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ARTIGO ARTICLE
as experiências do Brasil e da Catalunha
Abstract Distinct models of health management Resumo Os diferentes modelos de gestão da saúde
reflect the core principles upon which they were refletem as concepções que os embasam e seus ar-
founded and their institutional arrangement can ranjos institucionais podem propiciar o aprimo-
lead to the improvement of health policy. This ramento da política de saúde. O presente artigo
paper seeks to reflect on the potential benefits and objetiva fazer uma reflexão sobre as potencialida-
limitations of the organizational structure and des e os limites da estrutura organizacional e do
the social capital to lead to changes in the perfor- capital social para produzirem mudanças no de-
mance of public health organizations in the quest sempenho das organizações públicas de saúde na
for enhanced quality of care. The description and busca de melhor qualidade assistencial. A descri-
analysis of two experiences of universal public ção e a análise de duas experiências de organiza-
health systems, in Catalonia and in Brazil, reveal ção de sistemas públicos de saúde universais, na
similarities in the legal basis of both health sys- Catalunha e no Brasil, mostram similaridades nos
tems. However, the mode of deployment differed marcos legais, porém com uma diversidade de ca-
greatly, which gave rise to divergent management minhos trilhados, que deu origem a experiências
experiences. One prioritized managerial organi- distintas de gestão, uma priorizando a organiza-
zation, while the other concentrated on the im- ção gerencial e a outra o protagonismo de atores
portance of the social actors promoting the insti- sociais promovendo a institucionalização do ca-
tutionalization of social capital. It is suggested pital social. Sugere-se que em modelos de gestão
that models of management with dialogue between onde há diálogo entre um desenho organizacio-
an efficient organizational design and citizen par- nal eficiente e participação cidadã capaz de cons-
ticipation capable of constructing social capital truir capital social, pode-se promover mudanças
may lead to change in the organizational culture na cultura organizacional em prol da qualidade
and enhance the quality of care. assistencial.
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Mestrado em Saúde e Meio Key words Health management, Quality of he- Palavras-chave Gestão em Saúde, Qualidade da
Ambiente, Universidade da alth care, Citizen participation, Institutional or- Assistência à Saúde, Participação cidadã, Orga-
Região de Joinville. R. Paulo
ganization nização Institucional
Malschitzki 10/Bl. A/227B
Campus universitário, Zona
Industrial. 89219-710
Joinville SC.
scfranco@terra.com.br
2
Universitat Rovira i
Virgili.
1872
Franco SC, Hernaez AM
Marco legal - organização Lei 14/1986 – Geral da Sanidade: público, Leis 8080/1990 –LOS –
do SNS – princípios universalidade, gratuidade, direitos/deveres, público, universalidade,
descentralização política, integração de descentralização executora,
estruturas, áreas de saúde, novo modelo de equidade, integralidade,
APS (integração entre assistência, hierarquização, controle
prevenção, promoção e reabilitação) social
*
LOSC – Lei de Ordenação Sanitária da Catalunha
trato28, estabelecendo regras e definindo indica- ali deliberam democraticamente sobre a política
dores de qualidade, eficiência e eficácia, por meio de saúde.
dos quais avalia os provedores e distribui os re-
cursos de acordo com os compromissos assu- Controle social, participação política
midos. É um modelo em que os contratos são e capital social: organização cidadã
elementos reguladores do sistema, definindo as em prol da qualidade da atenção à saúde
responsabilidades de ambas as partes.
O modelo de qualidade adotado na rede de Nos últimos anos, a democratização das ins-
saúde da Catalunha é o European Foundation tituições públicas tem sido considerada elemen-
for Quality Management (EFQM), modelo em- to central para aprimorar o desempenho insti-
presarial de excelência usado na Europa, funda- tucional e, consequentemente, a eficiência e a sus-
mentado na filosofia da Gestão da Qualidade tentabilidade das políticas sociais31. Assim, pro-
Total. Adaptado ao setor público desde 1995, este postas que fomentem a participação política e a
modelo propõe um conjunto de critérios de exce- produção de cidadãos críticos vêm ganhando
lência divididos em dois grupos: facilitadores (li- espaço nas discussões da relação entre Estado e
derança, pessoas, política e estratégias, alianças e sociedade. O SUS traz exemplos de arranjos ins-
recursos, processos) e resultados (nas pessoas, titucionais inovadores com mecanismos de inge-
nos clientes, na sociedade e resultados chave)29. rência política da sociedade na formulação das
Nessa trajetória de pouco mais de três déca- políticas públicas de saúde e no próprio desem-
das, o sistema de saúde catalão institucionalizou penho das organizações, tais como o modelo de
um conjunto de ferramentas gerenciais que lhe cogestão e os conselhos de saúde.
