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Desde os primórdios da evolução humana, o homem sempre se movimentou, seja

através de movimentos instintivos, bem como os movimentos modificados pelo


organismo ao seu redor, essa integração com o ambiente, quando sensibilizadas
somaticamente, percebemos que somos parte de algo maior. Quando o ser humano
tem a percepção do seu mundo interior, tal como pernas e braços. quando percebe
que não é só um corpo palpável, mas também que o corpo é uma extensão da
consciência, e que está para além da limitação de mente e corpo. A memória corporal
ancestral revela que somos um organismo vivo de memórias que se expressam
quando em contato com as linguagens afrorreferenciadas.
o corpo afrodiasporico comporta experiências e vivências, sabenças interculturais.
Atraves de uma escuta sensível, o sujeito toma-se uma nova dimensão em relação ao
seu corpo e os modos de vida. Com a apuração de todos os sentidos do corpo, que não
pode ser contextualizada apenas pela audição ou visão. Mas também como todo
organismo interior e ambiental. encontramos na ancestralidade a compreensão
afrorreferenciada da estética negra, que coexistem nas poeticas da corpoeriedade.

Entende-se por corporeidade a relação entre o mundo interior, e o mundo exterior.


Bem como todos os movimentos do corpo, tais como: andar, correr, pular e as
posturas corporais, estando também relacionado com a individualidade de cada
pessoa, sendo necessário sempre a existência do equilíbrio entre o corpo e a mente.
o corpo é a estrutura física do organismo, na religião yorubá o corpo é dividido em;
Orí(cabeça) e a iê (memória), o ara(tronco e membros), temos também o emi
(respiração) pertencente a esse corpo, responsável pela nossa sobrevivência.
Quando Iku(a morte) pousa sobre o corpo, a alma retorna para o Orun(céu) o
firmamento, e a matéria permanece no Aiyé (terra), essa interpretação justifica a
imortalidade e ancestralidade do ciclo vital do homem e sua espiritualidade.
Sendo assim, quando uma pessoa negra parte para o Orun, torna-se um ancestral,
tendo influência sobre o mundo dos vivos. Segundo a religiosidade afro.
A identificação da subjetividade do corpo negro, transbordam os limites da
carne(matéria), pois carrega em si a ancestralidade hereditária de seus antepassados,
que podem está relacionado as características genótipas(herança genética) e
fenótipas(herança visível e detectável das características dos seres humanos) e o
sobrenatural(projeção).
Alguns exemplos da ancestralidade comum em corpos negros são os traços físicos,
facial “nariz achatado e lábios carnudos”, bem como o “tom da pele", e a “textura do
cabelo". Destacando sua diferenciação dos outros corpos não-negros. Tais aspectos
físicos sofreram forte repressão hegemônica do colonialismo europeu; que por muito
tempo ditava regras de beleza, promovendo um apagamento da estética negra.
Recentemente recuperada.
A nossa ancestralidade ganha forte influência simbiótica aos cosmos, e a natureza.
Anunciando, resistindo e rexistindo ao processamento de apagamento epistemico
dessa relação.na filosofia africana, o ser humano está ligado diretamente ao ayÊ e o
orun, e a boa relação dos individuas com a natureza é parte vital do sujeito. Ou seja
não vivemos sem essa relação. O contato com as afrorreferencias conduz esta
encruza do sujeito e sua ancestralidade, mas para tanto será preciso voltar-se a terra,
enraizar-se.

Teatro da/o Oprimida/o e raizes africanas.

O teatro do oprimido é uma metodologia teatral, criada pelo patrono do teatro brasileiro
Augusto Boal, em epocas em que o Brasil foi submetido as ditaduras e censuras
militar, atingindo fortemente as produçoes artisticas, bem como o mundo das artes. O
metodo de Augusto Boal, é capaz de desvendar ciclos de opressões internalizadas.
Num retórico histórico corporal (imagem), a exemplo: o racismo, os corpos negros que
vivem a sua pele a segregação racial.

No teatro do Oprimido, Augusto Boal – teatrologo e criador do metodo TO. Explicará que a
estética do oprimido tentam trazer aos experimentadores do T.O (teatro do oprimido) a
possibilidade de perceber o mundo através de todos as artes. E não centralizando o processo
de conscientização exclusivamente da palavra.

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