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Auxiliar de Almoxarifado

Objetivo do curso

Este curso tem como objetivo treinar pessoas nos conhecimentos técnicos de administração de materiais que habilitem o aluno a
ingressar no mercado de trabalho como almoxarife, estoquista, auxiliar de estoque, auxiliar de almoxarife ou em atividades
similares no controle de estoque de materiais.

Desenvolver funcionários que já atuem no almoxarifado ou em controle de estoque e que necessitem de aperfeiçoamentos
profissionais para um melhor desempenho ou para conseguir promoções em suas profissões.

Qual é o futuro da profissão de Conferente ou Estoquista?

A tecnologia impactou muito o trabalho dos conferentes e estoquistas nos últimos anos. A ampla utilização de computadores
(como uso de leitores de códigos de barra de mão, sistemas de controle de inventários registrando entradas e saídas etc.) aumentou
muito a produtividade do trabalho. Como um resultado da introdução desta tecnologia, hoje esses profissionais devem ter bons
conhecimentos de computadores e sistemas. Entretanto, nem todas as tarefas deste trabalho podem ser automatizadas e, assim, a
demanda para este trabalho continua boa. É uma área com pouca rotatividade de pessoas.
Com o aumento da exportação do Brasil poderá haver um crescimento na demanda por auxiliares de estoque.

A maioria dos conferentes e estoquistas são funcionários de tempo integral embora algumas empresas mantenham funcionários de
meio expediente para turno noturno ou durante períodos de maior atividade.

Funcoes do Repositor e Estoquista

 Zelar pelo patrimônio físico da empresa em relação às matérias primas, materiais de manutenção e uso geral e estoque de
produtos acabados.
 Recepcionar, conferir e armazenar produtos e materiais em almoxarifados, armazéns e depósitos.
 Fazer os lançamentos da movimentação de materiais de entradas e saídas e controlar o estoque.
 Distribuir os produtos a serem vendidos.
 Organizar o deposito para facilitar a movimentação dos itens armazenados e a armazenar.
 Prestar contas do estoque à direção da empresa e indicar itens com alta e baixa movimentação.
 Receber e verificar a quantidade e qualidade das mercadorias recebidas e registrar os dados manualmente ou usando
computadores.
 Empacotar e desempacotar itens a serem armazenados nas prateleiras do deposito ou em pátios de armazenagem.
 Deve ter boa memória e conhecer etiquetas de identificação além de ter senso de organização e arrumação.
 Saber verificar as divergências e ajustar as diferenças.
 Ter senso de responsabilidade e noção de valores pois deve verificar inventários comparando as contagens físicas com os
números existentes no sistema de controle do estoque.
 Precisa armazenar os itens de uma maneira ordenada e acessível.
 Nos períodos de baixa movimentação de determinados materiais deve trazer os materiais de maior movimentação para
um acesso mais rápido e fácil.
 Precisa manter em ordem os depósitos de ferramentas, depósitos de suprimentos ou outros tipos de estoque como por
exemplo, produtos acabados e itens de assistência técnica.
 Precisa marcar os itens usando etiquetas ou selos de identificação, em geral com código de barras, ferramentas de
marcação ou outros.
 Precisa limpar e manter os suprimentos, ferramentas, equipamentos e áreas de armazenamento de acordo com as regras
de segurança da empresa e zelar pela segurança patrimonial destes bens.
 Deve determinar métodos adequados de armazenagem e de identificação baseados na rotatividade dos materiais e data de
validade.
 Precisa registrar o uso e as perdas de estoque.
 Conta, examina, inspeciona e reporta aos supervisores as diferenças de quantidades e os defeitos dos materiais.
 Ajuda a outros colegas em suas atividades quando necessário.
 Faz a expedição das mercadorias corretamente.
 Faz a conferência e o empacotamento das mercadorias.
 Envia mercadorias para serem consertadas quando for o caso.
 Mantém registros atualizados e corretos dos estoques.
 Solicita mais mercadorias quando necessário.
 Relaciona-se com transportadoras, clientes e fornecedores.
 Se habilitado, dirige veículos, empilhadeiras ou conduz pequenos carrinhos de transporte.
 Mantém o estoque limpo e organizado.
 Para executar estas funções o estoquista deve saber lidar com as pessoas. Deve saber digitar e lidar com os computadores
da empresa. Deve saber falar com outras pessoas para obter informações eficientemente.
 Deve sabe distinguir ando algo está (ou vai ficar) errado e poder informar adequadamente. Nem sempre o Almoxarife irá
resolver o problema, mas ele deve saber identificar quando existe um problema e informar em tempo.
 Deve saber organizar e encontrar produtos eficientemente em locais pequenos e cheio de mercadorias.
 Precisa ter habilidade e força física para pegar, levantar, movimentar, empilhar, mercadorias além de saber montar e
manipular conjuntos de objetos.
 O Almoxarife precisa conhecer as mercadorias com que trabalha. Como armazena-las adequadamente e o sistema de
inventário usado no depósito ou almoxarifado.

