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M A IS D E 3 0 0 T E R M O S
D E F IN ID O S D E F O R M A C L A R A E C O N C IS A
&
Vida
E d ito ra d o g ru p o D ire ç ã o e x e c u tiv a
E u d e M a r t in s
ZONDERVAN
H a r p e r C o l l in s
G e rê n c ia a d m in is tra tiv a
■ G il s o n Lo pe s
E d ito r a f ilia d a a S u p e rv is ã o de p ro d u ç ã o
Sa n d r a L e it e
C â ma r a B r a s il e ir a
d o L iv r o
G e rê n c ia d e c o m u n i c a ç ã o e m a r k e t i n g
S é r g io P a v a r in i
A s s o c ia ç ã o B r a s il e ir a
d e E d it o r e s C r is t ã o s
G e rê n c ia e d ito ria l
F a b ia n i M e d e ir o s
A s s o c ia ç ã o N a c io n a l
d e L iv r a r ia s
S u p e rv is ã o e d ito ria l
A l d o M en e z e s
A s s o c ia ç ã o N a c io n a l
e L iv r a r ia s E v a n g é l i c a s
C o o rd e n a ç ã o e d ito ria l
A s s o c ia ç ã o B r a s il e ir a
Ju d s o n C a n t o • obras de interesse g era l
d e M a r k e t in g D ir e t o
A l d o M e n e z e s • obras teológicas e de
referência
R o sa F e r r e ir a • Bíblias
S il v ia J u s t i n o • obras e m língua
portug uesa e espanhola;
obras in fa n tis e ju v e n is
A r t h u r G . Pa t z i a &
A n t h o n y J. P e t r o t t a
Tr a d u ç ã o
P E 0 RO W A Z E N D E F REITAS
DE E S T U D O S B ÍB L IC O S
M A IS D E 3 0 0 T E R M O S
D E F IN ID O S D E F O R M A C L A R A E C O N C IS A
V id a
O utros dicionários da coleção
Edit o r a Vida
R u a Jú lio de C astilh os, 2 8 0 * B elenzinho
CEP 0 3 0 5 9 -0 0 0 • São P aulo , s p
Telefax 0 xx 11 6 0 9 6 6 8 1 4
w w w .editoravid a.com .br
■
P r o ib id a a r e p r o d u ç ã o p o r q u a is q u e r
M E FO S, SA LV O EM BR E V ES C IT A Ç Õ E S , C O M
IN D IC A Ç Ã O D A F O N T E .
D a d o s In te r n a c io n a is d e C a ta lo g a ç ã o n a P u b lic a ç ã o (cip )
(C â m a ra Brasileira d o L ivro, S P , Brasil)
P atzia, A r th u r G . -
D ic io n á rio d e e stu d o s b íb lico s / A r th u r G . P atzia, A n th o n y J . P e tro tta ; tra d u ç ã o
P e d ro W azen d e F reitas — S ã o P au lo : E d ito ra V id a , 2 0 0 3 .
ISBN 8 5 - 7 3 6 7 - 7 4 8 -1
0 3 -2 8 0 2 ________________________________________________________________ c o p 2 0 0 .3
ín d ic e para ca tá lo g o s is te m á tic o
1. D ic io n á rio s : E s tu d o s b íb lic o s 2 0 0 .3
2 . E s tu d o s b íb lico s: D ic io n á rio s 2 0 0 .3
P r e fá c io
E s ta ob ra , c o m a p r o x im a d a m e n te 5 0 0 v e r b e te s, e stá
d e aco rd o co m o p ro p ó sito g lo bal da sé rie d e d icio n ário s
d e b olso da In te rV a rsity P ress ao fo rn e c e r b rev es d efin iç õ e s
d e te rm o s im p o rta n te s e p alav ra s-c h a v e q u e o e s tu d a n te
e n c o n tra e m c u rso s in tro d u tó rio s e livros d e iniciação ao
N T e AT. A g ra d ec em o s aos alu n o s q u e , ao longo d e an os
d e e n sin o , e v id e n c ia ra m o d e s c o n h e c im e n to , co m o lh are s
in q u isitiv o s, o u fo ram corajosos o s u fic ie n te para e rg u e r a
m ão p ara r e c e b e r a lg u m a e x p licação q u a n d o nós, p ro fe sso
res, u sam o s te rm o s q u e era m fam ilia re s ao nosso m u n d o
d e e s tu d o s b íb lico s, m as e ram e stra n h o s a eles.
