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PROFESSORA TATIANA CLARO

AULA 5 – TRABALHO E EMPRESA

Prezados (as) alunos (as),

Chegamos a nossa última aula, na qual estudaremos o mundo


empresarial através dos seguintes tópicos:
 A empresa;
 Estrutura e organização da empresa;
 A classe dirigente; Poder e decisão na empresa.

Gostaria de elucidar que, a fim de subsidiar nossos estudos


sociológicos, abordarei nessa aula alguns assuntos referentes à
Administração, mas que simplesmente servirão de base para a
compreensão das relações sociais no mundo empresarial. Não tenho
nenhuma intenção de fazer uma extensiva análise administrativa, até
mesmo porque estaria desviando do foco da nossa disciplina. Além
disso, vale à pena lembrar que a Sociologia busca a compreensão dos
grupos sociais e das relações humanas, possibilitando àqueles que a
estudam maior esclarecimento e criticidade do mundo que nos cerca.
Portanto, esse sim é nosso objetivo.
Além dos conteúdos, teremos ao final da aula dois simulados,
cada um com 5 questões (a mesma quantidade que teremos na prova
do dia 14/03). Busquei construir os simulados seguindo o modelo das
provas de Sociologia do Trabalho da ESAF, que geralmente iniciam
com questões referentes ao trabalho no pensamento clássico
(principalmente Marx, Durkheim e Weber) e, progressivamente, vão
abordando questões mais contemporâneas, como, por exemplo, a
crise da sociedade do trabalho ou a atual situação dos sindicatos no
Brasil.

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Sugiro, antes de fazer o simulado, uma revisão de todas as


nossas aulas (incluindo a aula zero), a fim de que você se sinta mais
seguro. Esclareço que, devido à dificuldade de encontrarmos provas
específicas de Sociologia do Trabalho, busquei as questões nos
exames para sociólogo e/ou professor de Sociologia que mais se
aproximavam do modelo da ESAF. Portanto, todas as questões do
simulado foram retiradas de concursos anteriores de bancas diversas
como CESPE, NCE, Cesgranrio, entre outras.
Agora, vamos ao trabalho. Tenham um ótimo estudo!

A empresa

Breve histórico

O surgimento da empresa moderna e está atrelado à própria


Revolução Industrial, que se caracteriza como um período de intensas
mudanças, principalmente sociais e econômicas, associadas ao uso de
máquinas no processo produtivo, conforme estudamos na aula zero.
Também vimos que a Inglaterra foi o país precursor destas
mudanças, devido principalmente à acumulação de capital pela
burguesia comerciante e à abertura de novos mercados
proporcionados pela expansão marítima, trazendo maior demanda de
produtos e mercadorias. Visando suprir essa demanda com melhores
lucros e menores custos, a burguesia buscou alternativas para
aumentar, melhorar e acelerar a produção: gradualmente, o modelo
artesanal de produção artesanato deu lugar à produção em oficinas, e
estas à produção mecanizada nas fábricas, levando ao surgimento da
empresa moderna.

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Contudo, veremos que a empresa não é uma organização


imutável, pois suas características vão se modificando e se
redefinindo através dos tempos. Em alguns estudos históricos e/ou
administrativos, encontramos seis diferentes fases que marcam a
histórica das empresas:

1. Fase Artesanal (até meados do século VXIII)


Fase em que o regime de produção era artesanal, em pequenas
oficinas, de mão de obra intensiva e não qualificada. O sistema
comercial ainda é baseada na antiga tradição de trocas.

2. Fase da transição do artesanato à industrialização (meados do


século XVIII a meados do século XIX)
É nesta fase que a utilização das máquinas a vapor transforma as
oficinas mecanizadas em fábricas e usinas. Há a substituição do
esforço muscular humano. Desenvolvem–se as estradas de ferro
de grande porte devido à invenção da locomotiva a vapor, assim
como a navegação a vapor.

3. Fase do desenvolvimento industrial (meados do século XIX a


1914)
Fase em que há a substituição do carvão para a eletricidade e os
derivados do petróleo como principais fontes de energia. Surgem,
então, o motor de explosão e o motor elétrico e,
conseqüentemente, há o surgimento do carro, do telégrafo sem
fio, do telefone, do cinema, entre outros.
Há o domínio da nascente industrial pela ciência e pelos avanços
tecnológicos. O capitalismo industrial cede lugar ao capitalismo
financeiro, surgimento, assim, os bancos e as financeiras. As
grandes empresas (devido ao tamanho e funções) passam por um
processo de burocratização.

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4. Fase do gigantismo industrial (1914 a 1945)


Fase compreendida entre as duas Grandes Guerras Mundiais.
Nesse período há uma grande depressão econômica (1929) e uma
crise mundial.
As organizações empresariais e a tecnologia avançada são
utilizadas para fins bélicos e, portanto, acontecerá um avanço das
grandes empresas, principalmente nos transportes e
comunicações.
Nesta fase as empresas atingem enormes proporções, passando a
atuar em operações de âmbito internacional e multinacional.
Surgem os navios cada vez mais sofisticados e de grande porte,
grandes redes ferroviárias e auto-estradas cada vez mais
acessíveis.

5. Fase moderna (1945-1980)


Representa o período pós-guerra. Nesse momento surgem
produtos mais sofisticados devido aos avanços tecnológicos e
novos materiais básicos como plástico, alumínio, além das novas
fontes de energia desenvolvidas como a nuclear, solar.
Há vários avanços na produção como a televisão em cores, a
comunicação telefônica e a popularização do automóvel. É
importante destacar que tais avanços, nesta fase, são inventados,
projetados, construídos dentro das empresas, através de pesquisa
e desenvolvimento tecnológico.

6. Fase da globalização (ou da incerteza)


É a fase atual, na qual encontramos desafios, dificuldades e
incertezas sobre o que poderá ocorrer em um futuro próximo ou
remoto no mundo empresarial. As empresas lutam contra

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acirradas concorrências e há dificuldades de entender as relações


de mercado e as ações dos concorrentes.
A maneira tradicional de administrar a empresa não proporcionará
os resultados adequados. Estudaremos com mais profundidade
tais mudanças adiante, na seção sobre Estrutura e Organização
das Empresas.

A análise da evolução das empresas permite-nos concluir que


os princípios aplicados à organização do mundo empresarial
trouxeram inúmeras consequências para a sociedade, das quais
podemos citar algumas:

 As empresas se tornaram uma entidade autônoma capaz de


grande controle dos indivíduos e da sociedade;

 As empresas também se tornaram as principais empregadoras


de mão-de-obra;

 A maioria dos profissionais tornou-se empregada ou


dependente de grandes empresas, como advogados, médicos e
professores, tornando-se cada vez mais especializados. Estas
profissões que se caracterizam pelo cunho liberal e autônomo
de pensamento passaram a ser cada vez mais limitadas,
tornando-se uma camada submissa ao poder dos interesses
capitalistas;

 As grandes empresas passaram a dominar as idéias e a


educação, influenciando a formação profissional e criando novas
ocupações;

 O investimento no capital humano, formado pela qualificação


da força de trabalho, tornou-se objeto de atenção dos
governos, que passaram a fazer altos investimentos em
educação.

