Você está na página 1de 26

Material elaborado pela aula Francine Souza

PATOLOGIA CLÍNICA P2

AULA 1 29/09/2017

Avaliação Laboratorial da Função Renal

Urina: subproduto da função renal, que como amostra eu uso para avaliar se o rim do meu
paciente esta funcionando bem ou não.
Como colher e guardar essa urina ate que o exame seja feito.
Método de colheita: eu vou esperar meu paciente urinar ou eu vou dentro da uretra dele e retirar
essa urina e para isso preciso de um material sendo uma sonda (metálica, rígida, flexível). Se for
fêmea pode precisar de um especulo vaginal para separar as paredes da vagina para que eu
consiga introduzir uma sonda. Além disso quando eu estou introduzindo uma sonda na uretra do
meu paciente e aspirando eu preciso guarda-la em algum lugar então preciso de um frasco que
seja limpo e seco. Podemos reaproveitar o frasco, ele não precisa ser essencialmente estéril a não
ser que eu queira fazer uma analise microbiológica daquela urina, podemos usar desinfetante
desde que não tenha amônia quaternária porque deixa resíduo que atrapalha no exame. Porém
esse processo de lavar e desinfetar sai muito mais caro do que a compra de potes. Urina quanto
mais rápida for analisada é melhor. Conservante de urina é o acido bórico.
Posso colher urina esperando meu paciente urinar ou estimulando ele a urinar, que é fazer uma
lavagem morna na genitália, lembrando também que precisamos fazer a higiene da genitália
externa. A manipulação e a agua morna estimulam o paciente urinar. Algumas espécies tem que
ser por micção natural, seja estimulada ou não os primeiros jatos devem ser desprezados, porque
o xixi vem lavando a uretra trazendo flora bacteriana que talvez não me interessa.

Cateterismo: usar um cateter/sonda chamada de sonda uretral, introduzimos de forma que passe
o esfíncter da bexiga, entre dentro da bexiga de forma que a urina vem fluindo pela sonda. Na
femea precisa do especulo vaginal.

Compressão vesical: comprimir a região da pelve, de forma a vencer a resistência do esfíncter


uretral

Cistocentense: centese é aspiração, vai punsionar e introduzir uma agulha e vai aspirar a urina ali
de dentro. Pula a passagem da urina pela uretra e assim evita pegar a flora bacteriana dali.

BOVINOS, OVINOS e CAPRINOS: método mais recomendando é micção natural


Cateterismo vai depender se é macho ou femea, no caso do macho o bovino tem na uretra a
flexura sigmoide impede que eu passe uma sonda por aqui, porque ela para e assim não consegue
fazer chegar na bexiga. Fêmea é possível fazer cateterismo com sonda rígida e também preciso de
especulo para abrir a parede da vagina, mas tem que tomar cuidado com o divertículo suburetral
que pode ser machucada pela sonda causando um sangramento que não tem nada a ver com a
amostra de urina que você vai colher.

1
Material elaborado pela aula Francine Souza

EQUINOS: micção natural é uma possibilidade, mas eu não tenho nada que impede a coleta do
material pela sonda, que pode usar a nasogastrica dos humanos ou tem a própria de equinos. O
inicio da micção normalmente não me interessa

CANINOS: podemos trabalhar qualquer um dos métodos de coleta, em animais muito bravos, pode
estimular pedindo pra passear, ou conte em um espaço mais restrito, espera ele urinar e colher.
Não é recomendando aquela urina que o paciente entra no consultório e faz porque contamina
MUITO o material. Sondas normalmente trabalho com 6 ou 8, e tem a 4 para animais muito
pequenos, a sonda plástica que uso no macho também pode ser usada na fêmea, mas
normalmente uso a sonda metálica, que pode ser re-esterelizada.

CONSERVAÇÃO: a urina deve ser guardada mais rápido possível, não pode passar de 30 minutos
em temperatura ambiente porque a flora bacteriana vai aumentar e assim vai mudar um
parâmetro importante. Melhor maneira é a refrigeração até fazer o exame daquela amostra,
sendo o melhor momento para examinar depois que colhi. Algumas dessas baterias que
proliferaram porque a amostra ficou mais de 30min em temperatura ambiente podem ser
bactérias produzem que uma enzima chamada uréase, (e. coli bactéria mais comum causadora de
cististe é uréase positiva ), essa uréase quebra a ureia transformando em amônia. E essa amônia
aumenta o pH da urina, tornando ele alcalino porque ela é alcalinizante, e uma das coisas que o pH
alcalino faz, quando passo a fitinha, vai marcar que tem proteína onde não tem proteína
(marcador de doença renal com lesão glomerular), dando um resultado falso além de fazer
precipitar algumas substancias. E também o pH aumenta a formação de cristais que possivelmente
na amostra não tinha, dando um resultado falso. Sob refrigeração a urina só pode ficar ali para ser
analisada por 6 horas em temperatura baixa, ela fica turva e cristais que não apareceriam naquela
urina, podem aparecer. Acido bórico conserva ate 24h em ate temperatura ambiente sem ser na
geladeira, mas tenho que encher ate 5mls para diluir certo. Tem que diluir porque depois da
centrifugação se não dilui fica cheio de escama de acido bórico. Quando não tem jeito faz a
bioquímica e depois completa com agua e centrifuga ai não atrapalha; ele é bacteriostático. NÃO
ACIDIFICA A URINA!!!

Estou com a amostra de urina agora vou analisar, e eu mesmo posso fazer avaliação de algumas
características, tais como:
Volume de urina: diminuído quando o paciente esta desidratado
Cor da urina: dada pela concentração de urocromio, que faz com que nossos pacientes tenha urina
amarela clara ou as vezes amarelo levemente esverdeada que é chamada de amarelo citrinho. Ou
hiperhidratado ou com o rim perdendo muito agua a tendência é a urina sair diluída com cor mais
claro. Dia quente que eu urino menos a urina sai mais concentrada saindo mais escura. E a
contração olhada na cor é importante também. Cor também pode ser modificada por alguns
medicamentos;

Odor: vem pela concentração de ácidos voláteis que evaporam, e assim se o frasco fica aberto, a
tendência é que o cheiro diminua. Laboratórios com normas de segurança não avaliam odor de
urina mais.

2
Material elaborado pela aula Francine Souza

Aspecto normal de uma urina também depende de espécie e gênero do meu paciente. Sendo eles:
límpida, ligeiramente turva, turva (cels, muco, prot demais). Essa turbidez dessa urina sempre vai
estar relacionada com algum sedimento dentro dela, assim como a urina, ex: leucócitos (turma
brancacenta) hemácias (turva, avermelhada ou acastanhada). O macho especialmente o gato
inteiro equino tem mais muco e mais proteína, por isso ela NÃO será límpida, será turva ou
ligeiramente turva e normalmente pode ser floculenta, tem alguns grumos de material flutuando
ali, é uma característica de normalidade, além disso, a urina do equino também aparece os cristais
biurato de amônia e carbonato de cálcio que é normal, não é uma condição patológica. O muco do
gato esta relacionado com odor que usa para marcar território. Para caninos o normal é que ela
esteja límpida. Então aspecto considerado normal turvo ou ligeiramente turvo apenas em equinos
e gatos inteiros.

Densidade: mostra pra mim a concentração ou diluição daquela urina. Podemos usar a fitinha mas
não levo em consideração, porque ela sofre varias interferências, sendo uma delas o ph, quanto
mais alcalino menor sera a densidade. E densidade é um parâmetro muito importante para avaliar
o funcionamento tubular renal. Ai eu penso como é o funcionamento renal, eu tenho o glomero
que vai filtrar a urina do meu paciente, a primeira urina produzida ou ultrafiltrado do plasma tem a
mesma densidade do plasma sendo 1008, uma vez que ela passa dali e vai se aproximando dos
túbulos contornados e alça de henle vai tendo absorção de sódio e agua, então quando essa urina
chega na curvatura da alça de henle essa densidade vai a 1060, devido ao tanto de agua que foi
retirado dessa urina, depois ela vai para o túbulo contornado distal e vai se aproximando do túbulo
coletor, quando ela chega no túbulo coletor para a maioria das espécies, exceto no felino, ela
chega com densidade em torno de 1029/1030 o que vai fazer que a densidade normal dos nossos
pacientes seja 1030 +/- 10, podendo ter variações dependendo da quantidade de agua disponível,
volume de agua, temperatura. Os felinos diferenciam das outras espécies por ter se desenvolvido
em ambiente desértico, sendo preparado para otimizar o aproveitamento de agua, sendo normal
para ele sempre acima de 1040. A gente vai medir essa densidade primeiro para avaliar se o túbulo
esta funcionando dentro do que se espera dele (desidratado concentra, calor concentra, tempo
frio da uma diluída), além de mostrar se a urina esta concentrada a densidade esta alta e tudo que
esta ali também esta alto, podendo supervalorizar algumas coisas nela, assim como a urina que
tem densidade baixa. Quanto maior a densidade mais concentrada esta a urina, quando menor a
densidade mais diluída a urina esta. Quando a urina esta com densidade chamo de
hiperestenuria, quando esta baixo chamamos em hipoestenuria, e o valor 1008 que é a densidade
do plama então esta igual, chamamos de isoestenuria. A fitinha faz uma analise bioquímica. Na fita
deixamos na urina menos de 10 segundos, esperar 30 segundos para ler e fazer a leitura em ate
1,5 minutos.

pH: vai depender se meu paciente e herbívoro ou carnívoro. Dieta com muita prot animal
(carnívoro) libera muitos ions de hidrogênio que são acidificantes, deixando o pH normal da urina
de um carnivoro é acido entre 6 e 6,5. (ps 7 não é neutro, neutro é 7,4). Já animais que são
herbivoros tem pH acima de 7,5 a 8,5 tendo urina alcalina. O pH algumas vezes muda na leitura de
alguns parâmetros, bem como a temperatura. O que pode tornar o pH mais acido: inanição, febre,
exercício muscular intenso resulta em catabolismo que deixa a urina mais acida. Desequilíbrio
metabólico fazendo acidose o rim tem papel importante liberando ions de hidrogênio fazendo com
que a urina saia mais acida. Se retem muito tempo vem com pH alcalino. Vamos usar esse pH para
3
Material elaborado pela aula Francine Souza

identificar cristais, o que me ajuda a tratar, se ta formando aquele do acido eu alcalanizo a urina e
o mesmo para o alcalino.

