Você está na página 1de 6

Curso: Licenciatura em Pedagogia

Disciplina: Teoria e Prática de Ensino II


Docente: Profa. Dra. Ana Maria Klein
Discentes: Joice de Oliveira Silva; Talita de Castro Pietrobon; Vitória Helena Proni.

PLANO DE AULA

1. PÚBLICO-ALVO

Alunos do 2° ano do Ensino Fundamental I.

2. DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

● Ciências Naturais;
● Língua Portuguesa.
● Arte.

3. CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS

Ciências Naturais:
● Desenvolvimento dos vegetais;
● Partes das plantas e suas funções;
● Habitat natural das plantas;
● Cultivo de plantas.

Língua Portuguesa:
● Linguagem oral e escrita;
● Produção coletiva de texto.

Arte - Modalidade Artes Visuais:


● Fruição e reflexão acerca da tela de pintura (obra “Verão”), das fotografias e do vídeo;
● Técnicas, materiais e procedimentos das criações artísticas;
● Concepções estéticas das diferentes culturas e suas histórias.

4. OBJETIVO GERAL

Tendo em vista que os vegetais interferem direta e indiretamente na vida dos demais
seres vivos do planeta, através das trocas gasosas ou por estarem presentes em nossa
alimentação, esta aula visa possibilitar aos alunos conhecimentos acerca do universo vegetal,
assim como atender alguns conteúdos previstos na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), nas áreas de Ciências Naturais, Língua Portuguesa e Arte do Ensino Fundamental I.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Reconhecer alimentos de origem vegetal;


● Diferenciar os tipos de vegetais;
● Conhecer as partes das plantas e suas funções;
● Conhecer o habitat natural de diferentes plantas;
● Refletir sobre o consumo dos vegetais e o aproveitamento das partes que não integram
nossa alimentação;
● Conhecer e pôr em prática os cuidados necessários ao plantio, cultivo e colheita de
vegetais;

6. METODOLOGIA

A metodologia utilizada na aula prevê atividades em que os alunos sejam autores do


próprio conhecimento, que participem e interajam ativamente neste processo. Para tanto,
buscaremos promover um ambiente que seja desafiador, curioso, atrativo, coletivo e estimule
os alunos a se engajarem no desenvolvimento das propostas, que poderão sofrer alterações no
decorrer da aula, devido às novas proposições possíveis de serem sugeridas pelos alunos.
Ademais, a intencionalidade é que os alunos reflitam e analisem as informações
abordadas com criticidade, despertando a conscientização dos mesmos, acerca de assuntos
atuais - diretamente ligados às nossas vidas -, como o uso inadequado de agrotóxicos nas
plantações e lavouras que cultivam os vegetais.
Nesse sentido, a aula conta com atividades coletivas e em grupos, como rodas de
conversa, exposição e discussão oral, produção escrita, uso de recursos multimídia, apoio
visual com imagens fotográficas, apreciação de obra artística e, ainda uma experiência prática
de plantio, cultivo e colheita de um vegetal, votado e definido como o preferido pela turma.

6.1 Procedimentos

Inicialmente, realizaremos uma roda de conversa a fim de investigar os conhecimentos


dos alunos em relação aos vegetais. Por isso, começaremos com algumas questões-problema:
o que são vegetais? Onde eles vivem? O que precisam para sobreviver? Todos são iguais?
Eles são importantes? Por que?, entre outras perguntas. Neste momento, produziremos um
texto coletivo, com a intenção de registrar as respostas na lousa.
Após a conversa, discorreremos sobre o assunto, explicando aos alunos que,
geralmente os vegetais são chamados de plantas, e que essas plantas são diferenciadas a partir
do lugar onde vivem, se na terra, apoiadas em outras plantas - terrestres - ou se crescem na
água - aquáticas. Que as mesmas são muito importantes para o ser humano, já que são elas
que produzem parte do oxigênio que respiramos.
Partiremos do que os alunos sabem, para aprofundarmos no estudo dos elementos
necessários à vida das plantas, isto é, ar, água, luz, calor e local adequado para se
desenvolverem e que elas estão presentes nos mais variados ambientes. Neste momento,
faremos uso de fotografias para mostrar as diversas plantas e seus respectivos habitats, em
seguida, mostraremos fotografias de diversos vegetais com ou sem frutos, com ou sem flores,
com ou sem folhas, mas ainda sem citar suas partes e suas diferenças, de modo que os alunos
observem e levantem suas hipóteses.
Após a visualização das fotos dos vegetais pela turma, questionaremos os alunos sobre
o que eles conhecem em relação às partes das plantas - caule, raiz, fruto, folha, flor e semente
- e suas funções, com isso, introduziremos o conceito, contando com a participação das
crianças. Posteriormente, utilizaremos o vídeo “Planta - 3º ano - Unidade Santo André”, que
junto às imagens já vistas, evidenciará que nem todos os vegetais possuem todas as partes e
que utilizamos diferentes partes em nossa alimentação, a depender do tipo de vegetal. Por
exemplo, no caso das cenouras, batatas e rabanetes, comemos as raízes; já na cana-de-açúcar
e no alho, a parte comestível são os caules; também temos as folhas, que utilizamos do
coentro, alface e rúcula; as flores, que são comestíveis no couve-flor; os frutos, no caso do
pepino e da berinjela; e, por fim as sementes como o feijão e a ervilha.
Depois de terem conhecido mais sobre as plantas, seu habitat natural, os cuidados
necessários à seu cultivo e, também, suas partes e funções específicas, apresentaremos aos
alunos o quadro abaixo, obra de Giuseppe Arcimboldo, intitulada “Verão”. Nesse instante,
discutiremos sobre as técnicas, materiais e procedimentos utilizados na pintura, assim como
as características específicas da produção do artista, em consonância ao contexto histórico em
que está inserida. Logo, reunidos em grupos, pediremos que os alunos identifiquem quais
vegetais estão contidos na pintura, com o objetivo de ampliar seus conhecimentos para os
variados tipos deste.