N o ssa lista d e v e rb e te s se e x p a n d iu e se c o n tra iu ao
lo n go dos m e se s e n q u a n to c o n sid e rá v a m o s q u ais te rm o s
se ria m ú te is aos e s tu d a n te s e n v o lv id o s em e s tu d o s b í
b licos. T e rm o s b íb lico s co m u n s, n o m e s , lu g ares e o u tro s
tó p ic o s q u e p o d e m se r e n c o n tr a d o s e m u m d ic io n á rio
b íb lic o fo ram e v ita d o s u m a v e z q u e , d e u m lado, d e s e
ja m o s focalizar os te rm o s q u e se relac io n am ao estudo da
B íb lia. D e o u tro lad o , o v o c a b u lá rio m ais e sp e c ia liz a d o
d e várias a b o rd a g e n s d e e stu d o s b íb lico s, das lín g u as g reg a
e h e b ra ic a o u d a e x e g e s e , foi e v ita d o e m pro l d e te rm o s e
c o n c e ito s m ais gerais.
D icio n á rio d e e s tu d o s bíblicos 6
F o ca liza m o s os te rm o s e m p o rtu g u ê s , m as n o c a m p o
d o s e s tu d o s b íb lic o s , n e c e s s a r ia m e n te d e p a ra m o s co m
te rm o s b a se a d o s e m h eb raico , g re g o e latim , e in clu ím o s
aq u i a lg u n s d e s s e s . A lista ta m b é m a p re s e n ta te rm o s e
e x p re ssõ e s a le m ã s, q u e tê m sid o u tiliz ad o s e m te x to s e
c o n v ersaçõ es e m in g lês co m o palav ras “e m p re s ta d a s ” . N o s
casos e m q u e foi n e c e ssá rio o u ú til refe rir-se às lín g u as
b íb lic as, tra n slite ra ç õ e s foram p ro v id e n c ia d a s ta n to p ara
os q u e e stão e s tu d a n d o as lín g u as b íb lic as q u a n to p ara os
q u e a lm eja m ad q u iri-la s p o s te rio rm e n te . M a n te r o d ic io
n ário d e b o lso e m se u s lim ite s ta m b é m sign ifica o m itir a
m aio ria das re fe rê n c ia s b ib lio gráficas. L iv ros, d icio n ário s
e o utro s tra b a lh o s d e re fe rê n c ia n os d arão essas in fo rm açõ es
em a b u n d â n c ia . A p e q u e n a lista d e ab re v ia tu ra s re lac io n a
as m ais c o m u m e n te u sa d as e m liv ro s-tex to s e d e o b ras d e
refe rê n c ia , e p r e te n d e ser aju d a a d icio n a l aos e s tu d a n te s .
R e fe r ê n c ia s c r u z a d a s
E ste d icio n ário d e b olso usa o s e g u in te siste m a d e r e fe r ê n
cias cruzad as:
• A p alav ra e m V ER SA LETE in d ic a q u e u m a e n tr a d a ou
u m tó p ic o o u p alav ra sim ilar a p a re c e ta m b é m e m o u tro
lu g ar no livro.
• O “v.” , s e g u id o p o r a ssu n to co lo cad o e n tr e p a rê n te s e s ,
p o d e se r u s a d o e m v e z d a c a ix a -a lta p a ra o rie n ta r os
leito re s m ais c la ra m e n te p ara tó p ic o s relacio n ad o s.
• R e fe rê n c ia s c o m “v. tb .” ao final d a e n tra d a d o v e rb e te
d ire cio n am os leito re s a tó p ico s relacio n ad o s.
• U m a e n tr a d a se m d e fin iç ã o será s e g u id a p o r “v.” e o
n o m e d a e n tra d a e m q u e a d e fin iç ã o será e n c o n tra d a .
