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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE

(UNI – RN)

MATHEUS CUNHA GURGEL


JOÃO ADAUTO DA COSTA NETO

RELATÓRIOS DE FILOSOFIA

NATAL – RN
2022
Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2

AULA DO DIA 26/04/2022 ............................................................................................. 3

AULA DO DIA 03/05/2022 ............................................................................................. 4

AULA DO DIA 10/05/2022 ............................................................................................. 5

AULA DO DIA 17/05/2022 ............................................................................................. 6

AULA DO DIA 07/06/2022 ............................................................................................. 7

CONCLUSÃO .................................................................................................................. 8

INTRODUÇÃO

Esse trabalho consiste em uma coletânea de 5 (cinco) relatórios, feitos com base nas
aulas do professor de filosofia - Everton Rocha, seguindo as regras ABNT. Cada aula foi
transcrita no caderno, e posteriormente passadas para o Word, a fim de organizar as ideias
captadas pelo aluno, nas ministrações do docente. A fonte utilizada foi a Times New
Roman, e o tamanho escolhido foi 12. Ademais, é importante salientar que os relatórios
a seguir terão muitas indagações filosóficas – que partem da Ética de Aristóteles, a relação
entre Ato e Potência, os sentimentos da psicologia, o Método Cartesiano, e vão até o
Niilismo, com Nietzsche e Schopenhauer.
AULA DO DIA 26/04/2022

Quem é Aristóteles? Era um filósofo, nascido na Macedônia. A Macedônia, por sua


vez, fazia parte da Grécia – mas, não fazia parte daquele núcleo mais nobre da Grécia,
composto por Atenas, Esparta e Corinto. Então, era uma região menos privilegiada. Uma
curiosidade interessante é que Aristóteles foi eleito a segunda pessoa mais inteligente do
mundo – isso se deve principalmente por ter criado várias ciências: a Física, a Botânica,
a Política como campo de estudo e muitas outras.
Ele foi aluno de Platão, mas não foi o sucessor dele, e sim um qualquer. Porém, isso
não abalou Aristóteles, já que possuía uma grande inteligência emocional e não se afetava
fácil. Outro ponto interessante, foi a didática do Estagirita, que era bem diferenciada: ele
dava aula andando, caminhando, indo a campo com seus alunos. Isso mesmo, ele não
ficava parado, um grande diferencial.
Qual a finalidade da Ética para Aristóteles? Seria nada mais, nada menos, do que
alcançar a Areté (excelência), dessa forma, o indivíduo virtuoso provido de excelência,
torna-se feliz e pleno. É sobre se tornar a melhor versão de si mesmo. É importante
salientar que, a Maestria se adquire através do costume/prática. Se você praticar mais a
verdade, consequentemente ficará muito mais fácil e natural ser honesto em seu cotidiano.
É tudo questão de prática, todos os dias.
Além de tudo isso, na metafísica de Aristóteles, temos as suas teorias, como a Teoria
das Quatro Causas. A primeira causa é a Material – aquilo que compõe o corpo do objeto,
o material usado; a segunda seria a Formal – a qual, seria a forma do objeto em questão,
uma bola por exemplo: tem formato esférico. A união dessas duas causas é chamada de
Sínolo. Prosseguindo, a terceira causa é a Eficiente – sendo “a origem da coisa”, de onde
advém tal objeto. Por exemplo, o artesão fez o jarro manualmente, a causa eficiente seria
o artesão. E por fim, a quarta causa é a Final – que seria a finalidade da existência da
coisa, o porquê de ela existir.
Outra teoria famosa de Aristóteles é a relação entre Ato e Potência. A Potência nada
mais é do que a possibilidade da coisa, do que ela pode realizar ou ser posteriormente; o
Ato, então, seria a demonstração/aplicação da Potência. Vamos a um exemplo bem
simples, dito na aula do professor Everton: a potência do lutador é lutar, e o soco seria o
Ato, ele, portanto, demonstrou a sua Potência (luta) através do Ato (soco).
AULA DO DIA 03/05/2022

