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Quadril

Complexo lombo-pélvio-
quadril
Educação Física Terapêutica
Professora: Joyce Caravalho
Todo o conteúdo produzido para esta disciplina (incluindo
vídeos, textos, áudios, imagens, exercícios e avaliações) estão
protegidos pelos direitos autorais de seus criadores (Joyce Ferreira
Carvalho e Pedro de Jesus Peres Netto), sendo proibida toda e qualquer
forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outro uso, não
autorizado expressamente, sujeitando-se o infrator as penalidades
previstas na lei no 9.610/1998, título VII, capítulos I e II e Código Penal
em seus artigos 184 e 185.

Não é recomendado o uso desse material sem: (1) estar inscrito


na disciplina, (2) a leitura e o estudo da bibliografia recomendada e
(3) realizar o atendimento ao discente para esclarecimento de dúvidas.
Complexo lombo-pélvico-quadril

• O cíngulo do membro inferior é


constituído por 4 ossos: 2 ossos
do quadril (formados pelo íleo,
Articulação
sacrococcígea ísquio e púbis), o sacro e o
cóccix.
• Articulações:
Pelve sacroilíaca,
Osso do quadril sínfise púbica,
Articulação lombossacral e
coxofemoral
(ou articulação do coxofemoral (quadril).
quadril)

Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia.


5ª ed. Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Complexo lombo-pélvico-quadril
Funções:
• sustenta o peso do corpo por meio da coluna vertebral e
transmite essa força aos ossos do quadril;
• recebe as forças geradas pelo contato do pé com o solo e as
transmite para a coluna vertebral;
• move-se como uma unidade nos 3 planos do espaço durante
a caminhada, possibilitando um movimento relativamente
suave;
• protege as vísceras pélvicas;
• proporciona inserções para alguns músculos e;
• constitui a porção óssea do canal de parto nas mulheres.

Lippert (2013)

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Articulação sacroilíaca (SI)
• Há controvérsia em relação aos
movimentos e graus de movimento
➢ Os movimentos de nutação e dessa articulação.
contranutação são importantes • Nutação (flexão sacral) → movimento
durante o parto. anteroinferior da base do sacro que
➢ No início do trabalho de parto as causa o movimento posterior da
articulações SI estão em extremidade do cóccix.
contranutação,
base tornando a Ocorre em conjunto com a flexão do
abertura superior da pelve maior. tronco ou extensão do quadril.
➢ Nos estágios subsequentes do • Contranutação (extensão sacral) →
trabalho de parto ocorre o movimento posterosuperior da base
movimento de nutação, do sacro que causa o movimento
aumentando a abertura inferior anterior da extremidade do cóccix.
da pelve. Ocorre em conjunto com a extensão
Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia.
do tronco ou flexão do quadril.
5ª ed. Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Articulação lombosacral
• Articulação constituída da 5ª vértebra lombar e 1ª vértebra sacral.
• Estabilizada pelos ligamentos iliolombar e lombossacral.
• Ângulo lombossacral → é determinado traçando-se uma linha paralela ao
solo e outra linha ao longo da base do sacro.
• O ângulo ideal é de aproximadamente 30°.
• O ângulo lombossacral aumenta quando há inclinação anterior da pelve
(↑ lordose lombar) e diminui quando há inclinação posterior (↓ lordose
lombar).

Lippert, LS. Cinesiologia


clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Articulação coxofemoral (ou do quadril)
• Articulação estável na qual a cabeça arredondada do fêmur
encaixa-se no acetábulo côncavo do osso do quadril.
• Apresenta cápsula articular fibrosa, forte e espessa que constitui
uma bainha cilíndrica que envolve a articulação e a maior parte do
colo do fêmur.
Osso do
Lábio acetabular Cabeça do fêmur quadril

• Anel de fibrocartilagem, Colo do fêmur


Acetábulo
fixo na margem do
acetábulo.
• Aumenta a profundidade
Fêmur
do acetábulo.
• Circunda a cabeça do Vista anterior
fêmur ajudando a Lippert, LS. Cinesiologia
mantê-la no acetábulo. clínica e anatomia. 5ª ed. Cápsula
articular
Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Ligamentos
• 3 ligamentos reforçam a cápsula articular da articulação do quadril.
• Iliofemoral (ou Y) → limita a hiperextensão do quadril.
• Pubofemoral → limita a hiperextensão e abdução do quadril.
• Isquiofemoral → limita a hiperextensão e a rotação medial do quadril.

Ligamento da cabeça do
fêmur → pequeno
ligamento intracapsular.