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É claro que inúmeros benefícios foram produzidos para todos


nós. Contudo, não se pode duvidar que os preços pagos pelo
conforto, educação especializada e a dependência aos empregadores
foram altos e revelam-se na crescente insatisfação com o modo de
viver atual, com a especialização profissional restrita, com a ameaça
aos empregos e com a incerteza futura que paira sobre as gerações
mais jovens.

Conceituação e classificação das empresas

Agora que analisamos o surgimento e a evolução da empresa,


ficará mais fácil defini-la.

A empresa consiste numa sociedade organizada composta


de meios humanos, técnicos e financeiros, reunidos tendo
em vista a produção de bens e/ou serviços destinados à
venda, satisfazendo as necessidades das comunidades
onde se encontra inserida. Também podemos
compreender a empresa como sendo uma atividade
organizada com caráter econômico e profissional,
constituída com o fim de produzir lucro.

Da definição apresentada, conclui-se que a empresa se


caracteriza principalmente por ser:
 Um organismo social;
 Um conjunto de meios;
 Um sistema de relações;
 Um centro de decisões.

A empresa deve definir um conjunto de objetivos concretos


para nortear a sua ação. Geralmente uma empresa possui dois tipos

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de objetivos: os objetivos econômicos (ou financeiros) e os


objetivos sociais. Os objetivos econômicos têm como finalidade a
otimização dos recursos com vista à maximização do lucro. Os
objetivos sociais buscam melhorar a imagem da empresa na
sociedade (por exemplo, conquistar um prêmio de liderança na
qualidade ou ser líder de mercado na inovação tecnológica).

Comumente, no que tange o setor econômico e dependendo do


tipo de prestação da empresa, encontramos três categorias: setor
primário (correspondendo à agricultura); setor secundário
(correspondendo à indústria) e setor terciário (correspondendo ao
setor de serviços).
Além dessas categorias, as empresas podem ser classificadas
quanto a:
 Tamanho (pequena, média, grande ou micro);
 Estrutura (individuais, coletivas, públicas, mistas);
 Número de proprietários (individual ou sociedade).

Numa análise sociológica, a organização empresarial é


considerada como o local onde os conflitos se multiplicam em torno
de um antagonismo básico entre capital e trabalho. Nela, portanto, a
relação entre dominante e dominados é crítica, precisando, a todo
momento, ser apresentada como consolidada, sendo continuamente
reforçada e justificada de um modo que procura ser plenamente
convincente.
A empresa, portanto, é a organização onde ocorre de forma
mais clara, na perspectiva marxista, a chamada “luta de classes”,
onde a exploração de uma classe por outra é mais facilmente
percebida, onde é mais transparente. Assim, os mecanismos
utilizados para a prevenção, a canalização e minimização dessa

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exploração são mais sutis e elaborados, utilizando todas as formas de


transmissão de idéias e imagens (ideologia).
Para atingir os objetivos econômicos e sociais que caracterizam
todas as empresas, elas procuram antecipar e prevenir o
aparecimento de novos conflitos, bem como reforçar a posição das
elites organizacionais nos conflitos internos e externos. Desta
necessidade, veremos surgir diversos modelos de administração e
princípios organizacionais, em função da minimização desses
conflitos, que serão analisados nas seções abaixo.

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Sintetizando...
EMPRESA
 O surgimento da empresa moderna e está atrelado à própria Revolução
Industrial. Podemos verificar diferentes fases históricas:

Antiguidade até a pré-Revolução


1ª Fase artesanal
Industrial
Fase da transição para a
2ª 1ª Revolução Industrial
industrialização

3ª Fase do desenvolvimento industrial Após a 2ª Revolução Industrial

Entre as duas Grandes Guerras


4ª Fase do gigantismo industrial
Mundiais

5ª Fase moderna Pós-guerra até a atualidade

6ª Fase da Globalização ou incerteza Momento atual

 Conceito de empresa: sociedade organizada composta de meios humanos,


técnicos e financeiros reunidos, tendo em vista a produção de bens e/ou
serviços destinados à venda, satisfazendo as necessidades das comunidades
onde se encontra inserida.

 Objetivos das empresas: econômicos (ou financeiros) e objetivos sociais.

 Categorias econômicas:

- setor primário (correspondendo à agricultura);


- setor secundário (correspondendo à indústria) e
- setor terciário (correspondendo ao setor de serviços).

 As empresas podem ser classificadas quanto a:


- Tamanho (pequena, média, grande ou micro);
- Estrutura (individuais, coletivas, públicas, mistas);
- Número de proprietários (individual ou sociedade).

Análise sociológica da empresa

 A organização empresarial é considerada como o local onde os conflitos se


multiplicam em torno de um antagonismo básico entre capital e trabalho.
 A empresa, portanto, é a organização onde ocorre de forma mais clara, na
perspectiva marxista, a chamada “luta de classes”, onde a exploração de
uma classe por outra é mais facilmente percebida, onde é mais
transparente.

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Estrutura e Organização

As invenções tecnológicas que se iniciaram no século XVIII e


XIX mudaram a sociedade e a economia radicalmente. Por isso
utilizamos o termo “Revolução” Industrial, pois representou uma
verdadeira revolução pacífica movida pelos avanços da produção
industrial.

As máquinas a vapor, os teares, as locomotivas e trens a vapor,


possibilitaram um aumento acelerado na produção, transporte de
pessoas e mercadorias em tempo e custos reduzidos, estimulando o
consumo e alimentando o ciclo produtivo, conforme estudado na aula
zero do nosso curso. A sociedade mudou radicalmente, as pessoas
abandonaram rapidamente as áreas rurais para se estabelecerem em
áreas urbanas. A prosperidade de alguns, uma minoria, que dispunha
de capital para investir na produção não significou, naturalmente,
prosperidade para todos.

As fábricas do início da Revolução Industrial apresentavam


condições precárias para o trabalhador, com ambientes mal-
iluminados, abafados, e sujos. Por outro lado, estas fábricas
trouxeram a necessidade de ordem, de disciplina, de um novo
conjunto de conhecimentos que pudessem auxiliar os novos
administradores a lidar com essa massa de trabalhadores
desqualificados e indisciplinados.

Desta necessidade surgiram os modelos clássicos de


administração e princípios organizacionais. As hierarquias rígidas, a
divisão do trabalho “mental” e “braçal”, a adoção de medidas
disciplinares, o alto grau de controle dos “subordinados” e as cadeias
de comando são elementos da forma como as empresas primeiro se
estabeleceram: com uma imensa disponibilidade de mão-de-obra

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barata e pouco especializada e a necessidade dos empresários de


controlar e gerenciar a produção com esta mão-de-obra.
Portanto, alguns princípios organizacionais, conhecidos como
teorias administrativas, surgiram em resposta as duas conseqüências
provocadas pela Revolução Industrial:
 Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que
passaram a exigir uma administração científica capaz de
substituir o empirismo e a improvisação;
 Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas,
para fazer face à intensa concorrência e competição no
mercado.

