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08/09/2017

Anatomia e Fisiologia I
Aula 4 – Anatomia do membro superior

Neuseli Nardeli
Bióloga – Unemat

Membro Superior
• Os ossos do membro superior podem ser divididos
em quatro grupos principais:
(1) mão e pulso
(2) Antebraço
(3) Braço (úmero)
(4) Cintura escapular

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Membro Superior

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Mão e Punho
• Os 27 ossos de cada mão e punho são divididos nos três
grupos seguintes:

• Os ossos mais distais da mão são as falanges que constituem


os dedos ou quirodáctilos (dedos e polegar).
• O segundo grupo de ossos são os metacarpos; esses ossos
compõem a palma da mão.
• O terceiro grupo de ossos, o carpo, abrange os ossos do
punho.

Falanges – Dedos e Polegar


(Quirodáctilos)
Os dedos são numerados, começando
com o polegar como o 1° dedo e
terminando com o dedo mínimo, o 5°
dedo.
Cada um dos quatro dedos (dedos 2, 3, 4
e 5) é composto por três falanges –
proximal, média e distal.
O polegar, ou primeiro dedo, tem duas
falanges – proximal e distal.
Cada falange é composta de três partes:
uma cabeça distal arredondada, corpo
(diáfise) e uma base alargada, semelhante
à dos metacarpianos.

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Articulações da mão
O polegar tem apenas duas falanges,
assim, a articulação entre eles é
chamada interfalangiana (IF). A
articulação entre o primeiro
metacarpiano e a falange proximal do
polegar é chamada primeira
articulação metacarpofalangiana
(MCF).

Cada dedo, do segundo até o quinto


tem três falanges, e três
articulações. A partir da porção mais
distal de cada dedo, as articulações
denominam-se:
interfalangiana distal (IFD)
interfalangiana proximal (IFP
metacarpofalangiana (MCF).

Metacarpianos
Os metacarpianos articulam-se com as falanges em suas extremidades
distais e são chamados de articulações metacarpofalangianas (MCF).
Na extremidade proximal, os metacarpianos articulam-se com os
respectivos ossos do carpo, e são chamados de articulações carpometacarpianas
(CMC).
Os cinco metacarpianos (MC) articulam-se com os ossos do carpo da
seguinte forma:
• Primeiro MC com o trapézio
• Segundo MC com o trapezoide
• Terceiro MC com o capitato
• Quarto e quinto MC com o hamato

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Carpo (Pulso ou Punho)


O terceiro grupo de ossos da mão e do pulso são os
ossos carpianos, os ossos do pulso. São divididos em
duas fileiras, uma proximal e outra distal.
Fileira proximal:
1. Escafóide, um osso em forma de barco, é o maior osso da fileira
proximal e articula-se proximalmente com o rádio. É o osso do
carpo que mais frequentemente sofre fratura.
2. Semilunar (em forma de meia-lua) é o segundo osso na fileira
proximal; se articula com o rádio e com o capitato da fileira distal do
carpo.
3. Piramidal, que tem três superfícies articulares, sendo identificado
por sua forma piramidal e por sua articulação com o pequeno
pisiforme.
4. Pisiforme (em forma de ervilha) é o menor osso do carpo.
Localiza-se anteriormente ao piramidal e é mais evidente na vista
do sulco do carpo.

Carpo (Pulso ou Punho)


Fileira Distal

A segunda fileira mais distal de ossos carpianos articula-se com os cinco


ossos metacarpianos.
1. Trapézio, um osso de quatro lado, de forma irregular que se situa
distalmente ao escafoide e proximal ao primeiro metacarpiano.
2. Trapezóide, em forma de cunha, também com quatro lados, é o
menor osso na fileira distal.
3. Capitato (capitato significa “grande osso”)´, é o maior osso do
carpo. Ele é identificado pela grande cabeça arredondada que se encaixa
proximalmente em uma concavidade formada pelo escafoide e pelo
semilunar.
4. Hamato, que é facilmente identificado pela apófise em forma de
gancho, chamado hâmulo ou processo hamular, que se projeta de sua
superfície ;palmar

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Ossos do Carpo

Antebraço (rádio e ulna)


O segundo grupo de ossos do
membro superior é composto
pelos ossos do antebraço – o
rádio na face lateral (ou do
polegar) e a ulna no lado
medial. O rádio e a ulna
articulam-se um com o outro
na articulação radioulnar
proximal e na articulação
radioulnar distal. Essas duas
articulações permitem o
movimento rotacional do pulso e
mão.