Perfil do Repositor / Estoquista

Organização
Manter sempre em ordem os estoques
Identificar os mesmos com exatidão numa adversidade de material

Confiabilidade
Ser confiável, responsável e cumpridor de seus deveres.

Atenção a detalhe
Ser cuidadoso com detalhes e completo ao executar seu trabalho.
Saber trabalhar com precisão, detalhe ao registrar entradas e saídas de mercadorias em estoque.

Cooperação
Ser agradável e prestativo com outras pessoas.
Preocupação com outras pessoas.
Ter sensibilidade as necessidades de outras pessoas e ajudá-las quando necessário.

Característica Profissional
➢ Social - Saber lidar com pessoas;
➢ Digitação - Saber digitar e lidar com computadores;
➢ Compreensão oral - Saber ouvir e entender informação e idéias apresentadas por palavras e frases orais;
➢ Sensibilidade a problemas - Saber distinguir quando algo está (ou irá ficar) errado. Não significa que irá resolver o
problema, porém saber identificar quando existe um problema.
➢ Organização de informação - Saber arranjar coisas ou ações em certa ordem ou padrão segundo uma regra ou conjunto
de regras específicas (ex: padrão de números, letras, palavras, imagens, operações matemáticas). Em resumo, saber
organizar mercadorias eficientemente em locais pequenos e cheio de mercadorias.
➢ Coordenação dos membros / Destreza manual - Habilidade de coordenar dois ou mais membros e habilidade em
rapidamente mover a mão ou mão e braço ou duas mãos de modo a segurar, manipular ou montar objetos.
➢ Visão de perto - Habilidade de ver detalhes bem de perto.
➢ Comunicação oral - Saber comunicar eficientemente (de modo que outras pessoas possam entender) informações ou
idéias ao falar.
➢ Força estática - Habilidade de exercer força muscular para levantar, empurrar, puxar ou carregar objetos.

Papel do Repositor / Estoquista

A primeira responsabilidade que será atribuída aos repositores e estoquistas é a de conhecer os produtos com as quais irão
trabalhar.
Será difícil satisfazer os clientes, receber mercadorias com responsabilidade e zelar pela qualidade dos produtos, sem conhecê-los.
Evidentemente não se espera, no primeiro momento, que o recém-chegado à função já saiba tudo. Mas é preciso, pelo menos,
saber quais são os produtos mais vendidos, quais os cuidados ao recebê-los e como armazená-los no local de venda e em
depósitos.
A empresa também tem a expectativa que o trabalhador, nos dias atuais, tenha a melhor qualificação possível. Precisa ser
desembaraçado, saiba buscar soluções com criatividade e rapidez, demonstrando, acima de tudo, qualidade naquilo que faz.
Pensando nisso, a Central do Reforço preparou este curso, especialmente para você. Nele estão assuntos básicos para sua
qualificação profissional.
Mas, este é só o primeiro passo. Com dedicação e muito estudo, temos a certeza de que se tornará um profissional de sucesso.

Locais de trabalho

Atuam nas mais variadas áreas econômicas onde haja armazenamento e movimentação de mercadorias, tais como:

 Indústria
 Comércio atacadista
 Distribuidores
 Depósitos de grandes lojas
 Construção civil

O repositor e estoquista de mercadorias trabalha as vezes junto de prateleiras e gôndolas arrumando e repondo produtos. Outras
vezes, está no depósito organizando estoques internos e preparando-se para nova rodada de abastecimento da loja. Por trabalhar
quase todo tempo junto do cliente, esse profissional deve aproveitar todas as oportunidades para prestar um bom atendimento,
demonstrando conhecimento sobre mercadorias e produtos com os quais lida.