Podemos encontrar diversas teorias administrativas, com


ênfases diversas (na tarefa, na estrutura, nas pessoas). Aqui
analisaremos brevemente as três principais, também conhecidas
como “escola clássica”, cujos principais representantes são Taylor
(Administração Científica), Fayol (Teoria Clássica) e Weber (Teoria da
Burocracia).

Administração Científica (Taylor)

Já sabemos que Frederick W. Taylor é o pai da Organização


Científica do Trabalho e a sua abordagem é a que mais claramente se
orienta para o estudo do sistema de produção fabril, conforme
estudamos na aula 2, na seção sobre processos do trabalho. Nessa
aula focaremos mais precisamente no que tange à administração.
Taylor tinha como preocupação principal tentar eliminar o
desperdício e as perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar
os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e
técnicas da engenharia industrial.

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Até então, a escolha do método de trabalho era confiada ao


próprio operário que se baseava na sua própria experiência pessoal
anterior para definir como iria realizar as suas tarefas. Isso fazia com
que as indústrias americanas revelassem uma profunda disparidade
de métodos de trabalho, pois cada operário tinha o seu esquema
pessoal de trabalho, o que dificultava a supervisão, o controle e a
padronização de utensílios e ferramentas de trabalho.
Taylor procurou tirar do operário o direito de escolher a sua
maneira pessoal de executar a tarefa para impor-lhe um método
planejado e estudado por um profissional especializado no
planejamento das tarefas.
Essa administração das tarefas se assentava na organização
racional do trabalho do operário que procurava localizar o método
pelo qual o operário poderia se tornar eficiente.
O conceito fundamental do Taylorismo é do one and only best
way, ou seja, há uma e uma única maneira de melhor executar uma
tarefa. Com base neste conceito, Taylor partiu para o método para
atingir esse objetivo, que designou por “estudo de tempos e
movimentos” (tema já estudado na aula 2).
Deve-se a Taylor a apresentação do primeiro livro que, de
forma sistematizada e científica, aborda os princípios e a prática de
gestão – “Princípios da Gestão Científica”, publicado em 1911. Nele
encontramos os quatro princípios que alicerçam a Administração
Científica:

 Princípio do Planejamento: Busca substituir no trabalho o


critério individual do operário, a improvisação e a atuação
empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos
científicos. Também substituir a improvisação pela ciência, por
meio do planejamento do método.

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 Princípio de Preparo: Consiste em selecionar cientificamente os


trabalhadores de acordo com suas aptidões, prepará-los e
treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o
método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, é preciso
preparar também as máquinas e os equipamentos de produção,
bem como o arranjo físico e a disposição racional das
ferramentas e dos materiais.

 Princípio do Controle: Significa controlar o trabalho para se


certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com
as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência
deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja
a melhor possível.

 Princípio da Execução: Foca na distribuição distintamente das


atribuições e das responsabilidades, para que a execução do
trabalho seja bem mais disciplinada.

De acordo com Taylor a execução desses princípios da


Administração Científica levaria ao principal objetivo das
organizações, que é assegurar ao empregador e a cada empregado a
prosperidade máxima.
Por fim, cabe ressaltar que Teoria da Administração Científica
apresenta ênfase nas tarefas, no nível do operário, e não no nível da
empresa tomada como uma totalidade. É como se cada operário
contribuísse para a maximização da eficiência, como agem os dentes
de uma grande engrenagem.

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Teoria Clássica (Fayol)

Na Europa o empresário francês Henry Fayol propôs alguns


princípios de administração de uma empresa, que se tornaram uma
espécie de “bíblia” empresarial.
Embora com base conceitual próxima à de Taylor, Fayol
desenvolveu a sua teoria numa perspectiva global, sendo os seus
princípios que expôs no seu livro “Teoria Geral da Administração”,
publicado em 1916, destinados à organização empresarial como um
todo.
Enquanto a ênfase da Teoria da Administração Científica
repousa sobre as tarefas, na Teoria Clássica de Fayol a ênfase
encontra-se na estrutura organizacional. Nesse sentido, administrar
é, sobretudo, planejar e organizar a estrutura de órgãos e de cargos
que compõem a empresa, dirigir e controlar as suas atividades.
Verifica-se que a eficiência da empresa é muito mais do que a soma
da eficiência dos seus trabalhadores, e que ela deve ser alcançada
por meio da racionalidade, isto é, da adequação dos meios aos fins
que de deseja alcançar.
Fayol, portanto, preocupa-se fundamentalmente com a análise
da estrutura hierárquica das organizações, focando na linha de
comando da qual dependeria todo o bom funcionamento
organizacional. Considerou também crucial a clareza das relações
hierárquicas bem expressas na unidade de comando: cada
subordinado tem um só chefe e para cada chefe é inequívoco quem
são as pessoas que respondem perante ele.
Fayol dividiu as operações empresariais em seis funções
fundamentais: comercial, técnica, segurança, contabilidade,
financeira e administração. A função administrativa está relacionada
com a integração de cúpula das outras cinco funções, coordenando e
sincronizam as demais, pairando sempre acima delas.

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A função administrativa engloba as funções de gestão que são:


 Planejar
 Organizar
 Comandar
 Coordenar
 Controlar

Na prática Fayol definiu um conjunto de regras a que deve


obedecer a estrutura interna de qualquer organização, baseado num
conjunto de 14 princípios gerais de gestão (administração), a saber:
 Divisão do trabalho
 Autoridade;
 Disciplina;
 Unidade de comando;
 Unidade de Direção;
 Prevalência dos interesses gerais
 Remuneração;
 Centralização;
 Hierarquia;
 Ordem;
 Equidade;
 Estabilidade de emprego;
 Iniciativa;
 Espírito de corpo.

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Teoria da Burocracia (Max Weber)

Diferente de Taylor e Fayol, Max Weber não é um gestor


profissional, mas sim um acadêmico alemão. Weber vai aplicar às
organizações o seu método de análise que consiste na definição de
um tipo ideal de organização. A organização “weberiana”, chamada
de burocracia, é do tipo racionalizada em que existe pré-
determinação a todos os níveis.
Para Weber, o termo burocracia não tem o significado
pejorativo de uso popular, mas um significado técnico que identifica
certas características da organização formal voltada exclusivamente
para a racionalidade e para a eficiência.
Uma vez definidos os objetivos e atividades da organização é
possível formular um sistema de regras e de papéis a serem
desempenhados por todos os membros da organização. O indivíduo
tem apenas de seguir comportamentos prefixados, geralmente por
escrito. Tudo está definido e todas as situações estão previstas – para
todas as perguntas há uma resposta.
O tipo ideal de burocracia, segundo Weber, apresenta seis
dimensões principais:

 Formalização
Todas as atividades da organização são definidas por escrito
(rotinas e procedimentos) e a organização opera de acordo com
um conjunto de leis ou regras (regulamentos, regimento interno,
estatutos), que são aplicáveis a todos os casos individuais, sem
exceção.
 Divisão de trabalho
Cada participante tem um cargo ou posição definidos com esfera
específica de competência, com deveres oficiais, atribuições
estritamente especificadas e delimitadas.

