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PLANEJAR A

CATEQUESE
IDEAL & REAL

Regina Helena Mantovani


rhmantovani@hotmail.com
2024
Papo de catequista

a)Quais as principais mudanças que estamos vendo acontecer


em nossa sociedade?
b)O que mudou na relação pais e filhos, professores e alunos,
catequistas e catequizandos?
c) Como tornar a ação evangelizadora coerente, sistematizada e
condizente tendo em vista a realidade dos interlocutores?
d) A IVC tem contribuído neste processo de mudança? Como?
OPTAR PELO PLANEJAMENTO

Não é somente uma questão de


adaptação ou adequação. E sim, de
fidelidade a Deus e de
responsabilidade e respeito aos
interlocutores da catequese.
Agora vamos conversar...
1. Já sentimos necessidade do planejamento na catequese?
2. Para que planejar? Como planejar?
3. Indique fatos que mostrem que na catequese não houve planejamento
ou que foi confundido com o calendário da comunidade.
Refletindo nossa prática catequética

✓ Nossas equipes de coordenação, procuram evitar os


vícios e superar os desafios próprios de nossas
comunidades?

✓ Com que frequência examinamos as nossas atitudes nos


espaços de coordenação e decisão em vista da
evangelização e da prática do Mandamento do Amor?
Planejamento

▪ Planejar é pensar e organizar a ação pedagógica


para alcançar os objetivos propostos;

▪ Planejar significa fazer opções


(conteúdos, atividades, tempo)

▪ A principal função do planejamento é


garantir a coerência
entre as atividades e as aprendizagens
que pretende proporcionar
Processo de
planejamento da
ação catequética

Planejar significa organizar nossos esforços


humanos e materiais
à luz da prática de Jesus
tendo em vista a evangelização,
que tem por finalidade o Reino de Deus
REGISTRO ESCRITO
DO PLANEJAMENTO

PROCESSO DE TOMAR DECISÕES


A RESPEITO DO TRABALHO A SER FEITO REGISTRO ESCRITO
DO PLANEJAMENTO

Programação
LISTAGEM DE AÇÕES A SEREM EXECUTADAS EM
DETERMINADAS DATAS OU PRAZOS
Planejamento-plano-programação ...

• Trata-se de olhar,
A) Leitura do observar, refletir,
contexto da dialogar sobre as
evangelização necessidades
O contexto é tudo sentidas,
que nos rodeia e nos experimentadas e
influencia identificadas pelas
pessoas
• Elabora-se um
roteiro.
Cont.

B) Importância da C) Assembléias comunitárias


participação Quando se trata de um
Espaço para as planejamento da catequese
pessoas diocesana ou paroquial torna-se
expressarem sua indispensável a participação de
todas as pessoas das
palavra: dizer o que comunidades.
fazem, o que
pensam, o que
sentem, o que
desejam.
cont

D) Consulta a sociedade civil


- Para ouvir estes segmentos E) Material reunido das várias
podem-se fazer visitas às suas “leituras” realizadas.
sedes ou montar um F) Primeira organização do
questionário ou entrevista. material - equipe de
coordenação
- No específico da catequese, • Tome-se cuidado para não
consultar as famílias. mudar ou desvirtuar o
conteúdo do material;
• Elaborar uma síntese para
transforma-los em
instrumento de trabalho.
Identificação

Avaliação Justificativa

Cronograma Objetivos

Recursos Metas

Estratégias
DEFININDO OS PASSOS DO
PLANEJAMENTO

• Identificação das necessidades: perceber as


necessidades da comunidade, identificar as que tem
prioridade e podem ser enfrentadas pela ação.
• Formulação dos objetivos: deve ser formulado de
maneira simples, clara, precisa, concreta e fácil de
memorizar.
• Definição de metas: são como que etapas ou partes
importantes a serem realizadas para poder chegar ao
objetivo geral. São quantificáveis e tem prazos.
• Verificação de recursos: é preciso levar em conta os
recursos humanos e os materiais como orçamento,
gastos, infraestrutura ...
cont

• Definição de atividades: para que as metas sejam


alcançadas, há a necessidade de estabelecer
atividades ou tarefas, meta por meta. O ideal é
sequenciar tais atividades.

