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A Idade Moderna
EsPCEx 2020

Profs. Alê Lopes e Marco Túlio

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Considerações iniciais – A Europa em transformação


❖ Final da Guerra dos Cem Anos (1453) → fortalecimento das monarquias francesa e
inglesa, ou seja, a figura do rei passou a acumular maiores poderes nos dois países.

❖ A tomada de Constantinopla (1453) → Sob o comando do sultão Mehmed II, os


otomanos conquistaram a capital do Império Bizantino, tornando-a centro político de
seus domínios. O fim da civilização bizantina dificultou o acesso dos europeus às rotas
comerciais que ligavam Oriente e Ocidente, forçando-os a buscarem caminhos
alternativos.

❖ Início da viagem de Colombo (1492) → A chegada à América pelo genovês Cristóvão


Colombo colocou em contato populações de dois continentes que até então coexistiam
sem tomarem conhecimento um do outro. Entre os europeus, a revelação da existência
de um “Novo Mundo” trouxe mudanças significativas em sua mentalidade.

A Idade Moderna I
Profs. Alê Lopes e Marco Túlio
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Fonte: JOBSON, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 18.

A Idade Moderna I
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Considerações iniciais – A Europa em transformação


Podemos definir a modernidade como um conjunto amplo de modificações nas
estruturas sociais do Ocidente, a partir de um processo longo de racionalização da vida
[...]. É um conceito estritamente vinculado ao pensamento ocidental, sendo um
processo de racionalização que atinge as esferas da economia, da política e da cultura.
Modernidade. In: SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 297.

“A modernidade aparece quando a Europa se afirma como centro de uma História mundial
que inaugura, e por isso a periferia é parte de sua própria definição. [...] A modernidade
originou-se nas cidades europeias medievais livres, centros de enorme criatividade. Mas
“nasceu” quando a Europa pôde se confrontar com o seu “Outro” e controlá-lo, vencê-lo,
violentá-lo: quando pôde se definir como um ego descobridor, conquistador, colonizador da
identidade constitutiva da própria Modernidade.”
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro. Petrópolis: Vozes, 1993. p. 8.

A Idade Moderna I
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ABSOLUTISMO
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ABSOLUTISMO
❖ A partir do final da Baixa Idade Média, o poder real começa a ser reforçado em partes
da Europa
→ Cunhagem de moedas, aplicação da justiça e a cobrança de impostos se tornam
prerrogativas do soberanos

❖ Com o declínio do trabalho servil, o status quo da nobreza passa a ser ameaçado.
Assim sendo, surge uma nova forma de organização do poder, capaz de garantir a
manutenção da ordem feudal
Em essência, o absolutismo era apenas isto: um aparato de dominação feudal reimplantado
e reforçado, concebido para reprimir as massas camponesas de volta a sua posição social
tradicional [...]. Em outras palavras, o Estado absolutista [...] foi a nova carapaça política de
uma nobreza ameaçada.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Unesp, 2016. p. 18

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A sociedade moderna

Clero Nobreza de espada

Nobreza
Nobreza de toga
Povo

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A formação dos Estados Modernos


❖ Padronização de sistemas métricos e tributários
Favorece a burguesia
❖ Adoção de moeda única

❖ Recuperação do direito romano → Lei escrita


→ Noção de propriedade privada
→ Separação entre direito civil e direito público

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Criação de Padronização
uma burocracia de impostos e
sistemas de
(Conjunto de pesos e
funcionários) medidas

Manutenção de Retomada de
relações elementos do
diplomáticas direito romano

Unificação do Estado Moeda única


Exército
Moderno

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Teóricos do absolutismo
❖ Jean Bodin (1530-1596) → Autor da obra Seis Livros da
República, foi defensor da teoria da soberania, essa
entendida como o poder dos monarcas de fazer as leis, e
por isso, a “alma do Estado”.

- Segundo Bodin, por ser o guardião da ordem pública, o rei não


poderia ser submetido a nenhuma limitação, cabendo somente
a ele criar e aplicar as leis como bem entendesse. Em sua
concepção, a Monarquia era a forma de governo mais
apropriada a natureza humana.
“todas as leis da natureza nos guiam para a monarquia;
seja observando esse pequeno mundo que é nosso
corpo, seja observando esse grande mundo, que tem um
soberano Deus; seja observando o céu, que tem um só
Sol” Fonte: Enciclopédia Britannica

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Teóricos do absolutismo
❖ Jacques Bossuet (1627-1704) → Bispo nascido
na França, foi um dos principais nomes da
teoria do direito divino dos reis, que defendia
que os reis eram escolhidos por Deus para
representarem seus desígnios na Terra.