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Rádio e Ulna
Pequenas projeções cônicas, chamadas processos estilóides, estão
localizadas nas extremidades distais do rádio e da ulna. O processo estiloide
radial pode ser palpado na face lateral da articulação do pulso no
alinhamento do polegar. O processo estiloide radial estende-se mais
distalmente do que o processo estiloide ulnar.
A incisura ulnar é uma pequena depressão na face medial do rádio
distal. A cabeça da ulna ajusta-se na incisura ulnar para formar a articulação
radioulnar distal.
A cabeça da ulna situa-se perto do punho na extremidade distal da
ulna. Quando a mão está pronada, a cabeça da ulna e o processo estiloide são
facilmente sentidos e vistos no antebraço distal no alinhamento
do dedo mínimo.
A cabeça do rádio está localizada na extremidade proximal do rádio
perto da articulação do cotovelo.

Rádio e Ulna
• A porção média longa do rádio e da ulna é chamada de corpo (diáfise).
• O rádio, o mais curto dos dois ossos do antebraço, é o único que está
diretamente articulado com o pulso. Durante o ato de pronação, o rádio é o osso
que gira em torno da ulna, sendo este mais fixo.
• O rádio proximal tem uma cabeça redonda, semelhante a um disco e o colo do
rádio é a área mais estreita logo abaixo da cabeça. O processo oval e enrugado
na borda anterior e medial do rádio, distal ao colo, é a tuberosidade radial.

Rádio

Ulna

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Rádio e Ulna
Acidentes Anatômicos

Incisura troclear •Cabeça - Uma extremidade articular


proeminente e arredondada separada do
corpo do osso por um colo;
•Epicôndilo - Eminência superior, uma
pequena projeção localizada acima de um
côndilo (epicôndilo medial do úmero)
•Incisura - Reentrância na margem de um osso
– à semelhança de um corte
•Processo - Porção saliente de um osso
•Tubérculo - Pequena eminência, nódulo ou
pequeno processo (tubérculo maior do
úmero)
•Tuberosidade - Grande elevação
arredondada, um processo amplo maior do
que um tubérculo
•Olécrano – Eminência grande que forma a
ponta do cotovelo
•Incisura Troclear – Grande depressão
formada pelo olécrano e o processo coronoide
e serve para articulação com a tróclea do
úmero

Ulna Rádio

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Cotovelo
• O úmero distal se articula com o rádio e com
a ulna para formar a articulação do
cotovelo.
• O corpo (diáfise) do úmero é a parte longa
central, e a extremidade distal expandida do
úmero denomina-se côndilo umeral. A
porção articular do côndilo umeral é
dividida em duas partes: a tróclea (côndilo
medial) e o capítulo (côndilo lateral).
• A tróclea (que significa “polia”) tem formato
de polia ou carretel; tem duas bordas
externas semelhantes a um aro, e uma
porção central mais funda e lisa, chamada
sulco troclear. A tróclea é localizada mais
medialmente e se articula com a ulna.
• O capítulo, que significa “cabeça pequena”,
situa-se na borda lateral e se articula com a
cabeça do rádio. A superfície articular
arredondada do capítulo é apenas
ligeiramente menor que a da tróclea.

Cotovelo

AP Cotovelo Perfil Cotovelo

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Úmero
No membro superior, o úmero é o osso maior
e mais longo.

A região proximal do úmero é a parte do braço


que se articula com a escápula e forma a
articulação do ombro. A parte mais proximal é
a cabeça do úmero que tem configuração
arredondada. A área levemente estreitada
diretamente abaixo e lateral à cabeça é o colo
anatômico, que aparece como uma linha de
demarcação entre a cabeça arredondada e os
tubérculos maior e menor.

O processo diretamente abaixo do colo


anatômico, na superfície anterior, é o tubérculo
menor. O processo lateral maior é o tubérculo
maior, onde se inserem os músculos peitoral
maior e supraespinal.

