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18/09/2017

Anatomia e Fisiologia I
Aula 5 – Anatomia do membro inferior

Neuseli Nardeli
Bióloga – Unemat

Membro Inferior

Os ossos dos membros inferiores


podem ser divididos em quatro
segmentos:
• Cintura Pélvica – Ilíaco (Osso do
Quadril)
• Coxa – Fêmur e Patela
• Perna – Tíbia e Fíbula
• Pé – Ossos do Pé

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Os 26 ossos de um pé são divididos em três grupos, a saber:

Falanges – Pododáctilos (Dedos)


Os ossos mais distais dos pés são as falanges, que formam os
pododáctilos, ou dedos. Os cinco dedos de cada pé são numerados de
1 a 5, começando no dedo medial ou hálux. O maior pododáctilo, ou
primeiro dedo, tem apenas duas falanges, assim como o polegar: a
falange proximal e a falange distal. O segundo, terceiro, quarto e
quinto dedos têm uma falange média, além das falanges proximal e
distal. Como o primeiro dedo tem duas falanges, e os demais dedos
têm três falanges, encontramos 14 falanges em cada pé.

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Metatarsos

Os cinco ossos do mediopé são os ossos metatarsianos ou


metatarsos. Estes são numerados juntamente com os
pododáctilos, com o número 1 localizado na face medial e o
número 5 na face lateral do pé.
Cada um dos metatarsianos consiste em três partes. A pequena
parte distal arredondada de cada metatarsiano é a cabeça. A
porção longa e delgada localizada centralmente é denominada
corpo (diáfise). A extremidade proximal expandida de cada
metatarsiano é a base.
A base do quinto metatarsiano se expande lateralmente em uma
tuberosidade áspera proeminente, que serve de ponto de
inserção para um tendão. A porção proximal do quinto
metatarsiano, incluindo essa tuberosidade, é prontamente visível
nas radiografias e é um local comum de traumas no pé.

Articulações das Falanges


(Pododáctilos) e Metatarsianos
Ossos sesamoides

São ossos extras, que ficam


dentro de certos tendões,
geralmente, apresentam-se
perto de várias articulações.

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Ossos do tarso

Os sete grandes ossos da porção


proximal do pé são denominados
ossos do tarso. Os nomes dos ossos
do tarso podem ser lembrados com o
auxílio de um processo mnemônico:
Caçaremos Todos os Coiotes Nas 3
Campinas.

Calcâneo
O maior e mais forte osso do pé é o calcâneo. A porção posterior geralmente é
conhecida como osso do calcanhar.
A região mais posteroinferior do calcâneo contém um processo chamado de
tuberosidade, uma área onde é comum surgirem os esporões ósseos,
prolongamentos que podem ser dolorosos ao receberem o peso do corpo.

Certos tendões de grande tamanho, sendo o tendão calcâneo o maior deles,


são ligados a esse processo áspero e estriado, onde, em seus pontos mais
amplos, localizam-se dois pequenos processos arredondados. O maior recebe
o nome de processo lateral, ao passo que o menor e menos pronunciado é
denominado processo medial.
Outra protuberância óssea, que varia tanto em tamanho quanto em forma e pode ser
visualizada lateralmente em uma incidência axial, é a tróclea fibular também
chamada de processo troclear. Na face proximal medial, situa-se um processo ósseo
proeminente maior, denomina do sustentaculum tali, que literalmente significa
suporte para o tálus.

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Calcâneo
O calcâneo articula com dois ossos: anteriormente com o cuboide e
superiormente com o tálus.

Ossos do tarso
Tálus - segundo maior osso do tarso, localiza-se entre a tíbia e o calcâneo. O peso
do corpo é transmitido por este osso através das importantes articulações do
tornozelo e talocalcânea. O tálus articula com quatro ossos: superiormente com
a tíbia e a fíbula, inferiormente com o calcâneo e anteriormente com o
navicular.

Navicular - é um osso oval achatado localizado na face medial do pé entre o tálus


e os três cuneiformes. O navicular articula com quatro ossos: posteriormente
com o tálus e anteriormente com os três cuneiformes.

Cuneiformes - os três cuneiformes (que significa em formato de cunha) se


localizam nas faces medial e média do pé entre os três primeiros metatarsianos
distalmente e o navicular proximalmente. O maior cuneiforme, que se articula
com o primeiro metatarsiano é o cuneiforme medial (primeiro). O cuneiforme
intermediário (segundo), que articula com o segundo metatarsiano, é o menor
dos cuneiformes. O cuneiforme lateral (terceiro) articula distalmente com o
terceiro metatarsiano e lateralmente com o cuboide. Todos os três cuneiformes
articulam proximalmente com o navicular.

