Você está na página 1de 3

Disciplina de Patologia Clínica

Tema: Líquido Ruminal


Valor: 2,5pts

Nome: NAYRA DE OLIVEIRA CRUZEIRO

Orientações:
Opções de pesquisa:
1. Análise do Líquido Ruminal: Revisão de Literatura. Fonte: Simões et al.,
2008 - Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária ano VI n.11.

2. Importância da coleta e análise de Líquido Ruminal e Urina. Fonte:


Bouda et al., 2000. Uso de provas de campo e de laboratório clínico em
doenças metabólicas e ruminais dos bovinos. Porto Alegre UFRGS.

3. Livro de Semiologia Veterinária – Semiologia do Sistema Digestório de


Ruminantes – Exame do Líquido Rumenal – Autor: Feitosa (livro disponível na
biblioteca física e digital do UNIPAM).

Exame do líquido rumenal

Os exames laboratoriais do líquido rumenal são considerados fundamentais


para o diagnóstico diferencial e etiológico das principais afecções dos
reservatórios gástricos. As provas laboratoriais do líquido rumenal são, de
maneira geral, assim divididas: Avaliação física: cor, consistência, odor,
sedimentação e flutuação; Avaliação química: pH, redução do azul de metileno,
conteúdo de cloretos, fermentação da glicose e digestão da celulose Avaliação
microbiológica: protozoários (densidade, atividade e contagem global) e
bactérias (Gram e contagem global).

1. Quais as indicações e métodos de colheita do liquido ruminal? qual volume


necessário e tempo para análise?
Indicações: Para detectar transtornos ruminais e metabólicos, ajudando a
determinar o estado do ambiente do rumen.
Métodos de colheita: O método ideal de coleta é feito por meio da passagem
de uma sonda apropriada por via nasoesofágica ou oroesofágica. As sondas
devem ser lubrificadas com uma solução mineral (7 mℓ), devendo ser
suficientemente flexíveis e pesadas em sua extremidade superior, o que
possibilitará a obtenção de um grande volume de líquido. Recomenda-se
eliminar os primeiros 100 a 200 ml de líquido ruminal, para depois coletar a
amostra. Então faz a retirada do líquido ruminal, armazena para posterior
avaliação em garrafa térmica.
Volume: cerca de 500ml.
Tempo de análise: pode ser avaliada até 24 h após a coleta.

2. Quais as características de normalidade para os parâmetros: cor, odor,


consistência e pH? o que indica as alterações encontradas na avaliação
desses parâmetros? A contaminação com saliva durante a coleta irá provocar
qual alteração no pH?
Cor: cor depende até certo ponto do alimento ingerido pelo animal, será verde,
verde oliva ou castanho esverdeada. Quando o animal se alimenta de silagem
ou palha por exemplo a cor vai ser amarelo acastanhada.
Nos casos de estase ruminal prolongada é esverdeada e enegrecida, pois já
terá ocorrido putrefação. No caso de leitoso-cinza, acidose ruminal.
Odor: aromático e embora um tanto forte, não é repugnante.
Odor de mofo ou podre em geral indica putrefação de proteína e um cheiro
desagradável intenso, é indicio de formação excessiva de ácido láctico
decorrente de sobrecarga por carboidratos ou grãos. Quando inodoro indica
suco ruminal inativo.
Consistência: ligeiramente viscosa, com conteúdo aquoso sendo indício de
bactérias e protozoários inativos.
O excesso de espuma está associado a timpanismo espumoso, como no
timpanismo primário ou na indigestão vagal.
Ph: pH varia de acordo com o tipo de alimento e o intervalo temporal entre a
última refeição e a obtenção de uma amostra para verificação do pH. Toda via
o pH normal varia de 6,2 a 7,2.
Quando o pH é alto (8,0 a 10,0) está na vigência de putrefação de proteína ou
se a amostra estiver misturada com saliva. Já um pH baixo (4,0 a 5,0) é
encontrado após consumo de carboidrato. Em geral um pH abaixo de 5,0 indica
sobrecarga por grãos.

3. O que são as provas de sedimentação e flutuação e quais as informações


obtidas nesses exames?
Consistem em deixar em repouso uma amostra do conteúdo do líquido ruminal
e medir o tempo em que aparecem os eventos de sedimentação e flutuação.
Modificações no tempo de 4 a 8 min podem estar relacionadas à
anormalidades como ausência de flutuação na acidose, ou na indigestão
simples.

4. O que é a prova de determinação da atividade redutiva bacteriana (prova do


azul de metileno)? quais os resultados obtidos nessa avaliação?
Nessa prova mede-se o tempo transcorrido desde a adição do líquido dentro do
colorante até a degradação do mesmo dentro da amostra, até ficar igual com a
amostra testemunha.
Microflora normal (3 a 6 minutos), indigestão simples (mais de 8 minutos), e
acidose aguda (mais de 30 minutos) são os resultados obtidos.

5. O que é avaliado no exame microscópico do liquido ruminal? o que indica as


alterações encontradas no exame?
A densidade de população e a intensidade de movimento dos
microorganismos.
Desaparecimento dos protozoários grandes: processo brando
Desaparecimento dos protozoários grandes e médios: processo moderado
Desaparecimento dos protozoários grandes, médios e pequenos: processo
grave.

6. Quais as informações obtidas no exame de teor de cloretos? Qual a flora


bacteriana predominante em condições normais?
Pode ser determinada com a obtenção do sobrenadante de uma amostra do
líquido ruminal centrifugada, utilizando-se um dos vários kits comerciais que
dosam a concentração de cloretos no soro sanguíneo.
As populações microbianas mais importantes que habitam o rúmen são as
bactérias, os protozoários e as leveduras.
A flora normal será de 15 a 25 mmol/L.
Esse teste pode ser de muito valor no diagnóstico diferencial do refluxo
abomasal e da acidose láctica como causa do baixo valor de pH e do acúmulo
anormal de líquido no compartimento ruminal.

Você também pode gostar