • •• " • :. • •


- . MÓSQUETEIROS
.. . . - .
.· . ·.
.
'
. '
O típico Mosqueteiro é um homem
corajoso, leal, jovial e que preza a boa
diversão e a boa amizade. Normalmente
eles são totalmente leais ao Rei, e todos
sem exceção são excelentes espadachins.
Male human Ftr 3: CR 3; Medium-
size humanoid (human); HD 3d10+6; hp
27; lnit +2; Spd 30 ft.; AC 12 (touch
12, flat - footed 1O); Atk +5 melee
(1d6+1/18-20, rapier), +5 ranged
[1d10/x3, pistol); AL CG; SV Fort +5,
Ref +3, Will +1;
Str 14(+2), Dex 15 (+2), Con 14 (+2),
lnt 13 (+1), Wis 11 (+O), Cha 13 (+1);
Height 6 ft.
SKILLS: Bluff +1, Climb +2, lntimidate
+1, Jump +2, Listen +1, Ride +2, Search
+1, Spot +1, Swim +1, Tumble +2.
Feats: Combat Reflexes, Dodge, Mobility. -
POSSESSIONS: Rapier, pistol,.Musketeer
tabard.
. , GUÀRDÂ.oo
·. :"··:.··'·"
·~~·:
:cÁF10EÃ1..
. ·:·. '
Os homens da Guarda do Cardeal
são mercenários e soldados contra-
tados que fazem seu trabalho mais por
obrigação que por lealdade, sendo que
muitos têm passado escuso e perso-
nalidade duvidosa. Seu níve l de
habilidade não é tão grande como o
dos Mosqueteiros, mas seu número
costuma ser muito maior.
Male human War 2: CR 2; Medium-
size humanoid (human); HD 2d8+7; hp
19; lnit +1; Spd 30 ft.; AC 12 (touch 11,
flat-footed 11); Atk +4 melee (1d6+1/
18-20, rapier), +3 ranged [1d10/x3,
pistol); AL LN/N/CN/LE/NE; SV Fort +5,
Ref +1, Will +O;
Str 14(+2), Dex 13 (+1 ), Con 14 (+2),
lnt 11 (+O), Wis 10 (+O), Cha 11 (+O);
Height 6 ft.
SKILLS: Climb +2, lntimidate +3, Listen
+1, Ride +2, Search +1, Spot +1.
Feats: Alertness, Power Attack,
Toughness.
POSSESSIONS: Rapier, pistol, padded
armor.
22
. , .. . . . ~ '
CARDEAL
. .
RICHELIEU
.
·
Cardeal Armand Duplessis foi a
verdadeira força política que permitiu
que a França se torna tão proeminente
na Europa, e criou condições para que
Luis XIV reinasse melhor que seu
antecessor.
Seu objetivo era tornar a monarquia
um poder absoluto e intocável.
Male Human Ari 6: CR 5; AL LE
·. MONSIEU.R TREVJLL.E . · · \
. .
O primeiro líder dos Mosqueteiros,
o Conde de Troisvilles era muito amigo
de Luis XIII. Constantemente em conflito
com os cardeais, acaba sendo afastado
de seu posto pelo Cardeal Richelieu.
Male human Ari 3/Ftr 4: CR 7; AL LG
·. ... , : . ' .. . . '
. 1.UIS XIII ·
Um monarca fraco e desinteressado;
foi apenas um fantoche nas mãos do
Cardeal Richelieu.
Apesar de sua fraqueza de caráter,
foi uma figura historicamente
importante para seu país .
'
Male Human Ari 4: CR 3; AL N
. .
. . .
.ANNA DA AUSTRI~ .. · · .
Uma inimiga de Richelieu, lutou
teimosamente contra suas manipu-
lações, pois as intenções do Cardeal
iam contra os interesses de seus
descendentes hispano-austriacos.
É a rainha das histórias dos
mosqueteiros, que apóia Luís XIII,
envolve-se amorosamente com o Duque
de Buckingham e é chantageada pela
Condessa De Winter.
Female Human Ari 3: CR 2; ·AL NG
~
• ' • ' '< ' ' e • ' ,• '
··
'
.. CONDESSA DE
: . ,WINTER '
. . ' .
Uma mulher má, inescrupulosa e
fútil, que, por algum motivo em seu
passado, odeia os franceses com
paixão. Manipuladora, é o tipo de
personagem que se utiliza de sua
beleza e sensualidade para descobrir
segredos e dominar jovens inexpe-
rientes como D' Artagnan.
Female human Ari 2/ Rog 2: CR 4; AL NE
 Segue uma idéia de aventura, para
você usar em uma sessão de jogo de
última hora ou para desenvolver e
. iniciar uma pequena campanha.

orno não poderia deixar de ser, nossos heróis

(os personagens dos jogadores) estão em um
momento de lazer, bebendo, conversando e
jogando cartas ou dardos com alguns de seus
camaradas mosqueteiros em uma das tavernas de Paris que
costumam freqüentar, e passando cantadas manjadas nas
moç.as que andam para lá e para cá, com bandejas na mão,
servindo os fregueses.
De repente, a porta é violentamente aberta, adentrando
esbaforido um dos rapazes que trabalham como pajem no
·palácio do Rei Luís XIII, com o cabelo desgrenhado e as roupas
úmidas pela chuva fraca que cai pela cidade. Com a voz
ofegante e meio trêmula, ele anuncia para que todos na taverna
possam ouvir:

Mosqueteiros, precisamos de seu auxílio!

O Rei Luís XIII está morto!

Acompanhando o rapaz até à corte, os heróis estão

prestes a se envolver em uma trama de investigação, mistério,
traicão
, e combates mortais.
Ao chegar à antesala dos aposentos do Rei, encontram a
Rainha Anna aos prantos· ao lado de um corpo, com um lenço
\ ensanguentàdo' colocado sobre o rosto. Ao levantar o lenço,
é revelada uma massa disforme, alvo de vários tiros de pistola
a queima-roupa. Apesar de seu rosto destruído, não resta
dúvida de que o Rei foi brutalmente assassinado.
Após muito tempo, se os heróis tentarem acalmar a Rainha
e fizerem perguntas a ela, vão descobrir que ela estava
1 descansando em seus aposentos (que são ao lado dos do
Rei, mas separados por uma saleta), quando ouviu um grito e
logo em seguida vários disparos. Levantou de sua cama, se
vestiu e só então correu aos aposentos do Rei, mas ao chegar,
encontrou a cena assim como está e caiu imediatamente em
prantos. Ela não sabe de mais nada que possa ser relevante.

, Na real idade, as aparências enganam nesse suposto

assassinato. O Rei foi seqüestrado por homens contratados
pelo Cardeal Richelieu, e um corpo parecido foi deixado em
seu lugar, para que todos pensem que o Rei realmente
estivesse morto.
A intenção de Richelieu é simples, apesar de engenhosa.
No momento em que a notícia do assassinato se espalhar,
certamente haverá a necessidade de um regente, · e ele será
um forte candidato. Por outro lado, caso outra pessoa venha
·ser escolhida, ele poderá dar a volta por cima,
providencialmente ''desvendando uma trama de traição",
"descobrindo" que o Rei não foi assassinado, e implicando o
novo regente no seqüestro. De qualquer maneira, ele vai estar
com vantagem. A não ser que os mosqueteiros frustrem os
seus planos.
 Os Três Mosqueteiros
Caso os jogadores resolvam investigar
minuciosamente o local do crime, devem
acabar encontrando diversos pequenos
indicias de que algo pode não ser o que
pareçe nesse trágico evento.
·No tapete , há marcas de algu ma
movimentação intensa, que não poderiam
ter sido feitas apenas pelo Rei e um suposto
atirador. Parece que várias pesso as
passaram pelo local, fazendo movimentos
bruscos. Podem ser apenas marcas deixadas
pelos serviçais, mas podem ser indício de
alguma outra coisa.
·Na cama também há algumas marcas de
movimentação exagerada. O Rei poderia
estar se debatendo no sono, mas mesmo
assim a bagunça é excessiva.
·Procurando com cuidado, há uma pequena
mancha de sangue no travesseiro do Rei
(ele foi desacordado com um soco no rosto).
·Em um dos postes da cama (claro que a
cama do Rei é daquelas sunt uosas, que mais
parecem um pequeno aposento de madeira),
------
pode ser encontrado um pequeno pedaço
de tecido rasgado. Se examinado,
claramente revela-se que se trata de um
pedaço de vestimentas de baixa qualidade,
do tipo que nem os serviçais do palácio
usam, e que está suja de fuligem.
·No batente d a janela, podem ser
encontrados fiapos de corda (os rufiões
entraram e saíram pela janela, ut ilizando-
se de várias cordas).
·Na parede do lado de fora dos aposentos
do Rei , podem ser vi stas marcas de botas
que estavam sujas com lama.
·Não muito longe do palácio, próximo a uma
árvore, podem ser vistas no chão, várias
marcas de cascos de cavalos que foram
utilizados na fuga.
O andamento da investigação pode ser
desenvo lvi do com muitas confusõ es e
desencontros, mas o fato mais importante
é que em nenhum momento a Guarda do
Cardeal deve ser implicada no assassinato
-.....
,;?
'
... '
~\
.,
' >.
~
ou no seqüestro. Para esse serviço sórdido,
Richelieu instruiu ao seu braço direito, o
Conde de Rochefort que contrata homens
de fora da cidade, cortando quai squer
relações ou possibilidade de envolvimento
com o cnme.
Em todos os momentos em que os heróis
se aproximarem da resolução do caso, a
Guarda do Cardeal deve aparecer, chefiada
por algum oficial ou até mesm o por
Rochefort, para garantir que "os
malfeitores sejam capturados e punidos",
capturando ou matando qualquer um dos
sequestradores encontrados, e impedindo
assi m que a t rama sej a descoberta.
Para dar um gostinho especial, faça com
que um dos seqüestradores seja vitimado
por um disparo de Rochefort à distância,
mas em seus últimos suspi ros nos braços
de um dos jogadores, revele que foi
contratado pelo homem da cicatriz.
O caso certamente será resolvido com
o Rei sendo encontrado e libertado, mas
não existirão provas concretas a serem
apresentadas contra Rochefort ou contra
o Cardeal Richelieu.
 SUF! ~ l!!Mll!N ir. 0 ESF!l!!Cl~I!

-~adaptação para o RPG

~MINIGURPS

...
 -

Combo Rangers
-~---

'tOlá arnigos, venho aqui para alertá -
los sobre esta prática nociva que vem
a se chama Role Playing game;
um jogo complexo que busca alienar
nossas criancas
•
e forcá
• -las a viver num
mundo de rnentiras onde
a última conseqüência pode ser. .. 11
,
TA NA HORA ·DO COMBO!
Nem tanto, um jogo nestes moldes,
além de ser divertido é excelente para
se introduzir novos jogadores ao
mundo do RPG, principalmente o
pessoal mais novo, que pode se divertir
em um ambiente descontraído e
aprender os conceitos básicos do RPG.

