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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DA AMAZÔNIA

FACULDADE DE PSICOLOGIA

KAIO GLAUCO OLIVEIRA DO NASCIMENTO


MARIA CLARA MARTINS
THAIANA CHAVES
YASMIN CUNHA

FUNDAMENTOS DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA I

BELÉM, PARÁ
MARÇO/2023
KAIO GLAUCO OLIVEIRA DO NASCIMENTO
MARIA CLARA DE MARTINS
THAIANA CHAVES
YASMIN DIAS

AUTOESTUDO 03

Trabalho acadêmico da turma B, referente ao


autoestudo 3 da docente Prof Amanda Pereira
de Carvalho como processo avaliativo para a
disciplina Abordagem Centrada na Pessoa I.

BELÉM , PARÁ
MARÇO/2023
RECEPÇÃO E CIRCULAÇÃO DA PSICOLOGIA HUMANISTA DE CARL
ROGERS NO BRASIL

1- REFERÊNCIA DA OBRA EM ANÁLISE


CASTELO BRANCO, Paulo Coelho; CIRINO, Sérgio Dias. Recepção e
Circulação da Psicologia Humanista de Carl Rogers no Brasil. Revista de psicologia
(Santiago), v. 26, n. 2, p. 106-117, 2017. , Sérgio Dias. Recepção e Circulação da
Psicologia Humanista de Carl Rogers no Brasil. Revista de psicologia (Santiago), v.
26, n. 2, p. 106-117, 2017.

2- APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Castelo Branco é conhecido por suas obras literárias, principalmente
romances e contos. Seu estilo é marcado pela exploração da linguagem e pela
representação da complexidade humana. Ele contribuiu significativamente para a
literatura contemporânea brasileira. Enquanto Paulo Coelho é um autor
mundialmente famoso, conhecido por suas obras de ficção, sendo "O Alquimista"
seu trabalho mais conhecido. Suas histórias muitas vezes exploram temas
espirituais e filosóficos, atraindo um amplo público global. Além de escritor, Coelho é
também um letrista talentoso e teve uma carreira diversificada. Sérgio Dias Cirino é
um acadêmico que, pelo menos no contexto mencionado, tem interesse na recepção
e circulação da Psicologia Humanista de Carl Rogers no Brasil. Sua pesquisa
provavelmente busca compreender como as ideias de Rogers foram adotadas e
disseminadas na comunidade psicológica brasileira, oferecendo uma perspectiva
valiosa sobre a influência dessas teorias no país.

3- PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA


A perspectiva teórica abordada é a Psicologia Humanista, especificamente
sob a influência das ideias de Carl Rogers. A Psicologia Humanista é uma
abordagem que se concentra no crescimento pessoal e na compreensão da
experiência subjetiva.
A perspectiva humanista, especialmente a Abordagem Centrada na Pessoa
de Carl Rogers, valoriza a experiência subjetiva do indivíduo e enfatiza a importância
de criar um ambiente terapêutico que promova crescimento pessoal e autenticidade.
A relação terapêutica é vista como crucial, destacando conceitos como empatia,
congruência e aceitação incondicional.
Ao aplicar essa perspectiva ao contexto brasileiro, Sérgio Dias Cirino explora
como as características únicas da sociedade brasileira influenciaram a recepção das
ideias de Rogers. Isso inclui considerações culturais, sociais e históricas que
moldaram a forma como a Psicologia Humanista foi integrada e adotada por
profissionais brasileiros. O autor também aborda questões relacionadas à aplicação
prática dessas teorias em diferentes contextos dentro do campo da psicologia no
Brasil.
4- BREVE SÍNTESE DA OBRA
O texto dos autores tem como objetivo reorganizar, revisitar e refletir sobre a
recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil, segundo
uma perspectiva historiográfica. Para isso, os autores apresentam os conceitos de
recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em
contexto, revisam quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias
rogerianas no Brasil, analisam as traduções das obras de Rogers para o português
brasileiro e realizam uma revisão bibliográfica para compreender o tipo de
abordagem centrada na pessoa que circula em periódicos brasileiros.
Os autores argumentam que a recepção e circulação da psicologia humanista
de Rogers no Brasil foi marcada por diferentes fatores, como o contexto político,
social e cultural, as demandas profissionais e acadêmicas, as redes de comunicação
e colaboração, as traduções e adaptações das obras de Rogers e as especificidades
locais da abordagem centrada na pessoa.
Eles também analisam as traduções das obras de Rogers para o português
brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação,
nas décadas de 1970-2010. Os autores observam que, atualmente, no Brasil, há
poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas,
autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Isso resulta em uma dificuldade
no acesso total aos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e
educacional de Rogers, além do conhecimento parcial da vida e da obra desse
autor, conforme as suas narrativas.
Os termos "recepção" e "circulação" são fundamentais nesse contexto, pois
ajudam a compreender como uma psicologia migra de um lugar para outro, gerando
uma apropriação que influencia o desenvolvimento local. A recepção refere-se à
assimilação e à ativa apropriação das ideias, gerando um desenvolvimento local
único. Já a circulação implica em um movimento ordenado de conhecimento em um
dado espaço-tempo, contando com agentes, eventos e operações sociais que
promovem seu fluxo.

5- PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA E REFLEXÕES


CRÍTICAS
O texto de Castelo Branco e Cirino é uma obra de referência para a história
da psicologia humanista de Rogers no Brasil, pois apresenta uma síntese crítica e
abrangente da recepção e circulação dessa corrente teórica no país, considerando
os múltiplos fatores que interferiram nesse processo. O texto é bem escrito, bem
fundamentado e bem organizado, e oferece uma visão histórica e contextualizada da
abordagem centrada na pessoa, que é uma das mais importantes e influentes da
psicologia contemporânea. O texto, no entanto, poderia explorar mais as implicações
políticas, éticas e sociais da psicologia humanista de Rogers, especialmente em
relação aos desafios e às demandas da sociedade brasileira atual. Entretanto
também poderia ampliar o diálogo com outras abordagens e autores da psicologia,
tanto nacionais quanto internacionais, que dialogam ou divergem da perspectiva
rogeriana. O texto, por fim, poderia estimular novas pesquisas e intervenções que
utilizem a abordagem centrada na pessoa como referencial teórico, metodológico e
prático, em diferentes áreas e contextos da psicologia.
Na pré-história da ACP no Brasil, entre 1945 e 1976, percebe-se a influência
das ideias rogerianas em alguns psicólogos brasileiros, como Mariana Alvim e Ruth
Scheeffer. Alvim teve contato com Rogers nos Estados Unidos em 1945 e trouxe
suas ideias para o Brasil, onde trabalhou em instituições como o Instituto de Seleção
e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Já
Scheeffer, após concluir seu mestrado nos Estados Unidos, retornou ao Rio de
Janeiro e lecionou em diversas universidades, colaborando com o padre Antonius
Benko na introdução das disciplinas sobre Rogers na PUC.
Esses relatos históricos lançam luz para a importância dos pioneiros
brasileiros na introdução e disseminação das ideias de Rogers no país, contribuindo
para o entendimento de forma destrinchada da evolução da ACP no contexto
Brasileiro.
O período entre 1990 e o declínio anterior marca uma transição significativa
na recepção e desenvolvimento da ACP no país, oferecendo uma nova visão da
abordagem, enraizada nos princípios da fenomenologia.
Destaca-se tanto a influência de Carl Rogers quanto a contribuição de figuras
locais como Moreira e Amatuzzi. A análise crítica das ideias de Rogers e sua
adaptação ao contexto brasileiro demonstram um processo de amadurecimento e
desenvolvimento da abordagem, enriquecido pela integração com a fenomenologia e
outras correntes psicológicas. A discussão sobre as traduções das obras de Rogers
também destaca a importância da disponibilidade de material acessível para a
disseminação e compreensão das ideias do autor no contexto nacional.
Por fim, os autores realizam uma revisão bibliográfica para entender o tipo de
abordagem centrada na pessoa que circula em periódicos brasileiros, no período de
2002 a 2014. Os autores constatam que há uma predominância de artigos que
abordam a psicoterapia e a educação, com uma tendência
fenomenológico-existencial, e que há uma escassez de artigos que discutam a
metodologia e a epistemologia da abordagem centrada na pessoa. Os autores
sugerem que isso se deve à influência de autores como Buber, Merleau-Ponty,
Sartre e Heidegger, que foram mais difundidos no Brasil do que Rogers, e que
contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com
especificidades locais.

6- REFERÊNCIAS
Campos, R. (2005). A abordagem centrada na pessoa na história da psicologia no
Brasil: Da psicoterapia à educação, ampliando a clínica. Psicologia da Educação, 21(2),
11-31.
Castelo-Branco, P. & Cirino, S. (2016b). Reflexões sobre a consciência na
fenomenologia e na abordagem centrada na pessoa.Gerais: Revista Interinstitucional de
Psicologia, 9(2), 241-258.
Santos, A., Rogers, C., & Bowen, M. (1987). Quando fala o coração: a essência da
psicoterapia centrada na pessoa. São Paulo, Brasil: Vetor.

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