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Ossos do tarso

Arcos
Arco longitudinal

Os ossos do pé estão dispostos em


arcos longitudinal e transverso,
criando um forte suporte
amortecedor contra choques para
o peso do corpo. O elástico arco
longitudinal compreende um
componente medial e um lateral,
com a maior parte do arco
localizada nas faces medial e
média do pé.

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Arcos
Arco transverso

O arco transverso se localiza primariamente ao longo da superfície plantar


dos ossos distais do tarso e articulações tarsometatarsianas. O arco
transverso é formado primariamente pelos cuneiformes, especialmente o
segundo e terceiro, em combinação com o primeiro cuneiforme e o
cuboide.

Ossos do tarso e articulações


1. Calcâneo (2) 5. Cuneiforme intermediário (4)
Cuboide Navicular
Tálus Segundo metatarsiano
2. Tálus (4) Cuneiformes medial e lateral
Tíbia e fíbula 6. Cuneiforme Lateral (6)
Calcâneo Navicular
Navicular Segundo, terceiro e quarto
3. Navicular (4) metatarsianos
Tálus Cuneiforme intermediário
Três cuneiformes Cuboide
4. Cuneiforme Medial (4) 7. Cuboide (4)
Navicular Calcâneo
Primeiro e segundo Cuneiforme lateral
metatarsianos Quarto e quinto metatarsianos
Cuneiforme intermediário

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Tornozelo
A articulação do tornozelo é formada por três ossos – os dois ossos longos da
perna, a tíbia e a fíbula, e um osso tarsal, o tálus. A extremidade distal expandida
da delgada fíbula, que se estende bem abaixo ao lado do tálus, é conhecida como
maléolo lateral.
A extremidade distal da maior e mais robusta tíbia tem uma ampla superfície
para a articulação com a similarmente ampla superfície superior do tálus. O
processo medial alongado da tíbia que se estende ao longo do tálus medial é
chamado de maléolo medial.
As porções inferiores da tíbia e fíbula formam um “encaixe” profundo ou
abertura de três lados, chamado articulação tibiotalar, na qual o tálus superior
se encaixa.

O tubérculo anterior é um processo expandido na tíbia distal anterior e lateral


que articula com o tálus superolateral, superpondo parcialmente à fíbula na
face anterior

Tornozelo
(Articulação Tibiotalar)
A superfície articular tibial distal
que forma o teto da articulação
tibiotalar é chamada de platô
(teto) tibial. Certos tipos de
fraturas do tornozelo em crianças
e jovens envolvem a epífise tibial
distal e o platô tibial.

Vista Anterior

Vista Lateral

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Lateral Pé Esquerdo

Oblíqua Pé Direito
(A) Articulação interfalangiana do primeiro pododáctilo do pé
direito
(B) Falange proximal do primeiro pododáctilo do pé direito
(C) Articulação metatarsofalangiana do primeiro pododáctilo do
pé direito
(D) Cabeça do primeiro metatarsiano
(E) Corpo do primeiro metatarsiano
(F) Base do primeiro metatarsiano
(G)Segundo cuneiforme ou cuneiforme intermediário
(parcialmente superposto sobre o primeiro cuneiforme ou o
cuneiforme medial)
(H) Navicular
(I) Tálus
(J) Tuberosidade do calcâneo
(K) Terceiro cuneiforme ou cuneiforme lateral
(L) Cuboide
(M) Tuberosidade da base do quinto metatarsiano
(N) Quinta articulação metatarsofalangiana do pé direito
(O) Falange proximal do quinto pododáctilo do pé direito

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Oblíqua Tornozelo Direito

Perfil Tornozelo Direito

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Perna – Tíbia e Fíbula


Tíbia
É um dos maiores ossos do corpo, é o osso de sustentação de carga da perna. A
tíbia pode ser sentida facilmente através da pele na parte anteromedial da perna.
Ela é formada por três partes: o corpo central (diáfise) e duas extremidades.
Extremidade proximal
Os côndilos medial e lateral são dois grandes processos que formam as faces
medial e lateral da tíbia proximal. A eminência intercondilar inclui duas pequenas
proeminências, denominadas tubérculos intercondilares medial e lateral, que se
localizam na superfície superior da cabeça tibial entre os dois côndilos. A
superfície articular superior dos côndilos inclui duas facetas articulares côncavas
e lisas, comumente chamadas de platô tibial, que articulam com o fêmur.

Extremidade distal
A extremidade distal da tíbia é menor que a extremidade proximal e termina com
um curto processo em formato de pirâmide chamado maléolo medial, que é
facilmente palpado na face medial do tornozelo. A face lateral da extremidade
distal da tíbia forma uma incisura fibular achatada e triangular para a articulação
com a fíbula distal.