Ligamentos da pelve:
• Sacroilíaco anterior
• Sacroilíaco interósseo
• Sacroilíaco posterior curto
• Sacroilíaco posterior longo
Lippert, LS. Cinesiologia
clínica e anatomia. 5ª ed.
• Sacrotuberal
Guanabara Koogan, 2013. • Sacroespinhal
• Iliolombar

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Movimentos da pelve
• Inclinação anterior → a pelve inclina-se anteriormente e desloca a espinha ilíaca
anterossuperior (EIAS).
• Inclinação posterior → a pelve inclina-se posteriormente e desloca a EIAS para
uma posição posterior à sínfise púbica.
• Inclinação lateral → ocorre no plano frontal. Um lado da pelve move-se
superiormente e o outro, inferiormente.
• Rotação pélvica → ocorre no plano horizontal. Um lado da pelve move-se
anteriormente ou posteriormente em relação ao outro lado.

Inclinação lateral

Lippert, LS. Cinesiologia


Posição neutra Inclinação anterior Inclinação posterior clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Controle muscular da pelve
• A pelve é movimentada e controlada por grupos de músculos que
agem em um binário de forças.
• A inclinação anterior da pelve é resultante da tração superior pelos
músculos extensores localizados na coluna lombar, principalmente
o eretor da espinha, e da tração inferior exercida pelos músculos
flexores do quadril.

Lippert, LS. Cinesiologia


clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013.

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Controle muscular da pelve
• A inclinação posterior da pelve é resultante da tração superior
pelos músculos abdominais e da tração inferior pelos músculos
glúteo máximo e posteriores da coxa.

Lippert, LS. Cinesiologia


clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Controle muscular da pelve
• A inclinação lateral é controlada
por grupos musculares em lados
opostos do corpo.
• Tomando como exemplo a figura
ao lado, os músculos flexores
laterais do tronco à esquerda
tracionam superiormente o lado
esquerdo da pelve, enquanto os
músculos abdutores do quadril à
direita tracionam inferiormente
o lado direito.

Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia.


5ª ed. Guanabara Koogan, 2013.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Arquitetura do Colo Femoral
Fêmur
• As epífises do fêmur • Constituído por osso
apresentam um sistema de trabecular e uma camada
trabeculares que suportam de osso cortical.
o estresse mecânico. • Posicionado em um ângulo
• Sistema medial: paralelo a específico nos planos
força que atua na cabeça do frontal (ângulo de
fêmur. inclinação) e transverso
• Sistema lateral: resiste a (ângulo do colo femoral)
força produzida pela para manter a congruência
contração dos músculos da articulação.
abdutores.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Ângulo de Inclinação
• Também chamado de
ângulo do colo do fêmur.
• Ângulo formado entre o colo
do fêmur e a diáfise femoral,
no plano frontal.
• O ângulo de inclinação
normal é de
aproximadamente 125°.
• Pode ser afetado por
deformidades congênitas,
traumatismo ou doença.
Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia.
5ª ed. Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Ângulo de inclinação

• Em adultos, o ângulo normal


de inclinação é de 125°.
• Coxa valga: o ângulo é maior
que o normal.
• Coxa vara: o ângulo é menor
que o normal.

Houglum, PA; Bertoti, DB. Cinesiologia


Clínica de Brunnstrom. 6ª ed. Manole, 2014.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Coxa valga
• Ângulo de inclinação maior que 125°.
• O quadril fica em posição aduzida durante a
sustentação do peso.
•  sobrecarga na cabeça do fêmur.
•  efetividade dos músculos abdutores do quadril.
• Pode resultar em aumento do ângulo Q, podendo
originar alterações na trajetória do movimento
patelar e instabilidade medial no joelho.
• Consequências funcionais: instabilidade do
quadril com predisposição a deslocamento ou
subluxação.
• Exercícios indicados:
- alongamento dos adutores e Lippert, LS. Cinesiologia
clínica e anatomia. 5ª ed.
- fortalecimento dos abdutores do quadril Guanabara Koogan, 2013.
(principalmente glúteo médio).
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Coxa Vara

• Ângulo de inclinação menor que


125°.
•  sobrecarga no colo femoral.
•  efetividade dos músculos
abdutores do quadril.
• Exercícios indicados:
- alongamento dos abdutores do
quadril e isquiotibiais e
- fortalecimento dos adutores do
quadril, paravertebrais e abdominais.
Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia.
5ª ed. Guanabara Koogan, 2013.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Ângulo de Torção
• Também chamado de ângulo de anteversão.
• Ângulo formado entre a projeção do eixo longitudinal da cabeça
do fêmur (ou colo femoral) com o eixo transversal dos côndilos
femorais, no plano transversal.
• Normalmente há uma rotação lateral aproximada de 15° a 25°
da cabeça e colo do fêmur em relação ao corpo do fêmur.