AULA 2 06/10/2017

AVALIAÇÃO LABORATORIAL - PROTEINAS

Vamos falar da importância de saber se tem proteína, qual tipo de proteína e a quantidade de
proteína. Se tem proteína saindo na urina significa que esta vindo do sangue, e delas temos a
albumina que normalmente não sai devido ao alto peso molecular, só sai em condições
patológicas; glubulinas por ter peso molecular passam facilmente pelo glomérulo devido ao baixo
peso molecular, mas temos que pensar que o que é importante deve ser reabsorvidos nos túbulos,
nesse caso, a globulina deve ser reabsorvida, fazendo com que elas também não saiam na urina;
hemoglobina que quando livre passa pelo glomérulo, e quando vem numa quantidade maior que o
túbulo consegue reabsorver ela sai na urina; mioglobina que vem do musculo, e quando
aumentada no sangue e pelo seu peso molecular passa e pode sair no sangue.
Então quando eu vejo prot na urina tenho que pensar de onde ela vem, se ela passa pelo
glomérulo e se esta sendo reabsorvida pelo túbulo. O normal é que não tenha prot de forma
nenhuma na urina e quando detecto tenho que descobrir qual prot é. A fitinha de bioquímica so
detecta valores acima de 30microgramas por decilitro, que é uma limitação. E o quadradinho da
fita tem maior sensibilidade para albumina, mas também consegue detectar outras tipos de prot,
devido a isso tem sensibilidade e especificidade mais baixa.
Quando relaciona a albumina que é a prot de maior importância que normalmente não sai do sg e
vem pra urina, se aparece o diagnostico é de doença renal por lesão glomerular.
O que é importante pelo organismo e passa pelo glomérulo os túbulos devem reabsorver. Duas
situações, ela chega no rim em grande quantidade e fica difícil do túbulo reabsorver, por ex, tem
um paciente com hiperglobulinemia, paciente com infecção ou doença parasitaria, ai detecta
globulina na urina, o problema é que a fitinha não tem um quadradinho especifico para isso, ai
nesse caso medimos a quantidade de globulina no sangue; outra situação, a quantidade de
globulina no sangue esta normal, mas ela passa, porque o túbulo esta lesado e ai começa a sair
globulina na urina, e se eu tenho certeza que é a globulina e ela ta saindo na urina, mas no sangue
não esta aumentada o diagnostico é de doença renal com lesão tubular. Mioglobina esta
relacionado com lesão muscular, então tem sinal de lesão. Hemoglobina tem sangramento em
alguma parte ou uma doença hemolítica associada com anemia que muda aspecto e coloração da
urina.
Vamos relacionar presença de prot sempre com a densidade da urina, porque se eu tenho um
paciente com a densidade alta significa que a urina esta concentrada, então tudo que tem nela
tem seu valor jogado para cima, pode ser ela esteja perdendo pouca prot, mas como esta
concentrada jogou esse valor para cima, então aqui o valor de prot pode ate não ter importância
porque o que tem esta sendo jogando para cima. Por outro lado uma urina com densidade baixo
significa que tudo que esta nela esta diluído, então se aparece la 1 cruz de proteína, significa que o
paciente esta perdendo mais prot que o exame esta me mostrando.
Tambem tenho que relacionar a quantidade de prot que tem na urina e relacionar com a
sedimentação (hemácia, leucócito, muco, espermatozoide) pode achar que tem prot e não tem.
4
Material elaborado pela aula Francine Souza

Lesão glomerular -> albumina


Lesão tubular -> globulina

PROTEINÚRIA
 Fisiológica: sendo transitória, acontecendo em situações de febre, exercício intenso
(catabolismo) ou maior ingestão de proteínas, secreções genitais (pequenas quantidades),
convulsões e animais na fase colostral tendem a ingerir mais imunoglobulinas. Tolera
apenas 1+ . Tende a desaparecer 12 a 24 horas depois que sessar o estimulo.
 Patológicas: é persistente, especialmente na lesão glomerular, o paciente ta perdendo e vai
continuar perdendo.
Um dos problemas da albuminúria (lesão glomerurar) é que os túbulos não estão
preparados para receber essa albumina lá, quando ela chega no túbulo eles ate tentam
reabsover aquela albumina, porém nessa tentativa o túbulo começa a sofrer lesão, então o
que começou como lesão glomerular com o tempo irá evoluir para lesão tubular também e
ai vai aumentar ainda mais a quantidade de prot da urina além de alterar também a
densidade já que é função do túbulo regular essa densidade.
- RENAIS:
Glomerular: processo inflamatório grave, doenças autoimunes que formam complexos
imunes que se depositam nas membranas glomerular gerando mais lesão. Então todo
processo inflamatório grave vai evoluir para lesão glomerular, por isso tentamos descobrir
se tem quantidades pequenas de prot porque dependendo do quadro de lesão glomerular é
irreversível, onde conseguimos apenas controlar a doença.

-PRÉ RENAIS: qualquer coisa que reduza a perfusão renal, seja porque vai chegar menos o2
ou porque vou ter uma p. sg menor no rim do meu paciente, podendo gerar uma lesão
glomerular, já que o glomérulo é a área mais vascularizada do rim podendo gerar lesão
glomerular e por conseguinte aumento das prot, como por ex: congestão crônica, ins
cardíaca congestiva, hemólise intravascular (além da lesão glomerular também tem
hemoglobina na urina do meu paciente, hemolisou tem que ter hemoglobina na amostra da
urina, NÃO tem como fazer hemólise sem hemoglobinúria) ; intoxicações que leva a
proteinuria (cebola, paracetamol) ; mioglobinas por exercício intenso traumas e algumas
doenças ; neoplasias prot de bence Jones que é imuglobulina de baixo peso glomerular.

- PÓS RENAL: presença de secreções na genitalia (porque não limpou direito), cistite,
ureterites, uretretites, qualquer ite que pega do rim em diante.

-PSEUDOPROTEINURIAS: urina altamente alcalina -> fita; tempo de imersão da fita;


contaminação por amônia quaternária. 1+ aceitável

PROTEINA X CREATININA
A medida de creatinina no sangue, porque a creatinina não é reabsorvida a nível tubular
então ela sai na urina, então eu meço a quantidade prot e de creatinina que saiu na urina e
divido uma pela outra, e ai vou encontrar o índice. Se começa a sair menos creatinina na
urina muda a interpretação.
5
Material elaborado pela aula Francine Souza

Cães e gatos saudáveis: divisão de prot por creatinina menor que meio, sendo assim tem
que ter o dobro de creatinina para o que eu tenho de prot para que essa prot tenha relação
com doença renal.
Quando o rim filtra menos aumenta ureia e creatinina, e quando isso aumenta no sg
chamamos de azootemia
Valores entre 0,5 e 1,0 não azotemicos – continuar monitorando
Valor maior que 1,0 e não tem diminuição de filtração glomerular ou seja ureia e a
creatinina não subiu, isso já é ANORMAL mas não posso falar ainda em lesão glomerular, é
um alerta para avaliar melhor
Para falar que é lesão glomerular tem que ser maior ou igual a 2 ou seja, proteína é o dobro
de creatinina, no entanto, o importante não é pegar o diagnostico para tratar e sim pegar a
lesão quando ela esta começando para conseguir reverter, quando o valor chega em 2
siginifica que fudeo, o rim já elvis.

CÃES: AZOTEMIA + P/CRETININA MAIOR QUE 0,5 = TRATAMENTO RECOMENDANDO

GATOS: AZOTEMIA + P/CRETININA MAIOR QUE 0,4 = TRATAMENTO RECOMENDANDO

Porem se o paciente tem hematúria( hemácias) ou piuria (leucócitos) + de 20 por campo,


não da para usar, porque a fitinha marca isso e corticoterapia também atrapalha porque o
cortisol estimula as cels mesangiais e fazem liberação de prot que aumenta quantidade de
prot. Por ex infecções por E. coli que são bem comuns de aparecer, que causam hematúria
e piuria podem fazer os valores de relação prot/creatinina chegarem a 40.

GLICOSE
Esta no sangue, passa pelo glomérulo e se chega ao túbulo como é importante para o
organismo é reabsorvida a nível tubular, so que os túbulos do meu paciente tem uma coisa
chamada limiar de reabsorção tubular, ou seja, reabsorve glicose ate um certo valor, para
cães e bovinos gira em torno de 150/160 mg por dl, no gato e cavalo é 260/270 porque são
animais que respondem muito a estimulo adrenérgico, ou seja, estressam muito, então com
facilidade fazem hiperglicemia transitória, e quando esta em quantidade aumentada
significa que esta muito alta no sangue (diabetes mellitus, resistência a insulina), então se
aparecer glicose na urina tenho que dosar a glicose no sangue. Se tem glicosuria sem ter
aumento no sangue significa que tem lesão tubular porque ele não esta absorvendo direito,
e com lesão tubular tem baixa densidade porque o túbulo perde a capacidade de
concentrar a urina.