Perna – Tíbia e Fíbula

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Perna – Tíbia e Fíbula


Fíbula
A fíbula se localiza lateral e posteriormente à tíbia. A fíbula articula com a tíbia
proximalmente e com a tíbia e tálus distalmente. A extremidade proximal da
fíbula se expande em uma cabeça, que articula com a face lateral da superfície
posteroinferior do côndilo lateral da tíbia. A face proximal extrema da cabeça é
pontiaguda e é chamada de ápice da cabeça da fíbula. A área afilada logo
abaixo da cabeça é o colo da fíbula.
O corpo (diáfise) é a porção longa e delgada da fíbula entre as duas
extremidades. A extremidade distal dilatada da fíbula pode ser sentida como um
“abaulamento” distinto na face lateral da articulação do tornozelo e é chamada
de maléolo lateral.

Fêmur
Terço Médio do Fêmur e Fêmur Distal

Similar a todos os ossos longos, o corpo ou diáfise do fêmur é a porção


delgada e alongada do osso. O fêmur distal visto anteriormente demonstra a
posição da patela A patela, que é o maior osso sesamoide no corpo, localiza-
se anteriormente ao fêmur distal. A parte mais distal da patela é superior ou
proximal à articulação do joelho em, aproximadamente, ½ polegada (1,27
cm) nesta posição com o membro em extensão completa.

A superfície patelar é a depressão lisa, rasa e triangular na porção distal do


fêmur anterior que se estende por sob a parte inferior da patela. Esta
depressão, algumas vezes, é denominada sulco intercondilar. (Sulco significa
depressão.) Alguns textos também chamam essa depressão de sulco troclear.
(Tróclea significa polia ou estrutura em formato de polia em referência aos
côndilos medial e lateral.) Todos esses três (superfície patelar, sulco
intercondilar ou sulco troclear) termos devem ser reconhecidos como
referências para essa depressão lisa e rasa.

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Fêmur

Fêmur Distal
As porções distais arredondadas dos côndilos medial e lateral contêm
superfícies articulares lisas para a articulação com a tíbia. O côndilo medial se
estende mais abaixo ou mais distalmente que o côndilo lateral quando a
diáfise femoral é vertical
Os epicôndilos medial e lateral, ligamentos colaterais medial e lateral, e se
localizam nas que podem ser palpados, são proeminências ásperas para a
fixação dos porções mais externas dos côndilos. O epicôndilo medial, junto
com o tubérculo adutor, é o mais proeminente dos dois.

A superfície posterior do fêmur distal imediatamente proximal à fossa


intercondilar é a superfície poplítea, sobre a qual passam os vasos
sanguíneos e nervos poplíteos.

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Fêmur Distal
Patela
A patela é um osso triangular plano de aproximadamente 5 cm (2 polegadas) de
diâmetro e está envolta no tendão do grande músculo quadríceps femoral. A
patela parece estar de cabeça para baixo porque seu ápice se localiza ao longo do
bordo inferior, e sua base é o bordo superior. A patela articula somente com o
fêmur, não com a tíbia.

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AP Tíbia e Fíbula

Perfil da Perna

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AP do Joelho

A Tubérculos intercondilares medial e lateral;


extensões da eminência intercondilar
(espinha tibial)
B Epicôndilo lateral do fêmur
C Côndilo lateral do fêmur
D Côndilo lateral da tíbia
E Facetas articulares da tíbia (platô tibial)
F Côndilo medial da tíbia
G Côndilo medial do fêmur
H Epicôndilo medial do fêmur
I Patela (vista através do fêmur)

Perfil do Joelho

A Base da patela
B Ápice da patela
C Tuberosidade tibial
D Colo da fíbula
E Cabeça da fíbula
F Ápice (processo estiloide) da cabeça da
fíbula
G Côndilos medial e lateral superpostos
H Superfície patelar (sulco intercondilar
ou sulco troclear)

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Axial de Patela

Articulações Membro Inferior

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Fêmur Proximal

Fêmur Proximal

Fêmur Proximal
O fêmur proximal consiste em quatro partes essenciais, a cabeça (1), o colo (2), o
trocânter maior (3) e trocânter menor (4).

A cabeça do fêmur é arredondada e lisa para a articulação com os ossos do


quadril. Ela contém uma depressão, ou cova, perto de seu centro, chamada fóvea
capitis, em que um ligamento maior chamado de ligamento da cabeça do fêmur,
ou ligamento capitis femoral, é anexado à cabeça do fêmur.

O colo do fêmur é um forte processo piramidal de osso que conecta a cabeça


com o corpo ou eixo na região do trocânter.

O trocânter maior é uma grande proeminência que está localizada superior e


lateralmente ao eixo femoral e é palpável como um marco ósseo. O trocânter
menor é uma pequena, brusca, cônica eminência que se projeta medial e
posteriormente da junção do colo e do eixo do fêmur. O trocânter está unido
posteriormente por uma grossa crista chamada crista intertrocantérica. O corpo
ou eixo do fêmur é longo e quase cilíndrico.

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