Lippert, LS. Cinesiologia


clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013. Vista superior

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Variações no Ângulo de Torção
Ângulo normal
Lippert, LS. Cinesiologia
Vista superior clínica e anatomia. 5ª ed.
Guanabara Koogan, 2013.

Anteversão Retroversão

Vista superior

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Ângulo de Torção - Anteversão
• A anteversão ocasiona maior rotação medial da coxa na
articulação do quadril, resultando em uma postura com pés
voltados para a linha média.
• A cabeça do fêmur fica mais descoberta.
• A rotação medial do membro inferior ajuda a manter a cabeça
do fêmur dentro do acetábulo.
• Ocasiona aumento da curvatura lombar e pronação da
articulação subtalar.
• Exercícios recomendados:
- Alongamento do glúteo mínimo e músculos adutores do
quadril,
- Fortalecimento dos músculos rotadores laterais do quadril e
abdominais.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Ângulo de Torção - Retroversão
• Retroversão é a diminuição do ângulo de torção.
• Ocasiona maior rotação lateral da coxa na articulação do
quadril, resultando em uma postura com os pés voltados para
fora.
• Ocorre rotação externa do membro inferior.
• Exercícios recomendados:
- Alongamento dos músculos rotadores laterais do quadril,
- Fortalecimento do glúteo mínimo.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Perda da Estabilidade na Postura Unipodal
• Alguns indivíduos não têm a estabilidade adequada para sustentar
a postura unipodal. Indicadores de instabilidade unipodal:
a) Trendelenburg não compensada → a pelve cai sobre o lado não
sustentado (figura A).
b) Trendelenburg compensada → a falta de estabilidade é
Sinal de Trendelenburg
compensada deslocando o tronco sobre a perna de apoio (fig. B).
• Observado em pessoas com
c) fraqueza
Contração
nosexcessiva
músculos dos glúteos.
abdutores do A B
d) quadril
Flexão(glúteo médio
excessiva dose dedos
glúteo do
mínimo).
pé.
• Ocorre inclinação ou queda da pelve.
• Associado a incapacidade de realizar
o movimento de nutação da
articulação sacroilíaca.
Osar, E. Exercícios corretivos para disfunções de
quadril e ombro. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Deficiências Anatômicas
• Alterações no ângulo de inclinação
(descrito nos slides anteriores).
• Alterações no ângulo de anteversão
(descrito nos slides anteriores).
• Discrepância de comprimento entre os
membros inferiores.
• Impacto femoacetabular.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Discrepância no comprimento dos
membros inferiores
• Diferença unilateral no comprimento total de uma
extremidade inferior em comparação com a outra.
• Pode ser estrutural ou funcional.

• Estrutural → oriunda de alterações no comprimento ósseo


(fêmur e tíbia).
• Funcional → oriunda de alterações na posição das
estruturas ósseas que se relacionam.
Pode estar com lombalgia, dor no quadril e/ou joelho.

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Impacto femoacetabular
• Há alterações na estrutura da cabeça do fêmur e/ou do
acetábulo.
• Resulta em diminuição do espaço entre a cabeça do
fêmur e o acetábulo e subsequente impacto.
• Tipos: Cam, Pincer e Misto.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Impacto femoacetabular
Tipo Cam
Tipo Pincer
• Cabeça e colo do fêmur não
apresentam formato • Há uma “supercobertura” do
arredondada e cilíndrico. acetábulo em relação à cabeça
do fêmur.
• Aumenta o impacto entre o
fêmur e o acetábulo • O osso “extra” do acetábulo
resultando em lesão da choca-se repetitivamente com
cartilagem articular e o colo do fêmur resultando em
lacerações do lábio acetabular. pinçamento do lábio
acetabular.
• É uma condição pré-artrítica.

