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o Telófase:
- Citocinese (o citoplasma é clivado). Filamentos de
actina se deslocam para a região central para
estrangular a célula;
- Reaparecimento da carioteca;
- Descompactação do DNA;
- A célula volta ao aspecto de interfase.
➢ MEIOSE:
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GAMETOGÊNESE
- É importante destacar as diferenças entre o sexo
masculino e feminino nesse processo;
- No homem, esse processo se inicia na puberdade,
e possui fertilidade por toda a vida. No final da
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EPIGENÈTICA
- Consiste no estudo das mudanças hereditárias na
função celular ou expressão gênica que podem ser
transmitidas de uma célula para outra (e até
mesmo de geração a geração), como resultado de
sinais moleculares baseados na cromatina;
- É o estudo das modificações do DNA e histonas
que são herdáveis e não alteram a sequência de
bases do DNA.
o Compactação do DNA:
- O DNA se enrola em moléculas proteicas
chamadas histonas. Existem 5 tipos: H1, H2A, H2B,
H3 e H5;
- H2A, H2B, H3, H4 são estruturas globosas, que vão
se juntar formando uma estrutura que não é
somente uma molécula de cada e sim 2 de cada
o Metilação do DNA:
(dímero), formando um OCTÂMERO de histonas. O
DNA vai se enrolar no octâmero formando a - A metilação do DNA envolve a modificação de
estrutura primária. O DNA dá duas voltas em cada bases de citosina por metilação do carbono na
octâmero e a H1 o prende a essa estrutura. quinta posição no anel de pirimidina. A metilação
extensa do DNA é uma marca de genes reprimidos
*Nucleossoma: DNA + histonas. É o DNA se
e é um mecanismo difundido e associado ao
enrolando no octâmero. Ao longo da cadeia de
estabelecimento de programas específicos de
compactação são formados milhares.
expressão gênica durante a diferenciação e o
*Cromatossoma: conjunto completo de desenvolvimento celular;
nucleossomas.
- Quanto maior a quantidade de metionina, mais o
- A helicoidização da estrutura em volta dela grupo metil se tem e mais metilado o DNA fica, ou
mesma forma o solenoide. Ele é a ideia de encurtar seja, mais compactado. Na divisão celular isso não
o DNA, mas essa compactação ainda não é altera, mas na síntese proteica isso vai interferir
suficiente; porque vai ser difícil descompactar e não vai
conseguir expressar os genes que ainda estiverem
- A solenoide começa a formar alças, as quais
compactados;
começam a ficar fixas num só ponto. O começo da
compactação se dá na prófase, e o máximo em - Se não expressar aquele gene, aquela proteína
metáfase. Essas alças se prendem ao arcabouço não será traduzida e isso pode ter consequências.
proteico (que é o esqueleto da proteína) e este dá Não teve variação do DNA, mas teve da metilação.
forma ao cromossomo; A metilação e demetilação acontecem o tempo
todo, porque a metilação controla a síntese
- A compactação se refere diretamente a
proteica. Quanto mais metilação, mais
epigenética. Para o DNA se ligar às histonas é
compactado, menor a síntese proteica. A metilação
necessário afinidade química. Se houver qualquer
irreversível leva a falta de expressão gênica.
alteração nas histonas, irá modificar a composição
bioquímica do aminoácido e consequentemente a **Metilar é abaixar a expressão gênica (que ocorre
capacidade de compactação de DNA. de maneira aleatória). Isso pode trazer grandes
problemas pois essa proteína pode ser uma enzima
por exemplo que controla apoptose.
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**Vitamina B12 (ácido fólico): na sua ausência o identificados pela posição da distribuição do
processo de metilação acontece com mais padrão das bandas (o padrão é único para cada
facilidade. par), nunca vamos encontrar 3 cromossomos com
o mesmo padrão. Todos são diferentes sem
**Vitamina E, D podem interferir no processo de
nenhuma repetição. Todos da mesma espécie têm
metilação.
o mesmo padrão de bandeamento;
- Os homólogos apresentam tanto morfologia
como padrões de banda semelhantes.
