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Fazendo uma breve revisão da literatura científica sobre o uso da Medicina Tradicional Chinesa
(MTC), englobando acupuntura, fitoterapia e dietoterapia onde, no tratamento do diabetes
utilizamos uma abordagem holística que visa não apenas controlar os sintomas, mas também
promover o equilíbrio energético e a harmonia no organismo do paciente. Vários estudos
científicos têm explorado essas práticas como intervenções complementares no manejo do
diabetes, focando especialmente na Dietoterapia Chinesa.
Vamos falar um pouco sobre cada uma delas:
• Acupuntura:
Estudos demonstram que a acupuntura pode influenciar positivamente a resposta glicêmica
do organismo, reduzindo a resistência à insulina e melhorando a sensibilidade à mesma,
através de mecanismos como modulação de neurotransmissores e hormônios relacionados
ao metabolismo.
• Fitoterapia:
Pesquisas científicas demonstram que as ervas medicinais, na fitoterapia chinesa, exibem
propriedades antidiabéticas, atuando na redução da glicose no sangue e na proteção das
células pancreáticas. Alguns compostos fitoterápicos têm efeitos antioxidantes e anti-
inflamatórios, contribuindo para a melhor gestão do diabetes.
• Dietoterapia Chinesa:
Estudos clínicos têm investigado a eficácia da Dietoterapia Chinesa na regulação dos
níveis glicêmicos e na melhoria da qualidade de vida em pacientes com diabetes.
Protocolos dietéticos personalizados, levando em consideração a constituição individual,
foram associados à redução da hemoglobina A1c (teste que permite a medição da
quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina de forma irreversível), controle
do peso e maior adesão às mudanças alimentares.
Na MTC (Medicina Tradicional Chinesa), ao integrar acupuntura, fitoterapia e dietoterapia,
oferece-se uma abordagem holística que não apenas se concentra no controle da glicemia, mas
também na promoção do equilíbrio energético geral do paciente. Essa abordagem pode
contribuir para a redução do estresse, melhoria do sono e aumento do bem-estar geral, fatores
relevantes no tratamento do diabetes.
A maioria dos estudos destaca a importância da personalização no tratamento, reconhecendo
as diferenças individuais na resposta ao tratamento baseado na MTC. A combinação da
Medicina Tradicional Chinesa com a medicina convencional tem mostrado resultados
promissores, indicando que essa abordagem integrativa pode ser uma estratégia eficaz no
manejo do diabetes.
Através da entrevista dada ao portal Futebol Globo CBN - Consultório CBN, a nutricionista
Andrea Maciel Arantes, autora do livro “Dietoterapia Chinesa - Nutrição Para o Corpo, Mente
e Espírito”, que reúne conceitos da medicina chinesa para propor uma maneira de lidar melhor
com a alimentação, a especialista expôs que “uma dieta tem que considerar os aspectos do
corpo, da mente e do espírito para que se alcance uma saúde integral, envolvendo processos
fisiológicos, metabólicos, mental e espiritual. A Dietoterapia Chinesa vai além de queixas
físicas e a má alimentação não somente diz respeito a educação alimentar, mas também de
vários problemas emocionais.”.
A literatura científica revisada (conforme artigo científico do doutor Steven K.H do Traditional
Chinese Medicine as a Basis for Treating Psychiatric Disorders), sugere que a Medicina
Tradicional Chinesa e seus manejos holísticos, desempenha um papel significativo no
tratamento do diabetes e a Dietoterapia Chinesa, em particular, destaca-se como uma
intervenção promissora, demonstrando impacto positivo no controle glicêmico e na qualidade
de vida dos pacientes. No entanto, são necessárias mais pesquisas para elucidar completamente
os mecanismos subjacentes e estabelecer protocolos específicos para diferentes perfis de
pacientes com diabetes, e se executada dentro já do que está sendo trabalhado dentro das UBS,
não só da região do bairro de Santana - São Paulo, mas também de outras UBS que já trabalham
com a MTC, a prática pode ser difundida por todas as unidades.
