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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS

COUADEPE – Coordenação das Uniões de Adolescentes das Assembleias de Deus no Estado de Pernambuco
Pastor Presidente: Ailton José Alves

QUE TIPO DE LINGUAGEM DEVO USAR NA ESCOLA?


INTRODUÇÃO

Existe uma diferença entre língua e linguagem; a língua é um conjunto de palavras e combinações
específicas que um grupo de pessoas compartilham. Como exemplo, temos a língua portuguesa, a língua
inglesa, a língua francesa e outros idiomas que são falados em várias nações. Já a linguagem é a capacidade que
os seres humanos tem de expressar ideias, conceitos e sentimentos. É por meio da linguagem, seja ela verbal ou
não verbal, com a utilização de símbolos, gestos, desenhos, movimentos corporais e outras formas criativas de
comunicação, que os seres humanos interagem. Sendo assim, podemos atestar algo muito interessante: A
linguagem é uma capacidade inata que o ser humano tem para se comunicar e se expressar socialmente.
Portanto, nesse breve estudo bíblico, o (a) adolescente cristã (o) refletirá sobre o tipo de linguagem que ele (a)
deve usar no ambiente escolar.

A LINGUAGEM FAZ PARTE DA INTERAÇÃO SOCIAL

A linguagem é o principal meio de comunicação que homem tem para conviver e se expressar
socialmente. Além disso, é importante entender que a linguagem varia de acordo com a faixa etária, nível de
escolaridade, tipo de profissão, contexto social, situação econômica, religiosidade ou qualquer outra atividade
social que cada pessoa esteja inserida. Não se pode ignorar que essa variação ocorre, também, de acordo com a
época e a influência ideológica que cada grupo convive. Portanto, é preponderante entender que a linguagem
determina, caracteriza e identifica quem somos e o que cremos:

1. A linguagem revela o nível de cultura de uma pessoa. O (a) adolescente que estuda, que ler mais e
que tem acesso a uma boa literatura, possue um vocabulário mais extenso, e consequentemente mais
variado. Quem ler enriquece a sua comunicação em palavras, facilita o seu discurso e expressa
melhor o que sente, o que quer e o que faz.

2. A linguagem revela as características regionais. O (a) adolescente que mora numa determinada
região não é somente identificado (a) pela fala ou sotaque. Mas, essencialmente, pelo sentido dado
às palavras proferidas por ele (a). Nesse caso, fica evidente que a linguagem usada é de acordo com
os valores éticos e morais dessa localidade, sejam esses valores cristãos ou não.

3. A linguagem releva com quem andamos. Em Mateus 26.73: “...Verdadeiramente também tu és um


deles, pois a tua fala te denuncia...”. Pelo fato de Pedro conviver com Jesus durante três anos, ele
adquiriu o linguajar, e, a forma de comunicação semelhantes as de Jesus, por isso foi fácil saber
quem ele era.

A INFORMALIDADE DA LÍNGUA

Por ser viva, a língua tem informalidades tais como: (1) Gíria – Palavra com sentido figurado usada por
determinados grupos de surfistas, rappers, hippies, tatuadores, grafiteiros e youtubers, etc. (2) Jargão –
Expressão limitada a compreensão de grupos específicos. Por exemplo: há palavras somente usadas entre
militares, médicos, políticos, estudantes, etc. (3) Clichê, no sentido figurado, é uma ideia, uma palavra ou frase
muito repetida, que foi “muito batida”, e que se tornou um “chavão”. Exemplo, quando alguém diz: “vou
deletar”, o que isso significa de verdade? “Vou apagar”, “vou esquecer” ou “vou retirar”. É interessante
observar com isso, que gírias, jargões e clichês identificam duas situações: (1) Existem palavras que circulam
em grupos específicos de pessoas; e, (2) existem expressões que promovem vícios de linguagem.
As gírias, os jargões e os clichês determinam o grupo que os (a) adolescentes frequentam ou
pertencem. Na escola é comum o uso desse tipo de linguagem. Pela forma de falar e pelo uso do vocabulário, é
possível identificar o grupo em que cada estudante está inserido (a). Aliás, a que grupo você pertence?
A VISÃO BÍBLICA QUANTO A LINGUAGEM