"Parado aí Monstro pragmático!" " E quai s seriam estes conceitos, Tio

"Hã, quem disse isso?"
''Você não vai enganar as pessoas
i nocentes. O RPG é uma prática sadia
que busca aproximar mais as pessoas,
aumenta a sua capacidade de
improvisação e é uma
bela forma de diversão inteligente nos ·
dias de hoje,
nós somos os Comba Rangers!"
rrE vamos te dar 2D+2 de dano, cer to
mano?"
Pois é, amigos. Assim começa mais
Comba?"
Ao contrário do que muitos andam
falando por aí, os conceitos do RPG
não são os termos difíceis como D20,
res i stência a , dano e ataques de
oportunidade. E preciso, antes de tudo
isso, que o iniciante entenda o que se
faz em uma mesa de jogo, que aprenda
como funciona a dinâmica de uma
partida, e o melhor: como se divertir
em um grupo de faz-de-conta.
O objetivo dos Combo Rangers nesta
matéria vai ser apresentar o universo
de jogo, como se fazer para construir
- - -- - - -
e jogar com seus personagens e como ~ --~ -- ~ - ~ --- - --~--------

.--- - O YABUVERSO
· - · - - - -- - ·-
uma típica aventura no yabuverso, ou criar a sua aventura. ~-----

no mundo dos Combo Rangers, um
grupo de adolescentes que desde
criancinhas já estavam por ai
defendendo o mundo.
O pessoal pode até estranhar e
perguntar: Um grupo de criancinhas
defendendo o mundo? Isso não é
infantil demais?
E para começar de maneira simples
e de fácil aprendizado, este jogo será
apresentado nas regras do mini-GURPS,
um livro de leitura rápida e bem
baratinho que pode ser adquirido em
várias lojas especializadas.
"Então , o que estamos esperando? TÁ
NA HORA DO COMBO! ! "
Bem amigos, o Yabuve~so é o nosso
mundo de jogo, a nossa ambientação.
Um mundo de jogo é o local onde as
aventuras irão acontecer. Um mundo
de jogo não precisa ser necessa-
riamente um mu_ndo: Pode ser uma
cidade, um sistema planetário ou até
um universo inteiro, desde que seja aí
que ocorram todas as ações, todos os
acontecimentos.
É essencial que os jogadores
estejam situados no universo do jogo,
que saibam mais ou menos o "chão onde
pisam". Dai eles podem escolher seus
.
personagens e comecar uma aventura.
.
O Yabuverso é o universo onde
habitam todos os personagens. Ele é
repleto de planetas desconhecidos,
guerreiros poderosos e terríveis vilões,
e é muito parecido com o nosso
universo. A Terra é praticamente
idêntica, com a mesma divisão
internacional, política etc. Mas possui
algumas pequenas diferenças,
 Combo Rangers
re v i sta arkham ri:> g

causadas principalmente pela presença

dos super-heróis e supervilões.
Os alienígenas são algo já comum
na Terra. O mundo é constantemente
invadido por ele_s e a população já está
acostumada com a sua presença. Alguns
acabam até ficando por aqui, arrumando
emprego e constituindo familia!
Os super-heróis são muito popu-
lares e são tratados como verdadeiras
\. celebridades. Alguns acabam deixando
o sucesso lhes subir a cabeça e
esquecendo de lutar pelos fracos e
oprimidos, outros acabam por invadir
a área de atuacão dos outros heróis e
'
criar mais confusão.
----- ------ ---,
A ASH ~
. --------------- --- -- -- -
Para determinar a área de ação de
cada herói e zelar pela boa imagem de
cada um deles, foi criada uma ONG
chamada de Associação dos Super-
Heróis. Ela decide onde cada grupo de
heróis deve agir e o grau de perigo que
cada um deles pode enfrentar. Por
exemplo, os Comba Rangers são a
principal linha de defesa contra
invasões espaciais ou de outras linhas
temporais. Já o Anel Verde f ica
responsável pelas invasões de outras
dimensões. Apenas em casos de
emergência a ASH coordena as ações
unidas para combater grandes ameaças.
- ---- ---------
--' ---
CIDADE CITY........,."·--· . ·· ,
~·--·--------- --~ ------~-

Cidade City -é a cidade natal dos

Comba Rangers, uma cidade comum
' .
como qualquer outra. E aqui que Fox,
Kenji, Kiko, Tati, Lisa e Luke estudam,
se divertem, namoram e lutam para
defender o mundo. Na cidade existem
Shoppings, parques e museus. Todos
prontos pra sofrer invasões de
alienígenas ou mesmo de vilões da terra,
que buscam realizar atos nefastos.

No yabuverso, existem muitos

planetas, a grande maioria esperando
ainda para ser descoberto . Vamos citar
aqui alguns dos mais conheci dos na
' Te rra , mas nada impede que vocês
possam "descobrir" outros planetas no
decorrer de suas aventuras.

- Toobaine - O planeta natal do

Mago Syros, o feiticeiro que produziu
a e nergi a que originou os Comba
Rangers e os Go Go Riders. Após tantas
invasões, o planeta quase foi destruído.
- Yabusei - Um dos planetas mais
importantes do universo fica próximo

27
 Comba Rangers
------..-...~-- revis ta ar!< l'i J, 133 r p g

a Toobaine e abriga uma das raças mais

antigas de que se tem notícia, os
Yabuseijíns. Yabuseí é a terra natal de
famosos heróis como o Spectroseven
e o Japonaro Kido.
- Kururusei - Planeta que abriga uma
raça conquistadora que já invadiu
muitos planetas do universo: Os
Kururuseijins. Já houve grandes
batalhas entre o povo de Yabusei e
Kururusei e nada impede que um dia
eles cheguem à Terra.
- Império Deskarga - Se trata de um
sistema planetário com 14 planetas,
chamados de DS1 a DS14. Daí saem os
investidas de invasão a outros planetas,
como a do General Monte que tentou
invadir a terra quando os Comba
Rangers eram ainda crianças.

fESCÓLH.ENÕÓ os :
l__ PERSONAGENS
1
1
- -- --- -----------------------"

Agora que já sabemos um pouco

do ambiente onde jogaremos as
aventuras, cabe ao mestre e aos
jogadores escolher os personagens
e vilões para participar da aventura.
E como fazer para escolher os
personagens? No livro básico do
miniGURPS há regras bem claras para
montar o seu personagem. basta
apenas conhecer Ufl! pouco o
universo de jogo . e u.ma descrição
dos personagens típicos das nossas
aventuras.
A seguir, vamos mostrar alguns perfis
de · personagens como os · Comba
Rangers, o Tio Comba e alguns vilões:

.-.-FOX-- =-==-·-- _,
O destemido líder da equipe. As
vezes pode ser meio burrinho, mas sua
coragem e espírito de liderança são
inquestionáveis, e podem levá-lo a ser
o sucessor do Tio Comba no futuro.
Não gosta muito de estudar, principal-
mente geografia. . Vantagens - Grupo de aliados (os
ST 8(13) DX 8(13) IQ 8(8) HT 10(10)
Vantagens - Grupo de aliados (os Comba
Rangers); Carisma+1; Poderes Combo Des-
vantagem - Preguiça; Dever (Proteger o
mundo); Juventude Peculiaridades -
Sempre fala ditados conhecidos· de for-
ma errada; Não gosta de geografia
Pericias - Rajada de Energia 15; Comba
Golpes 15; Combozuca 14
equipe. As vezes pode ser meio mal-
humorado, principalmente com as
gafes de Fox, mas é um amigo leal e
têm um coracão de ouro. Tem uma
'
paixão secreta por Tati.
ST 8(13) DX 7(12) IQ 11(11) HT 10(10)
Comba Rangers); Poderes Comba; Me-
mória eidética Desvantagens - Mau-
humor; Timidez; Dever (proteger o mun-
do); Juventude Peculiaridades - Tem
uma paixão secreta pela Tati; Fala muito
pouco Perícias - Rajada de Energia 15;
Combo Golpes 15; Combozuca 14
 Combo Rangers
r e vi s t a arkharn rp g

-- --- --- .-
i__l(JJ.< o- .
- -------~-- - -

-- -- :
-
O membro mais divertido da equipe,
adora fazer piadas e é o único que não
está interessado em namorar. Kiko quer
mais é se divertir e aproveitar sua
liberdade. Apesar de não ser tão
desleixado quanto Fox, às vezes dá
umas "escorregadas" na escola. Gosta
de ouvir rap, funk e reggae.
ST 8(13) DX 10(1 5) IQ 9(9) Vantagens
- Grupo de ali ados (Comba Ranger s);
Poderes Comba; Atrevimento Desvan-
tagens - Excesso de conf iança; Dever
(p r ot eger o mundo); Juventude; Pe-
culiaridades - Fala muita gíria paulist a
Perícias - Rajada de Energia 15; Combo
Golpes 15; Combozuca 14
--
TATI
Uma menina alegre e descontraída,
ela é a namorada do Fox, por quem é
capaz de fazer qualquer coisa. Apesar
disso, Tati é muito ciumenta e não deixa
que nenhuma menina chegue perto
dele, principalmente Maya.
ST 7(12) DX 8(13) IQ 8(8) HT 9(9) Van-
tagens - Grupo de aliados (C omba
Rangers); Poderes Combo; Desvanta-
gens - Compulsão leve pelo Fox; Dever
(proteger o mundo); Juvent ude Pecu-
liaridades - Ciumen t a Pericias -
Rajada de Energia 15; Combo Golpes
15; Combozuca 14
ST 9(14) DX 9(14) IQ 9(9) HT 9(9) Van- TIO COMB_O ..·. ·- :
tagens - Grupo de aliados (Combo Tio Combo é o herói mais antigo e
Rangers); Poderes Comba; Força de poderoso em atividade. Seu enorme
vontade+ 2 Desvantagens - Dever (pro- poder e senso de dever inspiraram
teger o mundo); Juventude; Peculia- vários heróis a também lutarem contra
ridades - Gosta muito de ler; fã i ncon - o crime. Tio Comba decidiu criar os
dicional do Bruce Lee e do Jackie Chan Combo Rangers quando seus poderes
começaram a destruir o seu corpo.
Como membro fundador da AS H, Tio
Comba se dedica apenas a coordenar
Maya é a filha do Dr.Cooper, antigo as gerações de Comba Rangers a
vilão conhecido como Dr. Deli ri o. Uma defender o Planeta.
garot a sem poderes especiai s, ela usa ST 15(18) D)( 16(19) IQ 13(13) HT 12(15)
de su as h abilidades atlética s, Vantagens - Carisma+4; Poderes Combo;
conhecimentos em artes marciais e sua Reputação (Herói respeitado em todo o
inteligência para lutar contra o mal. mundo) Desvantagens - Senso do Dever
Maya mantém uma paixão secreta por (proteger o mundo) Segredo (sabe a his-
Luke, mas sabe que ele só tem olhos tória do Luke) Pericias - Rajada de ener-
para a Lisa. Maya é considerada uma
. gia 20; Comba golpe 20
Comba Ranger honorária.
ST 7 DX 12 IQ 11 HT 10 Vantagens Gru-
po de aliados (Combo Rangers); Refle-
xos em combate Desvantagens - Senso
do Dever (proteger o mundo); Juventu-
de Peculiaridades - Tem uma paixão se-
cret a pelo Luke Perícias - Acrobacia
15; Karatê 15; Programação de compu-
t adores 16; Kung fu 14; Hacking 16
POUCO
DBPO IS ...