REPLICAÇÃO DO DNA
- É um processo semiconservativo, que depende da
ação de várias enzimas (produzidas na fase S), as
quais trabalham de forma sincronizada dentro de
uma cascata:
➢ RNA: 1: Girase: o DNA é helicoidal e possui muitas
torções que atrapalham no processo de replicação.
- É um polímero de cadeia simples de nucleotídeos
Por isso, faz-se necessária uma enzima que desfaça
unidos por ligações fosfodiéster e compostos por
o giro da molécula. Essa é a função da enzima
um grupamento fosfato, uma pentose ribose e uma
girasse que atua como uma topoisomerase.
base nitrogenada adenina, uracila, citosina ou
guanina; 2: Helicase: Vai romper a hélice do DNA quebrando
as ligações de hidrogênio. Quando essa quebra
- Apresentam estrutura em fita simples produzida
acontece o DNA se separa ficando com duas fitas
através do mecanismo de transcrição genética do
de cadeia simples. Ela trabalha em conjunto com a
DNA e dispostas nas formas de: RNAm (RNA
girase e essa atividade não vai acontecer da ponta
mensageiro, composto responsável pelo
da cadeia até o fim. Vários grupos de enzima irão
carregamento de códons para a produção de
trabalhar simultaneamente só que em regiões
proteínas); RNAt (RNA transportador; composto
diferentes. Essa atividade simultânea deixa o
responsável pelo carregamento de anticódons –
tempo de fase S mais curto.
códons complementares aos presentes no RNAm –
atrelados a aminoácidos para a produção de *A cadeia aberta apresenta uma maior fragilidade,
proteínas) e RNAr (RNA ribossomal; composto sujeita a ação de agentes externos.
responsável pela formação de ribossomos
*Com a ação dessas enzimas vão ocorrer vários
celulares);
pontos de abertura. Cada ponto recebe o nome de
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8: Tradução.
o Adição de bases:
** Particularidades do código genético:
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- Ocorre uma mudança na matriz de leitura, ou seja, - Várias repetições da mesma trinca, ou seja, vai
alteração nos aminoácidos que serão produzidos, formar uma cadeia mais longa e, nesses pontos de
pois a sequência de éxons vai estar modificada, repetição, o DNA tende a compactar mais,
modificando os códons formados. dificultando a leitura.
Ex.: câncer. Ex.: síndrome do X frágil.
o Deleção de base: ➢ CROMOSSÔMICAS:
➢ QUIMERISMO:
>> Se na mitose em 47 e 45, o 47 estiver em maior
quantidade, o indivíduo apresentará Síndrome de - É a fusão entre dois embriões. mulher vai produzir
Down, sendo que menos comprometido do que na dois oocitos que serão fecundados, se esses
trissomia, pois ainda haverá células normais. embriões forem do mesmo sexo, não irá acontecer
nada quando a fusão acontecer, o indivíduo apenas
apresentará duas linhagens celulares. NÃO é um
embrião dentro do outro, as células apenas se
unem.
- Se os embriões forem do mesmo sexo, o
diagnóstico passa despercebido. Mas se forem de
sexos diferentes, vai gerar um indivíduo com
programação genética para a diferenciação
masculina ao mesmo tempo que feminina. Então
teremos uma disputa de quem vai ser mais
dominante gerando um quadro de
hermafroditismo verdadeiro. (uma é mais
desenvolvida que a outra). Não é defeito genético,
não é mutação.
- Prevalência de risco em casos de paternidade de **Corpúsculo de Barr: no homem, como ele só tem
homens mais velhos e acometimento exclusivo de um X (normalmente) ele não sofre inativação, só na
pacientes do sexo feminino. mulher, que devido a ter 2 cromossomos X tem a
inativação de um deles. Então é possível triar um
- Quadro clínico: são mulheres que tem atraso no paciente apenas pela presença ou não do
desenvolvimento das características sexuais corpúsculo, porque é para aparecer somente nas
secundarias, poucos pelos pubianos, pelos axilares,
mulheres. No caso de Klinefelter, se observa um
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homem com o corpúsculo de Barr, é uma forma gene, e para a manifestação feminina é necessário
inclusive de poder fazer essa triagem. que o gene se apresente em homozigose.