• Atividades práticas: o que vamos fazer para


alcançar o que queremos? (O quê? Atividades que
queremos fazer. Quem? Pessoas que assumirão tal
tarefa. Como? Instrumentos, dinâmicas e técnicas a
serem utilizadas, passos dos trabalhos. Quando?
Cronograma das atividades. Onde? Local)
CONT

• Escolha dos responsáveis: sabendo do que se tem de fazer, confiar a alguém a


tarefa. Cuidar para que a pessoa certa esteja no lugar certo.

• Distribuição do tempo: prever curto, médio e longo prazo.

• Execução das tarefas: é o começo das atividades de cada meta. Há metas com
ações que podem ser executadas ao mesmo tempo que outras. Há metas que
exigem sequência.

• Avaliação: deve ser feita durante o processo a fim de perceber se o


planejamento está sendo cumprido e o que ainda está faltando para atender a
realidade. Além das avaliações periódicas, faça-se uma assembleia paroquial
anual, seguindo todo o processo do planejamento. Em algumas comunidades há
o costume de se realizar assembleia para avaliação e planejamento.

AVALIAÇÃO
O que é mesmo avaliação?

Quem avalia? Porque avaliamos?

Como avaliamos? Quem avaliamos?

Quando avaliamos?
“O acompanhamento é um processo paralelo a todas as
etapas do planejamento, de modo que sejam identificadas
as correções e as intervenções tanto nas direções das ações
quanto em relação às pessoas envolvidas.”
QUESTÃO PRÁTICA
DE PLANEJAMENTO

Mt 13,47-48
PLANEJAMENTO
PARTICIPATIVO
UMA IDEIA PARA A
CATEQUESE
Porque Planejamento participativo?

Ler 1Cor 12,12-21

• Conversar com Deus sobre a


maneira de valorizar ou não os
outros membros do corpo de
Cristo.
Fundamentos do método de planejamento
participativo

• Intervenção de todos: Todos ter vez e voz.

• Decisão partilhada: Ninguém decide para o outro,


mas todos participam de todas as etapas do
processo de planejamento: na investigação da
realidade e na sua análise. Na elaboração do plano e
na sua execução.
• Discernimento comunitário: o conhecimento está no
discernimento comunitário e daí devem brotar as
soluções dos problemas.

• Subsidiariedade: (princípio) não se deve delegar para o


nível superior o que pode ser feito no nível inferior. Assim
o controle e o poder são exercidos de baixo para cima,
fazendo surgir uma ação “desconcentrada”.
Participação: é a decisão partilhada onde se faz o exercício do
poder serviço. Usa-se o poder para que todos exerçam com
autonomia a capacidade decisória.

Responsabilidade: todos são responsáveis pela missão da Igreja,


seja na decisão, seja na execução e nos resultados do que foi
planejado.

Criatividade: é preciso valorizar o novo que aparece no meio do


povo, as tendências que se organizam de baixo para cima, que
aparecem na periferia, que tem continuidade e participação.
MARCO REFERENCIAL

Reúne as grandes linhas

MARCO SITUACIONAL
MARCO OPERATIVO
MARCO DOUTRINAL
Como é a realidade atual
Como deve ser a maneira
(econômica, social, Como é a realidade ideal
de fazer a ação (princípios
política, cultural e (utopia)
da ação)
religiosa)

DIAGÓSTICO
Comparação entre a realidade atual e a realidade ideal

PROGRAMAÇÃO
Propostas de ação concretas para diminuir a distância entre o real e o ideal
objetivos estratégias projetos

AVALIAÇÃO
Confronto entre os resultados esperados e os resultados alcançados
O Planejamento participativo
no contexto de uma realidade dinâmica

O desafio da catequese de ser uma ação


transformadora da realidade (dimensão da vida) e
evangelizadora do ser humano (dimensão da fé) procura
agir na realidade e transformá-la a partir do ser
humano em busca de respostas na Palavra de Deus para
seus questionamentos, conflitos e problemas.
O Planejamento participativo no contexto de uma
realidade dinâmica

Não dá para embarcar no


trem da realidade em
movimento!

Diante dessa complexidade, que atitudes os


catequistas devem tomar na interação fé e vida:
agir improvisadamente ou planejadamente?

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