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Mestrado em Ciências Económicas e Empresariais | Economia Aplicada

A Heterogeneidade dos Impactos Económicos da Pandemia na Europa

Enquadramento do Tema
O presente trabalho aborda o tema “A Heterogeneidade dos Impactos Económicos
da Pandemia na Europa” e pretende uma revisão bibliográfica com o objetivo de
perceber quais as discussões em curso sobre este tema.

O novo coronavírus, causa da denominada COVID-19, foi descoberto em


dezembro de 2019 na República Popular da China. No dia 30 de janeiro de 2020, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o estado de emergência e a 11 de
março de 2020 foi declarada a existência de uma pandemia global de casos de infeção
pelo novo coronavírus.

Como referido anteriormente, a propagação da COVID-19 teve um forte impacto


na atividade económica, inicialmente na China e mais tarde a nível mundial. O
comércio internacional registou uma redução acentuada devido ao funcionamento da
cadeia de valor e ao grave comprometimento e incerteza dos mercados financeiros
mundiais. Esse impacto foi visível, por exemplo, no consumo, que registou uma forte
contração como consequência das medidas de confinamento.

A economia da zona euro foi atingida pelo choque extraordinário e grave da


pandemia de coronavírus (COVID-19). A atividade económica registou uma contração
acentuada, mas as medidas de contenção do vírus e o apoio em termos de políticas
para atenuar o impacto económico da pandemia, foram os principais fatores
determinantes para estabilizar a atividade. Desta forma, a tomada de medidas pelos
diversos países da zona euro, com o intuito de mitigar a propagação da doença, foi
rápida e levou à suspensão de diversas atividades e a uma acentuada perturbação da
atividade económica.

Assim, esta abordagem pode ser utilizada para discutir e avaliar a


heterogeneidade do impacto económico da pandemia na europa tendo como base a
economia aplicada.

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A Heterogeneidade dos Impactos Económicos da Pandemia na Europa


O artigo base desta análise foi escrito por Philip Muggenthaler, Joachim Schroth e
Yiqiao Sun, publicado pelo European Central Bank como parte do ECB Economic
Bulletin, Issue 5/2021, em que evidenciam a heterogeneidade dos impactos da
pandemia entre os países europeus e destacam alguns elementos que podem ajudar
a explicar os diferentes impactos, sendo estes: medidas de contenção em resposta à
intensidade variável da crise da saúde, as diferentes composições setoriais e
estruturas económicas e a qualidade das composições institucionais.

Embora a recessão mais profunda tenha ocorrido em 2020, o nível real total do
PIB no primeiro trimestre de 2021 ainda estava abaixo do nível pré-crise em todos os
países, exceto na Estônia (3,4%), na Irlanda (13,2%), na Lituânia (1,1%) e em
Luxemburgo (3,2%). Por sua vez, Espanha, Itália, Malta, Áustria e Portugal registaram
as quedas mais significativas do PIB real, com Portugal e Espanha a registarem as
maiores perdas (9,1% e 9,3% respetivamente). Nestes países, o setor do turismo tem
um papel fundamental para a atividade agregada e, por isso, foram bastante afetados
pelo lockdown.

O consumo foi um dos principais fatores impulsionadores para a recessão causada


pela pandemia. Destaca-se a importância das contribuições para o crescimento dos
componentes da demanda que variaram substancialmente entre os países europeus.
De modo geral, o maior contributo negativo para recessão veio da maior componente
da procura, ou seja, veio da redução do consumo privado, causado pelo contexto da
incerteza que levou à precaução dos consumidores na redução dos gastos familiares –
como exemplo temos a Alemanha, a Bélgica e a Holanda.

Os componentes mais voláteis do PIB, o investimento total e o crescimento das


exportações líquidas, amplificaram as heterogeneidades entre os países europeus ao
promover o crescimento do PIB em alguns países, mas suprimi-lo em outros.

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Assim, o impacto da
crise foi atenuado
por um substancial
apoio fiscal fornecido por
todos os governos da
zona euro. No entanto,
embora semelhantes
em termos de composição,
o apoio era bastante
diferente em tamanho.
Por sua vez, ao fornecer
apoio rápido e crítico na
primeira fase da pandemia, os governos nacionais imediatamente abordaram e
mitigaram as consequências económicas e de saúde da crise.