o Síndrome do X frágil: - Quadro clínico: fraqueza muscular progressiva
com perda do tônus muscular/hipotonia que
- Cariótipo: 46, XX ou XY;
ocasiona caminhar desajeitado, incapacidade de
- É uma anomalia cromossômica que causa correr, incapacidade de se levantar do chão com
expansão do gene FMRI na trinca CGG no primeiro expressão do sinal de Gowers, caminhar nas pontas
éxon; dos pés, complicações cardiorrespiratórias por
perda da capacidade contrátil dos músculos
- Expectativa de vida variável, ocasionalmente
cardiorrespiratórios que podem levar a baixas
hiperatividade e autismo na infância.
expectativas de vida, déficit intelectual leve e
Temperamento amigável, tímido, não agressivo na
lordose lombar.
adolescência. Fala repetitiva, face alongada,
orelhas grandes e antevertidas, macrorquidia
(testículos grandes), epilepsia, ginecomastia, pele
fina, reflexos aumentados nas extremidades
inferiores.
- A síndrome é relacionada a números de expansão
superiores a 200 e a pré-mutação relacionada a
números de expansão inferiores a 200.
- É uma mutação estrutural, do tipo autossômica - Exame para verificação da patologia se faz
recessiva, que afeta o cromossomo 11, nas presente durante o “teste do pezinho”, de forma
moléculas das hemoglobinas acarretadas pelo que se verifica a presença de mutações e, caso seja
evento de substituição de bases nitrogenadas que positiva, qual seria o tipo dessa e qual o tipo de
compõem o DNA de um determinado indivíduo; hemoglobina presente na composição sérica do
indivíduo;
- Isso causa uma alteração das cadeias beta
componentes das hemoglobinas, de forma que, em - Como forma de verificação do processo de crise
organismos acometidos pela formação de falcêmica, tem-se a verificação de eritroblastos no
hemoglobinas do tipo S em vez de hemoglobinas do exame do conteúdo sanguíneo do paciente, uma
tipo A, tem-se um processo de facilitação do evento vez que, em eventos de redução brusca do
de ligação entre as moléculas circulantes no quantitativo de hemácias pela patologia, o
interior das hemácias, o que acaba por levar essas mecanismo de compensação orgânico efetivado
células a perderem suas capacidades elásticas e acaba por liberar hemácias jovens para o sangue
assumirem formato de “meia lua”/falcêmico rígido sem terem finalizado o processo de maturação, que
e por fazer com que o processo de hemocaterese por não apresentarem caráter funcional, acabam
seja intensificado pelo fato de essas novas sofrendo hemocaterese pelo complexo retículo
estruturas apresentarem tempo de vida reduzido. endotelial;
***É verificada a prevalência da doença em
indivíduos de descendência negra em decorrência
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dos processos endêmicos associados à malária no cadeias em excesso instáveis e mais passíveis de
continente africano, de forma que, pelo fato de em precipitação, levando a hipocromia, microcitose,
indivíduos acometidos pela anemia falciforme ou alterações da membrana eritrocitária e à
por traços falcêmicos o protozoário causador da destruição precoce das células;
malária não conseguir concluir o ciclo reprodutivo,
- Quanto maior o número de alelos perdidos, mais
por seleção natural, os indivíduos portadores
grave é a anemia. A talassemia é mais comum em
acabaram sendo selecionados como
brancos e descendentes de branco do mar
geneticamente mais capazes de sobrevivência.
mediterrâneo.
o Talassemia alfa:
- Quadros nos quais os pacientes apresentam a
patologia em decorrência da mutação dos alelos
responsáveis pela síntese das cadeias alfa das
hemoglobinas presentes, possuindo diferentes
quadros sindrômicos originados pelas diferentes
quantidades de alelos codificadores.