Para ser eficiente

 Deve conhecer as mercadorias com que trabalha;

 Deve saber como armazenar e o sistema de inventários usado no depósito.

 Tenha boa vontade e procure soluções lógicas para os problemas;

 Cadastre perfeitamente as informações;

 Seja tranqüilo, não perca o controle, não discuta;

 Mantenha-se feliz e entusiasmado;

 Não interrompa a conferência de um produto para iniciar outro;

 Seja: objetivo; ágil; paciente e prestativo - NÃO SE DISTRAIA! Se você se distrair pode colocar a perder toda a
operação;

 Seja pontual;

 Ter bom relacionamento interpessoal;

Nota fiscal

A nota fiscal é um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma transferência de propriedade sobre um bem ou uma
atividade comercial prestada por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa.
Romaneio ou Bono de descarga

Romaneio é o procedimento utilizado entre matrizes e filiais para a transferência de insumos, mercadorias ou produtos que
constam em estoque. Também podemos definir como: documento que informa como o produto está organizado (embalado) em
relação aos volumes. Ou seja, diz em que volume encontra-se determinado produto, ou ainda, o conteúdo de determinado volume.

Tipos de Conferências

As conferências poderão ser feitas da seguinte maneira:

 Por peso

 Por caixa / Embalagem

 Por unidade
OBS: Existem mercadorias que são conferidas por caixa, porém, é necessário pesar para ter certeza que o peso confere com o
constante no bono.

Por Peso

 Carnes e derivados

 Laticínios (Queijo, presunto, mortadela...).

 F.L.V. (Frutas, legumes e verduras).

Por Caixa / Embalagem

 F.L.V. (Frutas, legumes e verduras)

 D.P.H. e Perfumaria (Caixa e embalagem)

 Têxtil (Caixa)

 Mercearia Seca e Liquida (Embalagem)

Por Unidade

 Eletro e Bazar

Procedimento no ato da conferência

Frios

 Aferição de temperatura;

 Bono em mãos;

 Contagem, verificação de validade e qualidade;

 Produtos por peso encaminhar a balança.

OBS: Produtos não devem ficar muito tempo sem resfriamento, levar de imediato para câmara após a conferência.

Carga Seca

 Bono em mãos;

 Contagem, verificação de validade e qualidade.

OBS: Direcionar produtos de alto risco ao confinado após conferência.


O Espaço e o Layout do depósito

Um dos pontos mais importantes em um depósito é seu espaço, pois é ele que determina, na verdade, toda a estratégia de compra,
de estocagem e de distribuição. Não se deve enfiar um pé 44 num sapato 38, isso é um absurdo, da mesma forma que o contrário
também o seria.

Portanto, o espaço de um depósito deve ser planejado e estabelecido para que se possa tirar o máximo proveito de sua área total.

O espaço vertical deve ser utilizado ao máximo, fazendo-se uso de prateleiras ou através do empilhamento dos materiais. No
entanto, alguns pontos básicos devem ser considerados:

 A resistência dos materiais que sofrerão empilhamento;

 O equipamento disponível para a execução de um empilhamento seguro;

 A resistência dos pisos e do pavimento.

Usar o espaço vertical sem critério pode ocasionar muitos transtornos, deixando de ser uma solução para tornar-se um problema.

O Layout

O depósito é um local de grande circulação de pessoas e dos mais variados tipo de produtos, assim, ao programar o LAYOUT de
um depósito não se esqueça:

 A carga e a descarga de materiais devem ser sempre feitas de forma segura e ágil, por isso é necessário que os veículos
transportadores (empilhadeiras, guindastes, carregadores etc.) e os responsáveis pelo armazenamento estejam sempre
disponíveis.

 As entradas e as saídas dos materiais não devem possuir bloqueios e devem ser suficientemente compatíveis com a
dimensão dos produtos em circulação.

 A altura do Almoxarifado deve ser compatível com o tipo de produto a ser estocado, assim como as portas de entrada e
saída.

 Os pavimentos devem ser projetados de maneira a suportar empilhamentos e/ou o peso dos materiais estocados.