Normalmente não detectada -> filtrada -> rabsorção tubular


Cão: 170mg/dl
Gato: 260 mg/dl
Fisiologica: transitoria por causa estresse
Farmacologica: soluções saturadas de glicose; corticoides (geral resistência a insulina), ACTH,
glucagon, adrenalina e morfina que são drogas que fazem hiperglicemia. Tem um não causa

6
Material elaborado pela aula Francine Souza

hiperglicemia mas pode causar glicosuria que é o diurético, (furesemida, acelera a filtração
glomerular diminui a absorção de glicose)
Patologica: hiperglicêmica: diabetes M, pancreatite, hiperadrenocorticotismo: lesões SNC,
fiocromocetona

Normoglicêmica: glicosuria cm normoglicemia é problema renal, alterações tubulares (Faconi, IRA,


congênitas, drogas).

CORPOS CETONICOS: se esta saindo corpo cetonico na urina é porque o organismo esta formando,
tenho que determinar qual alteração que ta levando o paciente a fazer cetose, que vem da quebra
da gordura (gliconeogenese) então é um paciente que esta fazendo lipólise, quebrando gordura,
seja por falta de carboidratos ou condições de doenças metabólicas que resultam na formação de
corpos cetonicos. Paciente em inanição, jejum prolongando, Diabetes Mellitus,
Figado -> lipedes -> corpos cetonicos (filtrados e reabsorvidos)
Cães -> baixo carbo -> lipides
Vacas -> leiteiras alta produção -> baixo carbo -> lipedes

TODO DIABETICO DA GLICOSURIA E AS VEZES PODE DAR CETONURIA, e quando da, não estou
conseguindo tratar de maneira adequada.

BILIRUBINA: vem do metabolismo da hemoglobina, quando tem quebra dela, sobra essa
bilirrubina, que é metabolizada pelo fígado e normalmente é excretada e elimidada via fezes,
então não é normal aparecer na urina; uma única espécie pode aparecer na urina, os cães, as
células do epitélio tubular tem ac glicuronico, quando tem um pouquinho só a nível tubular, ele
consegue produzir a bilirrubina conjugada, mas so é detectada quando a densidade maior que
1040, então nos cães 1+ de bilirrubina com densidade maior que 1040 é normal. Nas outras
espécies todas, apareceu bb na urina preciso investigar se esta e porque fazendo hemólise, ou se
tem uma doença hepática que comprometeu a excreção de bb. Para ter icterícia tem que estar
maior que 2 ou 3. Quando passa de 0,5 na urina não é bom. Isso ajuda a dar diagnostico precoce
de hemólise ou doença hepática.

HEMOGLOBINA: hemácia não passa pelo glomérulo, tenho que associar se a hemoglobinúria esta
associada com hematúria ou não, então posso ter hemoglobina na urina de causa renal e de causa
extra renal.
Causas extra renal (pre renal): não aparece hemácia na urina do paciente, reação tranfusional,
babesia, envenenamento por picada de cobra, tudo que causa hemólise, acho hemoglobina na
urina mas não acho hematúria

Quando tem mioglobina na urina, na fitinha marca como hemoglobina.

Sem tem hemácia é pos renal ou do rim. Acontece em lesões que aconteceram no rim para frente.
Em casos que tem isso, mas não acha causa olhamos isso: pH alcalino não é bom para
sobrevivência de hemácias, urina com densidade baixa, que podem causar hemólise. Tipo de
anemia me ajuda no monitoramento do meu paciente. O que não pode acontecer, a fita deu
7
Material elaborado pela aula Francine Souza

negativo para hemoglobina mas eu vi, então pq a fita não marca? Você viu errado, latinha aberta,
fica vencida. Fica positiva sem hemácia no sedimento pode.

AULA 3 20/10/2017

SEDIMENTOSCOPIA
A sedimentoscopia é uma avaliação de citologia, das células e estruturas que vamos ver na
amostra de urina. Vamos pegar uma amostra, centrifugar, concentrando as estruturas dessa
amostra, depois vamos pegar uma gota pingar na lamina, sobrepor a lamínula e levar para o micro.
No micro vamos ver estruturas que a literatura chama de elementos figurados e não figurados,
mas vamos encontrar e dizer se tem leucócito e quantos tem não sendo necessário diferenciar,
vamos dizer se tem hemácia e quantas tem, também não vamos diferenciar que tipo de hemácia
que esta ali e vamos ver células epiteliais, e essas nós vamos diferenciar em pelo menos quatro
tipos diferentes, vamos ver se tem bactéria, fungo e a quantidade dessas duas. Vamos ver cilindros
e o sua presença representa, podemos encontrar parasitas seja por contaminação, ou por aqueles
que já tem a passagem da sua vida para a vida urinaria, espermatozoides que não tem muita
importância e cristais.
A primeira estrutura que vamos falar são as células epiteliais, alguns laboratórios so falam que tem
e não qual é, para gente faz toda diferença determinar que tipo de célula vai aparecer, porque a
célula descamativa ou célula de descamação que tem núcleo grande ou pequeno, porque é célula
que esta presente na uretra ou na genitália feminina, então quando eu tenho uma animal que teve
sua urina colhida por micção natural é de se esperar que ele tenha célula epitelial descamativa em
menor quantidade ou quantidade moderada podendo eventualmente ter um pouco mais, e essa
célula não obrigatoriamente significa uma lesão patológica o que é diferente de uma célula do
epitélio renal que é uma célula arredonda com um núcleo maior e normalmente encontrada
isolada das outras, e ela se parece com a célula da bexiga e ela não é problema, mas a renal é
problema que so aparece se meu paciente tem doença renal, porque o rim vai descamar. é
problema que so aparece se meu paciente tem doença renal, porque o rim vai descamar. E por
ultimo tenho a célula caudatas ou alongadas que vem da pelve renal que so vai acontecer em
condição patológica, ela é arredondada e tem um núcleo evidente e tem um rabinho, um
prolongamento citoplasmático e seu nome remete a isso, e é uma célula de pelve renal, que
aparece um condições de pielonefrite onde além de doença renal meu paciente tem problema de
pelve renal também. E por isso eu tenho que diferenciar porque tem as que aparecem em
condições normais e outras que aparecem so em condições patológicas.

8
Material elaborado pela aula Francine Souza

Célula de descamação mas quando começa a aumentar e vem acompanha de leucócitos e


hemácias eu tenho uma uretrite nesse paciente e se for uma fêmea pode ser ate uma vaginite
dependendo da maneira que a urina foi colhida, então a presença com outras estruturas me ajuda
a dar diagnostico do que o paciente tem. Célula da bexiga normalmente vem agrupada, ate 10 por
campo é normal, mas quando começa a aumentar e vem acompanha de leucócitos e hemácia
começa a sugerir um processo inflamatório ou infeccioso em meu paciente. As hemácias podem
aparecer de formas diferentes porém não é necessário diferenciar, o importante é diferenciar
hemácia de leucócito. Dependendo do método que a gente usar pode aumentar a quantidade de
hemácias sendo a cistocentese considerado o mais provável de ter hemácias seguido de
cateterismo que pode ser um sangramento por cauda da passagem do cateter da sonda, na
cistocentese é considerado como normal de 5 ate 8 hemácias por campo, no cateterismo de 6 a 7
hemácias por campo, por micção natural 3 a 4. Mas vamos pegar apenas um número sendo 10 por
campo, ou seja, a partir de quantas hemácias por campo eu tenho que me preocupar com
hematúria, e não necessariamente estará avermelhada, para ficar vermelha precisa de MUITO. Se
tem menos que 10 por campo não tem significado clinico e provavelmente esta associado com o
método de colheita daquela urina. Por exemplo, numa cistite hemorrágica eu campo 30 a 35
hemácias por campo. Leucócito é maior que hemácia, mas é BEM menor que a cels epitelial renal,
e também é chamado de piocitos. Em termos de interpretação quando a urina é colhida por algum
método que é invasivo vem leucócito também, e o numero é mais do que 10 por campo, ou seja,
piuria só é significativa quando tem mais que isso. Nas condições de infecção e inflamação onde a
piuria tem importância aparecem mais que isso.
O cilindro remete a gente pra morfologia do nefron, pensando nos túbulos, quando penso na
presença de cilindros, que tenho que lembrar onde eles podem ter sido formados, ou seja, podem
ser formado a nível tubular. Temos os seguintes tipos:

9
Material elaborado pela aula Francine Souza

Hialino: formado a partir de uma mucoproteina produzido pelo epitélio tubular, que as cels dali
produzem essa mucorproteina como forma de produção e ai pode formar o cilindro. É normal
encontrar uma quantidade 1 a 3 por campos, em alguns campos. Se o meu paciente esta
desidratado ele urina menos, se ele urina menos, tem maior probabilidade de ter maior
mucoproteina no cilindro, quando ele urina, vai formada uma quantidade maior de cilindros
desidratados, se apareceu maior quantidade e so ele, o paciente tem diminuição de filtração
glomerular. Mas também pode significar o inicio de uma lesão tubular, porque como esse muco é
produzido como um mecanismo de defesa, na fase bem aguda da inflamação pode ter aumento da
produção dele e assim começa a aparecer um pouco mais de cilindro hialino, mas não da pra
confirmar lesão so pra ficar bem atento.

Os demais tipos de cilindros vem simplesmente das estruturas que vão se agregar a esse muco,
como hemácias, leucócitos e proteínas.

Cilindro hemorrágico ou hemático: ta liberando hemácia, e para estar acontecendo isso esta tendo
hemorragia no rim do meu paciente, e no nível tubular.

Célula epitelial renal: tenho um processo degenerativo descamativo que esta liberando essas
células epiteliais renais.

Leucócitos: esta associado a processo inflamatório a nível tubular.