❖ A autoridade do rei era sagrada, e sua


contestação era, em último caso, questionar a
própria vontade de Deus.

“Os reis (…) são deuses e participam de alguma maneira


da independência divina. O rei vê de mais longe e de
mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve
obedecer-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma
Fonte: Shutterstock.
disposição para a sedição. ”
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Teóricos do absolutismo
❖ Thomas Hobbes (1588-1679) → Em sua concepção, “o
homem é o lobo do homem”, ou seja, ele é
essencialmente ruim e egoísta. Seu estado natural seria o
de guerra permanente, pois todos buscam impor sua
vontade por meio da violência.

- A fim de evitar a extinção da espécie humana, os homens


teriam concordado em abrir mão de sua liberdade natural
em favor do soberano, figura responsável pela manutenção
da ordem.

- A teoria hobbesiana é chamada de contratualista, pois Fonte: British Library


segundo ela, os indivíduos formam um pacto no qual
renunciam às suas vontades para viverem em sociedade,
cabendo ao soberano o monopólio da violência.

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Teóricos do absolutismo
❖ Nicolau Maquiavel (1469-1527) → Em sua concepção, “o
homem é o lobo do homem”, ou seja, ele é essencialmente
ruim e egoísta. Seu estado natural seria o de guerra
permanente, pois todos buscam impor sua vontade por
meio da violência.

❖ A política nasce da luta entre os poderosos e o povo: os


primeiros, desejosos pela tomada do poder; enquanto os
segundos repelem esse intento.

❖ O que define um bom príncipe (governante) não são suas


virtudes pessoais, mas sim a virtù, ou seja, sua capacidade
de ação perante circunstâncias adversas, chamadas em sua
teoria de fortuna.

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Absolutismos na Europa: França


“(...) a história da construção do absolutismo francês seria a de um processo “convulsivo” em
direção ao Estado monárquico centralizado, repetidamente interrompido por recaídas na
desintegração e na anarquia provinciais, às quais se seguiam uma reação intensificada no
sentido da concentração do poder real, até que, finalmente conseguiu-se chegar a uma
estrutura extremamente sólida e estável”
ANDERSON, Perry. Idem, p. 85.

❖ Por volta do século XII, Felipe II, da dinastia capetíngia, iniciou o processo de centralização política da
França.

❖ Guerra dos Cem Anos (1337-1453)

❖ Processo de centralização política ameaçado pelas guerras religiosas travadas entre católicos e
protestantes
→ Noite de São Bartolomeu

❖ Édito de Nantes (1598) → liberdade religiosa para os huguenotes


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Absolutismo na França

❖ Reis Luís XIII e Luís XIV → apogeu do


absolutismo francês

❖ Luís XIV → O Rei Sol


- Construção de uma imagem pública
- Construção do Palácio de Versalhes, nova
sede da Corte situada nas proximidades de
Paris → criação de uma etiqueta

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Absolutismos na Europa: França