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 Principio de Hierarquia
A burocracia se assenta em uma hierarquia bem definida de
autoridade. Cada funcionário é submetido a ordens impessoais que
guiam suas ações de modo a assegurar sua obediência. Cada
função mais baixa está sob controle e supervisão da mais alta,
assegurando unidade de controle: cada funcionário tem apenas
um único chefe.

 Impessoalidade
O funcionário ideal desempenha com impessoalidade no
relacionamento com outros ocupantes de cargos. A burocracia
enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam, pois as
pessoas entram e saem da organização, mas os cargos
permanecem para garantir sua continuidade e perpetuação.

 Competência Técnica
A seleção e escolha dos participantes são baseadas na
competência técnica e qualificação profissional dos candidatos e
não em preferências de ordem pessoal. Daí a utilização de testes e
concursos para preenchimento de cargos ou para promoções. O
sistema também prevê carreiras, e as promoções são feitas de
acordo com a antiguidade ou mérito funcional, dependendo
sempre do julgamento do superior.

 Profissionalização do Funcionário
Os funcionários da burocracia são profissionais, pois são
especialistas em face da divisão do trabalho; são assalariados de
acordo com suas funções ou posição hierárquica. Os seus cargos
constituem a sua principal atividade dentro da organização, são
nomeados pelo superior imediato e seus mandatos são por tempo

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indeterminado. Geralmente seguem carreira dentro da


organização.

Por fim, vale ressaltar que uma organização que segue os


princípios de Weber tem um grande perigo: as regras de
funcionamento podem se transformar nos objetivos da organização, e
os verdadeiros objetivos acabarem sendo esquecidos pelos
colaboradores. É possível, ainda, se verificar algumas disfunções
como excesso de formalismo, a resistência a mudanças, a
conformidade com rotinas e procedimentos, a despersonalização do
relacionamento e a grande dificuldade no atendimento a cliente.

As políticas interempresariais

No capitalismo percebemos que no desenvolvimento de cada


uma das principais linhas industriais, a concorrência entre muitas
firmas pequenas tende a ser mais freqüente no começo da indústria.
Há, em seguida, uma série de manobras que, com o tempo, resultam
na consolidação e fusão.
A partir de 1870 a fusão de empresas em conseqüência das
crises ou do livre jogo do mercado, no qual as mais fortes e hábeis
absorviam as menores, acarretou em uma concentração do capital
em grau muito mais elevado do que anteriormente, causando
importantes modificações no funcionamento do sistema capitalista.
Surgiram as grandes corporações industriais e financeiras,
denominadas "cartéis", "trustes" e "holdings", que caracterizam o
chamado capitalismo "monopolista", substituindo o capitalismo liberal
da livre concorrência.
Assim, verificaremos que as principais empresas não são
gigantes isolados, mas estão entrelaçadas por fusões ou associações
dentro de suas respectivas indústrias e regiões, e em

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superassociações (como, por exemplo, a FIESP). Tais organizações


formam uma unidade entre a elite administrativa e outros membros
dos ricos associados e transformam os limitados poderes financeiros
em poderes de toda a indústria e toda a classe, e os utilizam,
principalmente, no setor econômico como, por exemplo, em relação
ao trabalho e suas organizações; e segundo, no setor público, onde
desempenham importante papel.
Abaixo analisaremos diferentes formas de encontrarmos tais
arranjos empresariais, tanto os mais antigos como os atuais:

Monopólio

Situação em que um setor do mercado com múltiplos


compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou
serviço, tendo capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta.
Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto para
aumentar a margem de lucro.
Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para
estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para
protegê-la da concorrência estrangeira, supostamente desleal por
usar métodos de produção mais eficientes e que barateiam o preço
ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a
justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo.
Temos um bom exemplo aqui no Brasil: a empresa Petrobrás era a
única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo
até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas
privadas no setor.

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Oligopólio

É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou


serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno
grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se
interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com
a política das demais empresas por saberem que, em setores de
pouca concorrência, a alteração de preço ou qualidade de um afeta
diretamente os demais.
Como há poucos fornecedores e cada um detém uma parcela
grande do mercado, qualquer mudança em sua política de vendas
afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir. Por
isso, numa oligarquia às vezes acontece dos fornecedores fazerem
acordos e fixarem os mesmos preços como se fosse um monopólio
(cartel). Nesses casos o preço tende, geralmente, a variar no nível
mais alto.
Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no
Brasil o automobilístico e o aéreo.

Cartel

Um cartel consiste numa organização de empresas


independentes entre si, que produzem o mesmo tipo de bens e que
se associam para elevar os preços de venda e limitar a produção,
criando assim uma situação semelhante a um monopólio (no sentido
em que as empresas cartelizadas funcionam como uma única
empresa). As partes entram em acordo sobre o preço, que é
uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são
fixadas para as empresas participantes.

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No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no


século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras
mundiais.
Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do
consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis.
Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
No Brasil, o setor onde esse tipo de prática é mais visto é o de
combustíveis líquidos. Geralmente o preço do combustível é
aumentado em todos os postos com diferenças mínimas de preço.

Truste

Consiste em uma reunião de empresas que abrem mão de sua


independência e submetem seu poder individual ao controle de um
conselho de trustes. Assim, a truste constitui uma única organização,
com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou
serviços, surgindo uma nova empresa com poder maior de influência
sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios.
Esse tipo de ação se configura com a imposição de certas
posturas das grandes empresas sobre as concorrentes de menor
expressão. As primeiras obrigam as segundas a adotarem políticas de
preços semelhantes, caso contrário, podem baixar os preços além dos
custos (Dumping)1, por exemplo, e forçar uma quebra dos
concorrentes.

1
O dumping é uma prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço
por um preço irreal para eliminar a concorrência e conquistar a clientela. Proibida
por lei, pode ser aplicada tanto no mercado interno quanto no externo. No primeiro
caso, o dumping concretiza-se quando um produto ou serviço é vendido abaixo do
seu preço de custo, contrariando em tese um dos princípios fundamentais do
capitalismo, que é a busca do lucro. A única forma de obter lucro é cobrar preço
acima do custo de produção. No mercado externo, pratica-se o dumping ao se
vender um produto por preço inferior ao cobrado para os consumidores do país de
origem. Os EUA acusam o Japão de praticar dumping no setor automobilístico.

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Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o receio de que


adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito
extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes.
No Brasil, a formação de truste é considerada uma infração e o
controle é feito pela Lei nº 8.884/94.

Holding

Consiste em uma organização de empresas que surge depois de


os trustes serem postos na ilegalidade. É uma sociedade gestora de
participações sociais que é criada com o objetivo de reger um grupo
delas (conglomerado), possuindo e administrando a maioria das
ações ou quotas das empresas componentes. Uma holding
geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um
setor. A formação de holdings é considerada o estágio mais avançado
do capitalismo.

Cluster (redes regionais)

Consiste em uma forma de reestruturação produtiva, através


do agrupamento de empresas ou de aglomerados de empresas em
uma região, voltadas para o mesmo ramo de atividades ou
correlatas.
Apesar de não ser uma novidade, passaram a ser parte das
novas estratégias empresariais, com apoio dos governos, ligação com
universidades, centros de pesquisas e redes de profissionais.
Estas redes favorecem o desenvolvimento regional, gerando
empregos, aproveitando a facilidade de uma força de trabalho mais
barata e a aproximação entre produção e o fornecimento de matéria-
prima, facilitando a distribuição e o escoamento da produção.