Gráfico 1 - Decomposição da variação do PIB real do quarto trimestre de 2019 ao primeiro trimestre de
2021 por componentes da demanda

Como referido anteriormente, o tamanho geral do apoio fiscal foi


consideravelmente diferente entre os países europeus. Na Grécia e em Malta, o
impulso orçamental em 2020 − medido pela variação do saldo orçamental líquido de
juros, que reflete a resposta automática do saldo orçamental do Estado ao ciclo
(estabilizadores automáticos) e às medidas orçamentais discricionárias − cresceu mais
de 10 % do PIB pré-crise, enquanto na Estónia, Letónia e Finlândia, que foram
relativamente menos afetados pela crise da saúde, era de cerca de 4%.

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De modo
geral, o impulso
fiscal foi

proporcional às perdas do PIB. Nos países da zona euro, a variação do saldo


orçamental líquido de pagamentos de juros tendeu a ser maior onde o PIB diminuiu
mais fortemente (painel a). Ao mesmo tempo, vários países da zona euro em que o
Gráfico 2 - Impulso fiscal contra queda no crescimento real do PIB em 2020
impulso fiscal em 2020, e consequentemente o efeito nos défices orçamentais, tinha
sido maior, também entraram na pandemia com níveis de dívida mais elevados (painel
b). Isso aumentou ainda mais o nível de heterogeneidade nas posições fiscais em
2020 em comparação com o período pré-crise.

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Gráfico 2 e 3 - Nível da dívida em relação ao PIB em 2019

Os riscos dos efeitos colaterais nos países mais afetados permanecem altos. A
importância dos fatores estruturais para explicar o aumento da heterogeneidade e o
impacto inicial do choque pandêmico pode levar a divergências de crescimento mais
duradouras no futuro. Isso pode ser explicado, por exemplo, por diferenças entre
países no ritmo de realocação entre setores e no espaço fiscal.

Em termos gerais, o produto interno bruto (PIB) da área do euro apresentou uma
contração de 6,6% em 2020. A inflação global anual desceu para 0,3% face a 1,2%
em 2019, devido, em grande medida, à queda dos preços dos produtos energéticos,
embora fatores relacionados com a pandemia também tenham contribuído. Por
exemplo, os setores mais afetados pela crise, como os transportes e a hotelaria,
contribuíram para a descida da inflação durante o segundo semestre.

Crise Provocada pela Pandemia

Faz neste mês, no dia 30 de janeiro, três anos desde que a Organização Mundial
de Saúde (OMS) declarou o estado de emergência provocado pelo aparecimento do
vírus SARS-CoV-2 e mais tarde, a 11 de março de 2020, foi confirmada a situação
pandémica decorrente do aparecimento do COVID-19 (World Health Organization,
2020).

Os autores António Duarte e Fátima Murta (2022), no âmbito do ciclo de


seminários GEE/GPEARI, reforçam a importância de analisar os impactos
macroeconómicos devido aos danos causados pelos efeitos económicos, quer seja
diretamente ou indiretamente, por todos os países da União Europeia (UE).

Uma das medidas adotadas durante a pandemia foi o lock down das fronteiras
entre os países europeus impedindo o fluxo de bens, capital e serviços. Para além
disto, os negócios e a produção foram setores encerrados temporariamente o que
causou efeitos negativos na oferta e procura para a economia. Pelo que, torna-se de
extrema importância reforçar que a pandemia apresentou um custo massivo para os
países europeus, levando a alguns destes a uma depressão económica.

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Em 2020, Itália, Portugal e Espanha apresentaram o maior número de casos de


COVID-19. O tratamento e controlo da doença representa um enorme peso para os
Serviços Nacionais de Saúde. Os dois países que foram mais afetados pela primeira
onda da pandemia foram a Itália e a Espanha, com o recorde mais baixo de despesa
como percentagem do Produto Interno Bruto (PIB). Por sua vez, Portugal foi o país
com menos despesa por habitante.

O Banco Central Europeu, em março de 2020, deu início ao Pan-European


Personal Pension Product (PEPP), acrónimo inglês para Produto Individual de
Reforma Pan-Europeu, de forma de colmatar a perda de rendimentos quando deixar
de trabalhar.