-> Mutação de um alelo:
➢ TALASSEMIAS: - Patologia caracterizada por apresentar
- A perda de função de um gene pode resultar de portadores silenciosos, de forma que não existem
uma alteração em sua sequência codificante, manifestações clínicas da enfermidade.
reguladora, ou de outras sequências críticas, -> Mutação de dois alelos:
devido a substituições, deleções, inserções ou
rearranjos da sequência nucleotídica; - Patologia caracterizada por apresentar indivíduos
portadores de traços talassêmicos, como processos
- Uma perda de função devido a uma deleção, de anemia microcítica de leve a moderada.
levando a uma redução na dosagem gênica, é
exemplificada pela α‑talassemia que é comumente -> Mutação de três alelos:
provocada pela deleção de genes de α‑globina; - Patologia caracterizada por elevado
- Muitos outros tipos de mutação também podem comprometimento da produção da cadeia alfa das
levar a uma perda completa de função, e todos são hemoglobinas, resultando na formação de
ilustrados pela β‑talassemia, um grupo de tetrâmeros com excesso de cadeias beta, indicados
hemoglobinopatias que resulta em uma redução na como formação de hemoglobina do tipo H, ou, na
abundância de β‑globina, uma das principais infância, de cadeias gama, indicados como
hemoglobinas nas hemácias dos adultos. formação de hemoglobinas de Bart, sendo
pacientes portadores normalmente possuintes de
- As talassemias são um grupo heterogêneo de anemia hemolítica sintomática e esplenomegalia
doenças associadas à síntese de hemoglobina em por hiperfunção esplênica do complexo retículo
que mutações autossômicas recessivas que endotelial no processo de hemocaterese.
decorrem das perdas por deleção de alelos
codificantes das cadeias de hemoglobina, sendo -> Mutação de quatro alelos:
esses alfa-1/alfa-1, alfa-2/alfa-2, beta-1/beta-1 e - Patologia caracterizada por ser uma doença letal
beta-2/beta-2, reduzem a síntese ou a estabilidade intrauterina por hidropisia fetal (acúmulo anormal
das cadeias de alfa-globina ou beta-globina, de líquido em tecidos fetais), isso porque as
causando, respectivamente, as patologias α- hemoglobinas que não apresentam cadeias alfa em
talassemia ou β-talassemia, nas quais se verificam suas constituições pela não codificação dos alelos
diminuição ou ausência de produção de um ou mais não transportam o oxigênio necessário para a
tipos de cadeia globínica, levando ao acúmulo do manutenção do embrião.
outro tipo cuja síntese está preservada, sendo as
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o Talassemia beta:
- Quadros nos quais os pacientes apresentam a
patologia em decorrência da mutação dos alelos
responsáveis pela síntese das cadeias beta das
hemoglobinas presentes, possuindo diferentes
quadros sindrômicos originados pela combinação
dos alelos beta-0, caracterizados por ausência de
expressão, e β+, caracterizados por redução de
expressão.
-> Menor:
- Patologia caracterizada por heterozigose dos
alelos beta-0 ou β+, também denominada traço
talassêmico β, em que os indivíduos são
geralmente assintomáticos, podendo apresentar
anemia em situações como na infância, na gravidez
e de estresse.
-> Intermediária:
ERROS INATOS DO METABOLISMO
- Patologia caracterizada por homozigose β+/β+ ou - São distúrbios de natureza genética que
dupla heterozigose beta-0/β+, constituída dos geralmente correspondem a um defeito enzimático
fenótipos clínicos intermediários entre o traço capaz de acarretar a interrupção de uma via
talassêmico e a talassemia maior. metabólica, ocasionando, portanto, alguma falha
de síntese, degradação, armazenamento ou
-> Maior: transporte de moléculas no organismo, sendo
- Patologia caracterizada por homozigose beta- considerados a causa das DMH/Doenças
0/beta-0 ou dupla heterozigose beta-0/β+, Metabólicas Hereditárias, nas quais a ausência de
também conhecida como Anemia de Cooley, um produto esperado, acúmulo de substrato da
corresponde à anemia grave, com dependência de etapa anterior a interrompida ou o surgimento de
transfusões sanguíneas regulares. uma rota metabólica alternativa podem levar ao
comprometimento dos processos celulares;
- O teste do pezinho é o teste bioquímico que serve
para remoção de uma amostra de sangue da
criança a partir de 3 dias de nascimento, mas não
deve ultrapassar 15 dias. A amostra é obtida
através de uma lanceta e colocada em uma cartela
com uma extremidade de papel de filtro e áreas
delimitadas por círculos que devem ser totalmente
preenchidos. O local de escolha é o calcanhar do
recém-nato pela facilidade de acesso;
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- São investigados seis tipos de patologia de acordo urinária (deixa a urina escura por expiração do
com as diretrizes do SUS. Uma delas se trata de ácido). Não é um teste hoje obrigatório para o teste
pesquisa de anemia falciforme e as outras são de do pezinho. Também se trata através de uma dieta
doenças metabólicas. Um teste mais ampliado pobre em fenilalanina.