LISA 1
Uma menina muito estudiosa, filha
de uma família humilde que precisa
estudar muito para poder manter a
bolsa de estudos na escola. Comple-
tamente apaixonada por Luke, tira de
seu grande amor a força para lutar.
Às vezes , pode ser um pouco chorona
e dramática.
ST 7(12) DX 8(13) IQ 10(10) HT 9(9)
Vantagens - Grupo de aliados (Combo
Rangers); Poderes Combo; Empat ia Des-
vantagens - Dever (proteger o mundo);
Juventude; Peculiaridades - Chorona e
dramática; Gosta muito de novela; Est u-
diosa Pericias - Rajada de Energia 15;
Combo Golpes 15; Combozuca 14

-1 LUKE
O sexto Combo Range r t em um
futuro de muitas lutas e um passado
de muitos mistérios. Ele é apaixonado
por Lisa, com quem começou a namorar
depois de muitos desencontros. A fase
Revolution promete surpreendentes
revelações sobre sua origem.
,- Combo Rangers
revis ta a r k ti am r pg

- - - - - - · - - - --·- - --- ---~------

.
GENERAL
-------
MONTE
- - - - --- quase destruido por um triturador de subsequentes transformações, ele
Agamenon Monte Pereira é o lixo, ele ressurgiu como o Cyber- aparentemente os abandonou à própria
Gen e r al Mo n te, chefe militar do macacaloiro. Mas, quando o Dr. Delírio sorte.
Im p ério Deskarga encarregado da elevou seus poderes , e le se t rans- ST 10 DX 10 IQ 10 HT 10 Vantagens,
invasão a Terra. Com seu exercito de f ormou no Supermacacaloiro, um dos desvantagens, peculiaridades e pericias:
homens de quatro olhos e seu imediato mais pod erosos vilões q ue a Te r ra Variáveis, limitadas a 30 pontos no total.
., .
Caralho, além dos inúmeros monstros Jª presenciou. ----- - - - ------- - - - ~ - - - - -.
que ocupam sua nave, General Monte Ficha de Supermacacaloiro: ST 18 DX ._DB. _D.ELÍBJO _ ---~---
tenta de qualquer forma derrotar os 17 IQ 12 HT 12 PV 25 Vantagens - Proteus , o lado negro do Tio Comba,
Combo Rangers e anexar a Terra ao Hierarquia militar (4) Desvantagens - havia capturado um dos mais
seu poderoso Império. Impulsivo; Fúria Peculiaridades - Fixa- importantes cientistas do mundo, o Dr.
General monte é muito atrapalhado ção pelos combo rangers Pericias - Paul Coop e r e o tr ansformou em
e tem uma fraqueza : é apaixonado por Rajada de ener gia 19: Criar homens de Dr.Delírio. A partir dai, Dr. Delírio passou
sua esposa, a filha do imperador. quatro olhos 18 a usar sua grande inteligência para
ST 13 DX 12 IQ 11 HT 12 PV 15 Vantagens
propósitos malignos. Dr. Delírio é o pai
- Hierarquia militar (6 ); Carisma+4; Patrono ós HO-MENS ..DE- ---- de Maya, a Comba Ranger honorária
(império Deskarga) Desvantagem - Azar
Peculiaridades - É apaixonado pela sua - -QUATRO
--
OLHOS
------- --·- - - - - - ·
. ST 10 DX 10 IQ 16 HT 10 Vantagens -
esposa loucamente; Atrapalhado Pericias Apesar de serem um pouco maiores Memória Eidética; Talento matemático
- Liderança 16, estratégia 14; Armas de que crianças, os Homens de Quatro Olhos Desvantagens - Compulsão por conhe-
fogo 17 possuem força equivalente à de um adulto. cimento; Voto (obediência a Proteus)
r· ·-.. -- --·--- ------ Sua i nteligência é limitada, mas alguns Pericias - Biologia 18; Genética 18;
1 CAROLHO, espécimes superdotados possuem Robótica 18 e mais 6 ciências a escolha
MACACAROLHO, . int eligência comparável e às vezes até do mestre, todas com NH 18
i MACACALOIRO E superior que a humana. Os Homens de
.- - - - - -- ----- - -
SUPERMACACALOIRO
iL--·----------··-· Quatro Olhos f oram os primeiros inimigos . -
CARDMAN
. -----------~---·· ··.:.::,-.-...,: ~----···- -· ---.-,,.'.' ......-.-...-. ~·-
que os Comba Rangers enfrentaram (e
- - - - - -- - ------
Este e com certeza o inimigo mais E difícil de limitar a verdadeira
p ersi ste nte dos Comba Ra ngers. derrotaram!). Desde a primeira batalha até extensão dos poderes de Cardman.
Trazido à Terra pelo General Monte sob o final da primeira fase, os Homens de Além de se r um poderosíssimo
a forma de Caralho, ele esteve lutando Quatro Olhos deram muito t rabalho aos feiticeiro, Cardman possui um baralho
à frente d os terríveis homens de nossos heróis, sempre a mando do General repleto de monstros , cada um
quatro olhos. Sua carreira passou por Monte. Eles são f armas de vida orgânica especializado em roubar alguma coisa.
m uitas transformações: Ao se fundir que se originavam do corpo de Caralho, Suspeita-se de que nem 10% de seu
com um macaco em um ·acidente de seu mestre. Ele podia cria r quantos poder foi mostrado até hoje. Possui
teletransport e., !=le ·se tornou o Homens de Quatro Olhos quisesse, mas, ainda uma poderosíssima nave, a MZK-
Macacarolho. Depois disso, quando foi após virar o Macacarolho e todas as suas 1975, capaz de des truir mundos em
poucos seg undos, além de ser,
totalm ente auto-suficiente. E
considerada uma das mais poderosas
armas do Yabuverso. Um verdadeiro
saqueador de mundos, Cardman se acha
no direito de roubar as belezas de mundos
que ele considera indignos. Dezenas de
planetas já caíram sobre seu poder, e a
Terra é o seu novo objetivo. Sua
verdadeira origem é desconhecida, mas
os primeiros registros de suas aparições
datam de mais de 100 anos terrestres!
---------~- -- -- -- - - - --- - - ·- -
- -ºJ; ÇJ.~---- -- -- -- - --- - - ~ _:_ ~
Deck foi escolhido por Cardman
para ser seu assistente anos atrás, após
a destruição de Oreo por uma raça
alienígena. A ext ensão dos poderes de
Deck ainda é desconhecida mas, como
descendente do planeta Oreo, Deck
possui força sobre humana, velocidade,
agilidade e capacidade de teleporte.
ST 17 DX 14 IQ 11 HT 12 PV 16 Vanta-
gens - Supervelocidade; Hierarquia mili-
tar (4) Desvantagens - Voto (obediên-
cia a Cardman); Excesso ·de confiança
Pericias - Rajada de energia 17 e mais
três poderes à escolha do mestre.