Os impactos da crise económica estabelecida pela pandemia levaram a que a EU


estabeleceu um instrumento de apoio temporário de 540 mil milhões de euros para
mitigar os riscos de desemprego em caso de emergência (SURE), ou seja, visa
contribuir para proteger os postos de trabalho e os trabalhadores afetados pela
pandemia do coronavírus. Desta forma, a pandemia da COVID-19 interrompeu a
atividade económica, a perda de produção e o desemprego.

Assim, devido ao choque da pandemia, a União Europeia experienciou um


crescimento negativo das taxas dos seus produtos, o que revertia o bom desempenho
que vinham registando quando o mercado financeiro internacional retomou da crise de
2011-2013. Em 2020, o PIB da Espanha desceu mais de 10%, o da Itália desceu cerca
de 9% e o de Portugal desceu 8.5%. Esta queda pode ser explica pela paralisação
temporária da produção, pelos vários confinamentos da população e pelas
perturbações nas cadeias de valor internacionais originadas pela pandemia.
Consequências diretas da descida do PIB foram os efeitos negativos da taxa de
desemprego e da taxa de inflação.

Para além disto, tanto o deficit público como a dívida pública registaram uma
significativa deterioração em seu desempenho, mais uma vez como uma
consequência das ações políticas para superar a pandemia. Os autores acreditam que
comparar os efeitos negativos da pandemia com crises passadas podem levar a
conclusões precipitadas.

“Tal como Ionescu-Somerd e Tarnawa (2020) afirmaram, nunca houve uma crise
que em tão pouco tempo afetasse tão rápida e drasticamente a economia dos países,
o estilo de vida e os meios de subsistência das pessoas como a Pandemia COVID-
19.” cita a Mestre Carolina Machado Areia na sua tese sobre O impacto da Pandemia
COVID-19 em diferentes sectores de atividade: a perceção dos empreendedores.

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Como refere a autora, a pandemia da COVID-19 obrigou muitas empresas a


interromperam as suas atividades comerciais. Como consequência temos uma
paragem do comércio na maioria dos setores da indústria e a gestão de desafios
como, por exemplo, a força de trabalho procura do consumidor, vendas, segurança e
saúde, entre outros. Desta forma, a autora faz uma análise dos impactos provocados
em alguns países da Europa, com o intuito de compreender quais as consequências a
nível económico e social, assim como as medidas governamentais implementadas. É
feita uma comparação com outros choques na economia mundial como, por exemplo a
Crise Financeira Global. Para além disto, através de uma referência a Donthu e
Gustafsson (2020), a autora analisa uma situação pós-pandêmica, onde a sociedade
tenderia a adotar uma postura mais conservadora, relativamente aos seus
investimentos. Este “distanciamento financeiro” poderia trazer grandes consequência
para o mercado económico.

Por sua vez, M. Mofijur, I.M.R. Fattah, M.A. Alam et al no artigo Impact of COVID-
19 on the social, economic, environmental and energy domains: Lessons learnt from a
global pandemic (2020) analisam a crise económica da pandemia a nível mundial e
referem que a pandemia da COVID-19 envolveu o mundo num sentimento de
incerteza e como inúmeros países não apresentavam uma estratégia concreta para
lidar com a pandemia que afetou tantos segmentos da nossa sociedade.

A crise económica gerada pela pandemia foi mais sentida por grupos sociais mais
vulneráveis como, por exemplo, pessoas em situação de pobreza, idosas, com
deficiências, minorias étnicas, mas principalmente refugiados e emigrantes. Desta
forma, as medidas de proteção tomadas para proteger a população prejudicaram a
economia. Assim, é feita referência ao lockdown como uma peça chave de proteção.

Para além disto, os autores Muhammad Bilal Tahir e Muhammad Sohaib, no artigo
Social and Environmental Impact of COVID-19: positive and negative aspects (2020)
discutem os aspetos negativos e positivos dos impactos da pandemia. Como principais
aspetos negativos os autores apontam o desemprego, a crise económica, a demanda
de produção. Por sua vez, os aspetos positivos mencionados são relacionados ao
meio ambiente e à poluição.

Desta forma, o choque da COVID-19 desencadeou divergências renovadas,


embora menores em geral, atingindo alguns países abaixo da média da zona do euro
em termos de renda per capita de forma mais severa do que aqueles acima.

