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A educação é esse gesto antropológico integral preciso por meio do qual cada
pessoa encaminha-se para a plenitude de sua essência, no respeito de sua
destinação natural e sobrenatural. Trata-se, pois, de uma verdadeira aventura
interior: nela, o pensamento e a vida são indissoluvelmente unidos.
Em suma, educar significa guiar outros seres humanos, de modo que eles se
tornem aqueles que eles devem ser (STEIN, 2003). Seu entendimento de
processo formativo trilha diversos caminhos – pedagógico, psicológico,
teológico, filosófico, antropológico – em busca de compreender melhor o outro
com suas individualidades, visando ter uma compreensão integrada por meio
dos elementos que compõem o ser humano, ou seja, o ser humano se realiza
na integração harmônica de uma estrutura cujos elementos são o corpo, a alma
e o espírito. A estrutura é tríplice: no alto, o espírito; para fora, o corpo; no
meio, a alma (GARCIA, 1987). Aqui percebe-se que Edith Stein leva em
consideração o ser humano como um todo. Seu processo de formação é
comparado com o de uma planta cujo objetivo principal é tornar possível o
crescimento da semente:
Cada ser humano tem em si energias básicas, disposições da própria alma que
como sementes vivas precisam desenvolver-se. Não se trata de matéria inerte,
sem vida, como argila na mão do artista ou pedra sujeita aos influxos do clima.
Trata-se de uma raiz vital que tem em si as energias (forma interior) para
desenvolver-se em determinada direção, justamente aquela direção na qual
crescerá e maturará a figura perfeita, o quadro completo que brota da semente
(GARCIA, 1987, p. 66).
“Stein também é convicta disso e considera que o trabalho formativo deve ser
desenvolvido por uma comunidade de formadores, ou seja, por três entidades
originais que têm obrigações específicas, que não devem ser delegadas a
outrem nem renegadas ou reduzidas a uma abordagem simplista” (SBERGA,
2020, p. 214)
Por fim, é preciso dizer que a educação possui um fim: “Também para Edith
Stein o fim da educação está ligado ao fim do homem e, sem medo de errar,
ela afirma que só vale a formação para a verdadeira santidade” (GARCIA,
1987, p. 71) ou educar para a eternidade (ROCHA, 2021).