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LABORATORIO DE FÍSICA TERMODINÂMICA

Relatório Experimento 7, Equivalente Mecânico do Calor

Grupo: Gabriel de Oliveira Sant’Ana, Eyshila Sara Evelyn Costa Nunes


Matrículas (Respectivamente): 2022060487, 2021088698
Objetivo
Pretende-se, a partir dos dados coletados medir o equivalente mecânico do calor e verificar a
primeira lei da termodinâmica.
Discussão
Desde os tempos antigos, existiu um debate que tentava compreender se o calor era uma
forma de energia ou uma grandeza de magnitude independente. Foi apenas na primeira
metade do século XIX que foi possível comprovar que a energia mecânica produzida devido
à fricção era completamente convertida em calor, independentemente do processo de
transformação utilizado ou das características físicas e químicas dos materiais envolvidos.
Essa questão foi abordada por James Joulle, que estabeleceu uma razão entre o trabalho
mecânico realizado W e a quantidade de calor gerado através de fricção Q, denominada
equivalente mecânico do calor. Neste experimento realizamos trabalho mecânico através da
rotação de um cilindro metálico, sujeito à fricção de uma fita de nylon:
Um termômetro deve medir a temperatura do cilindro a cada intervalo de 30s, ao passo que
serão realizados movimentos periódicos em uma manivela (200 voltas). Ao final da
realização dessas voltas, a temperatura no cilindro deve ter subido, então deve-se esperar no
mínimo 5 minutos, observando-se uma diminuição na temperatura do sistema.
Conclusões
Após a realização do experimento e coleta dos dados, o seguinte gráfico foi obtido:
Gráfico 1: Temperatura x Tempo

De acordo com o exemplo fornecido no roteiro do experimento, o gráfico é condizente com o


esperado.
Calcula-se então o trabalho exercido durante todo o período de teste enquanto a manivela era
manipulada, pela fórmula:

𝑾 = 𝟐𝝅𝒓 ∗ 𝑵(𝑭𝒈 − 𝑭𝒅) (1)

W = 2 * PI * (2,2/100) * 200(4,9*9,8 – 20)

W = 774,6 +/- 1,6 J

Agora é necessário calcular o calor fornecido ao sistema, no intuito de comparar os dois valores e
verificar se coincidem. Aqui é esperado uma pequena divergência, considerando que a eficiência da
troca de calor não é 100%, já que o sistema está em contato com o ambiente e troca calor com ele o
tempo todo.

𝑸 = 𝑪𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 𝒙 ∆𝑻 (2)

Q = ((0,640*385) + 4 + 4) * ((32,1+273,15)-(27,5+273,15))

Q = 1170,24 +/- 2,4 J

Percebe-se, pela comparação entre os resultados, que a energia agregada pelo exercício de trabalho
é menor que o calor necessário para se alcançar a temperatura verificada no experimento. Esse
resultado é incoerente, o trabalho exercido deveria ser no mínimo o valor encontrado em Q. Esse erro
pode ter acontecido por falhas no momento da coleta de dados ou na realização dos cálculos. Era
esperado que o valor do trabalho ultrapassasse em uma porcentagem significativa o valor de Q,
levando em consideração as perdas de energia inerentes ao processo. Isso acontece pela perda de
energia, já comentada, e inerente à um sistema que não possuí o devido isolamento térmico. Caso
possuísse o devido isolamento térmico, o gráfico possuiria uma inclinação ainda maior, já que a
energia seria transferida de maneira mais efetiva e, portanto, a temperatura do sistema subiria mais
rapidamente.

Por ser uma variável diretamente proporcional tanto aos valores de W (trabalho) e Q(Calor), o
aumento de peso do sistema resultaria no aumento de trabalho e de calor gerados no procedimento.
No gráfico, o aumento de temperatura seria menos gradual, necessitando de mais tempo e trabalho
(giros da manivela) para que a temperatura aumentasse.

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