pode ser realizado de acordo com a existência de
justificativa. A coleta da amostra deve ser de pelo
menos 3 ml.
➢ FENILCETONÚRIA (PKU):
- Quadro clínico acarretado por alteração
autossômica recessiva de deficiência na produção
da enzima fenilalanina hiroxilase responsável pelo
catabolismo da conversão do aminoácido
fenilalanina em moléculas de tirosina, de forma ➢ ALBINISMO:
que, pela inexistência da enzima responsável pela
sua redução, ocorre acúmulo da molécula - Distúrbio congênito recessivo ligado ao sexo e
substrato, essa, que em excesso acaba por caracterizado pela ausência completa ou parcial de
acarretar danos ao sistema nervoso central que pigmento na pele, cabelos e olhos, devido à
levam a quadros de retardo; ausência ou defeito da enzima tirosinase envolvida
na produção de melanina, isso em decorrência de
- A PKU clássica é o epítome das enzimopatias. É o mutação autossômica recessiva no gene
resultado de mutações no gene que codifica a PAH, responsável por sua síntese.
a qual converte a fenilalanina em tirosina. Uma vez
que os pacientes com PKU não podem degradar a
fenilalanina, ela se acumula em fluidos corporais e
danifica o sistema nervoso central em
desenvolvimento na primeira infância. Uma
pequena fração de fenilalanina é metabolizada
para produzir quantidades aumentadas de ácido
fenilpirúvico, o cetoácido responsável pelo nome
da doença.
➢ FAVISMO:
- Quadro clínico acarretado por alteração
cromossômica hereditária recessiva ligada ao
cromossomo X que, frequentemente, desencadeia
**Outras doenças também podem ocorrer em eventos de anemia hemolítica em razão da
outra fase da rota do metabolismo da fenilalanina, deficiência de produção da enzima glucose-6-
por exemplo a falta da enzima tirosinase leva ao fosfato desidrogenase, composto esse responsável
déficit da produção de melanina e gera o quadro de por catalisar o primeiro passo da via das pentoses
albinismo. Outra doença que pode levar ao fosfato, caracterizado pela produção de NADPH,
acúmulo de ácido homogentísico que também tem que se apresenta como essencial para a proteção
afinidade pelo SNC e também é de excreção celular contra o estresse oxidativo;
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PADRÕES DE HERANÇA
MONOGÊNICA
- São padrões de herança nos quais se verificam
mutações em apenas um determinado gene, de
forma que essa alteração, independente das
condições ambientais, se apresenta passível de
desencadeamento de uma condição clínica
específica, sendo caracterizados pela identificação
em dominantes ou recessivas.
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➢ RECESSIVO LIGADO AO X:
➢ AUTOSSÔMICO RECESSIVO:
- Ocorre salto/pulo de geração;
- Ocorre salto/pulo de geração;
- Tem preferência pelo sexo masculino;
- NÃO tem preferência por sexo;
- Mães portadoras com filhos homens afetados;
- Genitores portadores (heterozigotos) têm 25% de
probabilidade de terem outro descendente - Doença causada pelo “a” no X do homem herdado
afetado; da mãe.