 A largura, o comprimento, a altura, o volume etc. dos materiais que serão transportados em veículos são importantes
fatores que deverão compor o planejamento do LAYOUT do depósito.

 Estruturar o trânsito interno dos veículos dentro do depósito, levando-se em conta suas dimensões, tamanho dos produtos
e circulação interna.

 Corredores de acesso as Pilhas e Prateleiras

 As passagens dos corredores devem ser retas e não devem conter obstruções causadas por empilhamento de materiais ou
colunas, de forma a permitir a direta comunicação entre as portas e todos os setores do depósito, que devem estar
devidamente identificados e divididos por critérios de conveniência (cores, números etc.).

 Outro aspecto importante é o da largura dos corredores que devem ser no mínimo de 3 metros para facilitar o tráfego
pesado, como empilhadeiras de 1000 a 2000 quilos. No caso das passagens transversais, as larguras devem ser de 2.80 a
3 metros, sendo que a altura das pilhas não deve ultrapassar os 3 metros.
 É importante salientar que os materiais devem ser armazenados de acordo com sua freqüência de saída. Por exemplo: os
materiais de saída freqüente devem ter suas pilhas ou prateleiras próximas às portas de SAÍDA, enquanto os de rara saída
devem ser armazenados próximos a ENTRADA.

O esquema abaixo sugere uma das formas de arranjo para depósitos quadrados ou retangulares:

Como lidar com as mercadorias

É ideal que desde cedo você dê o melhor de si para cuidar das mercadorias com grande responsabilidade.
Nada de apertar produtos na prateleira, sobrecarregar gôndola ou sair carregando pilhas de mercadorias pelos corredores. Isto
pode resultar em caixas estragadas, embalagens amassadas, alimentos danificados, ou seja, prejuízo.
Além disso, correrias, movimentos bruscos e atropelos colocam em risco a sua segurança e você pode sair machucado da história!
Quem de nós já não sofreu um problema de quebra ou dano de um produto pela forma incorreta de seu manuseio ou estocagem?
Pois, então, uma das questões mais significativas dentro do Almoxarifado é o manuseio correto dos materiais que serão, ou estão,
estocados.

É de fundamental importância que não só a mão-de-obra que lida diretamente com os materiais tenha treinamento mínimo, mas
que também sejam seguidas algumas normas básicas capazes de garantir o bom estado do produto dentro do Almoxarifado.

O repositor é responsável por um grupo de produtos e deve cuidar deles com a máxima atenção, para que cheguem perfeitos até os
pontos de exposição e não estraguem ou sofram danos antes de ir para as mãos do consumidor.
Outra questão importante é a clareza com que os preços das várias mercadorias devem ser expostos. Seja em cartazes, em
etiquetas fixadas nos próprios produtos ou colocadas nas prateleiras, a informação tem que ser objetiva e correta.
Hoje em dia, todo mundo anda bem consciente dos seus direitos de consumidor.

Eis algumas dicas que podem ajudar:

• Os produtos deverão ser transportados sempre sobre um só veículo. As mudanças podem ocasionar quedas que
danificarão o material;
• Sempre devem ser utilizados veículos adequados;
• Os transportadores internos devem ser carregados até o limite máximo de segurança, evitando viagens desnecessárias que
sobrecarregariam o trânsito interno;
• A segurança no transporte é imprescindível.
• As operações de recebimento e entrega devem ser sincronizadas, evitando contratempos para quem retira e para quem
estoca.
 É evidente que serão necessários ajustes à realidade de cada Almoxarifado; no entanto, com essas dicas, quem administra
o Almoxarifado terá capacidade de racionalizar o trabalho e agilizar o fluxo dos materiais a serem guardados e
posteriormente distribuído
 Empilhamento

Empilhamento

Empilhar materiais não é colocar um sobre o outro de qualquer maneira; o empilhamento deve ser coerente para facilitar a
distribuição. A disposição que se dá ao empilhamento possibilita maior segurança e contagem mais rápida dos materiais.

 Algumas regras básicas podem ser seguidas.