Hoje o nome “Versailles” evoca não somente uma construção, mas um mundo
social, o da corte, e em particular a ritualização da vida cotidiana do rei. Os atos
de levantar de manhã e ir para a cama de noite foram transformados nas
cerimônias do lever e do coucher – sendo a primeira dividida em duas etapas, o
petit lever, menos formal, e o grand lever, mais formal. As refeições do rei
também foram ritualizadas. Luís podia comer mais formalmente (o grand
couvert) ou menos formalmente (o petit couvert), mas até as colações menos
formais, o très petit couvert, incluíam três serviços e muitos pratos; Essas
refeições eram encenações perante uma audiência. Era uma honra ser
autorizado a ver o rei comer, honra ainda maior receber uma palavra sua
durante a refeição, honra suprema ser convidado a servi-lo ou a comer com ele.
Todos os presentes usavam chapéu, exceto o rei, mas o tiravam para falar com
este quando lhes dirigia a palavra, a menos que estivesse à mesa [...].
Havia normas formais para a participação nesse espetáculo – quem tinha
direito de ver o rei, a que horas e em que partes da corte, se tal pessoa podia se
sentar numa cadeira ou num tamborete [tabouret] ou tinha que permanecer de
pé. A vida diária do rei compunha-se de ações que não eram simplesmente
recorrentes, mas carregadas de sentido simbólico, porque eram
desempenhadas em público por um ator cuja pessoa era sagrada.
BURKE, Peter. A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV. 2ª ed. Rio de Janeiro, Zahar,
A Idade Moderna I
2009. pp. 99-101.
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Versalhes seria largamente imitado por monarcas por toda a Europa, de Potsdam a Hampton
Absolutismos
Court, na aEuropa:
e da Escandinávia França
Nápoles. Era o centro de uma espécie de “estado teatral” no qual o
ator principal, o próprio monarca, interpretava uma série de rotinas. A maneira de viver no
palácio − a grande ostentação familiar, os rituais nos espaços públicos, o teatro do cotidiano,
até as atividades mundanas de acordar, fazer refeições e ir dormir − era imitada por nobres e
monarcas rivais.

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Absolutismo na Inglaterra
❖ Guerra dos Cem Anos

❖ Fortalecimento do Grande Conselho, composto pela


nobreza britânica.

❖ Guerra das Duas Rosas

❖ Dinastia Tudor → fortalecimento do poder monárquico.


Elizabeth I fortalece o poder naval inglês.

❖ Ato de Supremacia de Henrique VIII

Fonte: Shutterstock
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Absolutismo na Espanha
- O processo de unificação da monarquia está relacionado às guerras de Reconquista, promovidas pelos
cristãos com o intuito de expulsar os mouros
- A região era controlada pelos muçulmanos desde o século VIII, a exceção do reino das Astúrias,
situado no norte. No século seguinte, a fragmentação desse território cristão deu origem aos reinos
de Aragão, Castela, Leão e Navarra.

Fonte: JOBSON, José Jobson de A. Atlas histórico


básico. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 18.
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- A partir do século XI, os reinos cristãos souberam aproveitar da
desagregação do Califado de Córdoba, em 1031, para promover
ataques bem-sucedidos contra a região islamizada. Esse
movimento era visto como uma guerra santa pela Igreja, que
concedeu o perdão dos pecados daqueles que fizessem parte dos
esforços para combater os mouros.

- Por meio de alianças estabelecidas com casamentos entre as


dinastias dos reinos, pouco a pouco os ibéricos cristãos
promoveram a centralização política na península e conquistaram
novos territórios ao sul. Em 1469, Isabel de Castela e Fernando de
Aragão concretizaram uma união entre os dois reinos a partir de
um casamento, tornando-se conhecidos como Reis Católicos.

- Pouco tempo depois, o território atualmente conhecido como


Espanha seria formado pelos dois soberanos a partir da tomada
de Granada (1492), último reduto muçulmano na Península
Ibérica. Fonte: Shutterstock.

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A Formação de Portugal
❑ Em 711, a península Ibérica foi tomada por muçulmanos. O norte da
região, as Astúrias, foi mantida sob domínio cristão.

❑ A partir do século XI, foram formados os reinos cristãos de Leão,


Castela, Navarra e Aragão. Eles lideraram os movimentos de
Reconquista da península.

❑ Após se empenhar nas batalhas contra os mouros, o nobre Henrique


de Borgonha recebeu como recompensa de Afonso IV, rei de Leão e
Castela, o condado Portucalense.

❑ O filho de Henrique de Borgonha, Afonso Henriques, libertou o


condado do rei de Leão e Castela, tornando-se rei de Portugal em
1139. Seu território atual foi obtido até a conquista da região de
Algarve, em 1249.
“PRIMEIRO ESTADO EUROPEU MODERNO”
Henrique de Borgonha.
Fonte: RTP Ensina
AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I
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A Revolução de Avis
❑ Portugal se manteve politicamente autônomo até 1383, quando
morre D. Fernando, o último rei da dinastia de Borgonha.

❑ Como não tinha herdeiros masculinos, o marido de sua filha mais


velha, o rei de Castela, reivindicou para si a coroa portuguesa.