Pathós. Esse termo significa emoções ou paixões, que provocam dor ou prazer. Na
análise das paixões, investigado por Aristóteles, temos três parâmetros, dos quais,
devemos nos perguntar – qual o estado de espírito? Em relação a quem? Em que
circunstâncias? Outro termo em pauta, é a Ira. A Ira tem a ver com dor, é uma sensação
ruim, e traz um prazer diante da possibilidade de revidar algo feito contra você. Além
disso, temos a calma, sendo um apaziguamento ou pacificação. Costumamos expressar
calma diante de quem tememos, respeitamos, que agiram involuntariamente ou que
mostra arrependimento.
Logo em seguida, temos a Amizade, que segundo Aristóteles, é uma forma de amar.
É um sentimento de bem querer sem esperar nada em troca. Surge a questão: como saber
se uma amizade é ilusão ou não? Amigos sentem alegria quando estamos alegres e sentem
tristeza quando estamos tristes. É tudo a ver com empatia. Os pilares da amizade são
honestidade e confiança. Você pode realmente confiar naquela pessoa, pois, quando você
é verdadeiramente amigo de alguém, não precisa conter suas falas. Um outro ponto da
Amizade é a afinidade, ter pontos em comum – pois como disse Aristóteles: “O
semelhante atrai o semelhante”. Amigos são agradáveis no trato e na convivência, agem
honestamente e inspiram confiança, nos elogiam e não são rancorosos.
Em terceira análise, ao contrário, temos a inimizade, que despertaram-nos cólera ou
vergonha, há calúnias e mentiras ao nosso respeito. É tudo antagônico ao conceito de
amizade. Nesse sentido, Epicuro tem a solução para o ódio, simplesmente se afaste. Há
diferenças entre a cólera e o ódio: a primeira o tempo pode curar, a segunda não; a
primeira deseja retribuir o mal recebido, a segunda visa causar o máximo de prejuízo; a
ira é acompanhada de piedade, mas o ódio é implacável. Outro sentimento seria o medo,
que é uma situação aflitiva causada por uma representação de um mal iminente, ruinoso
ou penoso. Temos medo de muitas coisas, como por exemplo: ficar a mercê de outra
pessoa – em um sequestro, na velhice e em outros momentos da vida; a nossa morte ou a
do próximo; de roubos e de outras intempéries.
Uma frase que Aristóteles dizia era: “Tema os desonestos e os covardes”. Por quê?
Pois quem é desonesto, vai usar toda e qualquer circunstância para se aproximar de você
no seu momento de fragilidade.

AULA DO DIA 10/05/2022

A Inveja. As pessoas sempre invejam os rivais, e nunca alguém inferior. Invejam algo
que almejam e pensam que são capazes de conseguir posteriormente, em algum momento
da vida. Aristóteles dizia que, se você não quer ser invejado, não mostre o que tem.
Simples! Outro aspecto sobre a inveja é que ela nunca aparece só uma vez, e o invejoso
sente prazer no prejuízo alheio - um telefone quebrado, um carro batido, aluguel atrasado,
problemas na família. Tudo isso é motivo de prazer para o invejoso.
Ao escutar a palavra “método”, ligue o sinal amarelo. Por que? Pois o método é a
forma de fazer as coisas, é o caminho. E Aristóteles estava dizendo, se divide em três.
Sobre a inveja, é um sentimento de pessoas que são inferiores aquilo, você inveja a
riqueza, o poder, a beleza. Outro conceito é a emulação, ela é um traço de caráter de
pessoas nobres, pessoas de caráter complicado tem inveja. Você não é responsável pelo
o que sente, e sim pelo o que você faz com o que você sente, Aristóteles dizia. A emulação
está ligada à competição, você não tem inveja do carro do vizinho, e sim sente motivação
para ter uma igual. Não sentiria prazer em ver o vizinho batendo o carro.
Jesus, ele vivia no período em que Roma estava dominando aquela região. Por que
isso é importante? Pois a filosofia grega já estava se espalhando naquela época. Começam
então, os embates entre cristianismo e filosofia. Em uma passagem diz: “Duas coisas são
detestáveis, a primeira é ensinar filosofia aos seus filhos”. O que é o platonismo? É
importante salientar que o cristianismo sofreu influências do platonismo. Por exemplo,
Deus no antigo testamento, é exigente, pede que pessoas sejam mortas, era alguém que
estava com raiva o tempo todo, mas depois, ele vira um cara legal. O que foi que mudou?
Questionado anteriormente, o platonismo são as interpretações em torno dos
pensamentos de Platão. O primeiro platonista foi Aristóteles. O mundo inteligível está
aqui e agora, e só conhecemos a sensibilidade pois temos a inteligência. Não há separação
entre os dois mundos. Só houve com Aristóteles, platonista. Indo para o Helenismo, houve
um processo chamado Diáspora, o general espalhou os judeus pelo mundo, foi aí que os
judeus foram pra Grécia, Egito, Europa, Oriente, e se espalharam no mundo todo.
AULA DO DIA 17/05/2022