- O fenótipo pode aparecer em homozigose ou em - Em uma segunda gestação, se o feto também for
heterozigose. O “O” é recessivo em comparação ao Rh+, vai acontecer o mesmo contato do sangue da
A e ao B e, o A e o B são codominantes, por isso, se mãe com o do filho na hora do parto. Os anticorpos
escreve “i” para O, IA para A e IB para B; da mãe (que vão estar aumentados devido a
primeira gestação) destroem as hemácias do 2º
- O indivíduo homozigoto pode se manifestar
filho após o nascimento, causando anemia
como: IAIA; IBIB ou ii. O indivíduo heterozigoto pode
hemolítica, que se não for controlada de forma
manifestar: IAIB (AB); IBi (B) ou IAi (A);
adequada vai provocar a morte da criança de forma
- Já no Rh, produzir a molécula D significa que é precoce;
Rh+, pois ela é dominante, o indivíduo pode ser Dd
- No pré-natal, se pede a classificação sanguínea, se
ou DD. O Rh- seria dd pois não produz a molécula
der Rh- ela é classificada como uma gestação de
de superfície D.
risco (não para a mãe e sim para o bebê). Sendo de
o Determinação no laboratório: risco, ela é encaminhada para uma maternidade de
referência e especializada;
- Pega a hemácia do paciente, compra o anticorpo
e mistura uma gota de sangue com uma gota do - Sabendo que a mãe é Rh- se pede o exame de
anticorpo. Vai dar positivo quando o anticorpo titulação de anticorpo, que é a quantificação de
encontrar na hemácia o antígeno/molécula de anticorpos anti-D que a mãe tem. Se esse resultado
superfície. for muito alto, a gestante é medicada (ainda
durante a gestação), para que essa quantidade
ABO Anti-A Anti-B Anti-AB Resultado
diminua, diminuindo a probabilidade da
Pct. 1 + - + A eritroblastose;
Pct. 2 - + + B
- Se isso não for feito, os anticorpos anti-D vão
Pct. 3 + + + AB passar para a criança e desencadear a
Pct. 4 - - - O eritroblastose. Para a criança só tem duas opções,
retirar os anticorpos da criança ou fazer o
Rh Anti-D Resultado Exsanguineotrnafusão (trocar o sangue da criança.
Pct. 1 + Rh+ Logo após o parto,leva para a UTI e em um braço
Pct. 2 - Rh- retira o sangue e em outro repõe com outro sangue
de mesma tipagem). Se faz essa troca porque o
anticorpo fica no plasma, então tem que retirar
- Além desse sistema, existe a prova reversa, que é essa parte. Não chega a substituir completamente,
nada mais do que o caminho inverso do já mas a quantidade de anticorpos anti-D deve cair
realizado, quando se compra o antígeno (hemácia) consideravelmente;
e procura o anticorpo. Ela só é feita em agências
- Se pode fazer também para evitar essa situação,
transfusionais e hemocentros.
na mãe, na primeira gestação, 72hrs após o parto,
- Hemácia B em contato com o soro do paciente e aplicar uma medicação que destrói as hemácias da
reage, ou seja, encontrou o anti-B, significa que o criança na corrente circulatória da mãe. Deve ser
sangue do paciente é do tipo A. dado em 72hrs porque a produção de anticorpos
para ser ativada demora cerca de 7 dias, mas após
o Doença hemolítica do recém-nascido
3 dias não é mais possível bloquear a reação.
(DHRN) ou Eritroblastose fetal:
- É causada pela incompatibilidade sanguínea entre GENÈTICA DO CÂNCER
a mãe Rh- e o filho Rh+, normalmente. O filho Rh+
sensibiliza a mãe Rh- na primeira gestação (na hora - Uma célula normal vai passar pelo processo de
do parto o sangue da criança entra em contato com multiplicação celular, mitose, somente quando
o da mãe), fazendo ela produzir mais anti-D contra houver necessidade (lesão tecidual, substituição de
o antígeno D; células mortas, processo de desenvolvimento –
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período embrionário até a fase adulta) e não de químicas, de tal forma que interfira na atividade
forma espontânea. Toda célula tem um período celular e induza ela a sofrer morte;
pré-estabelecido de vida, que é variável pelo tipo
- A ativação por sua vez é dependente de algumas
de célula em si;
proteínas. A mitocôndria consegue ativar a cascata
- Toda vez que uma célula se transforma em célula que deflagra a morte celular a partir da liberação
tumoral ela vai perder o controle da mitose e passa do citocromo C;
a ter um crescimento descontrolado, assim como
- Ainda há outro processo de morte celular, que é
perde a capacidade de morrer.