Nas lesões agudas acabou de ser formado e eu consigo identificar o que é que esta agregado
naquele cilindro, a medica que o processo vai ser tornando crônico, esses cilindros permanecem
dentro no tubo as cels vao sofrendo degeneração que o processo de degranulação e então eu vejo
grânulos la dentro, que eu não consigo identificar, se é um cilindro veio dos túbulos, só que eu se
eu não consigo identificar o que é, mas é resultante do tempo, to falando de um processo crônico,
então quando apare cilindros granulosos posso falar que o paciente tem uma lesão tubular
crônica, que pode estar ou não interferindo na densidade e ai eu já passo a falar de uma doença
tubular crônica. E se ficar muito crônica crônica passa a ser conhecido como cilindro ceroso.

10
Material elaborado pela aula Francine Souza

24h – 48h -> consigo ver as cels


+ de 48h-> granuloso/ lento e um pouco estável
+ 7 dias -> cilindro ceroso, que é a confirmação de uma lesão BEM crônica.

Posso ter cilindro de gordura ou posso ter cilindros maiores que os outros que é o LARGO que
pode ser qualquer tipo, só é mais largo, sendo assim, se formou nos túbulos coletores, lá no final
do nefron. So cilindro granuloso eu tenho processo crônico mais estável um pouco lento, se tem o
granuloso e o celular que eu identifico aquilo ta mais ativo, ou seja, a lesão continua acontecendo
numa velocidade que provavelmente vai comprometer a função renal.

Gordura também pode aparecer, e vem um ou outro glóbulo de gordura, pequeno, grande,
tamanhos diferentes.

Bactérias: são estruturas muito pequenas que so vemos no aumento de 400x, se estiver morta não
da pra identificar, eu não faço nada pra matar, então quando vou visualizar eu procuro estruturas
pequenas com movimento o tempo inteiro, tipo tomando choque. A quantidade depende do
método de coleta, e o método correto para fazer urocultura é cistocentese, classificamos com as
cruzes 1,2,3.

Fungos: pode aparecer eventualmente, geralmente vem de contaminação durante a coleta,


especialmente em animais de grande porte onde a urina é colhida por micção natural.

Muco: pode aparecer na urina de equino e felinos com mais facilidade, ate mesmo de canino
especialmente se vier cm densidade alta, porque a urina passou mais tempo na bexiga.

Parasitas: ovo/parasita que tem o ciclo na urina passando pelo parênquima renal, ou por
contaminação.

Espermatozoides: se tiver muito por campo, pode interferir na quantidade de proteína, tirando
isso, não tem muita importância pra gente.

Gordura: pode ser confundida com hemácia, mas tem tamanho irregular, ai da pra diferenciar, é
incomum, as urinas que aparecem um pouco mais, é felino que estão fazendo lipidose hepática,
entre cãos o schnauzer que faz muito metabolismo de gordura, então e quando o paciente tem
alguma doença que faz muito metabolismo, é bem raro.

Cristais: pode ser normalmente de cálcio ou de fosforo.


Cristais de cálcio aparecem em urina ed pH acido e é chamado de cristal de oxalato de cálcio que
é comum em carnívoros que tem urina com pH acido, então se eu não quero esses cristais eu
alcalinizo o pH dessa urina, para ele não se formar mais. Vem do metabolismo de minerais do
organismo, que forma um gel, que quando sai em maior quantidade e encontra um determinado
tipo de pH e se cristaliza, formando um cristal que posteriormente pode formar um urolito
(pedrinha), pode aparecer em urina que ficou mais de 24hrs na geladeira em pH alcalino.
Cristal de carbonato de cálcio comum em urina de equinos e não é problema para o equino.
Cristais fosfato triplo, so aparece com urina no pH acima de 7,5 ou 8, é mais delimitado
11
Material elaborado pela aula Francine Souza

Cristal de estruvita: feito a base de magnésio, fosfato e um pouco de cálcio, ele é mais irregular, é
de pH neutro a ligeiramente acido, responsável por obstrução em gato e cachorro.

BIOQUÍMICA

Agora vou colher o sangue do paciente para avaliar o rim, com relação ao sangue rim tem papel
de depuração e excreção, então posso medir esses metabólicos, posso entender que se o rim
diminui a função dele ou para de funcionar, esses metabólicos tendem a aumentar no sangue. O
rim também tem papel na manutenção do equilíbrio eletro hidrolitico, e na manutenção do
equilíbrio acido base. Dosando isso consigo determinar se o rim ta funcionando ou não. Quando eu
vou colher o sangue do meu paciente para avaliar se o rim esta funcionando ou não, quando vou
usar alguma droga que dependa da função renal para excretar, preciso avaliar se o rim tem a
capacidade de excreção mantida para ser excretada corretamente e não acumular e ficar
circulando por mais tempo que deveria.
Soro é obtido no sangue que coagulou, tubinho com a tampa vermelha.

UREIA: vamos medir a ureia que tem no sangue, o rim tem que pegar a ureia que ta no sangue que
é um metabólico que vem da digestão da proteína e ele tem que excretar esse metabólico, então
fisiologicamente de onde ela vem? Principalmente da digestão de prots do TGI, quando tenho
quebra de prots o meu objetivo que obter aa, mas sobre um metabólico toxico dessa quebra que é
a amônia, que é muito toxica, causa lesão, interfere com processos bioquímicos, ulceração de
mucosas, sintomatologia nervosas, então o organismo tem que transformar essa amônia em um
metabólico menos toxico que seja mais fácil de excreção. O fígado capta essa amônia e tranforma
ela num processo de transaminação em ureia, o que da pra concluir que se eu tenho uma dienta
com muita proteina eu vou ter mais amônia e consequentemente mais ureia, então ela não
aumenta so porque o rim diminuiu sua função, então se eu tenho uma dieta hiperproteica eu
tenho mais ureia. Então isso nos mostra que a dosagem de ureia é pouco especifica para avaliar o
rim, mas junto com outros fatores também é usada para avaliar. Um rim que filtra menos, tende a
aumentar mas não é especifico de disfunção renal, dieta hiperproteica, catabolismo mais ureia.
Mas ainda é um parâmetro para usar, porque é sensível porque aumenta com facilidade, tipo,
dosei, ta aumentando, tenho que fazer mais analises. De 30-45% da ureia filtrada sai na urina.

CREATININA: creatinina vem da creatina muscular, que quando tenho atividade muscular, ou lesão
muscular, essa creatina é liberada para o sangue na forma de creatinina que vem para o sangue, e
quando esse sg chega a nível renal, 99% dessa creatinina filtrada sai na urina, e isso indica que ela
não é reabsorvida a nível tubular. Quando tenho uma lesão muscular, a creatinina pode aumentar
no sangue em ate 60% do valor normal, sendo o 100% o valor de normalidade de creatinina no
sangue gira em torno de 0,5 a 1,5g decigrama por decilitro. Então as lesões musculares não
alteram tanto assim a ponto de atrapalhar a função glomerular sendo de boa especificidade para
avaliar isso, e para avaliar função renal então é mais especifico, então vou mais para o lado da
creatinina. (usa os dois porque ureia é mais sensível e creatinina é mais especifica). Se ela vem de
massa muscular, se meu paciente esta caquético a creatinina no sg tende a subir pouco, e o pouco
que ela sobe, já é problema. Para avaliar a creatinina do sg tem que levar em conta a massa
muscular, então exemplo, 2 cães um magro doente e outro atleta forte com muita massa, eles não
terão valor de normalidade normal, então o que tem mais massa muscular tem um valor maior de
12
Material elaborado pela aula Francine Souza

normalidade, se eles tiverem a mesma doença, com mesmo comprometimento de função


glomerular, então se eu coli o sangue e os dois deu 4, o mais magro tem a doença pior, porque ele
tem menos massa muscular e a creatinina dele subiu igual o do que tinha mais massa muscular.
UREIA + CREATININA = AZOTEMIA

Outras dosagens devem ser feitas no sg do paciente devem ser feitas no sg do paciente para
entender o que esta acontecendo com ele. Então devo dosar eletrólitos do meu paciente, o
primeiro que tenho que avaliar é o potássio, que entra via dieta, é digerido no TGI, e absorvido no
intestino e sua regulação é maior via urinaria, mas diarreia ainda é uma das principais causa de
diminuição de potássio na circulação. Nas condições de doença renal o rim começa a reter mais
potássio que ele deveria, mas na crônica, ele perde a capacidade de excretar e começa a reter
esse potássio, e o paciente acaba desenvolvendo uma condição de hipercalemia, então um
paciente com azotemia o normal é encontrar potássio aumentado. Um outro eletrólito que
trabalhamos é o sódio, um paciente com doença renal aguda não interfere tanto, porque ainda ta
concentrando a urina e retendo sódio. O rim elimina ou retém sódio para reter ou eliminar agua.
Quando eu tenho uma doença renal crônica o rim perde a capacidade de reter sódio, fazendo
hiponatremia que acaba resultado em edema, síndrome nefrotica, porque com menos sódio no sg
eu tenho variação de p. oncótica de uma forma que perde agua para o meio extracelular fazendo
que aumente. E perde sódio na urina, então a agua ta indo embora logo a densidade diminui
porque a urina esta menos concentrada.
No caso do equilíbrio acido base, na doença renal crônica o rim perde a capacidade de reter
bicarbonato e perde bicarbonato na urina, ta indo embora, o que fica no paciente mais ions de
hidrogênio e menos bicarbonato e ele desenvolve um quadro de acidose por doença renal.
Cálcio, na doença renal aguda pouco modifica, já na crônica a maioria faz hipocalcemia porque o
rim perde a capacidade de reter cálcio. Cães e equinos, são diferentes, o equino com ração seca e
estabulamento pode fazer hipercalcemia e o cão também pode tanto aumentar como diminuiu, se
abaixou ou aumentou e quanto fez isso.
Fosforo: é eliminado na forma de fosfato, e só aumenta no doente renal (hiperfosfatemia) quando
a doença renal comprometer mais de 75% da função e for bilateral