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Um exemplo é o Vale do Silício nos Estados Unidos ou as


clusters de sapatos do Rio Grande do Sul, no Brasil.

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Sintetizando...

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA


 Teorias administrativas - São princípios organizacionais que surgiram em
resposta as duas conseqüências provocadas pela Revolução Industrial:

- Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que


passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir
o empirismo e a improvisação;

- Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas,


para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

São elas:

1. Administração Científica (Taylor)

 Busca tirar do operário o direito de escolher a sua maneira pessoal de


executar a tarefa para impor-lhe um método planejado e estudado por
um profissional especializado no planejamento das tarefas.

 Os quatro princípios que alicerçam a Administração Científica são:


- Princípio do Planejamento
- Princípio de Preparo
- Princípio do Controle
- Princípio da Execução

2. Teoria Clássica (Fayol)

 A ênfase dessa teoria encontra-se na estrutura organizacional.

 Administrar é, sobretudo, planejar e organizar a estrutura de órgãos e de


cargos que compõem a empresa, dirigir e controlar as suas atividades.

 Fayol dividiu as operações empresariais em seis funções fundamentais:


comercial, técnica, segurança, contabilidade, financeira e administração.

 A função administrativa engloba as funções de gestão que são:


- Planejar
- Organizar
- Comandar
- Coordenar
- Controlar

Teoria da Burocracia (Max Weber)

 Consiste em um sistema de regras e de papéis a serem desempenhados


por todos os membros da organização.

 O indivíduo tem apenas de seguir comportamentos prefixados. Tudo está


definido e todas as situações estão previstas.

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A classe dirigente

Poder e decisão na empresa

A escolha dos detentores do poder sempre constituiu interesse


dos sociólogos. Seja qual for o sistema político (monarquia,
democracia, etc.), só um pequeno número de pessoas detém o poder
e a autoridade sobre a maioria do povo. Este fato levou à conclusão
de que existe uma elite dirigente, composta pelos que ocupam os
postos de mando político ou que participam das decisões mais altas.
Há, portanto, uma divisão da sociedade entre governantes e
governados, sendo a luta para entrar ou permanecer na elite o
principal objetivo da política.
Nas empresas também perceberemos claramente essa divisão e
a existência de duas classes: os dirigentes e os trabalhadores. Nas
primeiras organizações empresariais a classe dirigente era
majoritariamente formada pelos próprios proprietários. Contudo,
com a evolução e expansão das empresas modernas, as propriedades
aumentaram e o poder de controle direto dos proprietários diminuiu,
tornado-se indireto e sendo exercido por intermédio de um exército
de novos agentes. Assim, perceberemos que os proprietários não dão
ordens pessoalmente aos seus operários, pois há operários demais e
proprietários de menos. Mesmo que o comando pessoal fosse
tecnicamente possível, é mais conveniente controlar outras pessoas
para o comando. Surgem, portanto, os gerentes.
A expressão “gerente” designa uma atribuição de poder do
proprietário e, portanto, não é sinônimo do cargo. Presidentes,
diretores, chefes de departamentos e os próprios gerentes exercem
uma função gerencial, isto é, ligada à administração de uma
empresa.

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A substituição dos proprietários por quadros de gerência produz


o poder de controlar e representar os interesses dos capitalistas. O
poder dos altos dirigentes ou da elite empresarial está na autoridade
de um cargo. Tornam-se uma parte da elite econômica, controlando
parte da economia. Assim, proprietários e gerentes não são uma só
coisa, mas o proprietário modifica a distribuição do poder e o delega,
criando uma burocratização da função empresarial.
O homem situado na cúpula da empresa é um membro da
classe proprietária, porque age em nome dos interesses da
propriedade. São os cuidadores da propriedade privada, visando
lucros, responsabilizando-se por decisões e agindo a favor dos
interesses dos donos do capital.
O poder foi distribuído entre os quadros de gerência. Embora
proprietário e gerente não sejam mais uma só pessoa, o gerente não
expropriou o proprietário, e o poder da empresa como propriedade
sobre os operários e os mercados não desapareceu. O poder não foi
separado da propriedade, mas antes o poder conferido pela posse de
uma propriedade estava mais concentrado do que após repartição
dessas posses. Os poderes ligados à propriedade são
despersonalizados, indiretos e ocultos, mas não foram minimizados
ou reduzidos.
Assim, fica fácil entender a diferença entre a classe dominante
e elite:
 Classe dominante: Na teoria marxista classe dominante é a
dona dos meios de produção (fábricas, ferramentas, etc.), e
compra a força de trabalho que é a única mercadoria que o
proletariado tem para vender e sobreviver.
 Elite: É um pequeno grupo formado pelos mais capazes, mais
habilidosos naquilo que fazem, sendo referência para os
demais; é o grupo que tem o máximo que se pode ter,

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inclusive, no modo geral, dinheiro, poder e prestígio. Desta


forma, classe dominante e elite não são semelhantes.

Hoje, sabemos que existem várias elites na sociedade: a


política, a econômica, a militar, a intelectual, lutando entre si, pela
conquista do poder. A elite é formada por indivíduos que se
organizam para controlar o poder e as vantagens de sua posição.
As elites econômicas são compostas pelos dirigentes
empresariais ou proprietários das grandes empresas, a minoria
influente que toma as decisões estratégicas. Já a elite empresarial é
representada por aqueles que foram recrutados entre os membros
dos estratos superiores da classe média e unificada em torno de
objetivos comuns (daí, a dificuldade de um operário chegar à
presidência).

Gerência ou Liderança?

Hoje em dia dissemina-se uma ideologia que favorece a busca


de uma liderança pelos gerentes. Tal fato se deve a diversas causas:
crescente insatisfação dos trabalhadores com as empresas ou o
próprio trabalho e principalmente com os salários; maior consciência
dos trabalhadores em relação aos direitos trabalhistas, entre outros.
A liderança distribui o poder entre os liderados e torna-se,
portanto, uma forma de atraí-los para a classe dirigente e não para a
classe trabalhadora. E, ainda, há uma redução do controle, quando os
indivíduos assumem a liderança, passando eles mesmos a se
controlarem.
Perceberemos que há uma grande diferença entre ocupar um
cargo de "poder" imposto pela empresa (ser chefe/gerente) e ser
"líder" efetivamente, pois a liderança inclui o desenvolvimento de
"autoridade" pessoal, inspirando outras pessoas a atingir, com
entusiasmo, os resultados organizacionais desejados.

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Podemos, assim, diferenciar os líderes dos gerentes:


 Gerentes Æ pessoas cuja influência sobre os outros se limita à
autoridade administrativa designada de seus postos para
recompensar e punir;
 Líderes Æ pessoas com poder administrativo e pessoal que
podem influenciar outras a executar ações além daquelas que
poderiam ser determinadas unicamente pela autoridade
(posição) formal dessas pessoas.

