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2, MARCH 2013
Intangible Assets as Success Factor in Creating
Business in Knowledge Economy
E. Machado, M. L. Prado, A. M. B. Franzoni and P. M. Selig
Abstract— This article aims to identify the importance of
analyzing intangible assets as a success factor in creating
business, from the business plan. The method used in the paper is
structured in three parts: Query Literature, Research
Development and Empirical Evidence. Through the
questionnaire administered to 21 professionals (managers,
consultants and teachers) were identified as a result there is a
broad agreement on the importance of intangible assets,
intellectual capital, mainly in Human Capital element. Thus, we
can conclude that when analyzing the chances of success of the
business, it must also be considered intangible assets, seen as
intellectual capital. From the questionnaire, showed the
importance of assessing the intangible aspects in preparing the
business plan. Cases in which there was 100% agreement, "the
business plan should be seen valuing of people, it is they who
have the knowledge as a factor of production and generating
wealth."
Keywords— intangible assets, intellectual capital, business
plans, success factor.
I. INTRODUÇÃO
O EMPREENDEDORISMO inovador vem
destacando, novos empreendedores estão surgindo, com
se
diferentes idades e estilos, em laboratórios de universidades,
no meio rural, nos centros urbanos ou em incubadoras criadas
visando apoiar o pequeno e médio empreendedor. Várias
entidades vêm apoiando e incentivando o pequeno
empreendedor.
O empreendedorismo por oportunidade [22] tem mais
benéfico para o país, dado que os empreendedores desta
categoria o fazem por perceber uma nova oportunidade de
mercado e assim melhoram o seu nível de vida e possuem
maiores condições de se manter e de obter sucesso. Enquanto
os que empreendem por necessidade como única opção ou por
falta de melhores alternativas de trabalho são mais suscetíveis
a falência, entretanto os empreendedores por necessidade
contribuem para a economia gerando oportunidade de
negócios e se transformam em empreendedorismo por
oportunidade.
O tema ativo intangível, visto também como o capital
intelectual, vem ganhando destaque nessa nova economia,
inclusive nas pequenas e médias empresas, que estão cada vez
M. L. Prado, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, lurdinha.prado@brturbo.com.br
E. Machado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa
Catarina, Brasil, elizandra_machado@hotmail.com
A. M. B. Franzoni, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
Santa Catarina, Brasil, afranzoni@gmail.com
P.M. Selig, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa
Catarina, Brasil, selig@deps.ufsc.br
IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 11, NO.
mais focando suas energias na gestão de processos ligados ao
atendimento das expectativas dos clientes, colaboradores,
fornecedores, acionistas, parceiros e alianças estratégicas. Isso
pode ser entendido como foco no ativo intangível bem como
no capital intelectual.
Identificar fatores que contribuam para o sucesso de novos
empreendimentos é uma tarefa difícil e ao mesmo tempo
desafiadora. Um dos principais fatores a ser analisado é o
estudo da viabilidade do negócio a partir dos ativos intangíveis
bem como do capital intelectual: humano, estrutural e
relacional [13], [11] [5]. Entretanto, os ativos intangíveis são
recursos disponíveis nas organizações de difícil qualificação e
mensuração [27], [23].
Sabendo-se da importância do ativo intangível, para o
sucesso do futuro negócio, para que se crie uma nova empresa
é necessário realizar um estudo e análise de viabilidade, ou
seja, desenvolver um plano de negócios de forma diferenciada,
analisando além dos fatores tangíveis os intangíveis. Grandes
esforços têm se focado na proposição de métodos e
indicadores para avaliar e medir os intangíveis. Mas, esses
métodos sugeridos não permitem formular uma análise
padronizada e confiável. Segundo [5] existe definitivamente
uma necessidade por um método acurado para obter e medir
alguns dos intangíveis nos planos de negócios.
Ao visualizar uma oportunidade no mercado, e querendo
explorá-la, é necessário que se faça um plano de negócios.