Os serviços integrantes da MTC ofertados pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio
Eirado, no bairro de Santana, em São Paulo, como anteriormente relatado, resumem-se às
práticas corporais e à acupuntura. Segundo informações obtidas através de uma funcionária
responsável pelo setor de Controle de Diabetes da referida unidade, há baixa procura por esses
dois serviços e, no momento, não há profissionais alocados na unidade que possam ministrar
atendimento para ambas as áreas.
Segundo a mesma funcionária, o serviço de Controle de Diabetes na UBS tem grande procura,
sendo os usuários, em sua maioria, integrantes da terceira idade e sem nenhuma orientação ou
conhecimento da forma correta de se alimentarem, visto que o uso de medicação específica
para a diabetes é ineficaz sem a aplicação de dieta rigorosa.
Conforme anteriormente ressaltado, na referida UBS, bem como nas demais unidades na cidade
de São Paulo, não há a disponibilidade da Dietoterapia Chinesa apesar de prevista na Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), atribuindo a falta de
disponibilidade a falta de conhecimento da matéria tanto dos profissionais da saúde, quanto do
público-alvo da UBS, bem como da falta de dos responsáveis pela implantação da PNPIC em
cada munícipio ou Estado.
Sendo eu uma futura Terapeuta integrativa, em colaboração com outros profissionais de saúde
especializados em MTC e Dietoterapia Chinesa, desenvolveria protocolos específicos para
pacientes com diabetes tipo 2, tipo LADA e também outras condições crônicas, como a
obesidade mórbida, fornecendo orientações alimentares, captando pacientes e cadastrando-os
na unidade de saúde, ofertando conhecimento do sistema fisiológico, emocional e espiritual de
cada um e elaborando uma dieta personalizada para cada indivíduo e elaborando reuniões de
periodicidade semanal ou mensal para troca de informações e acompanhamento. Forneceria
também terapia para que cada um possa reconhecer seu estado emocional, com base na
constituição individual de cada paciente.
Seria também ofertado treinamento aos profissionais de saúde da UBS, como médicos,
enfermeiros e nutricionistas, sobre os princípios da Dietoterapia Chinesa e sua aplicação no
tratamento do diabetes, incluindo sessões de capacitação prática para a implementação dos
protocolos desenvolvidos.
Com relação aos custos para implantação do programa piloto, foi realizada pesquisa no site
salario.com.br, que possui base de dados com a média dos salários recebidos por ampla gama
de profissionais em todo país, sendo verificado que o rendimento médio de um terapeuta
integrativo (holístico etc.) é de R$ 2.143,78, sendo o custo de um terapeuta do SUS, R$
1.868,00. Assim, o custo médio para a contratação de um terapeuta seria de R$ 1.868,00
mensais. Levando-se em conta a infraestrutura existente e disponível dentro da unidade, como
sala, cadeiras, mesa, internet, seria necessário apenas a disponibilização de um notebook, cuja
configuração básica tem o custo estimado de R$ 1.800,00 e de um projetor, cujo custo médio
é de R$ 480,00 reais.
O SUS é um sistema gratuito e de ampla utilização no Brasil, atendendo a uma ampla variedade
de pacientes, inclusive portadores de diabetes.
Como a UBS (Unidade Básica de Saúde) desta unidade já possui recursos como acesso a salas
e cadeiras, os investimentos adicionais incluiriam o valor da contratação de um terapeuta
integrativo especialista em Dietoterapia Chinesa dentro da MTC (Medicina Tradicional
Chinesa) com o pagamento mensal no valor pago por este profissional mais ou menos e
considerando a localização, que seria aproximadamente R$ 1.868,00 ou arcar com a
especialização de um já existente.
Referências
Redação. Terapeuta Alternativo - Salário, Piso Salarial, o que faz e mercado de trabalho.
Quanto ganha um terapeuta integrativo em 2023. Salario, 2023. Disponível em:
https://www.salario.com.br/profissao/terapeuta-alternativo-cbo-322125/. Acesso em: 19 de
nov. de 2023.