CONCEITOS BÁSICOS DAS AVENTURAS
Para montar uma aventura de Comba Rangers vocês , pequenos mestres, devem se preocupar com os conceitos
básicos para estas aventuras. Claro que com o t empo e a familiarização com o jogo, seus jogadores podem se arriscar
com temas mais complexos mas por enquanto vamos passar os pontos principais de uma aventura.
Vamos tratar as aventur~s como episódios. Cada aventura deve ter um começo, meio e fim
:--A -LGUMAS PERíCiÁS--,
1
E VANTAGENS ; transmitida pelo poder do Combo.
~ -· · ·-- · - - - - - --- ~ '"Á --· -
Vamos disponibilizar algumas peri-
cias específicas para serem usadas nos
combo rangers e seus inimigos e ami -
gos. Claro que vocês .estão livres para
criar outras mais ou mesmo modificar
estas ao seu bel-prazer.
. . . . . . . ---- --- -·- .___.........
; PODERES COMBO
1 •• - - - - ~- ------ -
Os poderes combo são uma vanta -
gem que pode ser comprada por 20
pontos e lhe dão o direi to a usar qual-
quer das pericias relacionadas, pagan-
do seus pontos é claro. Todas elas não
possuem pré-requisitos e são tratadas
'
1 como física/média.
Rajada de energia - As raj adas de ener-
gia são emitidas pelos combos e possu-
em vários níveis de poder. As Rajadas
nível um (causam 1 D de dano) são
lançadas sem custo nenhum além do
teste da pericia. A partir do nível dois
até o nível 4(o máximo) as rajadas con-
somem pontos de fadiga do Combo Ran-
ger, que pode chegar a desmaiar. NV2 -
2 pontos de f adiga(1D+3 de dano); NV3
- 4 pontos de fadiga (2D de dano); NV4 -
6 pontos de fadiga(3D de dano) .
Combo golpes - Os combo golpes,
co mpreendem toda a arte m·arcial
· ~- ~-
Pode ser dividido em Combo Voadora,
Combo socão, Combo helicóptero e
qualquer outro golpe que você possa
imaginar. Um combo golpe causa dano
equi valen te às estatísticas de dano
básico de cada Combo Ranger.
~
Combozuca - é o poder Maximo dos
- •• --~-
combo r angers. Quando a sua resis-
tência chega ao máximo, seus perso-
nagens já causaram mais de 75% de dano
no monstro da aventura , os cinc;o
combo usam o poder da Combozuca,
que nunca erra o seu alvo e causam
5D de dano.
C riar homens de quatro ol hos - É a
perícia de criar, a partir do próprio cor-
po vários homens de quatro olhos, ou
homens loiros de quatro olhos. É a prin-
cipal habilidade do supermacaca loiro.
Com um sucesso na jogada desta peri-
cia, que funciona como física/ difícil,
gera 2D+3 criaturas, destas uma pode
ter atributos superiores a 30 pontos,
podendo chegar até a 60, a escolha do
mestre. Cada vez que a perícia for uti-
lizada, o portador perde 5 pontos de
fadiga ou de Vida.
Supervelocidade - Esta Vantagem con-
fere ao portador uma velocidade qua-
Combo Rangers
revista arkham rpg
.
~~~-4-
~ _,_
'"""'-~:J>-.~
tro vezes superior a normal. Seus da-
dos de deslocamento, velocidade bá-
sica e jogadas de reflexos são multipli-
cados por quatro.
---
; CONSTRUINDO :
1- AS AVENTURAS i
L----- --·-----
Bem amigos, vocês já conhecem a
ambientação do cenário e já tem alguns
personagens para escolher e já sair jo-
gando. Agora bastam criar as aventuras e
sair lutando contra os monstros e defen-
dendo Cidade City. Vamos pedir a cola-
boracão dos Combo Rangers parailustrar
,
melhor o que queremos dizer:
r•é pra já Tio Combo! !"
Normalmente uma aventura dos
Combo Rangers con ta com a partici-
pação de um mons t ro que vai ser
destruído no final. Ele vem sempre
acompanhado do companheiro do
grande vilão, como o Macacaloiro, a
Fabi ou o Deck. Sempre possuem uma
habilidade que será um dos grandes
problemas na aventura para os heróis.
r•vamos Monstro /Aental, vamos
sugar a inteligência das pessoas e con-
quistar o mundo!"
nheheheh"
31
 Combo Rangers
revista ar~ha!11 rpg

·- - - , - - - - -- - · - - - - - - - - - -- ,
de lisa(todos os Comba Rangers possuem IDEIAS PARA 1

" Parado ai, Monstro mental! "
''Hã, quem disse isso?,,
Neste caso , a habilidade do mons-
tro mental é emitir rajadas mentais e
roubar a energia mental das pessoas
e roubar seu intelecto para si. Os
combo Rangers vão tentar enfrenta -
los, mas o mosntro irá roubar seu co-
nhecim ento e usa- los contra eles.
Agora, como os heróis poderão ven-
cer o t errivel i nvasor?
ttNós estamos perdidos!"
Um Episódio dos Combo Rangers
deve ter sempre um problema como
este para se resolver em grupo ou com
a habilidade especifica de um dos
Combos. Neste caso , nem a agilidade
do Kiko , nem a i nteligência de Lisa
podem ser usadas para derrotar o
monstro. O que fazer então?
Como sabemos que o Fox é meio
burrinho, ele se oferece para enfren-
tar o monstro de f rente. Fox se finge
de inteli gente e passa a falar difícil e
desfilar inteligência por todos os can-
tos, quando o monstro tenta sugar a
sua inteligência, ele suga a sua burri-
ce!! Completamente c.atatôn ico o
monstro é derrqtado por ele. Pronto,
os combo rangers ve nceram!
clones que os substituem em casa, quan-
do estão lutando contra o mal) e Tati.
''Grrr, estou me lembrando dessa
usurpadora"
Lisa-clone passou a dar, em cima do
Fox, namorado da Tati. E claro que a
Tati ficou furiosa e brigou com a Lisa
sem pestanejar. Durante todo o
episódio, os esforços para descobrir
que na verd ade a Lisa era inocente e
a culpa era de sua clone, ajudou ain-
da mai s a fortalecer a amizade entre
elas. O mais legal , é que vários pontos
do cotidiano dos jogadores podem ser
usados como argumento aqui .
O ideal é que estas aventuras sem-
pre contenham estes dois elementos e
que o mestre saiba alternar os persa·
nagens protagonistas, para dar a todos
os jogadores a chance de enfrentar
situações como estas. Vocês podem
estar assistindo aos episódios disponí-
veis no site ou ler as revistinhas para
entender melhor o que estou falando.
E não esquecendo: Uma boa quan-
tidade de homens de quatro-olhos
para exercitar os poderes é sempre
bem -vinda!
__AV.E.N.T_URAS _
Não há l ugar melhor para se inspi-
rar que nas próprias aventuras dos
Comba Rangers publicadas no site. E
pro pessoal que não tem acesso à
internet, pode-se consultar as revisti-
nhas, que estão em todo o Brasil. Vocês
terão por lá, bastante material de jogo.
1nclusive novos personagens entre
heróis e vilões.
Vocês podem acessar o site
www.comborangers.com.br e assistir
a todos os epi sódios já publicados e
ler as fichas dos principais persona-
gens de todas as temporadas. A revista
dos combo Rangers j á está com cerca
de dez números publicados que po-
dem ser adquiri dos na banca ou pe-
dindo ao seu jornaleiro, e elas são bem
baratinhas, viu?
Tentem manter suas aventuras em
ordem cronológica. Com o passar dos
tempos , vocês terão uma verdadeira
temporada jogada em casa.
Usem a criatividade e montem fi-
chas com os outros personagens. Cri-
em seus próprios co mbo rangers,
usando as regras do mini-Gurps. O li-
vro é bem curtinho e dá pra se diver-
tir bastante com temas simples.

ué isso aí, certo mano?"

Neste mesmo episódio, existe um

problema dentro do grupo, normalmen-
te de re l acionamento . Este tipo de
acontecimento em uma aventura, ser-
ve pra quebrar um pouco o ritmo f re-
n ético das bata lha s e mostrar os
iniciantes que existem outro lado no
RPG além das porradas. Este tipo de
acontecimentos, levados com bom
humor, ajudam a incentivar a interpre-
tação, a capacidade de improviso, a
criatividade e o relacionamento pes-
soal das pessoas. Tudo isso e m um pe-
queno pacote, e de forma divertida.

"Al, e'itou pressentindo que va1

~obrar p rn1m "

Pois é, Lisa: Neste exemplo, vamos

usar um acontecimento de um outro epi-
sódio: Um mal entendido entre o clone
.
~
.•
(

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(

1
1 11
'

"
 ...... ...
.;>o.-~ ,

.-

•
E
DOS
Costumo dizer que, diferente do ciclo
de vida dos seres vivos, o ciclo dos
grupos de rpg consiste no nascimento,
morte e reprodução dos jogadores.
No nasc_imento (parabéns, é um
belo garoto), nós temos dois prota-
gonistas distintos: o iniciante e o
jogador que está momentaneamente
sem grupo.
Aque l e que está momentane-
amente sem grupo, já pode ser consi-
derado um jogador "experiente" .
Possivelmente já jogou várias vezes e
conhece muitos jogos e jogadores.
Mas o jogador iniciante é diferente.
O iniciante a quem me refiro e dedico
metade desse texto, é aquele bravo
"Bem, no início, eu tinha
comprado um livro básico do
Gurps, e comecei a chamar
todos os meus amigos e
conhecidos mais próximos.
Chamei uns dez, mas ou
menos. Apenas um aceitou.
Acho que deu certo, afinal
não são necessários apenas
duas pessoas: um mestre e
um jogador, não é ? " Beto,
1 5 anos, Rio de Janeiro
que, depois de ver, ler, ou ouvir alguma
coisa sobre o "obscuro" jogo, decide,
em um ato de bravura, que irá montar
um grupo. E como a decisão partiu dele,
nada mais natural que ele seja o mestre.
A essa altura do campeonato,
geralmente ele já possui um livro
básico de alguma coisa, e ainda apanha
um pouco para digerir certos termos
e conceitos, porém, nada que não
possa ter a página pulada.
Então, o nosso amigo inexperiente
começa a busca sagrada pelos companhe-
. .
Vida de Jogador
r ·e v is ta ar kham r pg
DE
iros de futuras e emocionantes aventuras.
Mas ... a quem chamar?
Claro, com certeza os meninos e
meninas (sim, meninas! ) mais chegados,
são as principais opções na primeira
triagem, que pode se estender para
segundas, terceiras, até chegar às últimas,
quando o convite pode chegar ao síndico
do prédio, ou aquele seu avô de noventa
anos que já não escuta mais nada.
PBOCUU·~I Mesmo entre os círculos de amizade
JOGADOR mais restrita, algumas pessoas podem
ser descartadas logo de início. Aquele
. Dti ~ amigo que sai com você a noite,
"Quando eu expliquei para u m
amigo meu, o que era o RPG,
ele não entendeu muito bem:
é um video-game? É um j ogo
de tabuleiro? Expliquei-lhe,
posteriormente, com o livro nas
mãos, que não era nada disso,
era um jogo de imaginação e
interpretação, de faz de conta.
Não sei se ele entendeu muito
bem dessa vez, mas que e le
gostou das ilustrações, bem
que ele gostou! André, 25
anos, Rio de Janeiro
fanfarrão , que te "zoa" porqu e você
coleciona revistas do Homem-Aranha;
aquele outro que com certeza jogaria,
mas que recentemente se mudou e
raramente vocês se vêm agora; o outro
que esta apaixonado, e já fala até em
noivado e casamento (ele com 17 e ela
com 16) ; ou então, aquele viciado em