AULA 4 27/10/2017

INTERPRETAÇÃO E TERMINOLOGIA

Os exames laboratoriais vão nos ajudar a mostrar o diagnostico de alterações das vias urinarias,
sendo assim, uma vez que o meu paciente tem alteração no exame de urina ou na bioquímica
sérica eu começo falando que ele tem uma doença renal. Então se ele modificou, presença de cels
epitelial renal, cilindro, mudança de ureia, creatinina, falo que meu paciente tem alguma doença
renal, que pode ter lesão tubular, glomerular, intersticial, e também posso ter uma associação
uma doença renal com lesão glomérulo tubular, como por exemplo um glomérulo doente deixa
passar a albumina e a medida que essa albumina faz parte do ultra filtrado, o túbulo tenta
reabsorver e não conseguindo reabsorver ele começa a ser lesado, e além de ter no meu paciente
a proteinuria como lesão glomerular, tenho também alteração na densidade e formação de
cilindro, então tenho indicativos para falar de doença renal glomérulo tubular. Então por enquanto
estou falando do meu paciente que tem doença, ainda não falei de insf, eu posso ter uma doença
13
Material elaborado pela aula Francine Souza

sem necessariamente ter uma insf, e hoje os termos agudo e crônico estão relacionados a doença
renal e não a insf, então eu falo, doença renal aguda com/sem insf ou doença renal crônica
com/sem insf. Para eu falar que o rim tem insf eu preciso determinar a quantidade dessa insf, e
parte dos exames laboratoriais que trabalhamos infelizmente so vão começar a ser alterados
quando o grau de insf for irreversível ou apresentar uma descompensação maior. Como por ex a
azotemia que so começa a aparecer quando o rim já esta beirando os 75% sem funcionar, então é
muito tardio os marcadores. Um dos primeiros sinalizadores que o rim não esta suficiente no seu
papel é quando ele deixar passar pelo glomérulo proteína. Por isso ficamos determinandos relação
proteína creatinina, microalbuminuria para não descobrir so quando ele esta azotemico ou
hiperfosfatemico. Então a primeira coisa que aparece é uma lesão glomerular que faz com que
meu paciente começa a perder pela urina proteína, essa proteína que começa a sair na urina que
no caso é a albumina esta vindo no sangue, então uma vez que ela vez do sg, dqui a pouco
dependendo da variação do grau da doença do meu paciente, então o valor de albumina sg
começa a diminuir a quantidade também então além dele agravar/aumentar a perda de proteína
na urina essa prot começa a fazer falta no sangue no meu paciente, então além da albuminuria ele
terá hipoalbuminemia, e isso faz com que meu paciente apresente alterações de osmolaridade
plasmática, variação de pressão oncótica, e começa a ter as descomepesações dessa situação.
Então como já falei, quando a albumina passa pelo glomérulo o túbulo começa a tentar reabsorve-
la e numa lesão glomerular eu começo a ter lesão tubular, então quando ele passa dos 65/66% de
insf renal, ele já não começa também a não conseguir concentrar a urina do meu paciente (
densidade normal do bov,cão e equino é 1025 e do gato é mais alta 1040/1045). E esse quando vai
lentamente progredindo ate que o rim perde a capacidade de escretar ureia e creatinina e junto
com a albiminuria mais a perda da capacidade de concentrar a urina ele começa a aumentar ureia
e creatinina. Quando chega nos 75% além dele ter albumina na urina, densidade baixa, aumento
de ureia e creatinina o rim passa a ter hiperfosfatemia ou seja, o rim passa a perder a capacidade
de excretar o fosfaro, e esse fosforo aumentado no sg do meu paciente sinaliza que já beirou os
75% e que já envolve os dois rins do paciente e ai o quando continua evoluindo, quando chega a
85% de lesão tem todas as alterações acima e a albumina do sangue continua diminuindo
significativamente e então ele entra num quadro chamado síndrome nefrotica que é albuminuria +
hipoalbuminemia e ele começa a fazer edema. Cães e gatos fazem ascite e grandes animais fazem
mais edemas periféricos. E ele vai diminuindo a quantidade de eritropoietina que é mais
perceptível no cão porque é a espécie que tem a produção exclusiva no rim, e além de ser
azotemico, ascite, hiperfosfatemico ele começa a ser anêmico ( anemia normocitica normocrômica
pouco regenerativa no começo ate que ele passa dos 80% que ai já não é diminuição de produção
é impedimento, ai parou, arregenerativa sem importar a espécie). Além disso nesses 80% ele
começa a não conseguir fixar a vit d que esta relacionada com o cálcio, que passa a ser
hipocalcemico que começa a pegar cálcio do osso, então passa a ter lesões ósseas. É um paciente
grave com quadro irreversível, grave, desidratado que urina muito e se eu fizer fluido ele vai fazer
edema pulmonar e vai agravar outros parâmetros podendo vir a óbito. Os exames já determinam
o prognostico desfavorável.
RESUMINDO O TEXTÃO ACIMA:

Insuficiência Renal: Incapacidade total ou pacial; perde de 2/3 a 3/4 ; função do nefron associado
com a manifestação de isnf renal.

14
Material elaborado pela aula Francine Souza

LESÃO DO NEFRON PERDA DE FUNÇÃO

VARIAVEL AUMENTO DA PERMEABILIDADE GLOMERULAR


AS PROTEINAS (LESÃO GLOMERULAR)

 OU = a 66% IMPEDIMENTO DA CONCENTRAÇÃO TUBULAR


OU DILUIÇÃO DO FILTRADO GLOMERULAR

 OU = a 75% AZOOTEMIA E HIPERFOSTATEMIA DEVIDO AO


IMPEDIMENTO DE FILTRAÇÃO

 75% IMPEDIMENTO DA SINTESE DE ERITROPOIESE E


VITAMINA D. SINAIS SISTEMICOS DE UREMIA

AZOTEMIA: esta relacionado com aumento de ureia e creatinina, e vimos so o aumento de ureia
não é suficiente para falar em doença renal, porque dieta interfere, sendo assim a ureia é de baixa
especificidade para doença renal, mas é de boa sensibilidade porque quando sobe, sobe bastante.
Já a creatinina é mais especifica para doença renal, porém é pouco sensível porque tende a não
subir tanto quando a ureia. E essa azotemia pode ser pela doença renal do meu paciente, pode ser
pre renal, por uma desidratação por exemplo, que vai fazer com que o rim receba um volume
menor de sg que esta hemoconcetrado e diminui a perfusão o rim filtra menos porque ta
desidratado e a ureia e creatinina vão aumentar (qualquer situação antes do ruim que diminua a
perfusão: desidratação, dieta, ICC, processos anestésicos que levam a hipotensão); e posso ter
causas pos renais como por exemplo, obstrução de ureter e uretra que impede que a urina seja
elimina, volte, se acumule na pelve, comprime a cortical renal e diminui a filtração glomerular,
ruptura de bexiga e ureter, e ai a creatinina e ureia que deveria sair, cai dentro da cavidade
abdominal e é reabsorvida voltando para a circulação. Pode ter os três juntos e é importante
determinar se é renal, pre renal, pos renal, porque o tratamento delas é diferente.

UREMIA: é o termo que usamos para falar do quadro clinico resultante da azotemia. Porque
quando começa a aumentar ureia no meu paciente, que é produzida pelo fígado através da
amônia, quando começa a aumentar ureia o mecanismo de contra regulação do fígado é parar de
transformar amônia em ureia, tendo elevação dela na circulação que é muito bo, porque a amônia
aumenta permeabilidade da barreira hematocefalica; lesão de mucosa; sangramento; interfere
nos processos de hemostasia levando a sangramento, problemas de circulação, levam a meu
paciente a ter prostração, bruxismo, coma e convulsões como sintomas neurológicos, mas dosas a
amônia é muito complicado.

15
Material elaborado pela aula Francine Souza

SINTOMAS GASTROINTESTINAIS: vômitos, ulceras pela ação da amônia, diminuição de apetite e


respiração uremica. É incomum que o paciente azotemico não tenho a sialorreia, perda de apetite,
prostração por conta da toxicidade desses metabólicos acumulando no sangue dele.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE FUNÇÃO HEPATICA

Para trabalhar com a parte de fígado estou trabalhando a avaliação laboratorial do TGI do
paciente, se o fígado é um acessório do TGI as doenças hepáticas se manifestam com doenças no
TGI, seja vomito, diarreia.

FUNÇÃO DO FÍGADO: metabolismo de carboidrato, síntese de proteínas, metabolismo de lipídeos,


metabolismo de vitaminas, defesa (SFM), metabolismo de hormônios, detoxificação e excreção,
hematopoiese, hemostasia, digestão, formação e eliminação da bile. Importante nos processos pré
e pos digestório e infelizmente tem uma capacidade de regeneração muito grande, porque vai
enrolando a doença hepática mantendo ela assintomática porque quando consigo dar o
diagnostico já é tarde mais (acontecem na necropsia) e os sintomas de alterações hepáticas são
inespecíficos, esteatorreia tem que pensar no pâncreas também porque o suco pancreático pega
as moléculas grandes de gordura em moléculas menores para que os ac biliares hepáticos
terminem.

Alta capacidade dde regeneração 80% de compromentimento, ou seja, so começa a mostrar sinal
depois que perde isso ai.

O rim so vai concentrar a ureia que o fígado produzir, por isso tem que ficar de olho em exames
que estão normais, porque não deveria estar normal, tem alguma coisa de errada.

Quando vou falar de avaliação laboratorial tenho que levar em conta histórico, exame clinico para
pensar em qual exame a laboratorial que vou fazer. Clinica + histórico = exames.

Diagnostico de necropsia: letargia, inapetência, anemia, sintomas neurológicos, mudanças de


comportamento, sintomas gastrointestinal, poliúria, polidpsia, ptialismo (gato), icterícia, ascite.

Exames: diagnostico e prognostico, origem primaria e/ou secundaria, diferenciar icterícias,


anemias desconhecidas porque o fígado produz pro eritropoetina, regeneração, riscos anestésicos
drogas que vão ser sintetizadas no fígado, intoxicações e migração parasitaria.