❑ Contudo, parte dos súditos apoiou a ascensão de D. João, filho


bastardo de D. Fernando conhecido como “Mestre de Avis”.

❑ O movimento político que o levou ao trono ficou conhecido como


Revolução de Avis, e contou com a participação de nobres,
burgueses e da “arraia-miúda”, como eram chamadas as camadas
empobrecidas a época.

PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA

AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I


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RENASCIMENTO
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❖ Baixa Idade Média → Surgimento das universidades e da figura


do intelectual.

❖ Humanistas buscam a diversificação dos conhecimentos


transmitidos nas universidades, incluindo áreas como poesia,
filosofia, história, matemática e a eloquência – uma
combinação da retórica e a filosofia.

❖ A partir do contato com obras da Antiguidade Clássica, os


humanistas defendiam o rompimento com o pensamento
medieval em nome de uma nova cultura, que valorizasse o
Homem e suas potencialidades.

HUMANISMO: Maior confiança na potencialidade do


Homem para buscar o conhecimento e a verdade, Fonte: Shutterstock

sem a necessidade de clérigos como intermediários.

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Conceituação
❖ Movimento cultural que floresceu em centros comerciais da península
itálica, entre os séculos XV e XVI, e que buscou a valorização das
capacidades humanas.

❖ Defendiam o rompimento com o pensamento medieval, e sob a


influência de valores e técnicas da Antiguidade, formar uma nova
cultura.

Idade Idade
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Antiga Média RENASCIMENTO
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Razões de difusão
❖ Itália da Renascença dividida em pequenas repúblicas e
principados, governadas por poderosas famílias de
nobres ou burgueses.
❖ Florença, Gênova e Veneza como principais centros
comerciais. Com a crise do Império Bizantino, passam a
abrigar intelectuais de Constantinopla, que levam
consigo produções greco-romanas. Florença, uma das mais importantes cidades do Renascimento italiano. Fonte:
Shutterstock.
❖ Aperfeiçoamento da imprensa pelos ocidentais, por
volta de 1430.

Prensa de Guttenberg,1456.
❖ Ação dos mecenas → patrocinadores da arte e ciências,
incluindo reis, burgueses, membros do clero e da
nobreza

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Características do Renascimento
❖ Antropocentrismo → “Homem como centro”, isto é, valorizar suas
potencialidades artísticas, literárias, científicas e inventivas. Esse
valor se opõe ao teocentrismo (Deus como centro) da Idade Média,
quando tudo era explicado como resultado da vontade divina.

❖ Classicismo → Retomada de valores, técnicas e saberes da cultura


greco-romana. Os renascentistas não buscavam copiar o legado da
Antiguidade, mas apenas se inspirar para a criação de uma nova
cultura europeia.

❖ Racionalismo → Esforço para conhecer o mundo a partir do


pensamento racional. Sem se contentar com as explicações
dogmáticas da Igreja, o Homem renascentista buscou explicar o
mundo a partir da lógica e de métodos científicos.
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CPF 15936504778 Fonte: Shutterstock
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Características do Renascimento
❖ Individualismo → Refletindo os valores da burguesia
que surgia naquele momento, os renascentistas
buscaram o reconhecimento das suas habilidades,
fossem elas políticas, artísticas ou comerciais.

❖ Hedonismo → Desfrutar os prazeres sensoriais é


algo buscado pelos homens do Renascimento, o que
se opõe à vida limitada ao sofrimento e a contrição
do período medieval.

❖ Naturalismo → Compreender a natureza a partir da


observação e experimentação, o que permitiu
avanços em áreas como a medicina, astronomia e
nas artes.
Fonte: Shutterstock
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Revolução Científica

❖ Leonardo da Vinci (1452-1519) → trabalhos de


fisiologia, hidráulica, matemática e aeronáutica. Para
transmitir as sutilezas do corpo humano em suas obras,
o italiano dissecou mais de 30 cadáveres.

❖ Nicolau Copérnico (1473-1543) → HEOLIOCENTRISMO

Estudos anatômicos de Leonardo da Vinci, 1510.


A Idade Moderna I
Fonte: GOMBRICH, E.H. A história da arte. 16ª ed. Rio de
Profs. Alê Lopes e Marco Túlio
CPF 15936504778 Janeiro: LTC, 2015. p. 295.
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Revolução Científica
❖ Johannes Kepler (1571-1630) → descobridor dos períodos de rotação dos planetas

❖ Galileu Galilei (1571-1630) → aperfeiçoamento do telescópio possibilitou a


descoberta de imperfeições da lua.

