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RESUMO DE GEOGRAFIA – HISTÓRIA DA GEOGRAFIA

A história da geografia começa na antiguidade das primeiras civilizações, ao exemplo dos


povos gregos que desenvolveram suas arquiteturas, os egípcios que tinham esquemas de
hidrografia entre outros povos que se utilizaram de fundamentos geográficos para a produção
do seu espaço geográfico, assim a geografia se mostra como fundamental para a criação das
primeiras civilizações humanas, garantindo seu controle do espaço e sua evolução e formação
da sociedade. Assim a geografia é um conhecimento humano que remonta a sua própria
criação como sociedade e domínio do espaço, pois sem ela muitos dos povos não teriam
deixado a prática monadista e passado para a pratica do sedentarismo.

A geografia ainda significou a evolução da sociedade como por exemplo nas práticas
comerciais do comunismo na china, no feudalismo e entre outros estilos políticos que fizeram
parte da nossa história e continuam a fazer parte nos dias de hoje, logo a geografia não apenas
fundamentou a sociedade com a evoluiu, sendo responsável pela mesma, o que mostra a
devida evolução da geografia conforme o tempo, visto as mudanças da sociedade e do espaço
geográfico que nos cerca.

Assim durante a evolução do capitalismo como principal método de desenvolvimento social, a


geografia surge como ciência na Alemanha no final do século 18, já que a mesma é um país
que necessita institucionalizar o conhecimento para justificar a dominação do território, assim
essa academia ligada ao desenvolvimento de informações eleva o poder do espaço geográfico
da Alemanha. Seu institucionalizador foi Friedrich Ratzel, que criou uma escola denominada
Determinismo Geográfico qual aponta que a natureza determina a ação do homem no espaço,
se utilizando para explicar a teoria evolucionista de Darwin, outro alemão (ao dividirem o
mesmo espaço fica mais fácil a capitação de desta teoria para que fosse aplicada ao
Determinismo Geográfico), assim ele implica que o povo Alemão por ser naturalmente mais
evoluído será aquele qual deve dominar a natureza. Para talvez um melhor domínio do espaço
Ratzel cria o “Princípio de Expansão” qual implica que o fato geográfico a ser pesquisado,
descrito e pesquisado deve ser delimitado no espaço, assim a cartografia se torna um
fundamental para este princípio. E ainda cria outro princípio denominado “Espaço Vital” qual
diz que o espaço geográfico é fundamental para a evolução das nações e da civilização, esse
princípio foi usado como desculpa para a expansão do território alemão, assim possibilitando o
2º Reich, a reunificação da Alemanha, e logo justifica tudo o que se sucede estas ações, como a
colonização asiática e um pouco mais tarde a 1º e a 2º guerra mundial, o espaço vital não foi o
único responsável porém representou um dos fatores que serviram de base para os conflitos.

A visão Determinista de Ratzel hoje não nos cabe mais, pois a geografia não mais é estudo do
que é sociedade e do que é natureza, ela se tornou o estudo do espaço geográfico, assim o
“determinismo geográfico” se tornou insuficiente de contemplar a extensão da ciência que
temos hoje. Hoje a relação do homem com a natureza é explicada através do trabalho
realizado pela sociedade no espaço da base natural, porém o determinismo ainda é utilizado
para justificar determinados condições quais foram geradas pela própria sociedade, assim
estes argumentos são usados para fugir a sociedade de sua responsabilidade. Exemplo dado
no vídeo é a falta de chuva que geraria a seca no Nordeste, e assim geraria pobreza. Porém ao
implicar a culpa da seca na falta de chuva isso implica um problema sem solução, o que por si
só é incabível, pois a humanidade não deve ser gerida pelas condições da natureza, deve
controlar a situação, pois tal situação foi por muitas vezes criadas pela própria humanidade ao
não prever as consequência sobre aquele território, e mesmo durante a seca, projetos de
irrigação mostram que é possível reverter a situação e a culpa da seca não deve ser imposta ao
ambiente ou à natureza, mas sim ao governo qual não demanda esforços para desenvolver tais
projetos.

Os primeiros a contrapor o “Determinismo Alemão” vão ser o franceses, antigos inimigos da


Alemanha, que também vão institucionalizar a geografia em sua academia e assim Paul Vital
de La Bache, vai criar o Possibilismo Geográfico, se utilizando de uma relação da natureza com
o homem na qual a natureza sofre a ação do homem e permite e possibilita seu
desenvolvimento no espaço, porém a natureza ainda é tida como o principal formador do
espaço, o que faz com que ambos os conceitos de Determinismo e Possibilismo, não se difiram
demasiado, ou seja, esse conceito serviu basicamente para impor o espaço da França neste
meio.

A terceira escola de pesquisa da geografia foi o método Regional, qual coloca o espaço
geográfico como espaço fragmentado, visto que através desta fragmentação a interação global
não seria possível e logo interações a larga escala e outros montantes, assim fugindo do
conceito de “Espaço Total” proposto por Milton Santos. Assim a terceira escola também não é
a mais completa das escolas para a análise geográfica.

Com o passar do tempo e o avanço da sociedade nos “anos 50” os Estados Unidos, investiram
massivamente na internização acadêmica do conceito da nova geografia. Com dois objetivos,
assim massificando a importância na ciência da geografia, levando aos métodos científicos,
usando a matemática e a ciência para prova. E o outro objetivo, uma comprovação científica
para impo a superioridade do seu estado sobre os outros durante a época de conflito, assim
explicando seu desenvolvimento social e econômico.

Porém a nova geografia ainda não sustentava as necessidades da ciência, pois apenas trazendo
números, os quais não representavam a realidade de como realmente eram as coisas assim
podendo ser interpretados erroneamente, logo a partir deste surge a “Geografia Crítica” esta
criada por “Ivis Lacoste”, qual fala que a antiga geografia vinha para a posição de guerras e cria
o conceito da geografia do subdesenvolvimento, assim a geografia que antes era repetitiva e
vinha da simples reprodução de informação agora se torna um campo discursivo e dinâmico,
então a partir de 1970, podendo variar em outros países visto que no Brasil principalmente em
78 no encontro da “AGB”, quando a “Geografia Crítica” nos alcança Nessa época a teoria
marxista ganha sua importância para a explicação do espaço, daí surge o dialeto histórico, em
que o processo de desenvolvimento histórico que descreverá o desenvolvimento do espaço,
assim o desenvolvimento e o subdesenvolvimento surgem como ideia crítica, assim fugindo de
antigos conceitos como tabulações entre outros. Milton Santos trabalha com essa geografia
em alguns livros, e faz claras alusões das necessidades de exterminar os ideias da nova
geografia para evitar as idealizações propostas pelas elites, e assim fugir dessa geografia mal
infundada.

Das escolas observadas no texto temos:

Determinista: Implica a dominação da ação do homem pela natureza.

Possibilista: A natureza possibilita o desenvolvimento humano.

Regional: Fragmenta a área de observação e formação do espaço, divide o espaço geográfico.


Nova Geografia: Busca tabulações e pesquisas de comprovação do social e do econômico, viés
elitista dominador, vindo dos anos de campanha dos Estados Unidos em 1950.

Crítica: nova geografia que se utiliza do conhecimento cientifico, com viés marxista focado na
sociedade, pensado de forma dialética sobre a realidade do social.

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