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RESENHA
Para atingir seu objetivo, o autor irá dispor para além de conceitos puramente
econômicos, se estruturando na formação das sociedades bem como seus histórico
econômico e social como também, as suas relações com outras sociedades.
Logo após, nos é introduzido os termos: economia de troca que é situada entre a
produção e o consumo direcionada principalmente ao autoconsumo geralmente para
sanar as necessidades primárias, e, a economia de mercado que liga as cidades, os
burgos, e que também já começa a organizar o consumo das pessoas através do
que é posto no mercado, definição de valores de uso e de mercado.
Para que a “vida econômica” ou, a “vida de troca” desse lugar a “vida material” e
se desenvolvesse ao patamar que se tornara nos dias atuais, onde , para o seu
desenvolvimento foram indispensáveis desde o camponês que passa a
comercializar ele próprio em troca de moedas, o pequeno feirante, os mascates que
percorrem o interior oferecendo produtos tão necessários porem do mesmo modo
de difícil acesso a determinadas regiões na como “agentes elementares da troca”,
como também os “agentes elementares de mercado” compostos pelos lojistas,
mercadores, os negociantes que por sua vez desempenham um papel superior por
vender em grande quantidade e oferecer variedades de venda e credito.
Partindo desse pressuposto, no entanto, o autor nos mostra que este mesmo
modelo econômico tem seus movimentos norteados não apenas pelo seu equilíbrio
natural, ou Deus benevolente ao citar Adam Smith, mas também as práticas dos
controladores desta economia, os que estão à frente a seus passos como a pratica
monopolista ou falseando preços.
Para ficar mais claro, o autor define duas formas de economias de mercado sendo
como (A) economias locais, de distâncias não muito longínquas, praticam
econômicas feitas de modo popular, por pequenos produtores que praticam o
comercio de forma transparente.
Também é visto que esta prática se confirma em outros domínios para alem do
Ocidente, pois à medida que vai se expandindo, se configura uma espécie de
divisão internacional do trabalho que também é originado por conta da pratica
mencionada originando também uma hierarquia de capitalistas, de ofícios, de
consumidores e territórios, o que acaba por subtender-se de que o capitalismo seja
movido pelas economias, ofícios, consumidores e territórios que lhe são
subservientes favorecidos mediante as hierarquias que o mesmo cria, em detrimento
da maximização do lucro.
Assim, o Estado moderno, que não fez o capitalismo, mas o herdou, ora o
favorece, ora o desfavorece; ora o deixa estender-se, ora lhe quebra as
molas. O capitalismo só triunfa quando se identifica com o Estado, quando
ele e o Estado. Em sua primeira grande fase, nas cidades-estados da Itália,
em Veneza, em Gênova, em Florença, e a elite do dinheiro quem detém o
poder. Na Holanda, no século XVII, a aristocracia dos Regentes governa no
interesse e inclusive de acordo com as diretrizes traçadas pelos homens de
negócios, negociantes e administradores de fundos. (...) Assim, o Estado e
favorável ou hostil ao mundo do dinheiro segundo o seu próprio equilíbrio e
a sua própria força de resistência. (BRAUDEL, 1987, p.55)
Por conta disso, durante o decorrer do capitulo será colocado que esta visão é
empobrecedora e fadada ao fracasso. Que as sociedades em que se permeiam o
modelo capitalista de sucesso, fora produtos de uma longa trajetória desde políticas
internas como externas, que privilegiam a si fazendo com que haja uma divisão no
mundo onde sempre haverá dominantes e dominados, pois percebe-se ao decorrer
da leitura que o capitalismo é um sistema de desigualdade em essência, pois se
aproveita da exploração de terceiros para privilégios de primeiros e que também por
conta de esse modelo já estar enraizado em hierarquias pré-estabelecidas como
famílias tradicionais e mercados tradicionais.