Este plano irá desenhar uma nova empresa para atender um
determinado nicho. Porém, levando-se em consideração o
contexto mercadológico atual, onde há grande necessidade de
trabalhar com a gestão dos ativos intangíveis, é preciso que as
novas empresas nasçam de forma diferenciada.
As novas abordagens da administração de empresas
sugerem que estamos saindo de uma sociedade industrial
baseada em tangível para uma sociedade baseada no
conhecimento baseada em intangíveis. É neste contexto onde
muitas empresas estão se adaptando, quebrando paradigmas da
sociedade do capital, para uma nova visão focando nos
intangíveis bem como o conhecimento como fator de
produção.
Neste sentido [21] destaca que a Oferta de postos de
trabalho na forma tradicional sofre declínio atualmente, haja
vista, a modificação do mercado de trabalho. O emprego
formal com estabilidade e prazo indeterminado esta cada vez
mais perdendo espaço, assim, é necessário alternativas para
que as empresas possam continuar produzindo, e conquistando
e mantendo cada vez mais uma maior fatia e consequente
permanência no mercado.
As inovações tecnológicas estão ganhando destaque
significativo, o primeiro passo é fazer parte deste novo
MACHADO et al.: INTANGIBLE ASSETS AS SUCCESS
cenário, criando conhecimentos que gerem valor para
organização. Sabendo-se da importância de avaliar os aspectos
intangíveis para que se crie uma nova empresa alinhada com
os elementos atuais de competitividade é necessário fazer um
plano de negócios alinhado a esse novo contexto.
II. ATIVOS INTANGÍVEIS
Na era industrial os ativos eram somente vistos como
ativos tangíveis, mas devido às mudanças, hoje na era do
conhecimento, existem novos olhares no que se refere aos
ativos intangíveis. Um exemplo comum onde são
potencializados os ativos intangíveis são os parques
tecnológicos formados por pequenas e médias empresas de
tecnologia.
De acordo com [16] grandes partes das organizações da
atualidade estão operando por meio de unidades de negócio e
de equipes descentralizadas muito mais próximas dos clientes.
Estas organizações estão reconhecendo uma vantagem
competitiva derivada de recursos intangíveis, como o
conhecimento, capacidades e relacionamentos criados pelos
empregados, do que investimentos em ativos físicos e do
acesso ao capital.
Segundo [20] no Canadá, as pesquisas sobre criação de
empresas verificaram a dificuldade das novas empresas de alta
tecnologia em recrutarem pessoal científico. O principal
obstáculo se refere à ausência de pessoal especializado nos
domínios da nova tecnologia de ponta. As pessoas que
trabalham nestas empresas são frequentemente procedentes
dos grupos de pesquisa que deram origem a elas.
De acordo com [10] a grande maioria dos autores, que
estudam a valoração do conhecimento, concluem que o capital
intelectual consiste na criação e uso do conhecimento e
estudam as relações entre o conhecimento e a criação de valor
dentro da empresa.
Muitas iniciativas em todo o mundo têm demonstrado que a
avaliação e a do capital intelectual como uma parte da
avaliação de uma empresa pode fazer uma contribuição
significativa para o desenvolvimento das empresas.
O capital intelectual é formado por três componentes, sendo
o capital humano, estrutural e relacional. O Capital humano é
a parte “que pensa” (CH) – trata de aspectos relacionados às
pessoas. São as competências e habilidades acumuladas,
capacidades individuais e dos grupos, as experiências e os
conhecimentos pessoais na organização, a educação, a
agilidade intelectual, a capacidade criativa de inovação, os
valores e a motivação/atitudes. Facilitando a análise do
conhecimento – tanto tácito quanto explicito – encontrado nos
profissionais da empresa [10].
O capital estrutural é considerado a parte “que não pensa”
da organização (CE) – trata dos aspectos internos da
organização. O capital estrutural pode ser dividido em três
dimensões: capital organizacional; capital de inovação e
capital de processos [7].