Características da Liderança

 Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou


grupos nos esforços para realização de objetivos em uma
determinada situação;
 A liderança depende de variáveis no líder, nos subordinados e
na situação;
 A liderança existe em função das necessidades existentes em
determinada situação, trata-se de uma abordagem situacional;
 A liderança depende da conjugação de características pessoais
do líder, dos subordinados e da situação que os envolve;
 O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas essas
características.

Estilos de Liderança

Há diferentes estilos de comportamento do líder em relação aos


seus subordinados e diversas maneiras pelas quais o líder orienta sua
conduta. A teoria mais conhecida que explica a liderança por meio de
estilos de comportamento, sem se preocupar com características
pessoais de personalidade do líder, refere-se a três estilos de
liderança: autoritária, liberal e democrática.

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 Liderança autocrática: O líder centraliza as decisões e impõe


suas ordens ao grupo.
 Liderança liberal (laissez-faire): O líder delega totalmente as
decisões ao grupo e deixa-o totalmente à vontade e sem
controle algum.
 Liderança democrática: O líder conduz e orienta o grupo e
incentiva a participação democrática das pessoas.

Em pesquisas desenvolvidas sobre liderança em empresas


americanas, os grupos submetidos à liderança autocrática
apresentaram a maior quantidade de trabalho produzido. Sob a
liderança liberal não se saíram bem quanto à quantidade e quanto à
qualidade. Com a liderança democrática, os grupos apresentaram um
nível quantitativo de produção equivalente à liderança autocrática,
com uma qualidade de trabalho surpreendentemente superior. Os
grupos dirigidos democraticamente foram mais eficientes, pois se
apresentaram tão produtivos quanto os outros e também mais
criativos.

Liderança efetiva: Leadership

Servant Leadership é um termo que denomina a Liderança


onde, para tornar-se "líder", primeiro o administrador deve servir. O
livro O Monge e o Executivo de James C. Hunter divulgou o conceito
da Servant Leadership através da história de um executivo que
aprende a liderar através do desenvolvimento da autoridade e
confiança.

Dentro desse conceito, o papel do líder, em primeira instância,


é prover seus liderados de tudo o que for necessário - física e

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psicologicamente - para que eles se desenvolvam pessoal e


profissionalmente, para atingir a plenitude de suas competências no
sentido de alcançar as metas esperadas.
O líder deve inspirar e influenciar seus liderados. Isso só é
possível com o desenvolvimento da autoridade e confiança através de
um comportamento consistente, verdadeiro, respeitoso e ético. Em
essência, o líder não trabalha para a empresa, trabalha para os seus
liderados. Estes sim é que trabalham para a empresa, são eles que
produzem os resultados.
Cabe ao líder dar-lhes o rumo, apontar-lhes o caminho e provê-
los do que eles necessitam para atingir as metas, além de
desenvolver a comunidade empresarial e cuidar do clima
organizacional do trabalho.
Leadership é a liderança efetiva porque gera nos liderados o
sentimento espontâneo de que seguir o líder e sua visão é o caminho
para o próprio desenvolvimento pessoal e profissional. Caracteriza-se
assim como um processo auto-motivador que faz com que as pessoas
sejam o melhor que elas podem ser no sentido de alcançar os
objetivos da empresa, para o bem comum.

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Sintetizando...

A CLASSE DIRIGENTE

 A cúpula das empresas modernas é muito complexa; ao lado dos


altos dirigentes estão os grupos de proprietários, e abaixo deles as
hierarquias superiores dos quadros de gerência.
 O poder dos proprietários na fábrica, na empresa e na economia
política em geral tornou-se indireto e é exercido por intermédio de
um exército de novos agentes. Portanto:

- Proprietários são os indivíduos que tem direito legalmente a


uma participação dos lucros e esperam que aqueles que
dirigem a empresa agirão em defesa dos interesses dos
proprietários.
- Executivos/gerentes são os indivíduos que têm o controle
administrativo da empresa, isto é, são aqueles que a
dirigem.
- Líderes são pessoas com poder administrativo e pessoal que
podem influenciar outras a executar ações além daquelas
que poderiam ser determinadas unicamente pela autoridade
(posição) formal dessas pessoas.

Liderança efetiva: O Leadership

 Prove seus liderados de tudo o que for necessário - física e


psicologicamente
 Busca o desenvolvimento pessoal e profissional de seus liderados,
para atingir a plenitude de suas competências no sentido de
alcançar as metas esperadas.

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Questões de provas anteriores

1. (AFT/ESAF – 1998) Assinale a única opção que contraria os


elementos dados na afirmação abaixo.

Kets de Uries desenvolve o exemplo de Iacocca, executivo da Crysler,


destacando que, além de seu agudo senso pelo teatro que lhe
permitiu obter uma ajuda financeira do Estado, ganhar os sindicatos
para uma redução dos salários e convencer o público de comprar
seus veículos, ele possuía um estrito conhecimento da indústria
automobilística, de seus princípios e de seus objetivos. Ele sabia o
que significava fabricar um automóvel e como se articulam as
diversas fases do processo de produção... É justamente um saber
assim preciso que deu à sua visão as condições para redefinir os
rumos da empresa. A partir do caso Iacocca, percebe-se que o poder
de decisão na grande empresa não se confunde, necessariamente,
com a propriedade da empresa. (De Coster, F. Pichault, 1994)

(a) As capacidades próprias do líder lhe dão os elementos necessários


para que ele se diferencie dos outros, dando ao grupo o que é
necessário para a situação no momento certo. Nesse sentido, os
líderes são aqueles que são colocados no lugar para fazer a gestão de
uma crise e são dispensados quando esta se resolve.

(b) Para ser um Leadership três elementos devem funcionar juntos: a


convicção do líder, a competência do líder, que o deixa mais ou
menos apto para fazer frente às dificuldades do grupo e a situação na
qual o líder tem que assumir o exercício de suas qualidades e
competências.

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(c) Podemos classificar a capacidade interior do líder segundo três


pontos: a capacidade visionária, a capacidade comunicativa e uma
imagem de si, forte e coerente.

(d) Na grande empresa moderna a classe dirigente mescla


simultaneamente a dominação carismática (capacidade de convicção)
e a dominação legal (poder oriundo de um direito abstrato e
impessoal), sobretudo porque no interior da classe existem diferentes
posições de classe.

(e) Para uma eficaz administração da empresa é necessária a


coincidência entre a capacidade de liderança e a propriedade dos
meios de produção. Esta seria a condição perfeita para o
aparecimento do Leadership e o sucesso empresarial.

Resposta correta (e): A capacidade de liderança do leadership


baseia-se não só nos conhecimentos técnicos acerca de seu
trabalho, mas também com conhecimentos de recursos humanos,
motivação e ética.

Atividades de revisão

I. Coloque (F) para as afirmativas falsas e (V) para as verdadeiras,


justificando:

1. ( ) As palavras labor e trabalho sempre tiveram o mesmo


significado.

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2. ( ) Segundo Marx a relação do homem com a natureza se faz na


transformação desta através do trabalho.

3. ( ) O trabalho especializado e automatizado impossibilita a


alienação.

4. ( ) Homens e animais são capazes de idealizar seu trabalho: essa


é a estrutura do pensamento conceitual segundo Bravermann.