ENZIMOLIGIA

Para eu trabalhar figado tenho que saber de enzimologia porque boa parte dos exames que vou
fazer é dosar enzimas no soro (sangue que coagulou) ou no plasma.

Localização

16
Material elaborado pela aula Francine Souza

Na célula eu tenho enzimas que vou dosar no sangue e estão localizadas no citoplasma, então o
que preciso entender que se ela esta no citoplasma o que vai fazer que ela saia de dentro da célula
e venha para o sangue e eu consiga dosar ela em maior quantidade, ou seja, pra ela vir pro sangue,
e se estiver no citoplasma basta que a permeabilidade dessa célula aumente, e quando eu falo de
aumento de permeabilidade estou falando de inflamação como por exemplo, uma hepatite, que é
inflamação dos hepatócitos. Esse aumento de permeabilidade faz com que a enzima vaze do
citoplasma para o sangue, e esse vazamento por meio de inflamação é lento e progressivo. No
caso de necrose celular o aumento da enzima é rápido, abrupto repentino na circulação. Tenho
enzimas localizadas em mitocôndrias que são organelas citoplasmática, que não vaza na
inflamação, e a enzima nela também não, para que a organela perca a enzima de dentro dela a
celula tem que fazer necrose, então normalmente eu comparo uma enzima que esta no citoplasma
com a enzima que esta na organela para falar se a celula tem so inflamação ou se ela tem necrose,
não que as duas coisas não possam estar associadas. Quando a enzima ta dentro de lisossomas
qualquer coisa que estimule fagocitose (aumento de produção de lisossomas) essa enzima vira
para a circulação, então falou de organela, se a enzima esta localizada nele eu preciso de nerose
hepato celular. Quando eu tenho enzima de membrana duas situações vão fazer com que a enzina
que esta localizada na membrana aumente na circulação, essa membrana quando estiver
inflamada e irritada ela se defende aumentando a produção daquela enzima que esta ali garantido
a estabilidade daquela membrana (mecanismo de indução de produção) então tenho enzimas que
aumentam no sangue so pelo estimulo daquela membrana, então por exemplo tenho o canalículo
biliar, quando tenho estase biliar a bile parada no canalículo, tem enzimas digestivas que começam
a digerir a membrana do hepatócito e começa a produzir mais enzimas, ou posso aumentar a
quantidade das enzimas quando a membrana se rompe ou destrói.

A ½ vida da enzimas me fala se ela vai ficar mais ou menos tempo circulante, é a duração que ela
vai ficar no organismo depois que ela saiu da cels.

Para avaliação do figado vamos usar 4 enzimas:

ALT: alanina aminotransferase – marcadora de lesão hepato celular que pode ser aumento de
permeabilidade por inflamação ou necrose celular.

AST: aspartato aminotransferase - marcadora de lesão hepato celular

FA: fosfatase alcalina – estase biliar

GGT: gama glutaniltransferase – estase biliar

No citoplasma eu tenho ALT, menos AST e quase nada de FA e GGT então se eu estou avaliando o
fígado do meu paciente dosando essas quatro enzimas a única que aumentou foi a ALT, o
problema dele é inflamação (aumento de permeabilidade) porque só a que tem maior
concentração no citoplasma que alterou. Quando vou pra mitocôndria tem mais GGT, então se
aumentou só ela não é aumento de permeabilidade e outro problema. Então dependendo da
avaliação eu já consigo direcionar o meu diagnostico.

17
Material elaborado pela aula Francine Souza

ENZIMAS HEPATOCELULARES

ALANINA AMINOTRANSFERASE (ALT)

Participa dos processos de gliconeogenese, de síntese de proteica e do processo processo de


transformação de compostos hidrogenados, principalmente de amônia em ureia. O paciente que
esta enzima no sangue fique constantemente baixa, esse processo tem alguém tipo de
comprometimento. Por isso tem que ter muito cuidado com os valores dela sempre baixo com
pacientes com sintomatologia clinica pois esta indicando muito uma insf hepática , para ela ta
normal ou baixa meu paciente não tem que ter sintoma, se ele tem sintoma a diminuição de seus
valores é insf hepática. É uma enzima que o hepáticos do cão e gato é rico dela. Se é uma enzima
citoplasmática aumento de permeabilidade e necrose aumentam sua quantidade no sg, então para
o cão e gato como marcadora de lesão hepato celular ela é sensível, porque quando ela for
aumentar, vai aumentar MUITO. Eu tenho ALT nos rins, leucócitos, cels musculares, quando tenho
além do figado em outros tecidos esta perdendo especificidade, só que no cão e no gato tem
grande quantidade dela, nos outros tecidos tem MUITO PEQUENA QUANTIDADE, então assim ela
esta ganhando especificidade. Ela é especifica no fígado de pequenos animais. Em ruminantes
tenho em pequena quantidade ela perde sensibilidade e por ter ela em pouca quantidade em
outros órgãos também ela perde especificidade, então não usa para ruminantes. Deve ser pedida
para avaliar necrose ou leão hepática para pequenos animas. Meia vida no cão 2 dias e meio e no
gato ate 5 dias. Se tem uma meia vida longa a tendência é que va voltando a normalidade
lentamente a medida que vou resolvendo problema.

 O citoplasma do hepatócito do cão e gato é rico


 Exclusivamente hepática nos pequenos animais
 ½ cão: 2,5 dias no gato 5 dias
 Aumento rápido na alteração de permeabilidade celular porque o citoplasma é rico
 Depende do numero de cels envolvidas, se tem uma cels envolvida, vai aumentar x, se tem
1000, vai aumentar proporcionalmente o numero de células.
 Necrose: elevação imediata
 Obstrução de canalículos biliares: menor e gradual, porque tem distenção do canalículo
mais a bile irritando a cels, inflamação lente e progressiva, ela vem aumentando devagar e
de maneira progressiva.
 Medicamentos: depende da dose, dose dependente e espécie dependente (glicocorticoides
e anticonvulsivantes), logo tem sensibilidade e especificidade diferentes no cão e gato, se
uso medicamento que faz ela aumentar perde sensibilidade e especificidade.
 Ruminantes: pequenas quantidades, não utilizamos

ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST)

Tenho ela em maior quantidade no musculo do que no fígado. Sendo assim ela é mais marcadora
de lesão muscular por isso tem baixa especificidade. Mas usamos como um dos marcadores de
leão hepato celular. Pequenos animais tem na mitocôndria além do citoplasma e tem POUCO, logo
é pouco sensível e pouco especifica, sendo a ALT melhor para avaliação. Em bovinos e equinos
tenho ela em grande quantidade no citoplasma e na mitocôndria (precisa de necrose) sendo mais
sensível para eles mas como ainda tem grande quantidade no musculo ela é menos especifica.
18
Material elaborado pela aula Francine Souza

 Em grandes animais é o teste de escolha porque é sensível (AST)


 ½ vida em equinos 50h, gato 2h, cães 5 a 12h
 Tem ela nos rins, cérebro, hemácia e coração
 Retorno rápido ao normal AVALIAR RESOLUÇÕES, se a AST estiver diminuindo rápido
primeiro isso é bom prognostico significa regeneração do fígado e a ALT tem que diminuir
mais devagar, se diminuir as duas rápido é desfavorável.
 Depende do numero de cels envolvidas
 Necrose: ELEVA
 Drogas: discreto ( ate 5x o valor de normalidade mais alto) ou ausente, cão bovino e equino
aumento discreto e no gato não tem (glicocorticoides e anticonvulsivantes)
 Participa dos processos e de síntese proteica e transformação de amônia e ureia o que ela
não participa diferente da ALT na gliconeogese.

Testes de escolha

Como tem ela em grande quantidade em outro órgão que aqui nesse caso é o musculo, eu preciso
procurar outra enzima que seja ou especifica do fígado ou especifica do musculo para fazer o
diferencial. No caso, usamos a CREATINO FOSFOQUINASE (CPK) que é especifica do musculo,
então meço a AST e a CPK e ai sei se é hepática ou muscular:

CPK aumenta; AST aumenta; ALT aumenta = muscular e figado

CPK diminui; AST aumenta; ALT aumenta = hepático

CPK aumenta; AST aumenta; ALT não aumenta = muscular

ALT e AST peculiaridades

 Aumento de ALT e AST lesão hepática severa e defesa (pior c icterícia)


 Gradual diminuição (dias) nos valores: AST + rápida (1/2 vida mais curta)
 Moderados aumentos de AST e ALT – icterícia com lesão aguda (tem que aumentar rápido)
com diminuição rápida (mal prognostico) (horas) lesão hepática severa
 Doenças hepáticas crônicas (cirrose) ALT e AST normais ou pouco aumentada

19
Material elaborado pela aula Francine Souza

AULA 5 03/11/2017

ENZIMAS HEPATOCELULARES

SORBITOL DESIDROGENASE (SDH)

É uma enzima hepato especifica das outras espécies, memso que tenha em outros tecidos a
quantidade é muito pequena e quando aumenta no sangue já pensamos no figado, além da
questão da estabilidade, o soro pode ficar guardado muito tempo na geladeira, essa emzima
mantem o mesmo valor daqui três a quatro semanas. Então para grandes animais, para trabalhar
junto com a AST a SDH é uma possibilidade porque se subir as duas, tem uma lesão celular mais
especifica do fígado do que muscular. Aumento imediato porem menor nas lesões toxicas, porque
nelas normalmente eu tenho mais aumento de permeabilidade que necrose, e diferente das
outras enzimas ela gasta um tempo menor para aumentar.