O (a) adolescente cristã (o) tem um modo diferente de viver. Logo, o seu linguajar deve refletir uma
vida de pureza e de santidade conforme a Bíblia ensina. Essa é a razão do porquê as gírias devem ser evitadas,
pois muitas delas têm conotações pejorativas ou depreciativas que são usadas para minimizar pessoas, e até
mesmo para passar falsas imagens dos outros. E como sabemos: “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7),
as gírias podem incentivar a pornofonia (palavrões). O importante é entender que a fala marca o lugar de
cada pessoa na sociedade. Portanto, na escola não é diferente! Pela linguagem, identifica-se as séries que
o (a) adolescente assiste, as contas das redes sociais que ele (a) acessa, os (as) amigos (as) com os quais
esses (as) adolescentes convivem e os valores que eles (as) têm adquirido no ambiente escolar. Vejamos
como deve ser a linguagem do (a) adolescente cristão:

1. Linguagem sadia. A Bíblia recomenda: “...Linguagem sadia e irrepreensível, para que o


adversário seja envergonhado, não tendo nada de mau a dizer a nosso respeito...” (Tt 2.8 – NAA).
A linguagem sadia se constitui em uma fala sem palavrões, mentiras e chacotas. (Ef 5.4, Cl. 3.8).

2. Uma linguagem que promova edificação. O apóstolo Paulo disse: “...que todas as suas palavras
sejam boas e úteis, afim de dar ânimos àqueles que as ouvirem...” (Ef 4.29 – NVT). A fala do
verdadeiro cristão deve transmitir paz, segurança, sinceridade, esperança e fé.

COMO EVITAR AS GÍRIAS, JARGÕES E CLICHÊS

Geralmente na escola, novos vocabulários são propagados e assimilados. O (a) adolescente cristão deve
estar bastante atento à essa realidade, pois no anseio de ser aceito pelos novos (a) amigos (a), ele (a) pode
distorcer tudo aquilo que o (a) adolescente cristã (o) aprendeu pelas Sagradas Escrituras. Portanto, vejamos:

1. Uma vida de comunhão com Deus. Um pedido feito pelo Salmista à Deus foi: “...Põe, Senhor,
uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!” (Sl 141.3). Esse freio é o domínio
próprio, uma das virtudes que compõe o fruto do Espírito - o fruto da disciplina (Gl 5.22). Logo, se
o mais desenfreado membro do corpo, a língua, estiver em sujeição à Cristo, então, todo o corpo
será controlado! Peçamos ao Espírito Santo que ponha guarda na porta dos nossos lábios (Sl 39.1).

2. Andar com boas companhias. Como as amizades, sejam elas boas ou más, influenciam a nossa
conduta, e isso se reflete na nossa linguagem, o (a) adolescente cristã (o) deve procurar amigos (as)
que sejam crentes fiéis. A Bíblia afirma: “...Quem anda com os sábios será sábio, mas quem anda
com os tolos acabará mal...” (NTLH – Pv 13.20). É importante desenvolver conversas sadias em
toda a comunicação social. (1 Co 15.33, 2 Tm 2.16)

RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS PARA TER UMA LÍNGUA SADIA

As Sagradas Escrituras recomendam que os cristãos tomem atitudes que produzam uma linguagem sadia
no seu dia a dia, por isso elas advertem: “...Não se enganem: “As más companhias estragam os bons
costumes.” (1Co 15.33 – NTLH). Vejamos mais algumas de suas importantes recomendações:

1. Encha o coração da Palavra de Deus, meditando todos os dias (Sl 119.9-11; Js 1.8);
2. Esteja sempre cantando hinos de louvor a Deus (Hb 13.15);
3. Rejeite as músicas mundanas, nem ouvindo-as, nem cantando-as (Mt 6.24; Tg 3;11-12);
4. Ore ao acordar e ore ao deitar (1Ts 5.17; Sl 3.5-8; 4.8; ).
5. Vigie sua linguagem e ore por esse motivo (1Pe 5.7-9)

CONCLUSÃO

O (a) adolescente cristã (o) que preserva a Palavra de Deus em sua vida, tem uma linguagem apropriada
pois a bíblia diz: “…o coração determina o que o homem fala….” (Mt 12.34 BVV).
Deus vos abençoe!

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