5. ( ) Segundo André Gorz, a compreensão do conceito de trabalho


pode ser entendida facilmente quando buscamos uma neutralidade
temporal.

6. ( ) Para Gorz o trabalho sempre funcionou como princípio de


exclusão social.

7. ( ) O trabalho entendido como ação é considerado um produtor


de utilidades (valores de uso).

8. ( ) Para Marx o capitalismo se apresenta necessariamente como


um regime econômico de exploração, porém necessário e
irremediável.

9. ( ) Para Marx a alienação é decorrente da expropriação da classe


trabalhadora de seus meios de produção (matéria-prima,
ferramentas, técnicas, etc.) e de seus fins (a mercadoria).

10. ( ) A mais-valia ocorre quando o empregador remunera seu


empregado de acordo com a demanda real de subsistência do
trabalhador.

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11. ( ) O aumento da produtividade do trabalho, através da


racionalização e aperfeiçoamento tecnológico caracteriza a mais-valia
absoluta.

12. ( ) Durkheim vê na divisão do trabalho social uma possibilidade


de curar a sociedade da anomia pela qual passa.

13. ( ) Segundo Durkheim, a solidariedade orgânica caracteriza-se


pela maior consciência coletiva, o que leva à coesão da sociedade.

14. ( ) De acordo com Weber, a disciplina ascética protestante


estabelece que o dinheiro ganho através do trabalho não deve ser
gasto em divertimento ou conforto, mas diretamente investido para
gerar mais dinheiro.

15. ( ) Conforme Marx, os elementos componentes do processo de


trabalho são: a atividade adequada a um fim, isto é o próprio
trabalho; a matéria a que se aplica o trabalho, o objeto de trabalho;
os meios de trabalho, o instrumental de trabalho.

16. ( ) A manufatura é o estágio em que o produtor executa sozinho


todas as fases da produção e até mesmo a comercialização do
produto.

17. ( ) A Revolução Industrial se caracteriza pela substituição da


energia humana pela energia motriz.

18. ( ) A máquina a vapor caracteriza a primeira revolução


industrial.

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19. ( ) Percebe-se que a Revolução Tecnológica afeta somente a


mão-de-obra industrial, pois averigua-se um considerável aumento
na oferta de serviços, diminuindo o desemprego estrutural.

20. ( ) Segundo os deterministas tecnológicos, é a força humana a


responsável pela dominação das tecnologias atuais.

21. ( ) Caracteriza o Toyotismo a racionalização da produção


através do parcelamento de tarefas.

22. ( ) As empresas que no início do século XX optaram por não


seguir o modelo Taylorista/fordista apresentaram maior lucratividade.

23. ( ) O operário polivalente e participativo é extremamente


valorizado nos moldes da Organização Científica do trabalho de
Taylor.

24. ( ) O saber parcelado do operariado é típico do modelo


Taylorista, enquanto o saber integral é próprio do modelo Toyotista.

25. ( ) Para Antunes, a crise da sociedade do trabalho levou ao


surgimento de uma classe trabalhadora mais heterogênea, mais
fragmentada e mais complexificada.

26. ( ) Políticas neoliberais presentes em diversos países buscam


uma maior estabilidade na economia e o retorno do “pleno emprego”.

27. ( ) O Novo Sindicalismo é caracterizado por ser atrelado ao


Estado, devido à forte intervenção nas relações entre os sindicatos e
patrões.

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28. ( ) Um sindicato é uma associação livre de empregados, de


empregadores ou de trabalhadores autônomos para defesa dos
interesses profissionais respectivos.

29. ( ) O papel dos conflitos trabalhistas é fundamental ao


desenvolvimento das conquistas dos trabalhadores, pois nenhuma
conquista de um direito foi feita sem luta e conflito.

30. ( ) Taylor apresentou sua teoria administrativa baseada na


tarefa, enquanto Fayol preocupou-se com as relações hierárquicas.

Gabarito

1/F; 2/V; 3/F; 4. F; 5/F; 6/V; 7/F; 8/F; 9/V; 10/F; 11/F; 12/V; 13/F;
14/V; 15/V; 16/F; 17/V; 18/V; 19/F; 20/F; 21/F; 22/V; 23/F; 24/V;
25/V; 26/F; 27/F; 28/V; 29/V; 30/V

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SIMULADO 1

1. (SESI/SP – Sociólogo - CESPE/2008) Acerca do


pensamento de Karl Marx e de suas análises do sistema
econômico capitalista, assinale a opção correta.

(A) A mais-valia é a diferença — sempre revertida em favor do


empresariado capitalista — entre o valor da força de trabalho — o
salário — e o quanto esse trabalho rende ao capitalista.
(B) As relações de produção são as formas com que os homens
organizam a produção social de bens e não se refletem na estrutura
da sociedade.
(C) O sistema capitalista percebe o trabalho como mercadoria simples
e de pouco interesse econômico que não agrega valor à produção.
(D) Para Marx, as condições de trabalho no sistema capitalista
tendem a promover a consciência dos interesses comuns ao conjunto
da classe trabalhadora, impossibilitando sua organização e ação
política.

2. (SESI/SP – Sociólogo - CESPE/2008) Naquele que é talvez


o mais importante e conhecido trabalho de Max Weber, A Ética
Protestante e o Espírito do Capitalismo, esse autor analisa a
importância do pensamento protestante na formação do
comportamento típico do capitalismo do ocidente moderno. A
respeito das descobertas de Weber quanto à ética protestante
e ao espírito do capitalismo, assinale a opção correta.

(A) A motivação do protestante é o trabalho, na condição de dever e


vocação, não como um fim absoluto em si mesmo, mas como
garantia do ganho material obtido por meio dele.

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(B) Weber acentua o fato de que os valores do protestantismo —


disciplina ascética, poupança, austeridade, vocação, dever e
propensão ao trabalho — atuam de maneira decisiva sobre os
indivíduos, movendo-os em direção ao capitalismo.
(C) O capitalismo propicia e desenvolve a união entre a empresa e a
vida doméstica, além de proporcionar a utilização técnica de
conhecimentos científicos e o surgimento do direito e da
administração racionalizados.
(D) Evidenciando sua própria virtude e vocação e buscando o sucesso
profissional, o protestante puritano se adapta mais facilmente ao
mercado de trabalho, acumula capital e o reinveste produtivamente,
sem, no entanto, abrir mão do usufruto dos prazeres materiais.

3. (SESI/SP – Sociólogo - CESPE/2008) Considerando o


contexto histórico do surgimento da sociologia, assinale a
opção correta.

(A) A Revolução Industrial foi um processo mais amplo que o mero


crescimento da produção fabril, que não se manifesta em
transformações na estrutura social, política e cultural.
(B) A Revolução Industrial se manifestou na reordenação da atividade
agrícola, com a migração da população urbana para o meio rural.
(C) A Revolução Industrial implicou o fortalecimento e a contração da
classe hegemônica, a burguesia.
(D) A Revolução Francesa e a Revolução Industrial representaram
duas faces de um mesmo processo, a consolidação da sociedade
capitalista moderna.