Internet, que não vai topar, pois é um
viciado em internet.
Separado o joio do trigo (alguém ai
já viu um joio?), basta convidar aqueles
que irão aceitar, ou possuem uma boa
probabilidade disso acontecer.
37
 Os colegas e amigos geralmente
mais propensos são os que curtem
algum tipo de ficção ou f antasia que
possa ser re lacionada ao RPG. Leitores
de quadrinhos ou livros de aventura e
fantasia; jogadores de vi deo-game,
principalmente aqueles que gos t am
dos jogos de RPGs eletrônicos como
Final Fantasy e Phantasy Star. Conhe-
cidos que também curtem filmes nessa
mesma linha fictícia.
Explicar o que é o RPG não é muito
fácil, pois o jogo esta envolto por uma
nuvem de ignorância e muitas vezes
preconceito (originário da primeira) na
cabeça das pessoas. Faz-se importante
ter isso bem claro na hora de seduzir
futuros jogadores, ou seja~ estar
ciente das pri ncipais dificuldades que
podem ser encontradas no processo,
" Conheci o Danie l no
flipe rama , jogan do G olde n -
Ax.e , e m dupla. Enqua nto
j o gávamos ., eu diz ia que tinha
um guerre iro a n ão igua l aqu ele
e m uma av entu ra atua l, e u m
m o nte de o utras ínformações
fant á sticas. Ele ap enas ouvia
p erplex o . Termina m os o jo g o e
f o mos direto lá p a ra casa f azer
um Bá rbaro, ig ual a o d o jogo,
para e le , que m e p erguntavâ
"Mas d á p a ra qar aqu ela
gira dínha com a esp ad a, n ão
d á ? Pedro, 23 anos , Rio de
J aneiro .
e saber como sobrepujá-las.
RPGs são, como bem disse o nosso
amigo André , jogos de faz de cont a,
de imaginação, onde nós assumimos o
papel de personagens fantásticos,
como no teatro.
Tá, eu sei que você já sabe disso,
mas como eu disse, é bom ter tudo
isso e mais na ponta da língua na hora
de um convite, o que também não que
dizer que você precise ter toda a
história do jogo decorado. Tenha
também , ilustrações, livros fichas de
personagens ou qua l quer mate rial
ilustrativo sobre o jogo, fica mais fácil
a compreensão de quem nunca ouviu
fala r disso antes. Chamar o futuro
jogador para ver como é uma sessão
de jogo é fundamental para que as
idéias passadas ao seu convidado sejam
todas amarradas de uma vez.
Algo importante a ser percebido,
mas que muitos não atentam é a
38
familiariedade e o gosto fantástico do
convidado. Se você chama uma menina
que gosta de filmes de ficção científica,
como Jornada nas Estrelas, ou, Matrixx,
não a inicie com um jogo de fantasia
medieval, mesmo que você goste muito
ou conheça profundameote , como o
AD&D. Ao invés disso, em uma primeira
vez, apresente jogos ligados a esse tema,
com os quais ela tenha uma maior
empatia e identificação, como algum
cenário cyberpunk ou espaci al. Isso
facilitará uma boa primeira impressão da
jogadora, o que é f undamental para que
seu interesse sobre o jogo possa crescer.
Alg uns locais são extremamente
férteis de potenciais futu r os
jogadores. Se você tem acesso a
Internet, parabéns, o seu grupo esta
praticame nte montado. Basta apenas '
você procurar por sites, bate-papos
ou listas de discussão referentes ao
j ogo. São vá rias, e muitas já fo ram
citadas, com seus respectivos
endereços, na ARKHAN n.1.
Caso você não possa se valer da rede
para auxiliá-lo, a coisa fica um pouco
mais complicada. Um POUCO apenas.
Fliperamas, locadoras, lojas de
quadrinhos, cards, miniaturas e rpgs,
associações de jogadores, até mesmo
em universidades e escolas. E claro,
às revistas especializadas, sempre
prontas a ajudarem os i niciantes.
Procure por pessoas nesses locais e
veículos, certamente irá encontra r
bons jogadores por lá.
Novos jogadores escalados, é hora
da primeira mestria (gostei desse
termo). Ok , você esta preparado.
Escreveu toda a aventura em um
caderno, todos os principais i ni migos
e aliados dos jogadores. E claro, além
das falas e prováveis possibilidades de
ações, por parte dos novos aventurei-
ros. E hora de perder a "virgindade",
afinal.
A primeira avent ura deve se r
simples, de preferência, repl eta de
clichês e cenas t ípicas dos diversos
" N a m i n h a p r imeira
aventura para um grupo de
amigos , u m dos personagens
era u m metamorfo, e se
tran sform o u em um u rso
den t ro do quarto de u m a
hospedaria, n o momento em
q u e a dona do
estab elecimen to veio e ntregar
a conta. Ficou o rest ant e dos
j ogad o res dizendo para a
mufher aos berros do o utro
lado da porta, que aqueles
urros característicos do
m amífero p eludo, não·era
n ada n ão, ap e n as um d os
av en t ureiros ro n cando. Eles
gost a ra m muit o da minha
p rime íra aventura . Puxa/
d ep ois d isso e u percebi q ue
eles f oram os m eu s maiores
amigos n a época .. . "

heróis que conhecemos : se agarrando
no precipicio, salvar a princesa,
recuperar a espada mágica, ajudar a
cidade contra os pistoleiros perversos.
Novamente , A utilização de cenas
conhecidas, p ermite uma maior
iden tificação p elos novatos, e em
consequência, o interesse pela
aventura e pelo jogo serão maior.
Procure não matá-los (os persona-
gens, é claro) ou apresentar situações
intransponiveis em um primeiro contato.
Deixe suas idéias mais complexas e
diferentes para sere m utilizadas
posteriorm en t e. Nas primeiras aven-
turas, apresente o básico e introduza
as novidades aos poucos.
Não limite ou restrinja as ações dos
jogadores. Deixe-os livres para fazerem
o que quiserem, mas sempre alertando
sobre as prováveis consequências. Não
Eu não cheguei a fazer parte
de n enhum grupo " morto". O
que tem acontecido é uma
constant e mudança nos
integrantes, tá sempre saindo
e entrando alguém nos 3
grupos dos q u ais faço parte.
Mas nenhum grupo chegou a
acabar, e mesmo os jogadore s
antigos que saíram, sempre
quando podem, assistem a
uma sessão de jo90. Peters on
Phelipe "Undead", Brasília- DF,
17 anos.
obrigue ou tente forçar as decisões dos
jogadores caso queiram realizar outras
ações as quais você não tivesse imaginado
e anotado em seu caderninho. Não fique
preocupado com essas cenas, pelo
co ntrário, aproveite-ás! Nessas
situações, você terá a oportunidade de
praticar uma habilidade caracteristica
de todos (acredito eu ) os mestres
experientes: A improvisação.
A capacidade de criar e responder
a situações não previstas, sem perder
o fio e a qualid ade da estória, ou
melhor, criando toda uma continuação
diferente do que fora imaginado antes.
Com a prática e a experiência, você
verá o quão divertidas e r i cas em
interpretação são essas cenas de
improviso e tão inusitadas.
O o u tro lado da moeda dessa
matéria é voltada para mestres os quais
seus grupos estej am se desintegrando
( desculpem o verbo , mas essa é uma
matéria de rpg, certo? ).
Os motivos para o término de um
grupo são vários, e podem ser
classificados em quatro categorias
pri ncipais : a falta de tempo, o
desi nteresse, outras responsabilidades
e i nteresses, e as desavenças pessoais,
ou, ao contrário, conflitos relacio-
nados somente ao jogo, e que se
tornam pessoais.
Os motivos podem ser os mais
varia dos, desde desavenças entre
jogadores (causadas ou não por
personagens) mudança de alg uns
·Vida de Jogador ·, :
a r .kham rp g
integrantes, até o surgimento de algum
outro hobbie mais interessante, ou o
simples fato de cansarem de jogar RPG.
Basta não encontrar um horário
disponivel para t odos que isso pode
acontecer. Carlos Frederi co "Johan
Spellcaster", Brasília, 17 anos.
Quem dentre vóis que nunca
passou por alguma situação destas que
atire a primeira bola de fogo !
Geralmente os grupos se iniciam
quando os jogadores são bem novos,
talvez com uma idade média de 12 a 13
, .
anos . Ne ssa epoca, Jogamos
diariamente , ou muitas vezes na
semana. Pod emos nos dedicar
basta nte ao jogo. Porém, com a
passagem dos anos, surgem novas e
maiores responsabilidades, deveres e
interesses. É o vestibular e a faculdade;
o quartel, a viagem , a namorada ou
namorado, o t reino de futebol, entre
tantos outros, que podem deixar o jogo
como algo secundário, ou até mesmo
aposentá-lo de vez.
Como tentar contornar, ou ao
menos, amenizar, tais problemas? Será
que não há mais jeito quando chega a
hora derradei ra? Para onde vão os
grupos depois que morrem? Existe jogo
após a morte?
Ac re dito que um grupo sempre
possa ser salvo . Claro, sempre haverá
algumas baixas ou arranhões , mas não
o suficiente para um funeral tedioso.
Garoto de sorte, não? Porém a
fortuna nem sempre sorri para todos
os jogadores. Vejamos algumas formas
de erradicar, ou ao menos, amen1zar
tais dificuldades.
FALTA DE TEMPO
Ninguém tem mais tem po para
nada. E o tempo livre que sobra já
está agendado para out ras atividades.
A solução é descobri r um horário que
seja compatível para todos.
Se o final de sema n a já está
completo , proc ure por um dia da
semana em que todos possam se
encontrar, geralmente à noite.
Mesmo que o horário de duração das
partidas seja reduzido (duas horas,
uma hora , quinze minutos! ) ainda
assim é uma solucão válida.
'
Se uma campanha regular não é
possível, marque jogos apenas de
vez em quando, em um dia em que
todas puderem jogar uma partida
descom p romi ssad a.
__ _____
"' ... __
 r e vis t a a r kham r pg
os
(e o RPG)
Antes de mais nada, meu nome não é Pau-
lo César, nome que aliás não tem nada a ver
com o meu (talvez apenas a semelhanca do
sobrenome que divido com um conhecido PC
de nossa história recente). Neste caso, PC é
tão somente a (para nós, jogadores) famosa
expressão tirada do inglês que denota um
personagem cujo papel é interpretado por
um jogador e não pelo mestre.
Assim me classifico, pois. Fosse a vida
real um jogo (o que estou bem certo de não
ser verdade) eu seria um PC!
Agora, esclarecido este pequeno poten-
cial motivo de dúvidas, apresentarei a nossa
mais nova coluna, cujo nome pode ser bem
visto no alto da página. Aqui, amigos, discu-
tiremos (ou nos esforçaremos para tanto)
assuntos relacionados ao dia-a-dia de nós
jogadores e o mundo que nos cerca, o qu~
esperamos que seja um espaço divertido e
ao mesmo tempo seriamente informativo.
Vamos logo a nosso assunto, o primeiro
a ser apresentado nesta coluna: A normali-
dade, ou algo assim.
Cabe aqui, primeiramente, fazer uma
pequena apresentação de mim mesmo1 uti-
lizando-me como meu próprio exemplo para
que não venha a ser processado em meu
primeiro texto.
Nasci em Santos, onde vivi alegres 17
anos de minha vida. Estudei em bons colégi-
os, tive bons amigos, chorei (muitas vezes)