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Revisão

Idade Média Renascimento


Teocentrismo Antropocentrismo

Cultura litúrgica Cultura secular

Misticismo Racionalismo

Contrição Hedonismo

Geocentrismo Heliocentrismo

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AS REFORMAS RELIGIOSAS
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Movimentos de contestação às práticas da Igreja


❖ Séc. XIV → Devotio Moderna: defensor da vida humilde e crítico da venda de
indulgências

❖ John Wycliffe (1330-1384) → Defensor da tradução da Bíblia para o inglês

❖ Jan Hus (1369-1415): Contra o poder papal e a favor de uma Igreja mais
próxima dos fiéis. Defensor de cultos em língua vernacular, publicou a Bíblia
em tcheco.

❖ Influência do Humanismo → valorização da interpretação individual das obras.

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[...] segue-se imediatamente a espécie melhor do gênero animal, isto é, os que vulgarmente
se chamam monges ou religiosos. Seria, porém, abusar grosseiramente dos termos chamá-
los, ainda hoje, por tais nomes. Com efeito, por via de regra, não há pessoas mais irreligiosas
do que essas e, como a palavra monge significa solitário, parece-me não se poder aplicá-la
mais ironicamente as pessoas que se encontram em toda parte, acotovelando-se a cada
passo [...]. São de tal forma odiados que, quando por acaso são vistos, costuma-se tomá-los
por aves de mau agouro [...]. A sua principal devoção consiste em não fazer nada, chegando
ao ponto de nem ler. Sem dar-se ao trabalho de entender os salmos, já se julgam
demasiados doutos quando lhes conhecem o número, e, quando os cantam em coro,
imaginam enlevar o céu com a asnática melodia [...]. Os mais ridículos, a meu ver, são os que
se horrorizam ao verem dinheiro, como se se tratasse de uma serpente, mas não dispensam
o vinho nem as mulheres. Não podeis, enfim, imaginar quanto se esforçam por se
distinguirem em tudo uns dos outros. Imitar Jesus Cristo? É o último dos seus pensamentos.
ROTTERDAM, Erasmo de. O elogio da loucura. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000026.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2019.
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O Luteranismo
❖ Condenava a figura do papa e a hierarquia da Igreja

❖ Crítica à necessidade de se dar doações e esmolas

❖ Crítica do uso da Bíblia em latim, que restringia o acesso


dos fiéis.

❖ Solifideísmo → É a fé pessoal, e não às boas práticas, que


tornam possível a salvação.

❖ Em 1575, afixou suas 95 teses na porta da catedral de


Wittemberg. Quando convocado por uma bula papal para se
retratar, o monge queimou o documento
Retrato de Martinho Lutero, de Lucas
Cranach, 1529. Fonte: Shutterstock.
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❖ Intimado pelo imperador do Sacro Império a participar


da Dieta de Worms (1521), manteve suas convicções.
Foi condenado pelas autoridades, mas não foi preso.

❖ Sob proteção de Frederico da Saxônia, traduziu a


Bíblia para o alemão. Também estabeleceu outros
pontos para o luteranismo:
- Fim do celibato clerical
- Fim do culto aos santos
- Fim da prática da confissão.

❖ As ideias de Lutero agradavam a nobreza alemã, que


passa a confiscar bens da Igreja. Entre as camadas
populares, o luteranismo deu origem à Revolta
Anabatista.

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O Calvinismo
❖ Em 1533, o francês João Calvino converteu-se ao
luteranismo, sendo por isso perseguido até se refugiar na
Suíça, na região de Genebra.

❖ Desenvolveu um modo de vida disciplinado e rigoroso, no


qual os jogos e festas e uma vida luxuosa eram proibidos.

❖ Defensor da teoria da predestinação, segundo a qual a


salvação ou condenação eterna de cada fiel já era
previamente conhecida por Deus devido a sua onisciência.

❖ O calvinismo não condenava os lucros obtidos a partir de


O cambista e sua mulher, por Quentin Massys, 1514.
empréstimos, o que acabou atraindo diversos burgueses a
se converterem.