4. (Ministério do Esporte – Sociólogo – CESPE/2008)


[adaptada]

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“Na análise sobre a organização capitalista do trabalho,


Karl Marx examinou, detalhadamente, a divisão do trabalho na
manufatura e na fábrica, e sua importância na dinâmica
capitalista.” (Lorena Holzmann da Silva. In: Antonio David
Cattani (Org.). Trabalho e tecnologia, dicionário critico.
Petrópolis: Vozes, 1997, p. 65.)

Considerando a perspectiva do texto acima, aponte a


alternativa incoerente:

(A) Para Karl Marx, a divisão técnica do trabalho, iniciada na fase da


manufatura capitalista, aprofunda, na produção, a separação entre o
trabalho manual e o trabalho intelectual.
(B) Para Karl Marx, a divisão técnica do trabalho na manufatura não
permite o desenvolvimento integral das potencialidades dos
trabalhadores.
(C) Para Karl Marx, o advento da sociedade capitalista intensifica a
divisão social do trabalho.
(D) No final do século XIX, nos Estados Unidos da América,Taylor
recompôs a divisão técnica do trabalho, dando importância decisiva à
unidade entre o trabalho de execução e o trabalho de concepção.
(E) Henry Ford deu nova dimensão à divisão técnica do trabalho,
intensificando a fragmentação das tarefas e vinculando-as à esteira
móvel, na linha de montagem.

5. (Pref. Goiânia/GO – Sociólogo – UFG/2007) Na década de


70, iniciou-se, no mundo capitalista, um período de
reestruturação econômica e de reajuste social e político,
culminando em um novo regime chamado de acumulação
flexível. Esse regime de acumulação baseia-se em:

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(A) uma capacidade de produção em massa para atender a uma


demanda em massa.
(B) um planejamento rígido com relação aos investimentos, aos
mercados e aos contratos de trabalho.
(C) uma flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de
trabalho, dos produtos e padrões de consumo.
(D) uma flexibilidade da política monetária e ampliação da capacidade
de imprimir moeda em montante que pareça necessário.

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SIMULADO 2

1. Considere a citação a seguir.

“Segundo Durkheim, a divisão do trabalho deveria, em


geral, provocar uma relação de cooperação e de solidariedade
entre os homens. No entanto, como as transformações
socioeconômicas ocorriam velozmente nas sociedades
européias, inexistia, ainda, de acordo com ele, um novo e
eficiente conjunto de idéias morais que pudesse guiar o
comportamento dos indivíduos. Tal fato dificultava o “bom
funcionamento” da sociedade.” (MARTINS, Carlos B. O que é
Sociologia? 28. ed. São Paulo. Brasiliense, 1991, p. 48)

Com base na concepção do sociólogo francês Émile Durkheim,


a respeito da noção de divisão social do trabalho, assinale a
alternativa CORRETA.

(A) A solidariedade mecânica cumpre a função de proporcionar


coesão a sociedades. Essas, por sua vez, revelam-se cada vez mais
heterogêneas, em conseqüência de processos de divisão social do
trabalho e de complexificação social.
(B) A consciência coletiva, entendida como a totalidade de crenças e
sentimentos comuns à maior parte dos membros de uma dada
sociedade, é a fonte primordial de solidariedade nas sociedades
modernas industriais.
(C) A divisão social do trabalho assumiu, nas sociedades modernas
industriais, o papel, até então, exercido pela consciência coletiva nas

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sociedades primitivas, proporcionando- lhes laços de solidariedade de


tipo orgânico.

(D) A solidariedade orgânica, da qual deriva a consciência coletiva


preponderante nas sociedades primitivas, é o conjunto de crenças
comuns à média dos membros de uma mesma sociedade.
(E) A solidariedade orgânica preconiza a consciência de si e do
mundo, para que os indivíduos possam agir moralmente.

2. (Pref. Goiânia/GO – Sociólogo – UFG/2007) O conceito


marxista de mais-valia é imprescindível no entendimento dos
mecanismos de funcionamento do modo de produção
capitalista. Esse conceito corresponde:

(A) à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago


ao trabalhador.
(B) ao valor da mercadoria que é estabelecido pelo capitalista no
momento de sua venda.
(C) ao lucro destinado para atender às necessidades pessoais dos
trabalhadores.
(D) ao lucro do capitalista obtido em suas operações de produção,
circulação e investimentos.

3. Assinale a opção correta com relação aos termos que


compõem o debate acerca do mundo do trabalho.

(A) Fordismo é um conjunto de ideias, também denominado


gerenciamento científico, segundo o qual a produtividade poderia ser
imensamente ampliada, dividindo-se as tarefas industriais em uma
série de operações simples que poderiam ser cronometradas com
precisão e melhor coordenadas.

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(B) A especialização flexível, o trabalho em equipe e as habilidades


múltiplas são três abordagens tayloristas bem populares.
(C) O pós-fordismo define uma nova era da produção econômica
capitalista na qual a flexibilidade e a inovação são maximizadas a fim
de satisfazer às demandas que o mercado tem de produtos diversos,
que atendem ao gosto do cliente.
(D) Taylorismo corresponde ao sistema que envolveu a introdução da
linha de montagem com esteira rolante e estabeleceu ligações
cruciais entre os métodos de produção em massa e o
desenvolvimento dos mercados em massa para as mercadorias
produzidas.

4. (Ministério das Cidades – Sociólogo – CESPE/2005) Em


relação ao mundo do trabalho na contemporaneidade é
correto afirmar que:

(A) as novas tecnologias de comunicação e de transporte


estabelecem um mercado de trabalho mais homogêneo e dinâmico
em suas estruturas.
(B) o sistema fordista não é mais o paradigma dominante de
organização das empresas e das relações de trabalho.
(C) a indústria e a produção em larga escala, agora global, ainda
respondem pela maior parte dos fluxos de capitais na atualidade.
(D) a dinâmica capitalista atual está cada vez mais calcada na
padronização da produção e na formação técnica do trabalhador.
(E) o desemprego crescente na atualidade já pode ser considerado
como estrutural apenas nos países periféricos da economia-mundo.

5. (Eletrobrás – Sociólogo – NCE/2002) As transformações


recentes no sindicalismo brasileiro estão associadas a:

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(A) consolidação em todo o país do contrato coletivo de trabalho e


avanço do processo de sindicalização;
(B) profundas mudanças nas relações de trabalho com a introdução
em muitas empresas da reestruturação produtiva e o aparecimento
do desemprego estrutural;
(C) descenso na mobilização operária em função do declínio dos
sindicatos de trabalhadores das indústrias automobilistas;
(D) baixo crescimento econômico do país, o que levou à
fragmentação do movimento sindical;
(E) crescente papel do sindicalismo de servidores públicos em relação
ao sindicalismo de base operária.

Gabarito

Simulado 1:
1. A; 2. B; 3. D; 4. D; 5. C
Simulado 2:
1. C; 2.A; 3. C; 4. B; 5. B

Prezados(as) alunos(as),

Terminamos aqui o nosso curso de Sociologia do Trabalho.


Espero que os conhecimentos aqui construídos tenham sido
valiosos tanto para maior criticidade no que tange às relações
sociais quanto para a prova de AFT.
Desejo sucesso a todos!
Prof. Tatiana Claro

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