7 P r e f á c io
Ar t hur G . P a t z ia
A n t h o n y J. P e t r o t t a
M e n lo P ark , C a lifó rn ia
A
acádio. C o m u m en te refere-se à linguagem do povo sem ita q ue
habitava a baixa M e s o p o tâ M IA , o nd e a cidade-Estado Acade
se localizava. O acádio tam bém é geralm ente usado pelos di
aletos babilónico e assírio. O idioma adotou a escrita CUNEI-
FORME silábica. Por fim, a língua de A cade substituiu a antiga
língua SUMÉRIA, m esm o ten d o o sum ério continuado a ser
usado nas escolas de escribas. Textos em acádio apareceram
no terceiro m ilênio e continuaram até o primeiro m ilênio a.C.
acróstico. Form a poética em que as letras iniciais de cada linha
formam um a palavra, frase ou alfabeto. Por exem plo, o salmo
119 está estm turado ao redor das 22 letras do alfabeto hebraico
(oito linhas para cada letra). Os acrósticos são algumas vezes
entendidos com o artifícios m nem ónicos, mas são mais pron
tam ente en ten d id o s com o artifícios literários e estéticos por
m eio dos quais os autores podem usar o lim ite da forma para
contribuir ao tem a. N o caso do salmo 119, um HINO em lou
vor à T o r á , o autor usa as 22 letras para mostrar a total sufici
ência da T o r á .
A .E .C . “antes da era com um ” . T erm o equivalente ao tradicional
a.C., m as sem im plicações teológicas ou cristãs. A “era co
m um ” é a época “com um ” (ou a mais abrangentem ente com
partilhada por) a ju d eu s e cristãos. E ssa designação é mais
apropriada q u e a.C. em meios acadêmicos ou con versações
q u e envolvam cristãos e judeus.
a f o r i s m o . Breve definição (grego aphorism os), afirmação, dito
expressivo ou formulação de um a verdade. Exem plos bíbli
cos de aforismos incluem Provébios 22.6 (“Instrua a criança
segundo os objetivos que você tem para ela, e m esm o com o
passar dos anos não se desviará deles” ) e M ateus 6.21: (“Pois
á g o ra 10
o n d e e s tiv e r o s e u te s o u ro , a í t a m b é m e s ta rá o s e u c o ra ç ã o ” .
(V. tb . PROVÉRBIO.)
ágora. Praça central das cidades gregas, geralm ente traduzida
por “m ercado” , cercada por prédios públicos, tem plos, lojas
etc. U m a vez q u e m uitas pessoas visitavam a ágora para negóci
os, compras, leitura e assembléias públicas, ela serviu de lugar
ideal para a proclamação do Evangelho (v. At 16.19; 17.17).
A gostin h o (354-430). Bispo de H ipona Régia, no N o rte da
África (atual Bona, na Argélia) de 395 a 430 d.C. Além d e ter
escrito obras im portantíssimas com o Confissões, A doutrina cris
tã e A cidade de Deus, Agostinho, com o A t a n á s i o , foi peça-
chave no estabelecim ento dos lim ites do CÂNON bíblico ado
tado pelo Terceiro C o n c í l i o DE C a t a r g o , em 397. E m razão
de sua inteligência excepcional, d e seu discernim ento espiri
tual e d e sua exposição das verdades cristãs, tem sido cham a
do de “o maior escritor de língua latina” .
a g o s t i n i a n a , h i p ó t e s e . O pinião d e AGOSTINHO na qual a or
dem canônica dos evangelhos (M ateus, Marcos, I Aicas e João)
é a ordem cronológica real em q u e foram escritos.
agraphon. T erm o grego (pl. agraphá) para declaração não-escrita
atribuída a Jesus, mas q u e não é encontrada nos evangelhos
canônicos. E n tre os exem plos do N T estão Atos 20.35 ( “... lem
brando as palavras do próprio S en h o r Jesus q u e disse: ‘H á
m aior felicidade em dar do q u e e m receb er’” ), IC oríntios
11.24,25, a variante textual d e L ucas 6.5, algum as possíveis
declarações d e textos APÓCRIFOS neotestam entários com o o
Evangelho de Tomé e o Evangelho de F ilipe e alguns fragm entos
de p a p i r o s .
akedah. V ÃQECÃH.