Tipo Misto
• Ocorrem as alterações dos tipos cam
e pincer na mesma articulação.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Contusões
• Ocorrem por golpe direto ou contado com outro
jogador ou superfície.
• Geralmente ocorrem sobre proeminências ósseas
(ex.: crista ilíaca, trocanter maior) ou na coxa.
• Contusões no cóccix e/ou ísquio podem ser
ocasionadas ao cair sentado.
• Sinais: dor, tumefação, equimose ou hematoma.
• Complicações: miosite ossificante.
• Exercícios recomendados: alongamento e
fortalecimento muscular.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Miosite Ossificante
• Massa calcificada formada dentro do músculo por
hematoma resultante de uma lesão.
• Pode estar relacionada a tratamento insatisfatório,
massagem excessivamente vigorosa, exercício rigoroso
e retorno precoce para atividade após lesão muscular.
• Pode ser:
a) Periosteal:
Formada em continuidade com o osso.
b) Heterotópico:
Livre de qualquer conexão com o osso dentro do
ventre muscular.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Miosite Ossificante
Teorias sobre a etiologia:
• Ossificação do tecido conjuntivo fascial em
proliferação.
• Calcificação do hematoma.
• Ruptura do periósteo com saída e proliferação do
osteoblastos.
• Transformação progressiva do tecido fibroso em
cartilagem e, subsequentemente, em osso.

Whiting, Zernicke, (2009).

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Osteíte Pubiana ou Pubalgia
• Síndrome inflamatória dolorosa na região do osso púbico.
• Causas:
estresse repetitivo,
quedas com as pernas excessivamente afastadas,
atividade física intensa e
sequelas urológicas.
• Muito comum em esportes como atletismo e futebol.
• Também pode estar associada a doenças inflamatórias
sistêmicas, como a artrite reumatoide.
Ganine e Cossenza, (2010)

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Osteíte Pubiana ou Pubalgia
• Em alguns tipos de exercício ocorre solicitação excessiva
da musculatura abdominal associada a uma retração da
musculatura da coxa.
• Ocorre leve separação ou desgaste das superfícies
articulares, comprometendo a cartilagem e os ossos da
articulação.
• Mecanismos de lesão: lesão por esforço repetido,
desequilíbrio de forças musculares atuando na sínfise
púbica, mudanças bruscas de direção, aceleração e
desaceleração.

Ganine e Cossenza, (2010)

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Osteíte Pubiana ou Pubalgia
Sintomas: dor à palpação, dor na sínfise púbica durante
atividade física, cessando com o repouso, edema, dor na
abdução passiva e adução resistida do quadril, dor irradiada
para o quadril ou região genital.

É classificada em 4 estágios:
1) Dor após atividade física.
2) Dor durante a atividade física.
3) A dor aparece ao iniciar a atividade física.
4) Dor em repouso e nos mínimos movimentos.
Ganine e Cossenza, (2010)

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Osteíte Pubiana ou Pubalgia
Fatores predisponentes:
• Não realizar ou executar inadequadamente o alongamento
dos músculos adutores do quadril.
• O excesso de exercício abdominal, associado aos desvios
posturais, podem causar desequilíbrio muscular na região
da sínfise púbica.
• Estresse causado: pelas mudanças repentinas de direção e
por movimentos como o chute, corrida e que envolvam
apoio unipodal.

Ganine e Cossenza, (2010)

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Osteíte Pubiana ou Pubalgia
Exercícios físicos recomendados:
• Inicialmente recomenda-se o alongamento indolor dos
músculos adutores do quadril.
• Ao atingir a amplitude total do movimento, sem dor, pode
ser incluída a bicicleta estacionária.
• Fortalecimento da musculatura abdominal, lombar,
adutora, abdutora, flexora e extensora do quadril.
• Exercícios em cadeia cinética aberta podem ser incluídos,
desde que não causem dor.
• Deslocamento lateral.
• Exercícios pliométricos (sem sentir dor).
Ganine e Cossenza, (2010)
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Rupturas Labrais
• Ruptura do lábio acetabular.
• Geralmente resulta de trauma repetitivo.
• Também pode resultar de trauma agudo (ex.: queda com
as pernas afastadas).
• Mais comum em modalidades esportivas que envolva
rotação interna do quadril: corrida, tênis, golfe, artes
marciais, futebol e basquete.
• Sinais: rigidez e limitação da rotação interna e abdução,
estalidos e dor nas amplitudes finais de movimento.
• Exercício recomendado: fortalecimento muscular e
propriocepção.
Osar (2017)
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Fratura do Quadril
• Lesão grave, de difícil consolidação.
• Em jovens e adultos saudáveis geralmente é causada
por forte impacto.
• Em idosos geralmente resulta de quedas e/ou
densidade mineral óssea reduzida (osteoporose).
• Pode ser necessário uma artroplastia do quadril.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Atrito na Região Inguinal
• Muito comum em ciclistas.
• Atrito causado pelo selim da bicicleta.
• Causa dor e formigamento.
• Nos homens, a pressão sobre os nervos da região inguinal
pode causar ereção dolorosa.
• É recomendável trocar o selim por um mais estreito, com
bordas estriadas e acolchoado macio.
• Deve-se evitar pressionar as coxas contra o selim.
• É recomendável ficar de pé nos pedais sempre que possível.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Espondilite Anquilosante
• Geralmente afeta a região sacro-ilíaca.
• Envolve processo inflamatório que causa dor intermitente.
• É uma doença progressiva que causa rigidez e perda
gradual da mobilidade e função da articulação acometida.
• Pode progredir para outras articulações, como a coluna
vertebral.
• É necessário manter a flexibilidade e a força muscular
através da prática regular de exercícios físicos.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Exercícios Físicos
• A intervenção com exercício físico deve ser apropriada para a
condição patológica existente.
• Alongamento.
• Resistência e fortalecimento muscular.
• Fortalecimento do core (conjunto de músculos que sustentam o
tronco e estabilizam a coluna: reto abdominal, oblíquos, transverso
abdominal, eretores da espinha, multifídos, quadrado lombar, glúteos,
adutores do quadril, rotadores do quadril, e assoalho pélvico).
• Exercícios posturais.
• Atividades de equilíbrio e propriocepção.
• Marcha