 Respeite o limite máximo de altura do teto, que não deve ultrapassar a 30 cm. Isso garante a ventilação e a facilidade nas
retiradas;

 Utilize pallets (estrado de madeira que trabalha com a empilhadeira de garfo);

 Verifique sempre a resistência das embalagens. Respeite as indicações do fabricante;

 As pilhas devem estar sempre firmes, ou seja, a movimentação de unidades superiores não deve atuar sobre aquelas
unidades que permanecerão empilhadas;

Setor de mercearia e bazar

A maioria dos repositores trabalha na linha de frente, distribuindo-se entre o setor de mercearia e bazar, e o setor de perecíveis.
Na mercearia e no bazar são vendidas, principalmente, mercadorias não perecíveis, isto é:

 Aquelas com prazo de validade mais longo e, portanto, com menos chances de estragar;

 Que não necessitam de equipamentos especiais para sua conservação, como geladeiras e câmaras frigoríficas.
 As mercadorias não perecíveis são também as que mais se adaptam ao sistema de autoatendimento.
 Nesse sistema, o próprio cliente pega o item na prateleira e leva-o para pagar no caixa.
 No que diz respeito à exposição, os produtos não perecíveis facilitam um bocado a vida do repositor, que tem apenas o
trabalho de arrumar e organizar a mercadoria em prateleiras e gôndolas.
 Mas não importa o tamanho do estabelecimento, pois sempre haverá a escala de responsabilidades e a distribuição de
funções.
Mas vamos voltar ao setor de mercearia e bazar.

Você já viu que, geralmente, ele é dividido nas seções de mercearia seca, bebidas, higiene e limpeza e o bazar propriamente dito.
Além do encarregado de cada seção, os funcionários se distribuem em dois grupos:

 Os gerenciadores, responsáveis por determinados grupos de mercadorias;


 E os repositores, que auxiliam diretamente os gerenciadores, desempenhando as funções que você já conheceu.
Como o trabalho de reposição nas diferentes seções é muito parecido, é comum os repositores transitarem de uma seção para
outra, com oportunidade de conhecer mais e avançar na carreira a passos largos.

Procure juntar o máximo de informações sobre os produtos da seção em que você vai trabalhar.
No bazar e nas demais seções de não alimentos, esforce-se para estar familiarizado com tudo o que é vendido.
Caso você seja deslocado para a seção de eletrodomésticos, por exemplo, aproveite ao máximo os treinamentos dados pelos
fabricantes dos produtos ou pelo próprio supermercado.
Os produtos classificados como não alimentos mais comumente encontrados também em um supermercado são:

 Roupas infantis, femininas e masculinas;


 Jogos de roupas de cama, mesa e banho;
 Calçados;
 Artigos esportivos;
 Artigos de jardinagem;
 Produtos para automóveis;
 Eletrodomésticos e eletroportáteis;
 Aparelhos de som e televisões;
 Artigos de informática;
 Cds e dvds.

Tomando conta do espaço

Diante da imensa quantidade de produtos que chega a empresa todos os dias, fica o desafio:
Como acomodar tudo nas prateleiras e gôndolas disponíveis?
Como fazer para apresentar novidades e lançamentos de modo que tudo fique bem visível?
Isso não é tão simples assim.
E tudo fica mais complicado ainda quanto maior for a empresa. Hoje já existem programas especiais de computador que auxiliam
no gerenciamento do espaço.

Técnicas de exposição

Existem técnicas específicas para a exposição de mercadorias. O objetivo é sempre um: atrair o cliente e dar uma direção às
vendas. Entre as técnicas mais conhecidas, podemos citar:

 Ponto natural – são os locais (em gôndolas ou balcões) onde normalmente os produtos ficam expostos.
 Ponto promocional – é um local extra ou temporário onde os produtos ficam expostos somente durante uma campanha de
vendas.
 Arrumação vertical – é uma forma de organizar os produtos muito comum nos supermercados. Essa técnica permite que
várias marcas de um mesmo tipo de produto fiquem próximas umas das outras. O espaço destinado a cada uma tem
relação direta com a saída do produto. Isto é, quanto mais vendida uma determinada marca, maior será o espaço para sua
exposição. Isso facilita a compra por impulso (quando o cliente leva a mercadoria sem pensar muito) e melhora o visual
das prateleiras.