Albright, W illiam F o x w ell (1891-1971). Estudioso do AT e
arqueólogo americano. Albright usou a pesquisa arqueológica
11 a le g ó ric o , m é to d o
r e c e b e r a m n o v a v id a o u s ig n ific a d o m a is a m p lo , to r n a n d o - o s
m a is a c e s s ív e is o u r e le v a n te s a o s n o v o s c o n te x to s . O p e r ig o d o
m é to d o a le g ó ric o é a a g re s s ã o a o te x to , a o fo rç a r c o r r e s p o n
d ê n c ia s q u e n ã o s e re la c io n a m o u c o n c o r d a m n a t u r a l m e n t e
c o m e le . (V. tb. TIPOLOGIA.)
B
b a b i l ó n i c o , e x í li o . Período de tem p o d esd e a destruição do
primeiro tem plo (587 a.C.) e da deportação do rei Z ed equ ias
25 B ar K okhba
blia deve ser lida como qualquer outro livro perm anece, usan-
do-se os m étodos históricos e literários para julgar a origem e
significado do texto. U m perigo da crítica bíblica reside na
perda potencial d e um a leitura d istin tam en te teológica do
texto com o a Palavra d e D eus. (V. tb. B íb lica, M o v i m e n t o
d a T e o l o g ia ;c r ít ic a c a n ô n ic a .)
C
cânon. T erm o referente à condição d e autoridade da formação
e coleção final dos livros bíblicos (o term o significa “vara de
medir, padrão” ). A ordem desses livros algumas vezes difere
(v. Tanak para a ordem hebraica do cânon) e os livros q u e o
com põem variam (o cânon católico co ntém os APÓCRIFOS, q u e
são algumas vezes chamados d e “deuterocanônicos” ), m as a
lista de livros do cânon é sancionada com o a norm a da qual a
doutrina e a prática são derivadas. O cânon judaico foi discuti
do em JÂMNIA/ Yavneh após a prim eira guerra judaica (66-74
d.C.), m esm o q u e as disputas ten h am continuado no século II.
A lista dos 27 livros do cânon do N T recebeu a condição de
autoridade por A ta n á s io , bispo d e Alexandria, no século IV.
D essa forma, cânon refere-se aos próprios livros ou à função
de autoridade na com unidade de crentes e testem unhá-lhes
a adaptabilidade e estabilidade das Escrituras. Canonização
refere-se ao processo pelo qual esses escritos se tornaram reco
nhecidos com o autoridade única. (V. tb. CONCÍLIO DE C a rta g o ;
DEI JTER( X «VNÔNICOS, LIVROS.)
D
Damasco, Documento de T rê s docum entos (porções em siríaco,
u m a do Testamento de L evi e o Documento de Damasco ) e n
D e c á lo g o 44
D e z M andam entos. (V D ec á l o g o .)
e p i g r a m a . (V. p r o v é r b io .)
e s s ê n io s . U m a d a s s e ita s ju d a ic a s (à p a r te d e fa ris e u s e s a d u c e u s ,
e n tr e o u tr o s ) q u e e x is tia m n a P a le s t in a d u r a n te o p e r ío d o d o
N T. P o r m o tiv o s q u e p e r m a n e c e m o b s c u ro s , o s e s s ê n io s n ã o
s ã o m e n c i o n a d o s e s p e c i f i c a m e n t e n o N T , m a s JO S E FO d e s c r e
v e - o s e m s u a s o b r a s . C o m a d e s c o b e r t a d o s r o lo s d o m a r M o r
to , e m 1 9 4 7 , e s tu d io s o s r e n o v a r a m o in te re s s e n o g ru p o , já
q u e u m d o s r o lo s e r a o R E G U L A M E N T O DA C O M U N ID A D E , q u e
d e ta lh a v a a s p rá tic a s d a c o m u n i d a d e d e Q u m r a n . O re la c io
n a m e n to e x a to e n tr e a c o m u n id a d e d e Q u m ra n (m a r M o rto )
e o s e s s ê n io s a in d a e s tá e x p o s to à c o n je c tu r a (Jo se fo m e n c io n a
d o is g r u p o s d e e s s ê n io s , e m u m h a v ia c a s a m e n to e n o o u tr o
59 e tio lo g ia
e x ílio . (V. B a b i l ó n i c o , e x í l i o ; D i á s p o r a .)