Os itens de avaliação do capital estrutural são as
habilidades – experiências- Conhecimentos da empresa;
informações institucionalizadas e codificadas (bases de dados,
patentes, manuais, rotinas, fluxogramas, propriedade
835
intelectual); protocolos e procedimentos da organização;
cultura e valores empresariais; ambiente – estrutura da
empresa tanto física quanto tecnológica; estratégica para a
criação de conhecimento voltado para a inovação. Já o capital
relacional está diretamente relacionado aos clientes,
fornecedores, acionistas parceiros, alianças, convênios,
agentes externos, sociedade, governo, indústria, e outros
grupos de interesse para as organizações [2], [7], [10], [14],
[17], [23].
Para entender o capital intelectual é necessário saber
diferenciar tangível e intangível, o primeiro é tudo que pode
ser calculado, o segundo se refere às pessoas e aos
conhecimentos, pode ser representando por funcionários,
clientes, marca os investidores.
O Capital Intelectual não se enquadra nos modelos
contábeis tradicionais. O Capital Intelectual, em especial,
valoriza atividades como a lealdade dos clientes, e o
desenvolvimento da competência dos empregados. O
reconhecimento desta nova realidade empresarial está
forçando a emergência de um novo equilíbrio, em que o
passado é computado levando-se em conta o futuro, e os
aspectos financeiros são influenciados pelos não financeiros o
Capital Intelectual [7].
Gestão do capital intelectual ou gestão dos ativos
intangíveis – os ativos intangíveis são recursos disponíveis no
ambiente institucional, de difícil qualificação e mensuração,
mas que contribuem para os seus processos produtivos e
sociais. A prática pode incluir mapeamento dos ativos
organizacionais intangíveis; gestão do capital humano; gestão
do capital do cliente; e política de propriedade intelectual [27].
Fazer a análise de desempenho ou indicadores de
desempenho sobre capital intelectual não é uma tarefa fácil.
De fato, é necessário criar empresas com indicadores de
desempenho para estas análises, incluir em planos de negócios
aspectos que mostrem a viabilidade do negócio de acordo com
seu capital intelectual: humano, estrutural e relacional. Os
planos de negócios atuais não medem o capital humano, da
mesma forma que o estrutural e o relacional, ambos capitais
são fundamentais para a vitalidade e sucesso do negócio. Por
serem considerados intangíveis e difíceis de calcular muitas
vezes eles são ignorados na análise e viabilidade do futuro
negócio.
A. Avaliação dos Intangíveis em Planos de Negócios para
Pequenas e Médias Empresas
O conhecimento, como fator de produção gerador de valor
e riqueza cognitiva, compõe as atividades intangíveis ou
recursos baseados no conhecimento, quando colocado em ação
com as estratégias e com a combinação do tangível é capaz de
produzir bens e serviços e criação de vantagens competitivas
[8], [14]. Em geral, todos os recursos intangíveis e suas
interconexões são considerados como capital intelectual [2],
[7], [24].
Quanto aos planos de negócios, há diversos estudos
respaldando sua confecção, mas sem mencionar a avaliação
precisa do capital intelectual. O que se busca, então destacar a
importância do desenvolvimento de um modelo de avaliação
836
do capital intelectual em planos de negócios. Dessa forma o
futuro empreendedor irá analisar a viabilidade do negócio de
forma criteriosa, avaliando os elementos que compõem o
capital intelectual necessário para o sucesso do futuro negócio.
A avaliação de intangíveis nos planos de negócio por parte
dos investidores é um fator importante de interesse recente,
especialmente na avaliação do estágio inicial de empresas de
base tecnológica [5]. Cabe destacar que os recursos intangíveis
podem ser considerados como capital intelectual: humano,
estrutural e relacional [7], [24], [23], [19].
Muitas iniciativas em todo o mundo têm demonstrado que a
avaliação e a atuação do capital intelectual como uma parte da
avaliação de uma empresa, que pode gerar uma contribuição
significativa para o desenvolvimento corporativo. Desta
forma, destaca-se a importância analisar o ativo intangível
como fator de sucesso na criação de pequenas e médias
empresas, a partir do plano de negócios, para aumentar as
chances de seu sucesso.