LACTATO DESIDROGENASE (LDH)

Não tem muita vantagem sobre a AST, mas é uma enzima que vem ganhado mais força para
avaliação de fígados de algum pacientes. Ela não tem vantagem sobre a AST porque tenho dela
mais no musculo que no hepatócito, mas como é de baixo custo vem substituído da AST, por conta
do pico de elevação mais rápido, certa de2 dias, então me da um diagnostico um pouco mais
precoce. E um dos grandes problemas que encontramos quando avaliamos nessas enzimas, é na
toxemia, exemplo, animal envenenado não vai chegar com as enzimas elevadas, não justifica fazer
exame agora, a única coisa que justifica é pra ver se tinha lesão antes da intoxicação (prognostico
desfavorável) ou se quando repercutir vai causar alguma lesão.

ARGINASE

Mais utilizada em equinos, hepatoespecifica, usada para avaliar prognostico porque é uma enzima
que volta mais lentamente a normalidade, de maneira gradual sem picos exagerados de elevação
ou diminuição abrupta, então a medida que venho tratando meu paciente e ela vem elevando
devagar isso é de bom prognostico para o meu paciente.

GLUTAMATO DESIGROGENASE (GLDH)

É muito pouco utilizada porque tem uma ½ muito curtinha, ou seja, tem uma lesão 1 ou 2 dias
depois ela já sumiu da circulação, ou as vezes ate no mesmo dia. Tecido hepático de todos os
animais. Lesões extensas e agudas. Grau de necrose quando ela sobe muito, nunca da um
prognostico. Hepatocelular em cabras, ovelhas e bovinos. Eliminação plasmática rápida sendo
pouco utilizada
20
Material elaborado pela aula Francine Souza

ORNITIL CARBONILTRANSFERASE (OCT)

É uma enzima que participa do processo de gliconeogense, um pouquinho de síntese proteica, mas
sua dosagem é muito cara e não me da ganho nenhum quando comparada com as outras.

ENZIMAS COLÉSTATICAS (avaliação da estase biliar)

É uma enzima de membrana, então quando eu penso no hepático esta na membrana celular do
hepatócito. Então quando a bile fica parada nos canalículos biliares então ela fica em volta da
membrana do hepatócito, na bile existe enzimas que vão quebrar a ligação da enzima com a
membrana fazendo com que ela seja liberada na corrente sg, por isso falo que ela aumenta
quando tenho colestase biliar.

FOSFATASE ALCALINA (FA ou ALP)

Não tem um papel muito bem determinado no metabolismo intermediário (produção de energia)
então pra que existe no fígado? Não determinada. Mas pra gente é se aumenta na circulação
dependendo da espécie a primeira suspeita que vem na cabeça é que meu paciente tem colestase.
Só que ela tem pelo menos 5 isoenzimas (enzimas imunologicamente iguais a ela) fazendo com
que perca especificidade. Para grandes animais especialmente equinos não é recomendada para
avaliar colestase, porque a diferença entre o menor valor e o maior valor é muito amplo, com seu
paciente tendo colestase e ela se mantendo em normalidade, e assim não consigo dar o
diagnostico, logo não é recomenda para os grandes animais. Mesmo dentro dos pequenos animais
onde é mais utilizada ela deixa a desejar, um dos tecidos que mais interfere na fosfatase hepática,
é o osso, a fosfatase alcalina óssea, so que a que vem do osso aumenta principalmente nos
animais que tem atividade osteoblastica, ou seja, crescimento, então se eu tenho uma espécie que
esta em fase de crescimento, especialmente em raça gigantes que tem uma atividade de síntese
óssea maior, 1 ano 1,5 de idade, ela tem um aumento desse valor de normalidade. E em cães a
fosfatase induzida por corticosteroides atrapalha MUITO, chega no figado ai aumenta a fostase
para fazer a metabolização desse cortisol, no hiperadrenocorticismo esse aumento pode ser de ate
1000x o valor de normalidade. No gato isso não é muito bem determinado, pode ser que aumente,
mas esse aumento é discreto. A fosfase alcalina óssea é tão alterada no sangue que serve como
diagnostico diferencial entre osteosarcoma e osteomielite, porque não tenho tanto
remodelamento na osteomielite quanto tenho no osteosarcoma, então se eu tenho um paciente
com aumento de volume ósseo, dor, imagem radiografa sugestiva de osteosarcoma eu doso a
fosfatase alcalina dele para dizer qual dos dois que é. Só que outos tumores calcificantes (tumor de
mama em cadela) também aumenta a fosfatase alcalina, outras izoenzimas que atrapalha uma
delas é a placentária, so que não acontece com todo mundo, femea gestade 1/3 final da gestação,
so que tem ½ plasmática rápida quando pare diminui. Intestinal sai nas fezes, renal sai na urina.
Tenho que preocupar com osso, animais em fase de crescimento ou remodelamento ósseo.

 Enzima de membrana com varias isoenzimas: ossos, intestino, rins, plancentas e leucoticos
 Colestase: aumento rápido
 Cães e gatos: aumento da hepática, óssea ou coriticoesteroides e anticonvulsivantes

21
Material elaborado pela aula Francine Souza

 Bastante sensível no cão ( se aumentou um pouco nem é sinal de alerta), pouco especifica:
½ 3 dias
 Gatos pouco sensível (tem pouco dela) mas é muito especifica ( o pouco que aumentar já é
sinal de alerta) a óssea aqui não atrapalha tanto porque gato não cresce muito. ½ 6h sem
indução por corticoesteroides, então aqui quando aumenta eu já começo a pensar em
colestase.
 Filhotes tem atividade osteoblastica então pode ter aumento
 Grandes animais: sem significado clinico

GAMA GLUTAMILTRANSFERASE (GGT)

A enzina da quinta feira, é uma enzima envolvida nos processos de destoxificação de


medicamentos e compostos tóxicos, se estiver muito baixa a capacidade do fígado resistir a
intoxicação é pequena. Avalio monitorando a capacidade do figado de resitir a medicamentos ou
não, uma vez que o figado é estimulado por medicamentos que são hepatotoxicos ou
metabolizados no figado, vai haver um mecanismo de resposta que o para o aumento de GGT,
então é uma enzima que seu aumento é bom quando estou medicamento, o ruim é quando o
medicamento é metabolizado ou biotransformado ou excretado pelo fígado a GGT não aumenta,
nesse caso o poder de hepatotoxicidade do fígado esta aumentando porque ela não aumenta. O
fígado tem pouca GGT, então se ela subiu pouco e eu não to usando medicamento então já penso
em estase biliar. Posso medir GGT na urina para avaliar função do rim.

 Membrana de hepatócitos, canalículos biliares, rins e pâncreas


 Lesões hepatobiliares ou indução por anticonvulsivante e corticoides
 Cães: anticonvulsivante não parecem aumentar a GGT
 Não sofrem influencia de osteoblastos ganhando especificadade quando comparada com a
fosfatase alcalina, então se vou avaliar um animal com suspeita de colestase ele esta em
fase de crescimento, qual enzima eu uso? A GGT porque ela não sofre influencia dos
osteoblastos
 Alta especificade e baixa sensibilidade
 Mais sensível nos gatos ou seja seu fígado tem mais
 Grandes animais: bem sensível
 Aumenta rapidamente em afecções hepatobiliares com colestase
 EPITELIO MAMARIO, RENAL, DUCTOS BILIARES E INTESTINO
 Equinos: melhor que a fosfatase alcalina para indicar colestase
 Túbulos renais atividade da GGT relativamente alta
 Rins: lesão tubular aumenta na URINA, ( NÃO EXSITE COLESTASE RENAL, EXISTE É LESÃO
TUBULAR) não no sangue
 Colostro/leite alta atividade; amamentação elevada atividade sérica de GGT

O que consideramos aumento discreto, moderado e significativo? Bom, na questão das enzimas é
relativo porque depende da sensibilidade, mais existe um ponte de corte, que fala:

Menor que 5x (discreto), entre 5x e 10x (moderado), maior que 10x (significativo) do maior valor
de normalidade mais alto. Serve pra quase todas, mais pras que tem sensibilidade aumentada.
22
Material elaborado pela aula Francine Souza

TESTES DE CAPACITAÇÃO, CONJUGAÇÃO E EXCREÇÃO

Agora vamos trabalhar com uma função do figado que é pegar o sangue que esta modificado
(coloração) e limpar esse sangue. Avaliação da capacidade de claremamento portal, então o sg
chega no figado via veia porta do organismo todo ou do intestino e o figado tem que ter a
capacidade de pegar esse sg e clarear

BIRIRRUBINA

Um dos exames que podemos fazer é dosagem de bb serica, e faço isso naqueles animais em que
tem aumento da quantidade de bb no sangue. O aumento de bb no sg o sinal clinico que ele tem é
icterícia. O aumento dessa bb pode ser porque: aumentou produção; o figado não consegie captar
e transformar; não consegue excretar a Bb para fora. Quando o meu paciente chega a ter esse
sinal de icteria ele tem um desses três problemas de cima. A Bb na maioria dos pacientes é abaixlo
de 0,5 mg/dl. Quando ela começa a aumentar no sangue eu não tenho esse quadro clinico de
imediato, ela começa a sair na urina, então o primeiro sinal que eu tenho que ela esta
aumentando no sangue é a bilirrubinuria. Então basta em valores 0,5 ou maior que isso eu já
começo a pensar em problema hepático. Então quando falamos de Bb na urina com exceção dos
cães em que valores de densidade acima de 1040 e presença de Bb de uma cruz não tem
importância nenhuma, porque o limiar de reabsorção tubular no cão é baixo e suas cels epitelias
tubulares tem ac glicuronico e conseguem conjugar, nas demais espécies se aparecer tenho que ir
no fígado e ver o que ta acontecendo. Quando o valor passa de 1 já esta saindo na urina, eu já
encontro no soro de maneira a modificar esse soro, começo a perceber que esta amarelado, antes
de 1 eu não percebo. Para o paciente chegar na condição de pele e mucosas pigmentando esse
valor de Bb no sangue esta acima de 2 a 3 mg/dl. Se não tem pigmentação no soro o valor esta
entre 0,5- 1,0 mg/dl; se tem pigmentação no soro mas não tem em pele e mucosa esta >1,0 mg/dl.
Se esta pigmentando mucosa e pele esta acima de 2-3 mg/dl.