A filosofia tem fases: tem a Antiga, a Medieval, Moderna e a Contemporânea. Mas o


foco é na Medieval. O que seria a Medieval (europeia)? Ela se desenvolve em torno do
cristianismo, e tinha a busca pela justificativa do que é a fé cristã. Através da
racionalidade, Santo Anselmo queria provar que Deus existia. São Tomás de Aquino,
Santo Anselmo e Agostinho eram considerados doutores da filosofia cristã.
É contraditório ser capitalista e cristão, mas as pessoas não estão interessadas em ser
coerentes. Por exemplo, há o Marxismo Cristão, e outras vertentes. Ademais, há muita
gente no Brasil que defende a relação com Israel, que nada mais é do que uma questão
ideológica. Para os judeus, o Messias não veio ainda – e eles tem todos os motivos para
odiarem os cristãos, pois foram perseguidos por muitos e muitos anos, e nessas disputas
haviam muitos choques de visão de mundo. Por outro lado, há uma relação de amor e
ódio na igreja, como os casos de Galileu e Jordão Bruno.
Em terceira análise, havia a unidade do pensamento, em Descartes. É importante
salientar que Descartes foi considerado o fundador da filosofia moderna. Ele identificou
virtualmente a matemática com a ciência da natureza. Tem-se também em pauta, a
apresentação concisa da metafísica de Descartes. Nessa época medieval, tínhamos o
Teocentrismo (Deus no centro de todas as coisas) - especificamente, o Deus do
cristianismo.
Outro fato curioso é que Descartes criticou a filosofia que aprendeu, que seria a
Escolástica, a qual era um crítico ferrenho. Ele aprendeu para refutá-la. Conseguiu
confrontar os céticos absolutos, com a seguinte premissa: “Você pensa? Se você pensa,
você existe. Portanto, é verdade que você existe.” Xeque-mate. Porém, nada é perfeito,
Descartes tinha uma autoestima muito alta: ele acreditava que somente a partir dele,
revolucionariam o conhecimento. A Escolástica para o filósofo, era um discurso que não
servia para o conhecimento verdadeiro, algo que não chegava a lugar nenhum.
O tema mais importante da aula: o Método Cartesiano. Consistia em um conjunto de
procedimentos pelos quais a razão percorre, a fim de chegar a uma forma de
conhecimento segura. São regras fáceis e certas, que inicialmente eram 21, mas foram
reduzidas para quatro, para não ficar prolixo. As quais são: Evidência, Análise, Síntese e
enumeração. Evidência: não se deve abranger aquilo se não for abrangente. Afirmava que
o único meio para alcançar a evidência é através da intuição, que seria captar algo
verdadeiro de forma imediata; Análise: separar em diversas partes. “Consiste na defesa
do método analítico, o único que pode levar à evidência.”; Síntese: organizar os
pensamentos, começando do mais fácil ao mais complexo; e por fim, Enumeração: fazer
enumerações tão gerais a ponto de ter o sentimento de segurança no assunto.