Verticalização da categoria do produto – técnica recomendada para lojas de pequeno e médio portes. Os produtos são
arrumados por marca, uma sobre a outra. Cada marca ocupa uma prateleira. Isso permite que o cliente tenha uma boa visão de
tudo o que é oferecido. Com essa técnica, a loja pode posicionar o produto de maior giro (aquele que sai mais) na prateleira mais
baixa ou na mais alta, deixando à altura dos olhos do consumidor os produtos que vendem menos.
Verticalização da marca – é a técnica de exposição mais vantajosa para as lojas de grande porte e hipermercados. Como suas
áreas de venda são muito extensas, as mercadorias precisam ser expostas em grandes quantidades, para não desaparecerem na
imensidão da loja.
FIFO ou PEPS – é a técnica de expor na frente da gôndola o produto com data de fabricação mais antiga. Atrás ficam os mais
novos. É também conhecida como rodízio. FIFO é uma sigla em inglês que quer dizer First in, first out. Em português ela foi
transformada em PEPS e quer dizer: primeira que entra, primeira que sai.
Atenção à data de validade dos produtos.
Mercadorias com prazo vencido não podem ser vendidas. Portanto, não podem ser expostas.

Giro dos produtos – essa técnica procura estabelecer um ponto de equilíbrio entre o espaço de exposição dado a determinado
produto e o seu giro.
Por exemplo: a marca de leite A ocupa a metade das prateleiras e praticamente não vende. A marca B ocupa só um pequeno
espaço e acaba rapidamente, obrigando o repositor a fazer várias viagens até o depósito para trazer mais mercadoria para a loja.
Tem alguma coisa errada aí, você não acha?
Se o leite da marca B vende mais, ele tem que ocupar mais espaço na área de venda.
Ficou fácil entender, não é?

Vendas especiais
Você já deve ter percebido que os supermercados e lojas se transformam por completo quando datas como Páscoa e Natal vão se
aproximando.
Claro que não é por acaso.
Como são períodos de muitas vendas, as empresas procuram lançar mão de todo tipo de recurso para atrair a clientela e melhorar
seus negócios.
Dezembro é, disparado, o período de vendas mais significativas, porque nesse mês se comemoram o Natal e a virada de ano.
As vendas crescem principalmente por dois motivos:

 O clima de boa vontade e otimismo predominante nessa época;


 Aumento do dinheiro no bolso, que vem com os pagamentos do 13º salário e das gratificações de fim de ano.
Mas é bom saber que esse período exige grande planejamento. A área comercial dos supermercados começa a preparar as compras
com muitos meses de antecedência.
Ela faz isso para poder garantir bom preço e quantidade de produtos suficiente para atender a maioria dos clientes.
A loja prepara ainda a decoração de Natal e muitas vezes reforça sua equipe com contratações temporárias.
Mais do que nunca se percebe o valor do trabalho em grupo.
Os pontos promocionais são mais numerosos e o repositor trabalha dobrado, reabastecendo constantemente os locais de exposição
das mercadorias.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as três principais datas são: O Natal, a Páscoa e o Dia das
Mães.

O repositor no setor de perecíveis

Perecíveis são os produtos que têm prazo de validade menor e se estragam com maior facilidade. Mas esses produtos são
praticamente obrigatórios em qualquer supermercado.

E mais: eles podem representar até 60% do total de vendas de uma loja. Além do açougue, as seções mais comuns no setor de
perecíveis são:

 hortifruti (legumes e frutas);


 frios e laticínios.

Em empresas maiores, é possível ainda encontrar peixaria, padaria e rotisseria.

Juntas, elas representam uma área muito importante, porque atraem o consumidor muitas vezes ao supermercado, já que ninguém
faz grandes estoques de produtos perecíveis em casa.
Em algumas das seções de perecíveis há uma série de equipamentos para armazenar os produtos.
Por exemplo, os refrigeradores verticais e os horizontais (também chamados de ilhas de congelados).
O repositor não é responsável pela manutenção desses equipamentos, mas precisa saber identificar se eles estão funcionando
perfeitamente. E mais: precisa mantê-los limpos, obedecendo às normas de higiene.
Atenção, por exemplo, aos refrigeradores verticais, onde são expostos alguns alimentos congelados:

 As portas têm que ficar inteiramente fechadas para não deixar escapar o ar frio;
 A arrumação das mercadorias deve deixar livre a área por onde o ar circula.