Caso Português e Francês

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O economista Miguel St. Aubyn, aquando do XIV Encuentro de Economistas CAF-


SEGIB, em 2020, apresentou o caso português, dando destaque para as “(…)
elevadas perdas económicas, que poderão atingir 10 por cento do PIB em 2020 (…)”
(Aubyn, 2020).

O autor descreve a decisão do confinamento em Portugal e apresenta e quantifica


as consequências económicas a curto prazo. Segundo Miguel Aubyn (2020), o objetivo
do confinamento “é também o de conter a quebra na atividade económica,
nomeadamente da produção e distribuição dos bens e serviços mais básicos.” (p. 47)
O autor ainda refere que a “pandemia pelo novo coronavírus afeta negativamente os
lados da oferta e da procura da economia (…) Por um lado, a pandemia provocou de
forma bastante rápida uma disrupção nas cadeias de abastecimento e de produção,
afetando a capacidade produtiva de diversas empresas em vários ramos de atividade.
Em diversos casos não foi possível proceder a importações de bens intermédios e de
matérias-primas de forma atempada. Por outro lado, a doença, o receio associado ao
contágio, e a incerteza sobre o desfecho do fenómeno pandémico resultam numa
enorme quebra de confiança, que induz a queda do investimento e do consumo
privado.” (p. 48).

Passando a analisar o caso francês e tendo como referência o artigo “Avaliação


dos efeitos econômicos e ambientais de curto e longo prazo da crise do COVID-19 na
França” é possível obter a informação de que a França foi um dos 3 países europeus
onde as medidas adotadas em relação à pandemia foram das mais rigorosas
passando a desenvolver assim consequências na economia deste país. Foi possível
observar através de uma análise desenvolvida pelo Observatório Económico Francês
que o Produto Interno Bruto comparando entre abril de 2019 e abril de 2020 decaiu em
30% e que os setores de trabalho mais afetados foram o setor de trabalho intensivo e
o setor de mobilidade. Esta queda da taxa do PIB potencializou a curto-prazo um
aumento da taxa de desemprego em 2,9%. O investimento também foi gravemente
afetado e em 2020 caiu até 11%, algo que posteriormente foi recuperando e já não é
visível na nossa atualidade.

Ainda, a partir do artigo “L’impact de la pandémie du coronavirus aur les petites et


moyennes entrprises” de Diana Gorbacheva, Anastasiya Kamaldinova publicado na
obra “La france et la francophonie d’aujourd’hui” compreendemos o impacto causado
pela pandemia nas pequenas e médias empresas francesas que apesar de
contribuírem para a economia francesa são também sensíveis às crises. Em 2019 o
país contava com 39,46 milhões de pequenas e médias empresas que representavam
99.8% do número de empresas registadas, o que significou um aumento em 30%
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desde 2010 e que permite empregar 64,1% da população o que corresponde a mais
de 10 milhões de indivíduos. A divisão das pequenas e médias empresas francesas
em setores está organizada da seguinte forma:

Figura 1 – Principaux secteurs de spécialisation des petites et moyennes entreprises en France


en 2018, Source: Statista.

Assim, no primeiro e segundo trimestres de 2020 os números de pequenas e


médias empresas tiveram descidas de 3% e 18% respetivamente, sendo os setores
mais afetados o de hotelaria e restauração, o setor dos transportes e da logística, do
divertimento e dos tempos livres e dos serviços aos particulares e aos profissionais. A
agricultura também foi gravemente afetada, visto que os agricultores fornecem a
setores que também foram afetados.

Apesar de a pandemia ter obtido impactos macroeconómicos devastadores no


curto-prazo, houve a possibilidade de fazer com que este dano não se tornasse
temporário a partir de um trabalho árduo, políticas e boas práticas económicas a fim
de não manter esta queda económica que ocorreu com as medidas adotadas aquando
do covid-19 e permitindo com que a economia se recupere gradativamente do choque
sofrido.

O Impacto Setorial da Pandemia

“The bans on public events, strict lockdowns and restrictions on numerous activities in
the spring of 2020 had a dramatic effect on the economy, with euro area GDP
declining by 15% in the first half of the year.”