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O Anglicanismo
❖ Na Inglaterra, a reforma religiosa ocorreu em condições
distintas das observadas nos demais países. Por não ter
obtido herdeiros masculinos de sua esposa, o rei Henrique
VIII apresentou ao papa um pedido de anulação de seu
casamento com Catarina de Aragão.

❖ Diante da negativa de Roma, ele decidiu romper com a


Igreja católica para se casar com sua amante, Ana Bolena.

❖ Ao confrontar o poder papal, o monarca se colocou como


líder da Igreja anglicana, em 1534, acumulando, portanto,
as funções de chefe de Estado e da Igreja.
Fonte: Shutterstock

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A Contrarreforma Católica
❖ A realização do Concílio de Trento (1545-1565) → latim
como língua litúrgica. Reafirmação da ideia de
transubstanciação, da infabilidade papal, da virgindade de
Maria, do purgatório e do culto aos santos.

❖ Organização do Index librotum prohibitorum

❖ Organização da Companhia de Jesus, fundada em 1534 por


Inácio de Loyola.
- Colégios de ensino para as elites
- Expansão da fé para o Novo Mundo.
São Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
Fonte: Shutterstock.

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A Contrarreforma Católica

❖ Criação do padroado → fortalecimento


das monarquias ibéricas

❖ Reativação do Tribunal do Santo Ofício,


também conhecido como Tribunal da
Santa Inquisição.

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História e Sociologia Articuladas

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Exercícios - EsPCEx

A Idade Moderna I
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(2019/EsPCEx)
Portugal foi um dos primeiros países europeus a pôr em prática uma
eficiente centralização político-administrativa. Em 1383, para solucionar
problemas relacionados a sua sucessão dinástica e, também, para evitar a
sua anexação pelo reino de Castela, deflagrou-se um movimento que ficou
conhecido como Revolução de Avis. Esta levou ao poder Dom
a) Manuel.
b) João.
c) Afonso Henriques.
d) Dinis.
e) Fernando.

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(2019/Aman/EsPCEx)
Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos
das monarquias nacionais em grande parte da Europa. Desse processo
resultou o absolutismo monárquico. Dentre os argumentos usados para se
justificar tal condição, havia um que definia o poder absoluto como
condição necessária para a manutenção da paz e do progresso. Assinale a
alternativa abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento.
a) Thomas Hobbes
b) Immanuel Kant
c) John Locke
d) Jean Le Rond D’ Alembert
e) Jacques Bossuet

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(2019/EsPCEx)
No começo do século XVI, interessado em construir a basílica de São Pedro,
em Roma, o Papa Leão X negociou com o banqueiro Jacob Függer a venda
das indulgências, que garantiriam o perdão dos pecados àqueles fiéis que as
comprassem. Esse abuso do poder exercido pelo Papa causou profunda
revolta em um monge do Sacro Império Romano-Germânico chamado:
A) Erasmo de Roterdã
B) Thomas Morus
C) Pieter Bruegel
D) Martinho Lutero
E) Nicolau Copérnico

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(2019/EsPCEx – Adaptada)
No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos que levaram
a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa. Entre as ideias dos
principais protestantes, podemos encontrar a(o):
I- Criação do Index.
II- Predestinação.
III- Criação da Companhia de Jesus.
IV- Uso da língua inglesa.
V- A Bíblia como fonte de fé e livre exame.
VI- Extinção da hierarquia eclesiástica.
Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.
[A] III, V e VI.
[B] I, II e VI.
[C] II, V e VI.
[D] I, II e V.
[E] II, IV e V.

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(2019/EsPCEx (Aman)
No período do Renascimento, ocorreram mudanças significativas na produção cultural
europeia. Considerando:
I. o desenvolvimento da Teoria do Heliocentrismo
II. o desenvolvimento da imprensa
III. a estratificação da sociedade
IV. a ação dos mecenas
Assinale abaixo o item que apresenta os aspectos que influenciaram o aumento da
produção cultural renascentista, assim como da sua qualidade.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

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(2016/EsPCEx (Aman)
Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI,
podemos afirmar que
a) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa.
b) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os
pecadores.
c) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha.
d) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento.
e) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII.