Os hortifrúti / FLV

Nessa seção são vendidos legumes, verduras, frutas, ovos e, em alguns casos, saladas prontas e sucos naturais.
Até bem pouco tempo, muitos desses itens eram quase sempre comprados nas feiras. Mas questões relacionadas ao conforto e à
segurança fizeram muita gente mudar seus hábitos.
Hoje elas compram os hortifruti nos supermercados.
Para não haver prejuízos, é importante controlar bem o estoque.

Isso significa o seguinte:

Nada deve faltar quando o cliente procurar, mas também não pode sobrar mercadoria.
Nesse último caso, a sobra faz com que haja muitos produtos estragados antes mesmo que cheguem às prateleiras.
As condições de armazenamento dos produtos são muito importantes para manter sua qualidade. O cliente quase sempre se recusa
a levar produtos com manchas ou com “cara” de passado. E ele tem razão nisso, você não acha?
As caixas de hortifruti, por exemplo, devem ser empilhadas; as aberturas, porém, têm que ficar desimpedidas, para permitir a
entrada de ar.
Na hora de expor os produtos, tudo vai depender do tamanho da loja. Mas considere sempre que, no caso de frutas, legumes e
verduras, o cliente aprecia o colorido e a beleza desses produtos, além da qualidade, é claro.
Esses aspectos devem ser valorizados no momento de colocar as mercadorias à venda.
Escolha os itens mais bonitos para colocar na frente.
Tente variações de cor e tamanho, tudo sempre com a intenção de valorizar o produto.
Os hortifruti estão em uma categoria de produtos cujo consumo acontece quase sempre pela manhã.
Por isso, é importante manter os pontos de venda ainda mais organizados nessas horas.
Na Ponta da Língua

Agora você vai conhecer alguns dos materiais mais usados no merchandising e na sinalização dos supermercados, com o principal
objetivo de dar destaque a determinado produto. Listamos aqui apenas aqueles que se relacionam mais de perto com a atividade
do repositor.

1- Bandeja de degustação – suporte usado pelo promotor de vendas do fabricante do produto a ser destacado. Nessa bandeja
ficam pequenas porções do produto para que os consumidores experimentem na hora.
2 - Blister – embalagem transparente, plastificada, para expor produtos.
3 - Cesto (ou container) – uma espécie de grande caixa, geralmente de metal, para expor produtos de forma organizada.
4 - Display – qualquer equipamento destinado a ajudar a vender determinado produto. Pode ser colocado diretamente no chão, ou
em vitrines, balcões e gôndolas.
5 - Dispenser – equipamento que deixa o produto à mostra, em primeiro plano.
6 - Gancheira – expositor especial para colocar produtos em blister ou em saquinhos.
7 - Box pallet – caixa usada para transportar e deixar à mostra mercadorias de grande volume.
8- Amostra grátis (ou sampling) – versão, em quantidade reduzida, do produto ao qual se quer dar destaque. É distribuída
gratuitamente aos consumidores, para que eles o experimentem (e depois passem a comprá-lo).

Frios e laticínios

Essa seção vende:

 Produtos industrializados, muitos deles derivados do leite (iogurtes, manteiga, requeijão, por exemplo);
 Alimentos vendidos a granel, como azeitonas e conservas;
 Mercadorias que são vendidas fatiadas, como presunto, queijo e mortadela.

Nessa seção também é necessária muita atenção ao receber e armazenar os produtos.


É preciso respeitar os prazos de validade e as exigências de refrigeração.
Iogurtes e produtos semelhantes devem ser colocados próximos uns dos outros, respeitando sempre o limite de empilhamento
máximo recomendado pelo fabricante.
O mesmo vale para queijos, manteigas, margarinas, massas frescas e outros itens que necessitam de refrigeração.
Na tabela a seguir, você pode conferir quais são os principais produtos dessa seção e verificar os respectivos prazos de validade e
temperaturas de conservação.
Para os frios, é interessante fazer uma exposição caprichada, por tipo:

A família dos presuntos, dos salames, das mortadelas e assim por diante.

Muitos supermercados trabalham com estoque de frios já fatiados ou preferem manter um sistema misto, oferecendo, também, a
opção de cortar o produto na hora.
É muito importante conhecer a variedade de produtos da seção de frios e laticínios para dar qualquer informação solicitada pelo
cliente.