Quando peço dosagem de Bb no laboratório ele manda três resultados: Bb direta, Bb indireta (
pode ser calculada) e Bb total. Preciso disso para determinar qual a causa desse aumento da Bb, e
sua dosagem é para diagnostico de icterícia. Eu tenho 3 tipos de icterícia: pré hepática, hepática e
pos hepática, sozinha o teste de Bb não ajuda em nada, preciso de urina e hemograma para
diagnosticar.

A Bb vem do catabolismo de Hb que esta dentro da hemácia, então vem da hemólise. Então tenho
uma produção diária de Bb. Assim que quebra la a fração EME da Hb a primeira Bb produzida é
chamada de Bb livre que não tem importância laboratorial nenhuma, pode ter patológica, ela é
lipofílica ou seja é extremamente toxica, e pra diminuir a toxicidade tenho que hidroxilizar essa Bb
e isso é feito pela albubina, que se liga nessa Bb livre transformando ela em uma molécula mais
hidrofílica, e agora ela sera mais facilmente transportada para o figado e ai ganha importanca
laboratorial porque quando ligada na albumina é chamada de Bb indireta ou Bb NÃO CONJUGADA
porque a função da albumina é se ligar nela, levar ela pro figado e la tem outra prot que recebe
essa Bb da albumina e manda ela pra dentro do hepático. Então função da albumina: hidrfilizar,
transportar ate o hepatócito essa Bb, que recebe ela, coloca pra dentro e na maioria das espécies
com exceção dos equinos o ac glicuronico do REG conjuga essa Bb esse processo é chamado de
captação. Uma vez captada tendo ac glicuronico ela sera conjudada e ai vai pras vias biliares e
23
Material elaborado pela aula Francine Souza

depois ela sai nas fezes, ai la as bac intestinais reduz essa Bb em urobilinogenio e depois em
estercobilina. Esse urobilinogenio pode ser reabsorvido que pode sair na urina e o seu valor na
fitinha é normal, porque tem uma quantidade sendo produzida normalmente.

Então tenho icterícia pré hepática também chamada de icterícia hemolítica, relacionada com
aumento de produção, tem a icterícia hepática que pode ser problema de captação, conjugação ou
excreção 75% das vezes é problema de excreção, e a pos hepática que é so de excreção. Tenho
uma Bb ligada a albumina e uma não ligada se as duas aumentam no sangue e não tem problema
no rim as duas NÃO saem na urina porque o rim normal não filtra albumina e se tem na urina é
conjugada porque a não conjugda esta ligada a albumina, agora se tem lesão glomerular e tem
albuminuria pode ser qualquer uma das duas.

Ictérica pré hepática: Meu paciente tem uma icterícia pre hepática, a Bb total estará aumentada,
mas qual estará mais aumentada? Enquanto o figado dele estiver funcionando ele vai captar o
máximo de Bb que puder e vai conjugar o máximo que conseguir, como ele esta fazendo hemólise,
a indireta/não conjugada vai aumentar, como ele esta produzindo muita Bb, essa via de excreção
não é suficiente pra jogar ela pra fora, o que significa que no sg a conjudada também vai
aumentar. Quanto? Depende da quantidade da hemólise e da capacidade do figado dele, mas tem
alguma coisa impedindo a Bb de chegar nas fezes, e as bac n tem condição de reduzir toda a Bb do
paciente logo as fezes saem mais alaranjadas. O urubilinogenio vai aumentar porque ta
transformando mais Bb que deveria transformar, e quando faço hemograma ele tem anemia.

Icterícia hepática: como 75% dos problemas aqui esta relacionado com excreção, então se meu
paciente esta ictérico a Bb total estará aumentada. O problema não é produção, então não
aumenta mais a indireta, aumenta mais a direta, se aumenta mais a direta, a bb ta indo toda pro
paciente então não tem estercobilina ou seja fezes acolicas. Não tem anemia e por enquanto não
tem doença renal, por isso consigo falar que a Bb que apareceu na urina é a conjugada. Nos 25% o
figado não capta logo não conjugada então a Bb que aumenta é a total e a indireta ou não
conjugada, mas não tem anemia então é problema de captação, mas vejamos, se o hepático não
consegue captar isso é de desfavorável prognostico, ALT e AST não sobem porque hepatócito não
faz nada ta ruizão. O figado não capta, não conjudaga então não tem bilirrubinuria se o rim estiver
normal ele não filtra a ligada a albumina, e também não tem estercobilina, fezes acolicas.

***** No equino esse processo de captação e conjugação o processo de captação e conjugação


não é via ac glicuronico, é via glicose então basta ele ficar hipoglicemico para ficar ictérico logo a
bb que aumenta é a direta e a não conjugada ou indireta, em 24hrs se ele alimentar essa ictericia
se resolve. Alem dele fazer isso quando tem hipoglicemia ele faz gliconeogese e quebra gordura
libera ac graxo e ocupa o receptor do hepático ai a partir de um certo momento ele nem capta
nem conjuga.

Ictérica pos hepática ou obstrutiva total: quando obstrui a via total, faz estase biliar, ALT e GGT
aumentam a Bb no sangue vai aumentar, sendo a Bb total e a conjugada (direta).

A Bb esta sendo jogada para circulação não estando ligada a albumina, porem basta 4 dias de
icterícia essa Bb se liga na albumina de maneira irreversível, levando o paciente permanecer
ictérico enquanto essa albumina viver (1/2 vida de uma a duas semanas fica ictérico) e pra isso o
24
Material elaborado pela aula Francine Souza

prop acha que não esta melhorando. E uma vez que se ligou a albumina vai sair na urina? Não, so
se tiver lesão glomerular.

*** Se a icterícia é pre hepática tem que ter hemoglobina na urina

RESUMINDO

NORMAL DOENÇA OBTRUÇÃO OBSTRUÇÃO


HEMOLITICA PARCIAL COMPLETA

Bb total Normal Eleva Eleva pouco Eleva bem

Bb conjugada Normal Eleva Eleva Eleva bem


(direta)

Bb não conjugada + ou – traços Eleva + ou – Eleva pouco Eleva bem


(indireta)

Bb urina + ou – ++ + ou – +++
DENSIDADE?

COR DAS FEZES Normal Alaranjada Normal Acolicas

 Pré hepática ou hemolítica: aumenta Bb total, conjugada, urobilinogenio e estercobilida


 Hepaticas: menos eliminação -> aumenta Bb total e Bb conjudaga; sem captação aumenta
Bb total e Bb não conjugada
 Pós hepática obstrutiva: aumenta Bb total, Bb conjugada e não conjugada. Sem
urobilinogenio e estercobilida.

ACIDOS BILIARES

Podem ser dosados, e ac biliares tem função de dar continuidade no processo de digestão de
gorduras, quem começa a digerir e o pâncreas. Então o ac biliares é produzido a partir do
colesterol, quando é produzido parte dele é jogada pra bile para digerir gordura no intestino, e eu
tenho a cada processo de digestão recirculação desses ac biliares então dentro das próximas 2hrs
pos prandial ele ainda esta circulando, por isso tem que fazer duas dosagens, uma em jejum e uma
depois que ele alimenta. O ac biliar tem que estar aumentando depois da alimentação, em jejum
tem que ser baixo. Ele nos ajuda a diagnosticar problemas de passagem de canalículos, porque se
obstruir ele não chega e vai pro sangue aumentando na circulação. O que não aumenta quando
deveria esta sendo produzido? NÃO!! Qual paciente tem problema com isso? O insf hepático
magro e caquético porque ele não tem colesterol pra fazer os ac biliares.

Patologia: aumento de ac biliares -> ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

Refluxo duodeno, estomago e esôfago: ulceras

25
Material elaborado pela aula Francine Souza

Lesão nos enterocitos e vilosidades: diarreia

Com colestase: inibe linfócitos (imunossupressão) e agregação plaquetaria

AMÔNIA

 Quebra de aa em dieta proteica


 Concentração aumenta -> alterações na circulação portal – shunt portessistemico intra e
extra hepáticos ou diminuição da massa hepática
 Exame pouco pratico

Hiperamoniemia: maior frequente em atrofia hepática por derivação venosa portocava; pode ser
prevista em qualquer figado afetado com acentuada redução da massa funcional; queda
concomitante do nitrogênio uréico sérico

PROTEINAS

 Hiperproteinemia: desidratação e imunoglobulinas, lactação


 Proteinas totais: albuminas + globulinas = eletroforese
 Hipoproteinemia: (hipoalbuminemia):
diminuição da produção -> má absorção intestinal, má digestão, subnutrição, doença
hepática crônica)
aumento da perda: doença renal com proteinuria crônica com lesão glomerular ->
síndrome nefrotica; lesão cutânea exudativa, hemorragia intensa, enteropatia com perda
de proteínas.
NÃO EXISTE HIPERALBUMINEMIA ABSOLUTA, so relativo, so pode ser DESIDRATAÇÃO,
porque o fígado so aumenta quando começa a diminuir, ele nunca produz pra aumentar.

COLESTERAL

 Produzido no fígado
 Utilizado para produzir ac biliares

GLICOSE

Só diminui quando o paciente tem 75% de perda de massa hepática

Hipoglicemia: diminui gliconeogenese e glicogênese.

FATORES DE COAGULAÇÃO

Sintetiza todos (13) exceto do fator VIII e cálcio IV

II, VII, IX e X são vitaminas K dependente que é ativada e NÃO sintetizada pelo fígado.
26

Você também pode gostar