No atual cenário competitivo os ativos passam a ser
predominantemente intangíveis (capital intelectual), ao invés
de tangíveis (capital físico e financeiro) [29]; [13]. Os ativos
intangíveis bem como o capital intelectual também estão
ganhando destaque no campo acadêmico, diversos trabalhos
abordam sua importância para as empresas. [5] destacam a
importância de intangíveis durante o processo de decisão de
investimento e na fase inicial do empreendimento. Apenas
critérios tangíveis não garantem o sucesso de
empreendimento.
Na mesma direção, [11] identificou diversos aspectos
relacionados ao Capital Intelectual e a influência no sucesso
de novos empreendimentos, da área de Tecnologia da
Informação (TI). Entre suas conclusões estão que o Capital
Intelectual (CI) oferece uma fonte potencial de vantagem
competitiva que reduz o risco de fracasso e aumenta os
retornos sobre os investimentos.
Neste mesmo contexto a pesquisa de [28], realizada em 30
pequenas e médias empresas da Nova Zelândia, demonstra que
os ativos intangíveis são importantes e fazem a diferença para
o sucesso destas organizações. Para [26] o desafio está,
porém, em como se entender, reconhecer e gerenciar esse
capital intelectual nas pequenas e médias empresas, de forma a
fazê-lo gerar valor ao negócio.
B. Planos de Negócios como Indicador de Desempenho
para Criação de Novos Negócios
Antigamente o fator decisivo da produção era a terra e,
mais tarde o capital (tangível), hoje o fator decisivo são as
pessoas e seus conhecimentos (intangível). Quando os
potencias investidores avaliam um plano de negócio, eles
geralmente se concentram em dados concretos. No entanto,
estes indicadores financeiros não refletem todas as
possibilidades de sucesso do futuro negócio principalmente as
empresas de base tecnológicas. Os resultados dessas
avaliações tradicionais muitas vezes levam à rejeição de
potencias empreendimentos de base tecnológica [5].
Para [6] o termo indicador origina-se do latim "indicare",
verbo que significa apontar. Em português, indicador significa
IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 11, NO. 2, MARCH 2013
que indica, torna patente, revela, propõe, sugere, expõe,
menciona, aconselha, lembra. No processo de criação de uma
empresa é necessário um indicador de desempenho, que
indica, menciona e aconselha sobre o futuro do novo negócio.
O papel de um plano de negócio é servir de orientação para
o desenvolvimento de uma nova empresa, lançamento de
produtos, etc. Desta forma, nele deve constar tudo o que é
determinante para o sucesso da iniciativa, o que leva à
necessidade de se considerar o capital intelectual. As três
dimensões do capital intelectual é o capital humano, estrutural
e relacional [2], [19]. Portanto eles precisam ser previstos e
analisados já no planejamento do negócio. E em relação ao
aspecto humano, devem ser previstas as pessoas e seu perfil e
o porquê elas contribuirão para o sucesso da empresa. No
estrutural dever ser previsto sistema de Tecnologia da
informação - TI, os processos organizacionais. No relacional,
o conhecimento do mercado e relação com os futuros clientes,
e o acesso aos fornecedores e investidores que é fundamental
para que o negócio prospere [19].
III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO
O presente artigo trata de uma pesquisa qualitativa, a
abordagem qualitativa envolve dados descritos sobre os
processos, crenças, valores e atitudes e, por isso, não podem
ser padronizados e nem quantificados. Quanto aos meios, a
pesquisa é classificada em bibliográfica a qual segundo [9] é
realizado com embasamento em materiais já preparados
principalmente por artigos e livros científicos.
No que se refere aos objetivos, esta pesquisa é exploratória.
O procedimento metodológico adotado no artigo está
estruturado em três partes: Consulta à Literatura,
Desenvolvimento da Pesquisa e Comprovação Empírica.