FormgeschidÉe. V c r i t ic a d a f o r m a .
65 Gattung
g u e r r a s a n t a . Devoção total a Y a
h w e h por meio do holocausto
h a g i ó g r a f a . (V. K t ü v ím .)
Inácio (c. 35-1 0 7 d.C .). Pai da igreja primitiva, bispo d e An-
tioquia. E screveu certo núm ero d e cartas às igrejas da Ásia
M enor com o tam b ém a Rom a, o nd e foi martirizado pelo im
perador Trajano. Suas cartas revelam diversos desenvolvim en
tos da teologia cristã do período apostólico até o século II d.C.
indusiio. T erm o técnico referente ao enquadram ento ou fecha
m ento (latim “confinam ento” ), no qual a idéia ou frase inicial
d e um a passagem é repetida no final. Por exem plo, o salm o 8
inicia (v. 1) e term in a (v. 9) com: “S e n h o r , S enhor nosso,
como é m ajestoso o teu nom e em toda a terra!” (v. SI 1; E z
25.3-7; Am 1.3-5), dessa form a reforça a im portância dessas
palavras.
intertextualidade. F en ô m en o e m q u e todos os textos estão
envolvidos e m interação com outros textos, q u e resulta em
u m princípio interpretativo d e q u e n e n h u m texto p o d e ser
visto com o isolado ou in d epen d ente. Essa interação é especi
alm en te verdadeira na literatura bíblica, já q u e cada docu
m ento ou texto é parte autoconsciente de um a corrente de
tradição. O estud o da intertextualidade dá atenção aos frag
mentos, ou “ecos”, dos textos mais antigos q u e aparecem em
textos mais novos, exam inando passagens q u e com partilham
palavras e tem as. G eralm ente, o estudo da intertextualidade
bíblica focaliza mais o processo pelo qual os textos bíblicos fo
ram retrabalhados e as diferenças en tre esses textos: são esten
didos, em seu significado, m as tam b ém transpostos ou m esm o
refutados. A ênfase te n d e a explorar mais a pluralidade de
possíveis interpretações do q u e a conformidade de interpreta
ções. (V. tb. INTRABÍBLICA, EXEGESE.)
intrabíblica, exegese. A bordagem textual q u e busca tratar a
reinterpretação e reaplicação d e texto bíblico mais antigo por
m eio de u m mais novo. A descoberta da exegese intrabíblica
é mais desenvolvida no estudo do AT, grandem ente em virtu-
83 Ire n e u
K
K ásem ann, E m s t (1906-1998). Estudioso alemão do NT. T ev e
u m longo período de ensino na U niversidade de T iib in g en.
Em bora ten h a sido pupilo d e BlJLTMANN, diferenciava-se por
ter sido o m en tor d e diversas publicações, incluindo The quest
o fhistoricalJesus [i4 busca do Jesus histórico\. C om outros estud i
osos pós-bultm annianos (BORNKAMM, C o n z e l m a n n , Ebeling,
Fuchs), procurou criar um a p on te en tre o Jesus terreno e o
Jesus proclam ado pela igreja. A teologia de Paulo, especial
m en te as doutrinas da justificação e da retidão, e a centralidade
da cruz (THEOLOGIA CRUCIS) são os pontos centrais da obra de
Kãsem ann.
kenosis. É o “esvaziam ento” de Cristo na encarnação. O verbo
grego kenoo ( “esvaziar” ) ocorre na declaração cristã e m Fili-
91 K itte l, G e rh a rd
ix x . (V. S e p t v a g in t a .)
M
M, tradição. M aterial de evangelho q u e é encontrado unica
m en te no evangelho de M ateus. N a proposta de B. H. Streeter,
da hipótese das quatro fontes, M significa o conteúdo q u e é
exclusivo de M ateus, com o a genealogia e certos eventos q ue
envolvem o nascim ento de Jesus (M t 1 e 2) assim com o certas
parábolas (p. ex., 13.44-46; 20.1-16).