e r1IP.Qrei-me {nem t;:intêls vezes) com meu
Dali pra frente, o conceito de grupo deu
lugar a amigos que a cada jogo alternavam-
se para se divertir.
Foi esta amizade que deu origem à Asso-
ciação de jogadores que fundei e que até
onde sei, foi a única da história do Brasil nos
moldes (sede própria, ao melhor estilo casa-
da-árvore, sem mães incomodadas ou lojas
Santos FC do coração, tive várias "namora- que incomodam ... )
Fora deste "mundo", aprendi a conviver
dinhas" (mais do que mereci, menos do que
sempre desejei) até que vim para São Paulo
estudar, como o fazem vários jovens de mi-
com algo que para nós jogadores é bem nor-
mal: a gozação dos que não jogam. Não jo-
nha idade. gam e não conhecem. Hoje, encaro tal goza-
Faço um curso respeitável em uma f a- ção
.
da mesma forma que encaro a oozacão ~ '
culdade bastante conhecida, já morei fora vinda nas muitas vezes em que o Santos per-
do país por duas vezes, trabalhei, canto de. A verdade é que tais pessoas têm o mais
pré dos preconceitos, mas que ao sentarem
numa banda, danço et c, etc ...
a uma mesa e preencherem a primeira ficha
Nada mais normal, certo?
de personagens vão parecer uma crianca.
Não sei. Aqui vão algumas peculiarida-
des que fogem àqueles que não são felizes Sim, uma criança na melhor acepção da p~la­
vra: divertida, sonhadora, imaginativa, so-
leitores de nossa revista. Aos 11 anos (mes-
ciável, sensível.
ma idade de meu primeiro beijo), fui apre-
Tenho orgulho da pessoa que hoje sou e
sentado ao RPG !
é impossível dissociá-la do jogador em que
De lá pra cá, são quase 11 anos como "usu-
me transformei.
ário" confesso e orgulhoso desta droga que
E aonde quero chegar com tudo isto?
entorpece a banalidade e a mediocridade e
Nos últimos tempos," vi e temos visto, as
desperta o socialmente temível e desprezível
mais esdrúxulas matérias em jornais, progra-
amor pela leitura e pela vontade de criar e
mas de TY, sites de Internet etc .. que culpam
esbanjar imaginação.
o RPG por crimes macabros, razão pela qual o
Nesta minha meia vida (11 anos sem, 11
jogo está (pasmem!) sendo proibido em algu-
anos com o jogo), evolui tanto quanto joga-
mas cidades.
dor como no resto, como j$ relatei. Lembro-
Ah ... A Inquisição ... ah ... A ditadura. Na
me de meus primeiros grupos e jogos, marca-
época de nossos pais, entravam nas casas
dos por sessões mata-homens-musgos-resga-
ta-princesas-lindas-semi-nuas. Naquela épo- das pessoas para confiscar O Capital do
Marx. Algumas pessoas foram presas por
ca, era o que mais me atraía no jogo. Não,
possuírem A Capital, do Eça. Hoje é possí-
não as princesas, mas a possibilidade de es-
vel que haja gente querendo entrar aqui em
crever na minha mente uma história comple-
casa para ver se eu tenho o D&D ou algo de
tamente inédita. Seja com homens-musoo
• ::> '
igual valor subversivo. A inteligência nunca
se)a com vampiros mauzões e bla-bla-bla.
foi o forte da repressão.
Com 15 anos, venci o preconceito dos jo-
E hoje, ainda não o é. Proibir o RPG é o
gadores mais velhos e supostamente mais sé-
mesmo que proibir as telenovelas porque
rios da minha cidade que viviam a zombar de
um atorzinho X resolveu matar a facadas a
nossas endiabradas sessões de AD&D (se você
filha da escritora da novela por quem havia
é um jogador iniciante, não entenderá como
se apaixonado(?).
AD&D já foi uma coisa digna de escárnio, frente
Em meio a uma sociedade em que se con-
ao então Vampire, todo poderoso! - não se
sidera normal mães desesperadas cosendo
engane, gosto do jogo). Foi neste ano que
papelão com água ou seios cancerígenos en-
organizei meu primeiro Live, mágico. Um cas-
sino abandonado, luzes de velas, quase 70 contrados em lixões para dar aos filhos como
jogadores. Sem dúvida, marcou todos aque-
les que dele participaram.
 alimento, é verdadeiramente fácil culpar algo
tão desconhecido como ameaçador: um jogo!
Sabemos, é claro, que há pessoas que
não gozam de uma vida socialmente ativa,
que não saberiam diferenciar certo ou er-
rado, azul e vermelho, mesas de jogos e
cemitérios. Sim, estas pessoas que comete-
ram crimes ou que supostamente fazem par-
te de seitas pseudo-satânicas nada mais são
do que o fruto de pais ausentes, de uma
sociedade omissa e de escolas (desde a épo-
ca dos militares) alienantes.
O quê? - pensa o pai ao ver o filho matar
uma galinha com os dentes e enfiar um D20
dentro dela com a nova miniatura do Aragorn
(Senhor dos Anéis). Ah . .. sim ... culpa deste
livro aqui. .. vejamos ... Gurps ciberpunque
(seu maior problema não é desconhecer a
pronúncia). Certamente, é mais fácil culpar
o tal ciberpunque que o fato de ele, pai, não
ter acompanhado o filho em sua vida, tido
momentos felizes em família (como os que
eu tive, mesmo sendo às vezes na Vila
Belmiro) ou o mais simples e básico carinho.
Doutores, padres, policiais, jornalistas,
que pensam estar contribuindo com sua
parte para o nosso belo quadro social (dou-
me o direito de parafrasear nosso adorado
Raul), informem-se melhor. Há sim, algumas
pessoas que são desvirtuadas a ponto de
cometer as mais escabrosas atrocidades e
que por acaso, jogam RPG. E que por acaso,
ouvem música alto, e que por acaso vão a
estádios com camisas de torcida e com bom-
bas e pedras nas mãos, e que por acaso
gostam do vermelho em d~trimento ao ama-
relo. Asemelhanca ,
entre elas comeca' e ter-
mina em sua "doença'', embora a causa es-
teja muito mais além do que num livro, num
CD, numa camisa ou numa cor.
. .~ Talvez um dia o fato de ser o RPG hoje
\
. 1
' encarado por sérios profissionais da área de
pedagogia e psicologia como um interessan-
te método de aprendizagem torne-se inte-
.. ressante, talvez o fato de ser usado a cada
vez mais em treinamentos de empresas de
grande porte torne-se digno de nota ou ain-
da talvez o fato de ser o jogo uma atividade
em grupo, sadia, inteligente, agradável, pa-
cifica e criadora de amizades nunca seja
matéria economicamente viável para um jor-
nal. Até lá, senhores já citados, entretenham-
nos com suas criacões, de mitos e cacas-a-
'
bruxas. Afinal, uma mentira repetida milha-
res de vezes tornar-se-á verdade, como já
diziam os nazistas ...
 .
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MATÉRIAS SOBRE QUADRINHOS, RPG, FILMES

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Como será que o baralho G-B conhecido como '' The Rock'' se
safaria num ambiente tipo li?
Por Nuno Costa
/lustrações: Wiz ards of the Coast
ste baralho ganhou vários adeptos
E desde o PRO-TOUR NEW ORLEANS
mas foi a versão com que Mikey
P. ganhou um GRAND-PRIX que trouxe
o deck para as luzes da ribalta.
O baralho assentava no poder de
Yavimata EldERs_, Spikes e, princi-
palmente, de Pernicious deed e
Spiritmonger. Tendo em conta que
estes últimos são viáveis em Standard,
quais serão as suas reais chances de
sobrevivência?
Se analisarmos o deck que
proponho, vemos que as coisas estão
de fato boas para os magos G-B.
•
f
- - - -- - -- - -- -
SIDEBOARD:
'
A parte preta do baralho apresenta
aquelas cartas mais óbvias: DURESS_,
ÉDICT; DEED E SIRITMONGER.
Entre éditos e "discos", as
. permanentes do nosso adversário vão
passar um mau bocado. O DURESS
certifica-se que as melhores mágicas da
mão dele vão parar no cemitério mais
cedo do que ele pretendia e o
Spiritmongeré um pesadelo para alguns
baralhos assim que entra em jogo.
Quanto ao verde, além da acele-
ração de mana, contribui com CARD-
ADVANTAGE na forma de FLASHBACK
que permite compensar a perda dos
Y,4V/MAY,4 ELDERS e VAMPIRIC TUTORS;
para além disso possui 8 BEARS
(Mongoose e Mongrel) que sao um
queb ra-cabeça s para
muitos adversários.
Deck Mania
rev i sta arkham r pg -:--~~~~~--~-"""'~
\'('ht-no\'Ct S(IJrtuss~litilt; d1m1~~
IX> !I. t:l'Ã',fUrC, p!ll.. H ..1'iil ~· ólt
S~lllJJU~.
•t ~dlllt Splriunotf8...r.
• : Splrstn1ongu bó!epwa IM CQ!or
1>.f your cllol~ UiWI did oi tw-o.
·•· 1
'~)...~·· . , ~~I\. ( "tlt.·1}.\Í'V.j.s · · · 616
~. ; .... ~" ~~.._,~·~~ ~;~-·~>(;~,..,...;· }}ó;.$•>:;:......~·
Apesar de bichos de mana + TOKENS
não serem um combo perfeito com o
Pernicious Deed, convém não esquecer
que só o utilizaremos quando em
desvantagem e que limpar a mesa no
final do turno do nosso oponente e,
no nosso turno, trazer um TOKEN
FLASHBACKADO do cemitério, é sinal
que as coisas não estão más de todo.
O SIDEBOARD é composto por
cartas antidecks específicos: Slay
contra tudo o que é verde, Centaur
contra Opposition_, Repulses e afins,
Bloodcontra Terravore e Spittercontra
tudo o que tenha um de defesa (não
esquece r de sidebordar alguns dos
nossos, já que o objetivo é ser sádico
e não masoquista).
Penso que este baralho tem
o que é preciso para sair vitorio~o
neste ambiente e merece um olhar
mais atento que desconfiado .
 revi sta arkh a m
--~~----~~~~-
Ao contrário do que poderia inicialmente pensar Magic Online
está vivo, bem feito e recomenda-se. Aproveitem a fase de
testes que é gratuita pois Magic nunca mais será o mesmo.
Como já foi dito por muitos,
o Magic Online é um Software
muito bem feito cheio de
pormenores excelentes e que
supera as expectativas de
qualquer jogador. Vou
aproveitar para usar os. meus
Galões Profissionais (como
penso que sabem sou diretor
num Banco e tenho a cargo a
equipe de análise de sistemas
Web), para dizer que é uma das
melhores ferra mentas que vi em
toda a minha vida.
Não costumo ser tão
veemente em elogios, ainda
para mais em relação a
sistemas informáticos, com os
quais o meu nivel de exigência
é francamente elevado.
rpg
.1º Passo .
Download
Para fazer o download do MTGO
basta acessar à pági na da Wizards
http: //www.w izard s .com /
default. asp?x=magic/ magiconline e
escolheres um dos distribuidores
gratuitos do SW. Aconselho a fazer na
hora em que possam deixar a máquina
"carregar" e que só o façam se tiverem
Cabo ou ADSL, pois estamos falando de
um "monstro" de 290 Mb ... (com Cabo
ou ADSL os tempos de carga podem
variar entre 1h50m e 3h00, com Modem
os tempos ficam perto das 6 a 7 horas).
Ai têm links para o download do
Manua l de utilização e do próprio
MTGO por 2 fornecedores distintos.
Ambos têm soluções para o download
gratuito. E para quem quiser uma
opção de carregamento rápido e sem
tempo de espera há sempre a hipótese
de pagar o serviço.
-
2° easso . .. . ~-
Descompressão e
instalação