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Exercícios contraindicados
Os exercícios a seguir são contraindicados para quem apresenta
limitação ou condição patológica no complexo lombo-pélvico-quadril.

Levantamento da perna Agachamento profundo


Inadequado para quem não apresenta Aumenta a instabilidade da coluna
boa estabilidade toracopélvica e lombar e articulação sacroilíaca para
mobilidade do quadril. quem não possui boa flexibilidade do
quadril
Osar, E. Exercícios corretivos para
disfunções de quadril e ombro.
Porto Alegre: Artmed, 2017.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Exercícios contraindicados

Step cruzado no banco


A altura do banco pode ser muita Leg press
alta para a amplitude de movimento Não é adequado para quem apresenta
e estabilidade do quadril disponíveis. flexibilidade de quadril limitada,
instabilidade lombar e dor crônica no
Osar, E. Exercícios corretivos para joelho.
disfunções de quadril e ombro.
Porto Alegre: Artmed, 2017.

Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ


Exercícios contraindicados

Osar, E. Exercícios corretivos para


disfunções de quadril e ombro.
Porto Alegre: Artmed, 2017.

Aparelhos para pernas


Apresenta eficácia para grupos musculares isolados.
A eficácia para melhorar a função a longo prazo é questionável:
• Em atividades diárias e esportivas a carga geralmente é aplicada acima do
quadril, não abaixo.
• A posição sentada altera a cinemática dos MMII.
• Como o pé não está apoiado no solo, o feedback para o SNC é comprometido.
Joyce Carvalho – Educação Física Terapêutica - UERJ
Referências
Andrews, JR, Harrelson, GL, Wilk, KE. Reabilitação física das lesões
desportivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Ganime, F., Cossenza, CE. Recuperação músculo esquelética. Ed. Sprint,
2010.
Hamilton, N, Weimar, W., Luttgens, K. Cinesiologia: teoria e prática do
movimento humano. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2015.
Kisner, C, Colby, LA., Borstad, J. Exercícios terapêuticos: fundamentos e
técnicas. 7ª ed. São Paulo: Manole, 2021.
Lippert, LS. Cinesiologia clínica e anatomia. 5ª ed. Guanabara Koogan,
2013.
Lopes, AD, Hespanhol Junior, LC. Atletismo- Lesões na Corrida. In: Alves,
VLS, Duarte Júnior, A. Fisioterapia nas Lesões do Esporte. São Paulo:
Atheneu, 2014.
Referências
McMahon, PJ. Current diagnóstico e tratamento em medicina do esporte.
São Paulo: Mc Graw Hill, 2007.
Osar, E. Exercícios corretivos para disfunções de quadril e ombro. Porto
Alegre: Artmed, 2017.
Porter, S., Wilson, J. Fisiologia do Esporte e Tratamento de Lesões: Uma
Abordagem Interdisciplinar. GEN Guanabara Koogan, 2023.
Walker, B. Lesões nos esportes – uma abordagem anatômica. São Paulo:
Manole, 2010.
Weineck, J. Anatomia aplicada ao esporte. 18ª ed. São Paulo: Manole,
2013.
Whiting, WC, Zernicke, RF. Biomecânica funcional e das lesões
musculoesqueléticas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Todo o conteúdo produzido para esta disciplina (incluindo
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protegidos pelos direitos autorais de seus criadores (Joyce Ferreira
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em seus artigos 184 e 185.

Não é recomendado o uso desse material sem: (1) estar inscrito


na disciplina, (2) a leitura e o estudo da bibliografia recomendada e
(3) realizar o atendimento ao discente para esclarecimento de dúvidas.

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