Úmero
O sulco profundo entre esses dois tubérculos é o sulco intertubercular. A área afilada
abaixo da cabeça e tubérculos é o colo cirúrgico e distal ao colo cirúrgico, onde se
encontra o longo corpo (diáfise) do úmero. O colo cirúrgico recebe esse nome
porque é um local de fraturas frequentes que necessitam de cirurgias. A
tuberosidade do músculo deltoide é uma elevação triangular áspera ao longo da
superfície anterolateral do corpo (diáfise) onde se insere o músculo deltoide.

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Úmero
AP de ombro com rotação externa

Cíngulo do Membro Superior


O cíngulo do membro superior consiste em dois ossos: a clavícula e a
escápula. A função da clavícula e da escápula é servir como um elo entre cada
membro superior e o tronco ou esqueleto axial.

Anteriormente, o cíngulo do membro superior se conecta ao tronco na porção


superior do esterno; entretanto, posteriormente, essa conexão é incompleta
porque a escápula está ligada ao tronco somente por músculos.

1. Clavícula
A clavícula é um osso longo com uma curvatura dupla que tem três partes
principais: duas extremidades e uma porção central longa. A extremidade lateral
ou acromial da clavícula se articula com o acrômio da escápula. Essa
articulação é chamada acromioclavicular.

A extremidade medial ou esternal articula-se com o manúbrio, que é a parte


superior do esterno. Essa articulação é chamada esternoclavicular. A
combinação das articulações esternoclaviculares de cada lado do manúbrio
ajuda a constituir uma importante referência anatômica de posicionamento
chamada incisura jugular.

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Clavícula

Escápula
A escápula, que forma a parte posterior do cíngulo do membro superior, é um
osso triangular plano com três margens, três ângulos e duas faces. As três
margens são a margem medial (vertebral), que é a mais longa ou a mais
próxima às vértebras; a margem superior da escápula; e a margem lateral
(axilar), ou a margem mais próxima à fossa axilar.

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Escápula
Os três cantos da escápula triangular são chamados “ângulos” O ângulo
lateral, algumas vezes chamado cabeça da escápula, é a parte mais
espessa e termina lateralmente em uma depressão rasa chamada cavidade
glenóide.

A cabeça do úmero se articula com a


Vista anterior da escápula cavidade glenoidal da escápula para
formar a articulação escapuloumeral.

O acrômio (articula-se com a clavícula)


é um processo longo e curvo que se
estende lateralmente sobre a cabeça
do úmero. O processo coracóide é um
processo espesso semelhante a um
bico que faz incidência anterior por
baixo da clavícula. A incisura da
escápula é um sulco na margem
superior, formado parcialmente pela
base do processo coracóide.

Escápula
A face posterior da escápula demonstra uma estrutura proeminente chamada
espinha. A porção elevada da espinha da escápula começa na margem vertebral
como uma área triangular lisa e estende-se lateralmente para terminar no
acrômio, que passa por cima da articulação do ombro posteriormente.

Vista posterior da escápula A margem posterior ou ponta da


espinha é um tanto espessa e
denomina-se crista da espinha.
A espinha separa a superfície
posterior em fossas infra e
supraespinal. Essas duas
fossas servem como superfícies
de fixação para os músculos do
ombro.

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Escápula
A vista lateral da escápula demonstra as posições relativas das várias partes da
escápula . A escápula é delgada e assemelha-se a uma letra “Y” nesta posição.
As partes superiores do “Y” são o acrômio e o processo coracoide. O acrômio é
a extremidade distal expandida da espinha que se estende superior e
posteriormente em direção à cavidade glenoidal. O processo coracoide se
localiza mais anteriormente em relação à cavidade glenoidal.

Vista lateral da escápula


A parte inferior do “Y” é o corpo da
escápula. A superfície posterior do
corpo da escápula é a face dorsal.
A espinha se estende da face
dorsal em sua margem superior. A
superfície anterior do corpo é a
face ventral (costal). A margem
lateral (axilar) é uma margem mais
espessa ou mais larga que se
estende da cavidade glenoidal
para o ângulo inferior, como
demonstrado nessa vista lateral.

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