Depois de terem o SW no seu PC
têm que começar a descompressão e
instalacão. Isto é feito automati-
,
camente mas demora algum tempo pois
a versão descomprimida tem perto de
O. 5 Gb. A instalação e co nfiguração
inicia-se depois e ficam com o MTGO
quase pronto para ser usado.
3° Passo .
Registro e Update
Quando terminam o processo
anterior, terão de se registrar. Este
processo obriga à escolha de um "Nick"
que será o seu nome visível nas "salas"
do MTGO, e uma password.
Pessoalmente acho que devem
escolher um que perm ita serem
reconhecidos pelos companheiros de

Por Jorge Guimarães
llustracões:
, Wizards of the Coast
jogo mas este assunto é sempre
pessoal. Eu sou o habitual "guimas" e
não tenho dúvidas que veremos por lá
nomes como "18montanhas" ou
"vodka7up" mas há sempre quem goste
de mudar o nome para "going2BurnU2hell"
(como já apanhei alguns). Terminado
o registro, ficarão com o simbolo do
MTGO no seu desktop (opcional) e
sempre que o ativarem este
disparará com o Update .
Esta fe rramen ta garante que
sempre que você fizer o login verifica
se tem a última versão carregada e
caso não o tenha (quase sempre
durante esta fase de testes) começe
pelo Update. Quando comecei a jogar
a versão era a 727 e no momento em
que escrevia era a 903!
Cada Update demora em média 10 a
15 minutos para carregar (Cabo ou ADSL).
4° Passo -~: · · . · . . . · ·
Login e opções
Estamos finalmente em condicões
'
de entrar no MTGO e isto se nota pelo
écran de entrada ficar ativo.
1. Entrada para Login
salas usando o seu Login escolhido.
Depois de entrar vai ter de fazer outras
opções simples como escolher o seu
"avatar": a imagem do bicho que o
representa em todas as salas onde
estejas. Aqui as escolhas não são muitas
mas são suficientes. Há tigres, tritões,
dragões, anjos, cefálidas, goblins,
atogs, ogres, elefantes, z umbis ,
cavaleiros, e alguns outros.
2.Hall com as saias
-•
--
Ao entrar no "hall" as várias "salas"
são apresentadas conforme a imagem
à sua direita. Podes então escolher se
quer entrar nas salas de aprendizagem,
jogos "casual", jogos sancionados,
torneios, etc. Dentro destas você ainda
pode esco lher os formatos : draft,
Sealed deck, construido, multijogador.
3.Sala e desafio
Quando estiver numa sala, pode,
procurar um oponente e desafiá-lo,
para tal escolha o nick dele (lista no
lado direito em baixo) e depois com o
botão di reito do mouse tem um menu
com a opção "chalange". Os jogadores
que não estão jogando estão a amarelo.
Todos os restantes estão indisponíveis
(a vermelho ou preto). Você pode
também entrar em chat privado com
esse menu.
5~ Passo ··
Jogar
Você tem apenas que escolher a
sala e o formato para começar a jogar.
Para quem não tem experiência,
recomendo a sala de treino e o jogo
. , - .
Portal MtG Report . ·.
r~vista arkham r o
com os pré-construidos de sétima
edição. Não precisa jogar mais que um
ou dois jogos para dominar os
comandos e seqüências. As regras são
perfeitamente aplicadas e se você só
precisa ter muita atenção com tudo o
que lhe pedem para confirmar. A
prioridade vai passando para os
jogadores em todos os momentos que
for aplicável pelo que terá de ter
cuidado para não passar um momento
que pretenda ou uma fase de ataque
porque clicou sim e não o queria. A
única ação que permite "undo" (alt+U)
é o virar terras e desde que não tenha
colocado nenhuma mágica no stack.
Vou terminar dizendo que
considero o MTGO uma das melhores
formas de praticar draft. Sem jogadores
dizendo que cores é que estão
fazendo com a possibilidad e de
"testar" estratégias (enquanto ·é
gratuito, claro) e no conforto da casa.
Perde-se o convívio, é certo, mas
ganha-se muito em tudo o resto
(regras, simplicidade etc.).
Da minha parte, vou continuar a
aproveitando o momento.
 1
1
N R
0Jl i l ~-
-~·-!..-J.....}-~
DEQ:UEM É A
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RESPONSAISfUDADE
CIVIL. NOS C.OllR.ITOS
DA LU Ct8UMÚICA

[:J~WlJ_j_;l
D E s VENPA COM
aMfllER$
Coat0 (..,.._á:-los
. . . . abcíliwos
e effciwttes

!!J~~~r
ASâaUtlS

~-­
t.:.O;;!J~.:..J~c
O IUl!OR NiÍ'í"IJIO Hi
ClllNttSHO IBIS'I

Batalhas de robôs gigantes na aurora
tec·nológica do terceiro milênio
Num futuro não muito distante, a
humanidade encara de frente o
problema do fim do petróleo com a
solução definitiva de energia: o reator
de fusão. A tecnologia barata e o
vazamento em massa de informacões > montagem (membros,
facilitaram a expansão desse novo e
eficaz meio de obter energia.
Ecologistas celebram o fim da
exploração petrolífera, do desequi-
líbrio ambiental das hidrelétricas e
respiram aliviados. Mas ao mesmo
tempo que se comemorava o
nascimento de uma nova era de
energia e computação, com o proces-
sador quântico, a ciência da guerra
caminhava a passos largos. Em poucas
décadas, o sonho de roboticistas pelo
mundo se tornava realidade nos
exércitos. Depois do tanque blindado,
do avião supersônico de caça, surgiu
a Wertecnologia, barata e de fácil
manutenção e uso.
Pilote robôs enormes, tripulados,
armados com precisão perfeita e
autonomia infinita, além de lasers de alta
potência, misseis guiados que jamais
erram, metralhadoras com taxas de tiro
tão grande que sua munição não era
contada mais em balas, mas em segundos.
Claro, os Wermechs também têm modelos
civis, já que sem petróleo, os veículos a
combustão rapidamente foram
convertidos para reatores de fusão, o que
não os tornou menos perigosos.
Lute em meio a selvas, em
Guerrilhas Africanas, contra as FARC
Colombianas, contra a Invasão
Americana a Cuba, nas cidades,
combatendo o crime com um Wermech
Policial, defendendo as reservas
naturais como um Guerreiro de uma
facção terrorista do Greenpeace, as
possibilidad es são extensas. Isto
enquanto a humanidade não sai da
Terra. Mas já está em pesquisa o motor
de Dobra Espacial. ..
revista arkham rp g
,,..,,,,_
3º
l L EN 10
O sistema Wertech
não usa dados, pelo
simples fato de que o
computador de alvo não
erra. Todas as partes de
chassis, locomoção,
motor, cabine, equipa-
mentos e armamentos)
têm seus atributos
principais quantificados
segundo seu Nivel de
Tecnologia. Estes atri-
butos (Ataque, Defesa,
Energia e Resistência)
definem suas caracte-
rísticas gerais, como
munição, distância máxi-
ma de alvo, tempo de
acionamento, espaço
ocupado, espaço dispo-
nível para equipamentos,
dependendo da parte quantificada. São
dados importantes para a estratégia de rasteira sempre vencerá. Mas nunca
batalha, decididos na montagem do subestime seu inimigo .. . a unidade mais
wermech. Uma ação simples, como a de "fraca" pode ser a decisiva!
se mover e atirar em um alvo é Os modelos variam desde tanques
tremendamente simplificada. antigos, aperfeiçoados pelo tempo e
Os Turnos de Ação também podem falta de recursos até criações dignas
ser "compartilhados", mediante o uso de Star Wars, capaz de saltos
de certos equipamentos, aumentando acrobáticos, porém em 2250 todo o
ainda mais a eficácia nos ataques. Você mundo está quase no mesmo patamar
ataca e seus companheiros usam seus de armamento.
dados de alvo para o "fogo de apoio". Será que você tem a esperteza e
Há muitas variedades de equipamentos coragem necessárias para conquistar
prontos, e ainda há regras para criar seus objetivos na nova era de
suas próprias unidades personalizadas. combates de 2250 com Wertech?
Se você não quer fazer muitos Criado e escrito por André Moura
cálculos, simplesmente pegue algumas da Silva e Wallace Garradini, o módulo
partes e junte, formando seu guerreiro básico deste Wargame brasileiro está
de metal e energia. Ou baseie-se em com lançamento previsto para o X
alguns dos modelos prontos , EIRPG, com mesas de demonstração
especialmente para estratégias rápidas, nos dias do evento.
descomplicadas, desde o simples
"search and destroy" até emboscadas
em terreno hostil, tudo é possivel com
Wertech. A estratégia mais rápida e
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. . WG História Ili
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bem da verdade, existem
publicações que se diziam
preocupadas com os jogos de
guerra, que acabaram evoluindo para
sistemas baseados em figuras militares
do periodo chamado "Dark Ages",
incluindo o Little Wars e uma publicação
contemporânea de Fred Jane (que
incluía regras para batalhas navais em
1950). Estas publicações causaram uma
repulsão de todo o exército após 1918,
incluindo reações contra estas figuras
de modelo de solda dinhos , pois
consideravam, ainda, que de algum modo
misterioso eram as responsáveis pela
deflagração das duas guerras mundiais.
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• I? . ; ·
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Neste caminho , devido a esta
"sina" jogos baseados em períodos
medievais eram obscuros, difíceis de
serem encontrados.
Mesmo com a reação criada pelas
correntes militares, bem como as revistas
que apontavam os Jogos de Guerra como
incentivadores das Guerras Mundiais,
vários entusiastas mantiverãm o
passatempo vivo e desenvolveram alguns
de seus métodos básicos, entretanto
estes mesmos entusiastas mantiveram-se
isolados e evitaram o olhar do público,
pois ao que tudo leva a crer, tinham medo
de uma possível ridicularização e reação
negativa por parte das pessoas.
Muitos houveram , de quem sequer
temos conhecimento, que sem dúvidas,
permaneceram na obscuridade, mas as
atividades de outros merecem
recordação, pois são eles os pais de
nosso passatempo atual.
Entre estes, J. R. Granville Bantock,
deve ser aclamado por sua primazia.
Os pais de Bantock , tomando
conhecimento da existência de Little
Wars, o adquiriram p ara que se
divertisse com seus irmãos. Nesta
época , o jogo já havia si do moder-
nizado , substituindo por dados as
peças de 4. 7 mm de artilharia naval,
afinal, muitas vezes, os soldadinhos de

outrora acabavam quebrados pelos
disparos daquela peça do inicio do
século passado.
Ele nomeou e numerou, com um
sistema regular de promoções e
decorações, todo o exército. E,
dada a existência de heróis, o
exército deste podia ser lançado
na obscuridade quando o herói
morria e, neste passo, havia a
necessidade de substitui-lo por
outro herói.
Batalhas desenvolveram movimentos
estratégicos, usando blocos de chumbo
e mapas intercambiáveis que eram os
primórdios do Kriegspiel moderno.
Após o término da Primeira Guerra
Mundial, Bantock manteve suas