Por último, vale lembrar da área de salgados, que também pertence à seção de frios.

É o local onde a gente encontra bacalhau, carne-seca, paio e outros defumados.


Esse tipo de produto fica exposto em um balcão especial e, assim como as demais mercadorias, deve ser arrumado o mais
cuidadosamente possível.

Segurança no almoxarifado

A movimentação de materiais tem sido uma das causas mais frequentes e sérias dos acidentes, razão pela qual é muito importante
a segurança nesse tipo de trabalho. Por isso, devem ser observadas as seguintes regras:

 Manter limpo e em bom estado o piso dos locais onde se manipulam e transportam os materiais.
 Não manipular materiais se as mãos ou materiais estiverem sujos de óleo ou substâncias escorregadias.
 Usar os equipamentos necessários para proteção pessoal, como luvas, ao manusear material cortante, óculos, luvas, botas
e avental para o transporte de ácidos, sapatos com bicos de aço no manejo de materiais pesados.
 Não levantar sozinho materiais de peso excessivo, ou além de sua capacidade. Não podendo utilizar meios mecânicos,
pedir ajuda aos companheiros de trabalho.
 Evitar brincadeiras e competições para verificar quem consegue levantar maior peso.
 Não carregar material em demasia, isso dificulta os passos e a visão.
 Manter em boas condições todos os equipamentos destinados à movimentação dos materiais, tais como: empilhadeiras,
elevadores, esteiras etc.
 Não carregar em demasia os carretos e empilhadeira evitando que o material possa cair.
 Não andar em velocidade excessiva dentro do Almoxarifado com os veículos destinados à movimentação de cargas.
 Não passar ou permanecer sob cargas que estão sendo movimentadas por guindastes ou pontes rolantes.

Uso de cores como fator de segurança nos almoxarifados


O objetivo primordial é determinar as cores que deverão ser usadas nos Almoxarifados, a fim de identificar máquinas e
equipamentos de segurança, delimitar áreas, advertir contra perigos iminentes ou eventuais. Sua adoção no Almoxarifado
possibilita ao pessoal que nele trabalha identificar, facilmente, os perigos naturais por intermédio das cores, quando já
familiarizado com a simbologia adotada. Isto não dispensa, em absoluto, o emprego de outras formas de prevenção de acidentes,
tais como cartazes, painéis, dentro do Almoxarifado.
Quanto ao significado das cores indicadas para uso nos Almoxarifados e Armazéns, observe a tabela a seguir:

NÚMERO COR SIGNIFICADO


1 VERMELHO PERIGO
2 ALARANJADO ALERTA
3 AMARELO ATENÇÃO
4 VERDE SEGURANÇA
5 AZUL CUIDADO
6 PÚRPURA RADIAÇÃO
7 BRANCO LIMPEZA
8 PRETO DETRITO

Para complementar as normas de cores dentro do Almoxarifado, é importante que sejam afixados cartazes de segurança, com a
finalidade de combinar os esforços de todo o pessoal na tarefa de evitar acidentes. Os cartazes devem ser colocados em pontos
estratégicos onde os trabalhadores parem normalmente, nunca naqueles usados comumente para os avisos normais. Os
corredores devem ser evitados. Os cartazes não devem ser exibidos por mais de 30 dias consecutivos no mesmo local, sendo
conveniente usá-los em rodízio. Quando se colocar um cartaz novo, deve-se reunir os empregados do Almoxarifado e desenvolver
uma pequena preleção, explicando seu significado.

Finalizando

Este curso teve como objetivo fornecer-lhes informações básicas para melhorar o desempenho de seu Almoxarifado e de quem
trabalha nele. Todos nós sabemos que em determinados momentos fica difícil agir em razão da imensa quantidade de problemas
que Almoxarifado possui, todavia, um bom planejamento ao início de cada exercício poderá minimizá-los.
A frase de Jorge Sequeira de Araújo, um dos pais do estudo de Almoxarifados, define bem o trabalho de todos aqueles que se
envolvem com suprimentos:
"Prever para prover".

Esperamos tê-lo provido de informações, na certeza de que você será capaz de prever as etapas de seu trabalho e de seu progresso.

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