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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE TÉCNOLOGIA - FT

TÉCNOLOGIA AMBIENTAL – NOTURNO

Detecção de Bactérias Heterotróficas e de


Coliformes Totais e Fecais

PÉRICLES SIRIANO RA 120029

TAMIRES MACEDO RA 120173

LIGIA PANSAN RA 121110

SIMONE DOS SANTOS RA 118682

SUELLEN LIMA RA 121364

LIMEIRA 2011
1. INTRODUÇÂO

O grupo de bactérias coliformes totais é constituído por bacilos gram-negativos,


aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-
negativos, capazes de crescer na presença de sais biliares ou outros
compostos ativos de superfície (surfactantes), com propriedades similares de
inibição de crescimento, e que fermentam a lactose com produção de aldeído,
ácido e gás a 35ºC em 24-48 horas. O grupo inclui os seguintes gêneros:
Escherichia, Citrobacter, Enterobacter e Klebisiela, já o grupo de coliformes
fecais (ou coliformes termotolerantes), são coliformes capazes de se
desenvolver e fermentar a lactose com produção de ácido e gás à temperatura
de 44,5 ± 0,2°C em 24 horas. O principal componente deste grupo é
Escherichia coli, sendo esse
microorganismo o melhor indicador de contaminação fecal conhecida ate o
momento (SILVA et al,.1997), alguns coliformes do gênero Klebisiela também
apresentam essa capacidade.1,2

A vigilância ambiental em saúde pública utiliza, como indicadores da

contaminação, os coliformes totais e coliformes fecais (termotolerantes),


quantificados através do teste do numero mais provável (NMP) em 100 mL de
água. De acordo com a organização mundial de saúde (OMS), a água não
deve ultrapassar 1000 coliformes em 100 ml.²
O uso da bactéria coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais
significativo que o uso da bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais
estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente. A determinação
da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador
da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis
pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide,
febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.³

A importância do controle e da análise da qualidade da água é fundamental a


fim de que se eliminem os riscos de potencial contaminação da população por
via alimentar.(Oliveira, Ana Carolina Santana de; Terra, Ana Paula Sarreta,
2004)
2. OBJETIVO

Realizar a detecção de coliformes (totais e fecais) em amostras de água,


através do teste de Presença-Ausência (P/A), com aplicação na avaliação da
qualidade bacteriológica de águas destinadas a consumo humano.
3. MATERIAS E MÉTODOS

3.1 Materias

• Balança, banho-maria (44,5°C);

• Destilador de água ou aparelho de desionização;

• Equipamentos para esterilização (autoclave, estufa de esterilização);

• Incubadora bacteriológica termostatizada;

• Medidor de Ph;

• Balões;

• Frascos para o meio presuntivo;

• Frasco para coleta da amostra;

• Tubos de Durham;

• Tubos de ensaio;

• Alças de inoculação;

• Bico de Bunsen ou similar;

• Estantes;

• Estojo para pipetas;

• Tela de amianto;

• Termômetros;

• Tripé;

• Meio de cultura.

3.2 Métodos

Foram Identificados os frascos contendo 50 mL de P/A, com o número da


amostra. Para que o ambiente fosse mantido asséptico, a amostra foi
homogeneizada 25 vezes suavemente, então foram dosadas 100 mL da
mesma em proveta estéril e feita a inoculação e vertido cuidadosamente o
volume da amostra no frasco contendo o caldo P-A, tomando cuidado para que
não ocorresse entrada de ar no tubo de Durham que continha no interior do
frasco.
Após a inoculação das amostras, foi feita a incubação a 35 ± 0,5ºC, durante 24
h. Passando esse período de incubação, foi efetuada a 1ª leitura.
As culturas com resultado presuntivo foram submetidas aos testes
confirmativos, para a determinação de coliformes totais e para a diferenciação
de coliformes fecais.
Com auxílio de uma alça de inoculação, devidamente flambada e resfriada,
retirou-se um inóculo da cultura positiva em caldo P/A. Imediatamente após a
abertura contendo as culturas positivas em caldo P/A, flambou-se a boca do
mesmo antes de colher os inóculos, esta operação foi repetida antes do seu
fechamento.
Esse inóculo foi transferido para um tubo contendo caldo lactosado com verde
brilhante e bile a 2% e foi incubado a 35 ± 0,5ºC, durante 24-48 h e para o tubo
contendo o meio E.C. foi incubado a 44,5 ± 0,2°C, em banho-maria com
agitação, durante 24 h.
As leituras foram efetuadas após os períodos determinados de incubação.
4. RESULTADOS

Após a incubação, durante 24 horas, efetuou-se a primeira leitura observando-


se resultado positivo através da mudança de coloração da cor púrpura para
amarela, indicando a acidificação do meio.

Figura 1 – Coloração Amarela idicando resultado positivo.

As culturas foram submetidas ao teste presuntivo. Após 24 horas foi feita a


segunda leitura e obteve-se resultados positivos para coliformes totais e fecais,
identificado respectivamente através da produção de gás a partir da
fermentação da lactose, e produção de gás no meio E.C.

Figura 2 – Resultado positivo para Coliformes Totais e Fecais.


5. DISCUÇÃO

Para a verificação da presença de bactérias do grupo coliforme foi


observada a mudança de coloração do caldo P/A, de púrpura para amarelo.
Essa é uma técnica simples e economicamente viável, que detecta facilmente a
presença de bactérias. Deu-se continuidade na análise para identificar
coliformes totais e fecais, na qual obteve-se resultados positivos.
As análises microbianas são importantes para a verificação da qualidade
da água, pois a mesma não deve conter microorganismos patogênicos e deve
estar livre de bactérias indicadoras de contaminação fecal
6. CONCLUSÃO

Após o período de incubação das amostras de água bruta do Rio Pinhal,


podemos concluir que na Análise P/A para coliformes foi presença de
coliformes totais e coliformes fecais/100mL.
7. BIBLIOGRAFIA

1 Roteiro da Aula Pratica - Coliformes totais e fecais – Detecção em amostras de


água através do teste de Presença-Ausência (P/A), segundo CETESB – L5.240 -
Responsaveis: PROFA. DRA. CASSIANA MARIA REGANHAN CONEGLIAN; MSC.ADRIA
CALOTO DE OLIVEIRA; Gilberto de Almeida
2 http://www.sovergs.com.br/conbravet2008/anais/cd/resumos/R1063-3.pdf

3 http://darwin.futuro.usp.br/site/ecologia/quadroteorico/c_coliformes.htm

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