m acabeus, revolta dos. São os líderes e a revolta judaica, q u e
recebeu seu nom e, contra os selêucidas. E m 167 a.C., M a
tarias, o pai d e Judas M acabeu (aramaico “o martelo” ) liderou
um a revolta contra Antíoco IV Epifânio. Antíoco havia profa
nado o tem plo pelos sacrifícios a deuses pagãos (o SACRILÉGIO
TERRÍVEL) e tinha decretado interdição contra diversas leis ju
daicas (guarda do sábado e circuncisão). Judas sucedeu a seu
pai, q ue m orreu no com eço da rebelião, e por volta d e 165
a.C. o tem plo foi recuperado e rededicado com um a celebra
ção de oito dias (atual H annukah). O q ue começara como re
belião para reobter liberdade religiosa finalm ente levou à luta
pela independência nacional, q ue foi atingida sob João Hircano,
o filho do irmão de Judas, Simão, em 135 a.C. A dinastia dos
m acabeus é tam b ém conhecida com o por ASMONEUS (o nom e
d e u m predecessor dos macabeus).
m a g ia 1(X)
M m ual de disáplina. (V R e g u l a m e n t o d a C o m u n i d a d e .)
m o n o l a t r i a . (V. HENOTEÍSMO.)
N
N a g H am m ad i, B iblioteca de. Coleção d e docum entos de
papiros coptas encontrados próxim o a N ag H am m adi, cidade
do alto Egito. Essa im portante coleção d e 52 textos em doze
códices (existem fragm entos de um 13.° CÓDICE) foi desco
berta cm um jarro em 1945-1946. Os textos estão datados do
século IV, mas são cópias de docu m en to s gregos mais antigos,
do segundo século e do início do terceiro. A maioria d eles é
GNÓSTICA em natureza e, como docum entos primários, escla
recem significativam ente o m ovim ento religioso conhecido
por GNQSTICISMO.
narrativa, crítica da. Abordagem textual bíblica q ue salienta
os aspectos narrativos. A crítica da narrativa está interessada no
enredo e caracterização, não na confiabilidade histórica ou te
ológica de um a passagem . Por exem plo, L u c a s — A t o s é o
relato de Jesus e da igreja primitiva, e enquanto o relato tem
por verdadeiro q u e certos eventos aconteceram , o q ue é in te
ressante desse tipo d e crítica é a seleção e o esboço desses
eventos. M esm o livros não-narrativos — os proféticos, por
exem plo — tê m subestrutura em narrativa: a subestrutura de
M iquéias é q u e o D eu s da ALIANÇA d e Israel agirá na história,
trazendo juízo m anifesto e finalm ente, libertando seu povo.
A crítica da narrativa vê a narrativa com o fundam ental na ex
periência hum ana. (V. tb. AUTOR SUGERIDO; LEITOR SUGERIDO;
LITERÁRIA, CRÍTICA.)
B: p a ra o h o m e m
B’: e n ã o o h o m e m
a ’: p a ra o s á b a d o
R
rabínico, judaísm o. Sábios judaicos (“rabino” = “m estre” ) re
presentados na M lX N Á , T a l m u d e e tradições de MIDRAXE q u e
foram coletadas e transcritas nos prim eiros séculos da era cris
tã, assim com o as crenças e práticas q u e foram definidas por
esses escritos. As origens desses rabinos p odem datar do p erí
odo persa (séc. V a.C.) com o surgim ento dos escribas, m as sua
condição d e autoridade não em ergiu até a destruição de Jeru
salém no século I d.C. e a radical reorientação da vida judaica
que se seguiu após as ausências da adoração no tem plo e da
hierarquia política e sacerdotal.
Rad, Gerhard v o n (1901-1971). Estudioso alemão do N T . A
habilidade de Von R ad em com binar a pesquisa acadêmica, fé
vibrante e bela oratória fizeram dele um dos mais am plam en
te lidos e respeitados teólogos do AT do século XX. E afam ado
pelo com entário d e G ênesis e pela obra d e dois volum es (O ld
Testament theology)[Teologa do Antigo Testamento], na qual sali
enta a vitalidade das diferentes tradições para serem ouvidas e
postas em práticas como palavra d e Y a h w e h para cada nova
geração. D iferen tem en te de W alter ElCH RO D T, Von Rad deli
neou sua teologia do AT mais ao redor da história das tradições
131 r e daç ão , cr ítica da
R e d a k tim sg sd ú d ú e . (V. r e d a ç ã o , c r í t i c a d a .)
s a l m o s d e g r a t i d ã o . (V. h in o .)
s a l m o s d e q u e i x a s . (V. l a m e n t o , s a l m o s d e .)