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Battistini & Stoevsky

O vírus SARS-CoV-2 impactou o mundo na sua plenitude, arrasando economias e


os seus diversos setores. Isto deveu-se ao facto de, com o confinamento, indústrias de
experiências e entretenimento, grandes contribuidoras de várias economias, foram
fortemente afetadas.

Figura 2 – The impact of containment measures across sectors and countries during the COVID-
19 pandemic

O gráfico mostra-nos os setores mais afetados seguindo a ideologia da


elasticidade, relacionando os setores com as medidas de restrição impostas pelos
governos aquando da pandemia global causada pela COVID-19. Os autores Battistini
e Stoevsky realçam setores como a hotelaria, transportes, comércio tradicional, entre
outros, como sendo dos setores mais afetados. “Activities requiring social interaction
were the most heavily affected across all the euro area countries analysed.”

Setores que não conseguiram implementar a técnica do teletrabalho também


sofreram bastante, tal como é implícito no gráfico. Este dado estatístico confirma-se
com a justaposição de cargos de trabalho com a impossibilidade da implementação de
trabalho remoto com a estimativa do grau de elasticidade de cada setor, formando
uma relação positiva. Num cenário inverso observamos o setor da agricultura com
elasticidade negativa, algo que nos impele a fazer a elação de que este setor
beneficiou com as medidas de contenção, pois, por si só, o grau de interação social
neste setor em específico é muito reduzido, logo as desvantagens das medidas
probatórias impostas pelos governos não surtiram efeito negativo neste setor.

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Segundo o autor Ahumada et al. “COVID-19 shocks are not permanent, and
therefore, there will be recovery.”

Embora os efeitos da COVID-19 tenham sido, em alguns casos, devastadores, não


serão eternos. Segundo Ahumada et al., há muito trabalho a ser feito para mitigar os
efeitos nefastos que a pandemia teve no mundo, mas não é uma missão impossível.
Dados estatísticos apontam para um impacto económico negativo superior ao da
recessão de 2008-2009. Contudo, apesar de ainda não haver muitas evidências de
estudo que apontem para a recuperação económica, os mercados de retalho e
grossistas apresentam uma dinâmica de melhoria logo após as medidas de contenção
começarem a ser levantadas.

Os Impactos e as Medidas Estabelecidas Perante a Pandemia

A pandemia provocada pelo vírus Covid-19 proporcionou desigualdades


extremamente acentuadas entre os vários países da Europa.

De facto, esta instabilidade permitiu que os países com economias emergentes


piorassem e retardassem o seu crescimento. Apesar disto, os governos demostraram
prontidão na resolução destes problemas, ao estabelecer políticas económicas e
medidas de apoio. Ao longo prazo, isto poderá trazer desvantagens no que toca à
dívida pública e privada da economia não só a nível europeu como a nível mundial.

Relativamente às desigualdades que se fizeram sentir, várias famílias e empresas


viram a sua renda retirada por um período indeterminado, dando lugar a um
crescimento exponencial do desemprego. Estima-se que mais de cerca de 50% das
famílias não conseguiram assegurar os seus custos mais de três meses, enquanto as
empresas tinham de reserva, um fundo de maneio para aguentar as despesas para
menos de 55 dias.

A pandemia gerou uma crise que levou à pobreza a nível planetário, algo que não
se assistia há muito tempo. O desemprego aumentos em cerca de 70% em todos os
países, sendo a retirada de ordenado mais acentuada entre os jovens, mulheres e
trabalhadores autónomos ou a recibos verdes, sendo que as mulheres foram mais
afetadas, havendo muitas demissões (Ex: empregadas domésticas). Durante este
período conturbado, o Produto Interno Bruto encontrava-se em -3,1%, -4,5% em
Economias Avançadas e -2,1 nas Economias Emergentes.

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Figura 3 - Produto interno bruto -Taxas médias de crescimento anual


Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, Out. 2021.

Principais medidas adotadas:

A pandemia tornou a Europa irreconhecível, sendo necessário instituir medidas


para tentar combater os impactos económicos que se estavam a fazer sentir. Assim
sendo, inicialmente, a Comissão Europeia procurou definir a concentração de recursos
financeiros pertencentes ao orçamento comunitário, tendo de alterar a legislação
comunitária e, seguidamente, a cedência de algumas normas comunitárias.