possibilitam sistematizar a avaliação da qualida- Segundo o modelo de cogestão, a construção
de. A separação das funções de gestão do siste- de relações horizontais que garantam a ampla
ma, regulação/planificação, e de execução das participação dos trabalhadores de saúde nas de-
ações de saúde, é um modelo interessante para a cisões cotidianas das organizações de saúde, po-
realidade da Catalunha e que tem sido defendido deria interferir em sua dinâmica e produzir mai-
por profissionais que atuam no SUS brasileiro or compromisso e solidariedade com o interesse
como uma possibilidade de rearranjo institucio- público. Dessa forma, criam-se espaços coleti-
nal a ser considerada30. vos como estratégia de democratização das rela-
Apesar das vantagens, a maior limitação ao ções de poder, rompendo com os dispositivos de
modelo é a pouca participação dos atores sociais controle presentes na racionalidade administra-
envolvidos na produção social da saúde, embora tiva9. Tal modelo permite compartilhar os espa-
seja possível identificar esforços nesse sentido, ços de poder também com a população, ultra-
tais como as pesquisas de satisfação dos usuári- passando assim as fronteiras institucionais10.
os, inquéritos sobre a qualidade percebida e a Os conselhos de saúde constituem um exem-
satisfação obtida com a atenção recebida em to- plo desta proposta mais abrangente de cogestão,
dos os níveis da rede assistencial da Catalunha e sendo atualmente a experiência mais destacada
que são realizados anualmente de forma siste- de participação da sociedade civil em fóruns de
mática desde 2003 pelo Catsalud21. Há ainda os decisão política, com poder deliberativo para exer-
encontros anuais entre gestores, provedores de cer o controle social, definido como “capacidade
atenção e profissionais para divulgar os resulta- que tem a sociedade organizada de intervir nas
dos sanitários alcançados21. Estas formas de par- políticas públicas, interagindo com o Estado para
ticipação parecem ser insuficientes para se criar o estabelecimento de suas necessidades e interes-
espaços de interação e produção de sujeitos e de ses na definição das prioridades e metas dos pla-
coletivos que partilham o desejo de construir nos de saúde”32. Desde a lei 8.142/90 até os dias
uma política de saúde universal e equânime. Tra- atuais criaram-se milhares de conselhos de saú-
ta-se de iniciativas mais voltadas para a divulga- de em todo o país, constituindo uma experiência
ção e a prestação de contas, porém mantendo a única de participação e inclusão de diferentes ato-
verticalidade gerencial, de forma diversa à expe- res sociais, cujo empoderamento pode agir no
riência brasileira dos conselhos de saúde, nos sentido de capacitá-los para empreender ações
quais a institucionalização do debate com os pro- coletivas e resultar em capital social11,12.
fissionais e a população vem produzindo exem- O conceito de capital social vem sendo utili-
plos de arranjos descentralizados, solidários e zado para designar os sistemas horizontais de
permeáveis à participação popular com com- participação cívica, tais como associações comu-
promisso e corresponsabilização dos atores que nitárias, cooperativas, grêmios desportivos, en-
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mente definidos, sistemas de informação integra- autonomia? É uma questão central no debate
dos, carreiras para os profissionais que incentive sobre a sinergia estado-sociedade. O problema
o bom desempenho da organização, podem ser do modelo organizacional gerencialista é a exces-
instrumentos primordiais para se construir uma siva verticalidade que impede o compromisso e a
cultura de qualidade nas organizações de saúde. corresponsabilização. Quando se fala de corres-
Porém, insuficientes para possibilitar o protago- ponsabilidade nestes modelos, o que se espera
nismo dos sujeitos sociais diretamente envolvi- no fundo é obediência. Por outro lado, o proble-
dos na produção da saúde, os cidadãos e os pro- ma do capital social é a sua canalização para a
fissionais. Assim, propor e fomentar arranjos ins- consecução de consensos, a possibilidade de es-
titucionais permeáveis à participação dos atores tagnação e possível inibição do Estado. Uma pro-
nos processos decisórios constitui um desafio para posta que articule ambos os modelos poderia
a democratização das políticas do setor. Tanto o ser tipificada por meio de um recurso didático
modelo da cogestão como a participação nos con- apresentado a seguir (Figura 1), levando-se em
selhos permitem a incorporação da solidariedade conta que os casos analisados podem não ser
com o interesse público como elemento indutor tão polares.
