Você está na página 1de 35

UEMG

Universidade do Estado de Minas Gerais

Irrigação e Drenagem

Métodos de irrigação

Prof. Dr. João A. Fischer Filho

2023
MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO
3 MÉTODOS:

• IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE

• IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

• IRRIGAÇÃO LOCALIZADA
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
Pivô central

Gotejamento Microaspersão

Carretel

Inundação
Sulcos
Aspersão convencional
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
• Método mais antigo em uso (≈ 6000 anos)
• Utiliza a superfície do solo.
• Distribuem a água na superfície por gravidade.
• Nivelamento da superfície do solo.
• Simplicidade operacional.
• Baixo custo.
• Independe da altura das plantas.
• Exigência de maior mão-de-obra.
• Não permite a fertirrigação.
• Apresenta baixa eficiência de aplicação (em média 50%).
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE

Tipos:

• Irrigação por sulcos


• Irrigação por faixa
• Irrigação por inundação → tabuleiros
IRRIGAÇÃO POR SULCOS

Características:
• Água aplicada em pequenos canais ou sulcos
situados paralelamente à fileira das plantas;
• Água movimenta vertical e lateralmente;
• Exige áreas com superfícies planas e uniformes,
com declividade inferior a 2%;
• Exige alta disponibilidade de água (vazão e
volume);
• Apresenta alto potencial para perdas de água.
Irrigação por inundação - Tabuleiros de Arroz

Características:
• Água aplicada em bacias ou tabuleiros
de forma intermitente ou permanente;
• Água mantida praticamente durante
todo o ciclo da cultura;
• Não ocorre escoamento permanente da
água → tabuleiros retem a água.
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO
• A água é aspergida sobre as plantas ou na subcopa, simulando uma precipitação (chuva
natural) → aspersores;
• Sistema pressurizado → geralmente precisa de sistema de bombeamento;
• Permite bom controle da lâmina de irrigação → boa uniformidade (75 – 90%);
• Alto custo de implantação e gastos de funcionamento.
• Favorece desenvolvimento de algumas doenças.
• Pode ser usada em combate a geadas, aumentar a umidade relativa, reduzir o aumento
da temperatura.
Sistemas de Irrigação

• Portátil
Convencional • Fixo – portátil

• Fixo - permanente

• Pivô-central
Mecanizado • Sistema lateral
• Autopropelido
Convencional

• Sistema utilizado em pequenas e médias propriedades;


• Vários aspersores funcionando simultaneamente numa
mesma linha lateral;
• Tubos → geralmente de PVC ou aço zincado de 50, 75 ou
100 mm (2, 3 ou 4 polegadas).
Convencional Fixo permanente
• Nestes sistemas todas as tubulações permanecem fixas nas respectivas posições durante
o desenvolvimento das irrigações, cobrindo toda a área → aspersão em malha.
• As tubulações são enterradas e apenas as hastes dos aspersores afloram à superfície.

• Baixa mão-de-obra;
• Elevado custo inicial;
• Irrigação de pequenas áreas, culturas de
alto valor econômico.
Convencional Fixo portátil

• Linhas principal e secundárias permanecem


fixas.
• Linhas laterais deslocam-se nas diferentes
posições.
• As tubulações são leves (aço zincado, alumínio
ou PVC), com acoplamentos rápidos.

• As laterais podem ser deslocadas manualmente


ou por trator quando montadas sobre rodas.
Convencional Portátil
• Todas as tubulações e a motobomba são móveis.
• São casos típicos em que se procura substituir custo inicial de aquisição por custo
operacional.
Mecanizado
Pivô Central

• Redução no custo por hectare em função do aumento da área irrigada.


• Caminhamento impulsionado por moto-redutores instalados em cada torre;
• Áreas de tamanhos médio e grande.
• Sistema mais utilizado na região cerrado
brasileiro.
• Requer pouca mão-de-obra.
Mecanizado
Sistema linear
• Possui deslocamento linear e todas as torres deslocam à mesma velocidade. A
lâmina de irrigação aplicada é função da velocidade do sistema.

• O suprimento de água à linha de


aspersores é realizada através de
mangueiras flexíveis conectadas a
hidrantes, ou a canais dispostos às
margens ou ao centro da área
Mecanizado
Autopropelido
• Composto por: canhão; mangueira de alta pressão (até 500m), cabo de aço ou carretel
enrolador.
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA
• A água é aplicada em pequenas vazões na região do sistema radicular.

• Reduz a superfície do solo molhada.


• Não molha as folhas.
• Reduz plantas invasoras.
• Alta eficiência de aplicação.
• Fertirrigação.
• Baixas pressões.
• Alto custo implantação.
• Sensível a entupimentos.
MÉTODO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA

• Superficial
Gotejamento
• Subsuperficial (enterrado)

Microaspersão
Gotejamento superficial

• Água aplicada por meio de pequenos


orifícios;

• Bastante utilizado em árvores frutíferas,


morango, tomate, café, plasticultura,
paisagismo, ...

• Indicado culturas espaçadas ou de alto


valor.
• Gotejamento em morango
Gotejamento em café
Gotejamento subsuperficial
• Sistema totalmente enterrado. Gotejamento enterrado em milho

• Utilizado em cana-de-açúcar, tomate,


melão, gramados e jardins.

• Aplicação de água residuária.

• Reduz perdas por evaporação na


superfície do solo.
Gotejamento em café
• Reduz a incidência de plantas daninhas.

• Estimula crescimento do sistema


radicular.

• Alto custo de instalação.

• Dificuldade de manutenção.

• Apresentas problemas com entupimento.


Gotejamento em vasos
Microaspersão

• A água é aplicada em determinado


ponto próximo da cultura;

• Bastante utilizada em paisagismo e


frutíferas;

• Menos problemas com entupimento.


3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Recursos hídricos Topografia Solo Clima


Dimensões e Capacidade de
Potencial hídrico Chuva
forma da área retenção de água
Uniformidade Capacidade de
Qualidade da água Vento
topográfica infiltração
Acidentes
Custo da água Características físicas Temperatura
topográficas
Profundidade do solo Umidade do ar
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Cultura Econômicos Fatores humanos


Custos do capital
Sistema de plantio Hábitos
(investimento inicial)
Profundidade das Custos anuais (operação,
Preferências
raízes manutenção, mão-de-obra...)
Exigências
Tradições
fitossanitárias
Valor econômico das
Preconceitos
culturas
Nível educacional
Dúvidas???

Você também pode gostar