T
t a b e l a d a s n a ç õ e s . Lista das nações d e G ênesis 10. Essas na
ções são descritas com o os descen d en tes d e N o é q u e cum pri
ram a bênção do Senhor de “sejam férteis, m ultipliquem -se
e encham a terra” (G n 9.1). A tabela das nações tom a a forma
d e um a genealogia segm entada, na qual os d escendentes se
diversificam, em vez de um a genealogia vertical, na qual o
filho segue o pai por diversas gerações (geralm ente unido a
um a prom essa d e D eus, p. ex., Abraão, Isaque e Jacó). A tabe
la das nações tam b ém relata a diversificação de povos (e pode,
portanto, ser ETIOLÓGICA em natureza) por todo o m u n d o
m editerrâneo e além deste.
T a c i a n o . (V DlATESSARON.)
149 Tanak
t r a d i ç ã o d o s d o i s c a m i n h o s . T em a d e instruções cristãs m o
rais antigas q u e desenvolve a METÁFORA dos dois cam inhos ou
m odos d e vida. A h u m an id ad e te m a escolha d e viver de
m odo virtuoso ou licencioso; m anifestar as obras da carne ou o
fruto do Espírito; viver na verdade ou na perversidade, na luz
ou nas trevas. E ste tem a é ev id en te no AT, na literatura de
Q[ i m r a n e especialm ente nas seções PARENÉTICAS do N T (p.ex.,
G1 5.13-26; E f 4.17— 5.20; T g 4.1-10; IP e 4.1-6; 2Pe 2.1,2).
O DiDAQUÊ tam b ém tem um a longa seção sobre o “cam inho
da vida” e o “cam inho da m orte” (1.1 — 6.2). (V tb. SAPIENCIAIS,
SALMOS.)
t r i b a l , c o n f e d e r a ç ã o . (V. ANFICTIONLV)
V
vaticinium ex eventu. E xpressão latina (pl. vaticinia ex eventu )
traduzida literalm ente por “profetizar d e u m resultado” . E m
outras palavras, u m vaticinium ex eventu não seria v erd ad ei
ram ente um a predição, mas um a profecia colocada nos lábios
da personagem d e um a narrativa à luz de um evento q u e de
fato já aconteceu. N os EVANGELHOS, por exem plo, alguns in
térpretes têm alegado q u e ocorreram vaticinia ex eventu nas
declarações de Jesus, como a predição da destm ição do te m
plo (M t 24.2; M c 13.2; L c 19.43,44; 21.6,22; v. tb. M c 10.38,39;
14.28; L c 19.42). Amós 5.1-3 lam enta a qued a de Jem salém
como um fato realizado m esm o q u e ainda não tivesse aconte
cido durante a vida dele.
V e lillO . (V. PERGAMINHO.)
Nos esaidos textuais, denota a tradução da Bíblia do hebrai
v ersã o .
Y
Y ah w eh , Javé, Iavé, Y H W H . N o m e aliancístico q u e D eu s
revelou a M oisés no m onte Sinai (E x 3.7-15). E le te stem u
nha o relacionam ento especial d e D e u s com seu povo Israel e
seu com prom isso de agir em seu favor por m eio de suas obras
de salvação. Esse nom e é considerado sagrado pelos judeus,
q u e o tran screvem usando apenas as consoantes Y hw h (o
TETRAGRAMA) e o substituem por Adonai, “Senhor” , em vez
d e proferir o n o m e verdadeiro. E stud io so s m o dernos te n
d em a afirmar q u e Yahweh é a pronúncia original do nom e
divino (anteriorm ente pronunciado Jeová).
Yavneh. (V. J â m n i a , C o n c í l i o d e . )
y iiw i i. (V. Y a h w e h , Ja vé , Ia v é , Yh w h .)
Z
zadoquitas, d ocum entos/ fragm entos. V. DO CUM ENTO DE D a -
MASCO.
H U Ui
DE E S TU D O S BÍBLICOS
5 S Íí
3N85-73()7-74£1
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Categoria:Teologia/Referência