de capital social. Também estimulam fórmulas - Mais organizacional e menos participativo
mais horizontais de tomada de decisões, maior – com iniciativas participativas anedóticas e que
corresponsabilidade nestas e comprometimento no fundo não serão efetivas e sim mais retóricas
com os objetivos a serem alcançados, principal- que reais (Catalunha). A participação estará na
mente se a gestão mantiver uma relação mais di- saída do circuito de tomada de decisões, não na
alógica com os trabalhadores e a população, esti- entrada nem durante o processo.
mulando a produção de subjetividades. Supõem, - Mais participativo e menos organizacional
finalmente, um marco mais democrático que pro- – com a incorporação de relações horizontais que
move maior compromisso e satisfação dos pro- possibilitam a participação cidadã, apesar de que
fissionais com seu próprio trabalho e da popula- sempre haverá constrangimentos gerenciais de-
ção com o aperfeiçoamento dos programas de rivados de toda burocratização do estado e de
saúde a ela direcionados. suas políticas.
Assim, o estímulo que o SUS pode propiciar - Mais participativo e mais organizacional –
à produção de capital social institucionalizando aqui o organizacional precisa manter a flexibili-
a participação organizada da sociedade para que dade para incorporar a participação dos cida-
esta assuma papel decisório na condução da po- dãos e profissionais na entrada, no processo e na
lítica de saúde, propondo, questionando, fiscali- saída da tomada de decisões e de suas imple-
zando e deliberando sobre temas de interesse mentações em políticas específicas.
público constitui um elemento fundamental para Finalmente, sem intenção de concluir uma
que se crie a sinergia Estado-sociedade. temática tão complexa, fica a ideia de que a cons-
O modelo de qualidade da Catalunha traz trução de redes assistenciais eficazes, resolutivas,
uma experiência muito interessante com resulta- integralmente coesas e articuladas com os níveis
dos documentados sobre a potência que a orga- de atenção mais complexos depende do investi-
nização pode desenvolver ao utilizar ferramen- mento organizacional implantando processos
tas gerenciais adequadas, diversamente do que estruturados que qualifiquem a gestão em saú-
se verifica no Brasil, onde tais ferramentas de de, mas também de uma mobilização dos atores
avaliação são ainda bastante incipientes se com- exercendo seu protagonismo para que o SUS for-
paradas ao modelo catalão. Entretanto, a grande taleça sua legitimidade política e social e promo-
inovação criada com o processo de instituciona- va as mudanças desejadas na cultura organizacio-
lização do capital social dentro do SUS tem cons- nal em prol da qualidade assistencial.
tituído um modelo criativo e inovador na con- Cabe aqui alguns esclarecimentos finais. Pri-
dução das políticas. Para que haja sinergia entre meiro, que a participação social na política de saúde
Estado e sociedade e se crie uma força social que brasileira constitui uma diretriz da reforma sani-
atue em prol do aperfeiçoamento do sistema tária associada à democratização e não vinculada
público de saúde falta estabelecer um diálogo entre ao capital social. Esta opção analítica partiu dos
estes dois modelos, mesmo que existam elemen- autores do presente artigo. Segundo, que na tra-
tos que possam ser contraditórios, como a fór- jetória do SUS, identifica-se uma série de exem-
mula do verticalismo gerencial versus a horizon- plos nos quais a lógica gerencialista está presente
talidade do modelo de cogestão e dos conselhos de forma exacerbada, tais como as normas ope-
de saúde. Até que ponto a burocratização inibe a racionais, os indicadores de avaliação e, mais re-
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S
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organizacional organizacional
Baixa participação
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Artigo apresentado em 21/08/2012
Aprovado em 15/09/2012
Versão final apresentada em 22/10/2012