pela ativação dos “receptores de morte”. Esses
➢ PROCESSO DE MORTE CELULAR: receptores da superfície da célula vão ativar a
cadeia metabólica já no final da rota, fazendo o
- Pode se dar por apoptose ou por necrose;
processo acontecer de forma mais rápida;
- Apoptose: o processo de morte vai acontecer sem
- A deflagração final implica na célula passando por
que ocorra a autólise, ou seja, a liberação do
uma ativação onde suas próprias enzimas vão
conteúdo citoplasmático. Sendo assim, só a célula
começar a fracionar o DNA. A célula passa pelo
que está em processo de morte sofre a
fracionamento. Cada fração celular (sem sofrer
consequência, não afeta as células periféricas;
liberação do conteúdo citoplasmático), passa a
- Necrose: é um processo não limitado em que sofrer fagocitose pelos macrófagos.
morte celular é seguida de autólise, ou seja, libera
➢ GERAÇÃO DE UMA CÉLULA TUMORAL:
o conteúdo citoplasmático, especialmente os
lisossomos. Eles são cheios de enzimas digestivas, - Esse processo é dependente de algumas
que vão digerindo e matando as células ao redor. A situações: ele precisa interferir na capacidade de
necrose só vai parar quando houver remoção do divisão células (mitose), assim como precisa
tecido necrosado. É um processo patológico. interferir na capacidade de morte celular;
ao longo na vida no ambiente no geral. Não é a o tecido vizinho e ainda pode passar por um
penas a alteração genética que vai gerar o tumor, é processo de desprendimento celular, gerando
preciso que o ambiente falhe, que o sistema metástase.
imunológico falhe para que isso venha a ocorrer.
➢ TUMOR MALIGNO E BENIGNO:
>> O linfócito NK – natural killer – é a célula que - A diferença entre eles não está na alteração
possui a capacidade de destruir células tumorais, genética, e sim histopatológica. O se o tumor tiver
sejam benignas ou malignas. Se a quantidade de a capacidade de fazer metástase é maligno, se não
NK estiver normal e ativa suficientemente o é considerado benigno.
ambiente não estará propício para o
desenvolvimento de um tumor.
TUMOR MALÍGNO
TUMOR BENIGNO
(CÂNCER)
• Bem delimitado • Mal delimitado
• Encapsulado • Não encapsulado
• Fácil remoção • Difícil remoção
cirúrgica cirúrgica
• Não produz • Produz metástase
metástase
PROTO-ONCOGENE ONCOGENE
que também é dado um intervalo de tempo entre a chamado hibridização pois é a associação uma
realização das sessões; sequência exógena com a correspondente da
amostra;
- A quimioterapia, como é uma medicação
endovenosa vai possuir ação sistêmica, - Esse procedimento é feito dentro dos
consequentemente, tem poder para agir contra cromossomos dentro da célula. É fluorescente por
metástase. Tem como efeito colateral toxicidade causa do meio de visualização do material. A sonda
hepática e renal. É necessário que as sessões sejam é fabricada com a adição de um corante
espaçadas para que o paciente tenha condições de fluorescente. Sendo material fluorescente não é
absorver o tratamento. Se isso não ocorrer o possível fazer uso de microscopia comum, mas sim
paciente pode vir a óbito. O benefício é maior do de um microscópio de fluorescência onde ele vai
que o malefício. Os medicamentos da detectar a fluorescência emitida.
quimioterapia agem de forma a inibir a formação
do fuso mitótico pelos microtúbulos, inibindo a
multiplicação celular. O problema é que esse
tratamento não é tumor-direcionado, ou seja,
ataca também as células normais do organismo que
estejam passando por divisão celular.
