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Esse texto é um trecho do trabalho de Hayes, L. e Ciarrochi, J. (2015).

O
adolescente próspero: usando a terapia de aceitação e compromisso e a
psicologia positiva para ajudar os adolescentes a gerenciar emoções,
alcançar metas e construir conexões. Oakland CA: New Harbringer. Foi
traduzido informalmente para fins didáticos e não deve ser compartilhado.

Seguindo a caminhada da vida DNA-V

Esta introdução é feita com uma pessoa, seja um voluntário de um grupo


ou sala de aula ou um indivíduo em terapia. Primeiro você escreve as letras
D, N e A em três folhas de papel e as coloca no chão em um círculo. Afaste-
os pelo menos alguns passos. Não explique o que está acontecendo neste
momento. Deixe a curiosidade crescer.

Peça ao jovem para caminhar até A com você e, uma vez lá,́ diga algo assim:

Este A significa Conselheiro. É algo que todos nós temos. Eu tenho. Você
tem isso. É aquela voz interior em nossas cabeças, avaliando tudo e
tentando nos dizer o quão bons ou ruins somos. Você já́ viu um filme em que
há uma criaturinha sentada no ombro de alguém, sussurrando no ouvido da
pessoa? É
mais ou menos isso.

Vamos ilustrar o que o conselheiro faz. Nós dois faremos isso juntos. Pense
em algumas maneiras críticas de se avaliar e eu farei o mesmo. Vou escrever
o meu primeiro. Vou começar com “Não sou bom o suficiente. Eu não sou
digno de amor.”

Escreva as suas avaliações no pedaço de papel com A e depois peça ao


jovem que escreva as avaliações dele, incentivando-o a realmente pensar
sobre como o Conselheiro avalia.

Reserve um momento para ficarem juntos, olhando as palavras na página.


Depois pergunte: “Como é estar aqui?” Procure algumas descrições. Depois
é só esperar até que a pessoa diga algo como “Quanto tempo tenho que
esperar aqui?” ou “O que mais podemos fazer?”

Para isso, você pode responder algo como “O que mais podemos fazer
então?” Você está tentando fazer com que a pessoa diga se ele ou ela pode
ver para que servem as folhas de papel com N e D. Se necessário, use seu
olhar para sugerir isso de maneira divertida. Depois que ela expressar essa
ideia, diga algo como: “Ok, vamos caminhar até N e ver o que é”. Quando
estiver em N, diga algo como:

O que acabamos de fazer é a habilidade mais importante em nosso


trabalho. Se nos sentirmos presos, passamos para outra coisa. Sempre que
estiver preso, você pode se mover – você pode fazer algo novo com as mãos
e os pés.

Ok, então aqui estamos. N significa Observador. Este é um espaço para o


qual podemos ir quando nos sentimos presos e queremos aumentar a nossa
consciência de onde estamos e das escolhas que temos à nossa disposição.
Vamos fazer uma prática de observação agora mesmo.

Faça com que a pessoa respire lenta e profundamente, apenas observando


a respiração por um momento ou dois. Depois pergunte a ela como é estar
neste espaço. Pergunte também se ela consegue notar uma diferença entre
o orientador e o observador. Explique que todos nós temos a capacidade
de ser observadores e todos temos um conselheiro.

Em seguida, desperte a curiosidade sobre D, novamente usando seu olhar


de maneira divertida, se necessário. Em seguida, caminhe até D e elogie a
pessoa por estar curiosa e querer ver o que é D. Discuta como movimentar-
se é mais flexível do que ficar parado e fixar-se nas avaliações do orientador.
Em seguida, descreva D algo assim:

D significa Descobridor. É aqui que tentamos coisas novas e vemos o que


funciona. É onde descobrimos o que nos interessa. Podemos ser
descobridores mesmo quando nosso conselheiro diz que não podemos. Por
exemplo, sua mente, ou Conselheiro, já́ lhe disse que você não pode fazer
algo, mas você fez mesmo assim? Ao fazer isso, você descobriu por si mesmo
se poderia ou não fazer isso, em vez de confiar no Conselheiro.

Agora voltemos a A. Não quero sugerir que A seja sempre ruim e que D e N
sejam sempre bons. São apenas espaços diferentes para os quais podemos
nos mover ou habilidades diferentes que todos temos. Você pode me dar
alguns exemplos de quando o Conselheiro pode fazer algumas avaliações
úteis? (Dê alguns exemplos, como é uma má́ ideia beber e dirigir, ou é uma
má́ ideia deixar os estudos para o ultimo minuto.)
Em seguida, diga algo como “Há algo aqui no meio, algo que impulsiona o
DNA”. Em seguida, escreva um V em uma folha de papel e coloque-o no
meio do círculo. Volte para D e peça à pessoa que caminhe até a nova folha
de papel com você. Uma vez lá,́ comece a introduzir valores:

Usamos nossas habilidades de DNA a serviço daquilo que importa para


você. Eu chamo isso de valorização, ou valores. Os valores podem ser
divertir-se, praticar esportes ou conectar-se com outras pessoas. Depende
apenas da pessoa. Para cada um de nós, tudo o que fazemos está a serviço
disso. Portanto, tudo o que fizermos em nosso trabalho conjunto será́ para
ajudá-lo a ter mais coisas que você gosta e valoriza em sua vida.

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