No que toca às medidas dirigidas às empresas e às famílias (exemplos):

1. Regimes de garantias públicas

Aplicação de um regime temporário de auxílios de Estado, em foram aprovados


13.000 milhões de euros (6% do PIB em 2019) de linhas de crédito com garantia de
Estado e fortalecer o montante de seguros de crédito garantidos pelo Estado.

2. Regimes de layoff simplificado

Diminuir a destruição de emprego, partilhar os custos entre empregador, a


Segurança Social e o trabalhador. Instituir um regime inicial prolongado até julho;
Regime modificado até dezembro de 2020, nas empresas que sofreram maior quebra
de faturação.

3. Flexibilização do pagamento

Manutenção na fonte de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)


e imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), entregas de IVA,
pagamentos por conta e, por fim, autorização do pagamento de contribuições sociais.

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4. Programa Portugal 2020

Rapidez no pagamento de incentivos às empresas e aceitação das prestações de


incentivos reembolsáveis.

5. Moratórias públicas e privadas de crédito

Moratória pública: Crédito a empresas, crédito à habitação, crédito ao


consumo/educação é prolongado até março de 2021. Moratórias privadas: Crédito à
habitação, crédito ao consumo; Leasing mobiliário e imobiliário.

6. Flexibilização do pagamento de prémios de seguro

Acordo voluntário a favor do segurado ou seguros obrigatórios em que a cobertura


é tratada na sua integralidade por 60 dias depois do vencimento do prémio, sendo o
segurado obrigado a o pagar.

7. Resgate sem penalizações dos Planos Poupança Reforma (PPR)

As famílias particularmente afetadas pela pandemia COVID-19 tiveram esta


hipótese até ao limite mensal do indexante dos apoios sociais, sendo um regime
temporário finalizado em setembro de 2020.

8. Apoio excecional à família

De acordo com o número de dias de aulas em que as escolas e creches estiveram


fechadas, foi concedido um apoio às famílias com filhos até aos 12 anos.

9. Apoiar o turismo e a cultura

Um setor que foi afeta severamente, sem dúvida, foi o do turismo, sendo a Europa
um destino de sonho para muitos, a União Europeia estabeleceu normas para ajudar
esta indústria.

10. Ajudar a agricultura e as pescas

Foram estabelecidas medidas de apoio aos pescadores e produtores de hortícolas,


fruta, vinhos, etc., de forma a não haver mais constrangimentos no que toca aos
abastecimentos de bens alimentícios. Os trabalhadores destes setores passaram por
grandes problemas relativamente à logísticas dos portos, bem como ao um aumento
do transporte dos produtos. Após isto, foram introduzidos os “corredores verdes”, de
modo que houvesse uma circulação mais facilitada entre os transportadores de
mercadorias.

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11. Salvaguardar as empresas mais frágeis de concorrentes estrangeiros

Com a pandemia, as empresas mais frágeis viram o seu posicionamento no


mercado em risco, levando a que o Parlamento Europeu apelasse a circunstâncias
igualitárias e instruindo as mesmas a uma análise cuidada dos investimentos feitos
através do exterior da União Europeia, de modo a se protegerem de ameaças, como a
concorrência desonesta e possíveis deturpações.

Exemplo de medidas moratórias de seguros instituídas noutros países da União


Europeia:

Fonte: CERS

Pós-Covid: Ameaças Emergentes a uma Recuperação


A pandemia causada pela COVID-19 gerou uma crise sem precedentes no mundo
moderno, sendo responsável pela morte de mais de 400,000 pessoas, segundo o
artigo “Europe After Coronavirus: The EU and a New Political Economy”.

Segundo o autor Bergsen et al. “(…) in the absence of consensus, current EU rules
and structures could constrain the ability of member states to effect significant reform.”

É argumentado que, caso não haja um consenso na União Europeia, é então,


possível que as atuais leis e as futuras, e pressupostas, disputas e discórdias sobre a

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governação, possam servir de travão para o progresso e rejuvenescimento da


economia europeia. Teme-se que a UE se prenda numa situação que não seja a ideal
e necessária para a fase de regeneração que se avizinha após o rescaldo da
pandemia, segundo Pepijn Bergsen et al.