anotações contendo regras elaboradas
para combates aéreos. A profissão de
Bantock, durante este período, ao
contrário de atrapalhá-lo, o incentivou
a desenvolver ainda mais regras.
Mesmo assim, dado seus préstimos
laborais longos no estrangeiro, criou-
se uma natural impossibilidade à
continuação do desenvolvimento de
várias destas regras.
Em 1939, o filho de Bantocks, Angus,
retomou o trabalho de seu pai.
E, em 1947, uniu os modelos
britânicos em miniatura, criando a
Sociedade Britânica de Modelos de
Soldados (British Model Soldier Society
- BMSS), com unidades mais diminutas,
que era a temática mais atual à época
nos Jogos de Guerra.
Sem contar que criou o sistema de
Uma Peça corresponde a Uma Brigada,
ou seja, uma única peça correspondia
a unidades inteiras, utilizando-se de
dados decimais para verificar se o
rrgrupo" conseguia efetuar disparos,
verificar moral, enfim, legados que
originaram os atuais Jogos de Guerra.
Um outro "Wargamer" famoso foi o
Capitão J. C. Sachs, que morreu em 1956.
Foi sócio, ainda bem jovem, da
BMSS (1935), onde organizou e
produziu as regras de Jogos de Guerra
para campeonato, que a BMSS
organizou, como uma atividade
secundária de suas atividades normais.
Estes campeonatos ocorreram
durante vários anos depois da Segunda
Guerra Mundial.
Ainda nos anos 30, Sachs levou ao
conhecimento de muitas pessoas o
que eram os Jogos de Guerra. Em
especial ao Brigadeiro Peter Young,
pois sendo um dos lideres mais
experientes em histórias mHitares,
aplicou várias características dos Jogos
de Guerra em circunstâncias muito
difíceis e dramáticas da guerra real.
As regras apresentadas pelo capitão
Sachs foram baseadas em outras regras,
criadas originariamente em 1912.
Quando Sachs estava criando seus
campeonatos de BMSS, acabou por
i ncluir os tanques tão famosos nos
teat ros da guerra européia, bem como
o temido fogo de artilharia.
Claro que a base permaneceu o
Little Wars, sendo que a inclusão de
peças de artilharia levou a atualização
de elementos que pudessem
representar o abastecimento destas
peças de artilharia, como ainda a
necessidade de empurrá-la, fisi-
camente, sob os campos de batalha.
As regras do Little Wars foram
alteradas, incluindo-se nesta fase, um
sistema de porcentagem automático
bem simples, que avaliava quantas
vítimas haviam sido afetadas pelo
disparo de armas de fogo pequenas.
Sistema que melhorou considera-
velmente as regras criadas por Wells,
que por
,
sinal, não haviam agradado a
sua epoca.
Por outro lado, fez largo uso das
regras de Wells, quanto a colocar uma
simples figura atrás das linhas inimigas
de comunicação, com o intuito de
ganhar o jogo.
Sachs quase conseguiu colocar o
terreno do plano de batalha, na altura
do olhar humano, tentando reduzir o
normal alcance excessivo da visão
disponível de toda a área da batalha,
que acabava por influenciar as
movimentações de tropas, alterando-
se o realismo pretendido nestes jogos.
E, ainda, nos mais recentes jogos
que criou, desenvolveu um sistema de
movimento simultâneo em substituição
aos movimentos alternados de Wells.
A. C. Cass foi outro grande
entusiasta dos jogos de guerra, em
plena atividade, desde os idos de 1920, .
muito influenciado pelos seus irmãos
mais velhos, que jogaram muito antes
de 1914 (antes da 1ª Guerra Mundial).
Frank Tippetts, um membro
fundador do BMSS, recebeu o jogo
Little Wars no Natal de 1913, pois antes
disso jogara muito com seu pai,
continuando um aficionado durante
toda a década de 20.
A. J. A. Symons (o autor de The
Quest for Corvo) jogou em mapas que
se baseavam no mesmo período do
Capitão Harold Fisher, produzindo
relatórios elaborados no mesmo estilo
de Stevenson.
Por volta de 1939, Peter Young, ao
encontrar-se com Charles Grant, o
apresentou aos Jogos de Guerra,
convidando-o a participar de uma partida
que envolvia uma campanha napoleônica,
usando as regras de Sachs, mas sem
qualquer tiroteio com armas de fogo, suas
armadas consistiam nos exércitos de
Mignot e de Lucotte, que.eram excelentes
para este estilo de campanha. Charles
continuou como um jogador de
'Wargames" e, nos anos de pós-guerra, veio
tornar-se um dos melhores escritores sobre
o assunto desde Don Featherstone.
i• ·. WG História Ili
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Claro que havia jogadores em
outros pai ses, notadamente nos
Estados Unidos onde alguns jogavam
em larga escala.
Um dos mais conhecidos é o
historiador militar e jornalista Fletcher
Pratt, famoso nos anos 30, foi muito
requisitado para dissertar sobre as
regras de Jogos de Guerra, ensinando
muitos novos jogadores como se
divertirem com este "hobby". Uma
descrição maior sobre Pratt pode ser
encontrada, em conjunto com várias
de suas regras, no Naval War Games,
de Don Fetherstone.
Outros exemplos menores são os
jogos em larga escala organizados pelo
normando Bel Geddes, descrito na
"Art and Decoration" (magazine de
fevereiro de 1933) que chegou a
envolver 14 jogadores de .cada lado,
num campo delimitado, onde durante
um almoço foram discutidos o
planejamento das missões e as regras
da sessão do jogo, para o final de
semana. Eles continuaram depois da
Segunda Guerra Mundial.
O arqueólogo americano Peter
Cornwall chegou a comentar sobre um
vínculo que existia entre os Jogos de
Guerra britânicos e os jogos de guerra
americanos neste período; e, ainda,
jogou a campanha napoleônica na
Califórnia em 1930 , e
depois, na
Inglaterra, veio 'tornar-se um dos sócios
fundadores do BMSS, em contato com
Peter Young e Charles Grant.
Os jogos de guerra com o intuito
de passatempo continuaram e,
realmente proliferaram ao longo deste
período, alcançando uma amplitude tal
que não podemos sequer imaginar.
Depois que o período de
"abstinência" criado pela Segunda
Guerra Mundial passou, os
"wargamers" que haviam servido em
prol de seus países puderam retornar
uma vez mais a uma forma sensata de
exercitar suas estratégias de guerra,
sem ter de causar tantas mortes e
tanta destruicão como se viu
,
durante este período negro da
história da humanidade.
Na Divisão Armada Polaca, sediada
na Alemanha ocupada do pós-guerra,
apareceu um outro grande entusiasta
'Bish' lwaszko que havia começado sua
história neste fantástico mundo com
soldados de papel, durante a guerra
da Polônia. Ele persuadiu seus
colegas de Brigada a iniciarem-se nos
Jogos de Guerra.
50
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Voltando à Inglaterra, nos anos 40
ainda aconteceu o Campeonato Tático
da BMSS promovendo o contato entre
os vários jogadores isolados. Entre estes:
Capitão Sachs, Charles Grant, Primeiro
Coronel J. B. R. Nicholson e Charles
Reavely (Reavely tem uma importante
contribuição para nós nos dias atuais, pois
foi quem iniciou a produção de revistas
especializadas em Wargames, além de
propor escalas mais precisas).
Com a enfermidade do Capitão
Sachs, as festas dos jogadores foram
escasseando em sua casa de Bushey.
Assim, nos anos seguintes a 1954
(ano da doença de Sachs), houve uma
espécie de refreamento na evolução
do passatempo.
Mesmo assim, Charles Grant,
A.C.Cass e Charles Reavely continuaram
discutindo diversos assuntos
referentes aos Jogos de Guerra ,
através dos boletins da BMSS.
Com isso acabaram por incentivar
um interesse crescente em outros
possíveis jogadores como A. W.
Saunders (que usou um vasto campo
de batalha de escala de 54 mm, ao ar
livre) e Tony Bath (um especialista em
jogos baseados em exércitos antigos),
ainda mais por fazerem reportagens das
atividades destes.
Do núcleo de jogadores e sócios da
BMSS na área de Londres, originou-se
a primeira sociedade de jogadores de
Wargame dos tempos modernos, a
Londres Wargames Section.
-Seria, no entanto, dos E.U.A. que
viria o mais próximo e vital passo para
que o passatempo se transfarmasse na
forma como atualmente ·o conhecemos.
Nasce a War
Games Digest
Jack Scruby, um californiano,
desde seus trinta anos, havia
colecionado a mais vasta coletânea de
armadas militares.
Embora não fosse um jogador de
Wargame, fez contato, em 1953, com
Pat Gorman, um verdadeiro Wargamer
•
man1aco.
Quatro anos depois , Scruby,
primeiramente com Homer Delabar,
deu o maior passo desde que Wells
escrevera Little Wars - ele comecou
, a
publicar uma revista amadora modesta,
a imortal "War Games Digest" (Sumário
..
de Jogos de Guerra), a primeira revista
de Jogos de Guerra do mundo.
Até então haviam pequenas revistas
ou boletins regionais, porém esta foi
distribuida para todo o mundo.
Assim, veio a oferecer uma
oportunidade única para que os jogadores
de todo o mundo fizessem contato com
outros jogadores, discutindo suas idéias
e criando novos conceitos.
Quando começou, logo conseguiu
40 assinaturas de jogadores, muitos
ainda oriundos dos boletins da BMSS.
Os Jogos de Guerra então
comecaram
, a se levantar como um
grande passatempo em todo o mundo.
Ler a velha War Games Digest é
captar a excitação e o entusiasmo com
que os pioneiros perceberam como
não estavam sós nestas aventuras.
Naquela época não haviam os
recursos de comunicação que existem
hoje (em especial a Internet),
entretanto , como Graham Biddle
mostrou numa carta, ele e um amigo
tentaram , durante dois anos,
contactar outros jogadores sem
sucesso e, finalmente, puderam
encontrar outros jogadores através da
News Chronicle, Hamleys, Field Marshal
Montgomery, The Staff College, The War
Office Library e a lmperi~l War Museum,
que foram passados de um jogador para
outro, até que alcançaram o BMSS e,
John Greenwood, os apresentou a Ed
Saunders.
Ed Saunders posteriormente os levou
a escrever para a War Games Digest.
Na próxima parte, o
desenvolvimento dos modelos
miniaturizados, os jogos de
tabuleiros e os anos 60.
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Assinale
abaixo as Nome: ..............................................................................................._... :. .. -: il ··· ••••••••.••••••••••.•••••••.••••
referências e
Endereco: ....................................
_ ........................._............._............................................-...................
quantidades '
que deseja Cidade: ......_.......................................................... Estado: ..............., .............CEP: ...............................
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