MÈTODOS DE DIAGNÒSTICO
- As alterações genéticas podem ser estruturais ou
cromossômicas. O cariótipo é o exame de
preferência pois é possível visualizar quantidade e
pequenas alterações. Porém, existem métodos que
vão dar um detalhamento melhor, principalmente
nas alterações estruturais;
- Ele detecta deleção, translocação, trissomia e
- Existe uma área de citogenética, a molecular, amplificação de genes (várias cópias do daquele
onde se faz o estudo do cromossomo com mais DNA);
definição e sensibilidade. Ele é específico. Na
- É coletado o material biológico (sangue, medula
análise molecular, o ponto da alteração é pequeno,
óssea), vai colocar em um meio de cultura, a célula
que não é possível fazer a identificação por
faz mitose, se usa colchicina com hemaglutinina
microscopia;
para bloquear na fase de prófase ou de metáfase,
➢ FISH: faz o gotejamento, ocorre o rompimento da
membrana plasmática, são feitas várias lâminas do
- Dentro do cariótipo existe uma metodologia
mesmo material;
chamada de FISH (hibridização in situ fluorescente).
É uma análise cromossômica; - Cada lâmina vai ser corada para uma metodologia
diferente (cariótipo normal, FISH). Vai testando a
- Se usa uma sonda (pedaço de DNA fabricado) em
procura de alterações considerando a clínica do
que a sequência das bases é determinada pelo
paciente. Coloca um reagente que faz a cadeia de
laboratório. Dada uma sequência específica, é
DNA se abrir. A sonda vai encontrar a sequência
investigado se na amostra do paciente existe essa
complementar. Como ela está marcada com
sequência que se está usando para procurar. A
fluorescência, onde ela se ligar vai ser possível a
localização dessa sequência depende do
visualização. É uma técnica over night, se coloca em
paliamento, da complementariedade de bases
um dia seguinte e só é utilizado no próximo dia.
(ligar as bases);
- Não é um trecho muito pequeno, pois é
necessário fazer a visualização por microscopia. É
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desviar o fluxo de luz devido à complexidade da -> Multialélica: quadro caracterizado pela
célula e vai ativar a fluorescência (a máquina vai determinação dos números variáveis de um
captar todas essas variações); segmento de DNA que é repetido em tandem numa
localização específica.
- Quando a célula passa pelo laser vai gerar um sinal
luminoso por causa da fluorescência, esse sinal vai - Microssatélite: trechos de DNA formados por
ser captado por um conjunto de lentes diploicas, as unidades de dois, três ou quatro nucleotídeos,
informações são enviadas para o software que repetidos entre uma e umas poucas dúzias de
organiza as informações. O citômetro analisa o tipo vezes, sendo resultado de diferentes números de
e fala o quantitativo de cada um. unidades de nucleotídeos repetidos contidos
dentro de qualquer um microssatélite, e são,
*Para um diagnóstico de câncer, saber qual a célula
portanto, frequentemente referidos como
mutante e o quantitativo delas vai interferir
polimorfismo de curtas repetições em tandem ou
diretamente no diagnóstico do paciente.
STRPs.
- Minissatélite: trechos de DNA que resultam da
inserção, em tandem, de números variado,
normalmente de centenas a milhares de cópias de
uma sequência de DNA com de 10 a 100 pares de
bases de comprimento, de forma que possui
muitos alelos devido à variação no número de
cópias do minissatélite que são repetidas em
tandem, sendo referidas como um número variável
de repetições em tandem ou VNTRs.
POLIMORFISMOS ➢ STRs/Small tandem repetitions:
- Classificação caracterizada por ser o resultado de
variações causadas pela inserção ou deleção de
quantidades entre dois e sete nucleotídeos.
➢ RFLP/Polimorfismo de tamanho de
fragmentação de restrição:
- Trechos de DNA que resultam do corte da
sequência de nucleotídeos a partir da utilização de
enzimas de restrição.