Verão, de Giuseppe Arcimboldo, 1573.

Nesta hora, conduziremos a uma reflexão a respeito do aproveitamento das partes dos
vegetais que não integram nossa alimentação, como as cascas, que podem ser usadas para a
produção de adubo em composteira (a produção da composteira também se torna uma
possibilidade neste trabalho). Junto a isso, falaremos sobre as consequências do uso
inadequado de agrotóxicos nas plantações e lavouras. Em sequência, orientaremos que os
alunos façam um registro, com textos escritos e/ou desenhos, sobre tudo o que aprenderam, e
apresentem intervenções possíveis de solucionar os problemas levantados quanto à produção
e consumo dos vegetais.
Por fim, pediremos que os alunos pensem nos variados vegetais que estão presentes
em seu cotidiano e sua alimentação, pois terão que escolher um que mais gostariam de
cultivar. Devido a impossibilidade de cultivar vários vegetais, faremos uma votação para
decidir qual é a preferência da maioria e, após prosseguiremos com o plantio na horta da
escola, o cultivo e a posterior colheita do vegetal, este que poderá ser degustado pela turma.

6.2 Recursos didáticos

Para o desenvolvimento da aula, faremos uso de alguns recursos didáticos: lousa e giz;
fotografias impressas dos vegetais em seus habitats; computador e retroprojetor; imagens
impressas da obra “Verão”; horta, adubo e sementes.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação será processual, o que implica na observação atenta dos alunos, no


decorrer de todas as atividades, verificando se eles se apropriaram dos conhecimentos em sua
totalidade, se estabeleceram relações e se desenvolveram novas atitudes. Para tal, adotaremos
os seguintes critérios: participação em aula; iniciativa e envolvimento nas atividades;
expressão e comunicação nas rodas de conversa e discussões; postura respeitosa com os
professores e os colegas da turma; trabalho colaborativo em equipe; ações e posicionamentos
condizentes com os conteúdos estudados.
Outros critérios poderão ser estabelecidos junto com os alunos para que eles se auto-
avaliem, assim intencionamos que eles reflitam sobre seu comportamento e sua aprendizagem
em todas as atividades. Também pediremos que avaliem a aula e suas proposições, sugerindo
estratégias que julgam melhores para a aprendizagem de todos.
Em conjunto, para auxiliar no processo avaliativo, utilizaremos como instrumento, o
texto coletivo produzido no início da aula e o registro individual final, fazendo uma
comparação entre eles, a fim de averiguar o progresso de todos e cada aluno.

REFERÊNCIAS

ARBOS, Colégio. Planta - 3º ano - Unidade Santo André. 2015. (1m47s). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=EHgo1cf_wCM>. Acesso em: 20 de Junho de 2018.

ARCIMBOLDO, Giuseppe. Verão. 1573. óleo sobre tela, 76 x 63,5 cm. Museu Nacional do
Louvre, Paris.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília:
MEC/ CONSED/ UNDIME, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental>. Acesso em: 3 jul. 2018.

MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como


planejar? Currículo, área e aula. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 64- 95.

MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. p.
7- 103.

SACRISTÁN, Gimeno J.; GOMEZ, A. I. Perez. Compreender e transformar o ensino. São


Paulo: ArtMed, 1998. p. 67- 97.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Orientações didáticas


fundamentais sobre as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa. São Paulo:
CGEB, 2013. Disponível em:
http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/963.pdf Acesso em: 15 mai.
2018.

TRINDADE, Rui. Escola: apoio ao trabalho e às atividades de aprendizagem dos alunos. In:
Educação e aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak ED, 2010. p. 89- 171.

Você também pode gostar