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(2015/EsPCEx (Aman)
O absolutismo desenvolveu-se no ocidente europeu durante a Idade Moderna (séculos
XV ao XVIII), favorecido, principalmente, pela(o)(s):
a) falta de freio nas concepções morais e nos costumes da época.
b) fortalecimento da Igreja Católica e pelos lucros auferidos pelas vitórias dos cruzados.
c) formação dos estados nacionais e transferência do eixo econômico do Oceano
Atlântico para o Mar Mediterrâneo.
d) riquezas obtidas pelos reis europeus na América, África e Ásia.
e) reforma protestante e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o
Mar Mediterrâneo.

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(2014/EsPCEx (Aman)
“A partir do século XI, a Europa Ocidental foi palco de uma série de mudanças: crescimento da
população, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, intensificação do comércio
entre o Ocidente e o Oriente e ascensão da burguesia (mercadores, armadores, banqueiros).
Todas essas mudanças inspiraram uma nova visão do mundo, da arte e do conhecimento,
impulsionando, assim, um movimento de grande renovação cultural, único na história do
Ocidente: o Renascimento.”
(BOULOS JR, 2011)
São características do Renascimento:
a) antropocentrismo e misticismo.
b) hedonismo e antropocentrismo.
c) teocentrismo e individualismo.
d) teocentrismo e nacionalismo.
e) misticismo e hedonismo.

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(2013/EsPCEx (Aman)
A Reforma protestante foi um movimento ocorrido no século XVI que causou uma grande
ruptura no mundo cristão e deu origem a novas doutrinas religiosas. Dentre os fatores
que levaram a esse movimento, está(estão) o(a)(s):
a) apoio da Igreja católica à prática da usura e ao lucro.
b) críticas de alguns membros da Igreja a práticas promovidas pela instituição, como a
venda de indulgências (perdão dos pecados).
c) reação à decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição.
d) valorização do racionalismo e do cientificismo, além dos ideais iluministas.
e) estímulo à leitura e à livre interpretação da Bíblia, promovido pelo Vaticano.

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(2013/EsPCEx (Aman)
“Se por um lado o mundo medieval se encerrou em meio à crise, por outro, com o início da
expansão marítima e o declínio do feudalismo, afirmou-se uma nova tendência: o
capitalismo comercial.”
(VICENTINO, 2007)
Sobre capitalismo comercial, tendência econômica adotada por alguns Estados Nacionais
Europeus da Idade Moderna, pode-se afirmar que
a) provocou o êxodo urbano, especialmente na Inglaterra.
b) subordinou, definitivamente, a economia urbana aos interesses agrários.
c) forçou o surgimento de legislação destinada a organizar e proteger o trabalhador rural.
d) monopolizou, já no século XV, nas mãos de empresários, as atividades produtivas
urbanas, fazendo desaparecer o artesanato, praticado em oficinas.
e) evoluiu para uma crescente separação entre capital e trabalho.
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(2016/EsPCEx)
As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser analisadas como
parte integrante do processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Desta forma,
implicaram conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas
relacionadas à nova ordem econômica.
Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados.
a) Tomismo.
b) Teologia Agostiniana.
c) Ato de Supremacia.
d) Predestinação Absoluta.
e) Prática da usura.

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(ESPCEX (AMAN) 2011)

As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI ficaram conhecidas
como Renascimento. Foram características deste movimento:
a) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo.
b) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego).
c) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e na
pintura.
d) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica.
e) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas.

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(ESPCEX (AMAN) 2011)


A Reforma foi um movimento religioso ocorrido no século XVI, marcado pelo surgimento
de novas religiões cristãs. Dentre suas consequências, observamos
a) uma grande ruptura na Igreja Católica, levando ao retrocesso de práticas, como a usura
e os juros nas regiões onde foi adotado o luteranismo.
b) o aumento da interferência da Igreja Católica em questões políticas, nos países que se
tornaram calvinistas.
c) o surgimento da Igreja Anglicana na Inglaterra, que adotou o calvinismo e criou um
novo papa, para se tornar o chefe da nova igreja.
d) a reação da Igreja Católica, para tentar acabar com o avanço do movimento,
promovendo guerras religiosas contra os países protestantes e revendo alguns de seus
dogmas.
e) a tentativa da Igreja Católica de se fortalecer novamente, promovendo uma
reorganização da Instituição e reafirmando princípios tradicionais.
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