AULA DO DIA 07/06/2022

Primeiramente, vimos um pouco de história de filosofia, começamos na Grécia, depois


passamos para arte, chegamos na filosofia, e na filosofia começamos do início – Sócrates
e Aristóteles. Nesse quesito, a filosofia medieval caracteriza-se pelo debate entre a fé e a
razão, feita no ocidente, principalmente na perspectiva da igreja. Dessa forma, a filosofia
nesse período tem a presença muito forte dos aspectos teológicos (Deus, fé, verdade), que
eram problemas analisados pela filosofia medieval.
A filosofia de Descartes, portanto, é uma filosofia considerada moderna, que tem a ver
com a Revolução Industrial, a ver com a mudança do mundo nas grandes navegações, ou
seja: a filosofia está mudando junto com o mundo. Tem-se também, a influência da
ciência, da expansão capitalista/mercantilista, e esses fatores são de extrema importância.
Porém, em Descartes não é tão visível, por ser o início do processo.
Em terceira análise, qual seria a relação entre a consciência e a filosofia de Descartes?
Tem a ver com você ter a capacidade de compreender a sua existência, saber que existe,
e não apenas existir. Isso tudo, é importante para que possamos entender o porquê de a
ciência avançar tanto nos últimos tempos. Esse é o cenário da filosofia moderna, e tem
vários representantes: Kant, Hegel, Montaigne, Schopenhauer.
Sobre a Revolução Francesa: tinha um substrato filosófico, a ideia de igualdade, que
somos seres racionais, e essa ideia se consolida no campo da política. Não precisa ser um
gênio, para entender que o direito é modificado na modernidade - surge inclusive, uma
forma de pensar: que todos os homens são iguais e a lei precisa ser igual para todos. Outro
ponto que merece destaque, é a economia, que começa a imergir então, o Mercantilismo.
Esse é o cenário do mundo no qual a filosofia moderna se desenvolve, mas o foco mesmo
está na racionalidade humana, na força da ciência: o verdadeiro foco da filosofia moderna.
Quem é Nietzsche? Foi um filósofo alemão do século XIX. Estudou filologia clássica
e teve influencias de Schopenhauer. Ele passa a dar aulas na universidade, só que tinha
muitos problemas de saúde, decorrentes da Sífilis - por isso, tinha enxaquecas fortes e
recorrentes. Viajava muito e passou sua vida em hotéis. Nesse sentido, vamos falar sobre
Niilismo, que é a ausência total de valores, ausência de uma verdade universal. É
importante salientar que a filosofia moderna se deu pelo investimento na racionalidade
humana, e o Niilismo é uma crítica ao racionalismo.
Isso, portanto, começa com Schopenhauer, que foi o primeiro dos filósofos Niilistas -
os quais são críticos ferrenhos da Metafísica. Nesse contexto, temos o Niilismo passivo e
o ativo. O Niilismo passivo é atribuído ao Schopenhauer, e o ativo à Nietzsche. O
Niilismo diz não à existência. A chave para ser menos infeliz, então, seria desejar menos.
Mas, o que é o amor para Schopenhauer? Seria a natureza querendo se manifestar, o
desejo sexual, a vontade se propagando ao longo do tempo. Nietzsche, sobre o nascimento
da tragédia, vai dizer que a existência humana tem uma estrutura trágica. Ele também vai
dizer que não existe separação entre corpo e alma, somos uma só unidade. Quando
morremos, tudo se vai junto.

CONCLUSÃO

Por fim, o relatório se encerra por aqui. Na aula do dia 26/04, falamos sobre a
metafísica de Aristóteles – especificamente sobre a Teoria das Quatro Causas e a relação
entre Ato e Potência. Mais adiante, a aula do dia 03/05 tratou de temáticas igualmente
importantes, como os sentimentos – tais como: a ira, a inimizade e ódio. Ademais, no dia
10/05, falamos da diferença entre inveja e emulação, e também falamos muito sobre
platonismo. Logo, no relatório do dia 17/05, falamos da filosofia e suas fases, sobre os
doutores da igreja cristã e, predominantemente, sobre Descartes e seu Método Cartesiano.
No último relatório, do dia 07/06, começamos o relatório com uma síntese das aulas
anteriores (filosofia medieval e moderna) e vimos o que era o Niilismo, e
consequentemente, falamos também sobre Nietzsche e Schopenhauer.

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