É facto do conhecimento geral que a Europa já passou por várias recessões e


períodos de difícil recuperação. Em 2008-2009 deu-se o grande crash financeiro a
nível mundial, com repercussões sentidas até aos dias de hoje. Na Europa, teve um
impacto ainda mais devastador, pois até nas medidas de resolução posteriores ao
crash, muitos países sofreram e alguns ainda estão. Após esta crise global, em 2010,
a União Europeia passou pela sua própria crise, forçando a quem está no poder a
tomar medidas drásticas. A UE forçou um regime de austeridade nos países mais
abalados pela crise, numa tentativa de reforma e auxílio para que a economia destes
países se pudesse reerguer.

Figura 4- Europe After Coronavirus: The EU and a New Political Economy

Neste gráfico podemos observar uma das ameaças à recuperação económica


europeia no cenário pós-covid, o crescimento do valor da dívida governamental de
alguns países europeus com a inclusão dos Estados Unidos da América. Uma vez
mais, o problema da inexistência de um consenso político a nível europeu volta a
surgir, impossibilitando uma solução adequada para todos os estados-membro, para a
resolução do problema exemplificado no gráfico. O problema político europeu mantem-
se relevante neste cenário pois o impacto da COVID-19 foi assimétrico pela Europa,
segundo os autores.

Plano de recuperação da União Europeia

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A 21 de julho de 2021, a UE organizou esforços e conseguiu criar o “Next


Generation EU”, um plano que visa ajudar a colmatar alguns dos problemas causados
pela pandemia, obtendo um esforço de recuperação de 750 milhões de euros.

Além disso, foi acordado um orçamento para 2021-2027, subindo o valor para
cerca de 1 074,3 milhares de milhões de euros para apoiar o investimento em
transição digital e ecológica. Agregando a isso, todos os fundos avaliados em 540 mil
milhões de euros preparados para os trabalhadores, estados-membros e empresas, o
pacote de recuperação conseguiu alcançar os 2 364,3 milhares de milhões de euros. A
11 de fevereiro de 2021 foram mobilizados 672,5 milhões de euros para apoiar os
estados-membros com um mecanismo de recuperação e resiliência.

Foi a 13 de julho de 2021, que 12 países da União Europeia, a Alemanha, a


Bélgica, a Eslováquia, a França, a Grécia, a Áustria, a Dinamarca, a Espanha, a Itália,
a Letónia, Portugal e o Luxemburgo puderam dar uso ao seu pacote, de forma a curar
e reerguer-se das consequências que a pandemia lhes proporcionou. A 28 de julho de
2021, foi a vez do Chipre, da Eslovénia, da Lituânia e da Croácia adquirirem a
confirmação para a sua respetiva utilização. A 8 de setembro de 2021, a Chéquia e a
Irlanda. A 5 de outubro de 2021, Malta. Estónia, Finlândia e Roménia a 29 de outubro
de 2021. Mais tarde, a 3 de maio de 2022, a Bulgária e a Suécia adquiriram a sua
parte, enquanto a Polónia, só a 17 de junho de 2022. Por fim, os Países Baixos,
tiveram o plano aprovado a 4 de outubro de 2022 e a Hungria a 16 de dezembro de
2022.

Considerações Finais
Em modo de conclusão, remete-se para o artigo de Javier Cifuentes- Faura, Crise
del coronavirus: impacto y medidas económicas en Europa y en el mundo, onde
questiona-se quais medidas seriam tomadas pela União Europeia a fim de combater o
impacto causado pela pandemia e realça-se o facto de ser possível existirem
empréstimos por parte do mecanismo europeu de estabilidade ou até bónus de
coronavírus. Também se realça o facto de na União europeia deste os anos 70 existir
uma cooperação mútua entre os países e esta entidade, o que tornaria possível a sua
recuperação. Por sua vez, no artigo, Um ensaio sobre a pandemia do covid-19
refletem-se novamente os impactos sentidos na Europa e realça-se o facto de que na
União Europeia “Os sócios do bloco econômico decidiram estabelecer um fundo de
reativação de 750 bilhões de euros (R$ 4,57 trilhões em reais) e um marco financeiro
de um trilhão de euros (6,1 trilhões de reais) para o período 2021-2027.” (Américo &
Barbbosa, 2020).

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A Heterogeneidade dos Impactos Económicos da Pandemia na Europa

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