Consulta à literatura consistiu em buscas dirigida ao tema em
Scopus faz busca em paralelo com as bases de dados Emerald
e ScienceDirect e foi escolhida por ser reconhecida no meio
acadêmico e ser a mais pertinente para o tema. O
desenvolvimento da pesquisa consistiu no levantamento das
hipóteses sobre os temas em forma de questionários com
perguntas abertas para a comprovação empírica. Na
comprovação empírica utilizou-se uma amostra do tipo não
probabilística intencional, onde foram selecionados 21
especialistas (experts no assunto) que pertencem a desde
micro, pequenas, médias e grandes empresas conforme
Quadro. 1.
Desses 21 especialistas 7 deles são classificados com
gestores de empresas, 7 professores do tema gestão do
conhecimento, planos de negócios e/ou assuntos correlatos e 7
são consultores organizacionais. Trata-se de uma amostra
definida por conveniência, sendo assim as empresas e os
entrevistados uma amostra intencional, selecionada conforme
a facilidade de acesso [3].
MACHADO et al.: INTANGIBLE ASSETS AS SUCCESS 837

ORGANIZAÇÃO PORTE A. No tópico relativo ao investimento no Plano de Negócio

SEBRAE NACIONAL Grande é necessário investir nos aspectos tangíveis e intangíveis que
são pessoas, marca
SEBRAE ESTADUAL Grande
FUNDAÇÃO CERTI Média Conforme a Tabela I, 85% dos especialistas concordaram
ALTO QI Pequena a média que no tópico relativo ao investimento no Plano de Negócio é
necessário investir nos aspectos tangíveis e intangíveis.
SOFTPLAN Grande
TABELA I
IGMEP Grande INVESTIR NOS ASPECTOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS
INSTITUTO STELA Pequena Opção Frequência

SERPRO Grande Concordo totalmente 85%

ACATE Não informado Concordo parcialmente 10%

CRETATEC Micro Não tenho opinião formada 0%

OBIZ Micro Discordo parcialmente 0%
PRATICAL ONE Micro Discordo completamente 5%
DIGITRO Grande
SAPIENS PARQUE Média É possível observar na Fig. 1, que 100% dos gestores
UFSC Grande concordam totalmente com o questionamento.
UDESC Grande
120,0%
UNIVERSIDADE DE WIESBADEN Grande 100,0%
(ALEMANHA) 100,0%
85,7%
UNIVERSIDADE AUTÔNOMA DE Grande
80,0%
MADRI (ESPANHA) 71,4%
Gestor
Quadro 1. Organizações dos especialistas. 60,0% Consultor

Professor
Para coleta e análise dos dados do artigo foram coletados 40,0% 28,6%
dados primários. Para a coleta dos dados primários realizou-se
20,0% 0,0% 0,0% 14,3%
entrevistas face a face com especialistas, por meio de 0,0% 0,0%
0,0% 0,0% 0,0%0,0%0,0% 0,0%
perguntas abertas e fechadas. O uso de entrevistas permite 0,0%
Concordo Concordo Não tenho Discordo Discordo
identificar as diferentes maneiras de perceber e descrever os totalmente parcialmente opinão formada parcialmente completamente

fenômenos.
IV. RESULTADOS E ANÁLISES DA PESQUISA
Os resultados e análises da pesquisa foram coletados por
meio de um questionário com perguntas fechadas aplicados
aos gestores de empresas, professores e consultores
organizacionais do qual teve a finalidade de:
• Verificar a importância sobre: no tópico relativo ao
investimento no Plano de Negócio é necessário investir nos
aspectos tangíveis e intangíveis que são pessoas, marca..., ou
seja, capital intelectual;
• Verificar a importâncias sobre: na definição do negócio
(modelo de negócio) é necessário analisar as pessoas e seus
conhecimentos, bem como os processos organizacionais e as
tecnologias;
Para uma melhor clareza e entendimento, optou-se por
apresentar a tabulação das respostas de duas formas (tabelas e
figuras). Nas tabelas está os resultados dos questionamentos
sem se levar em consideração o tipo de especialista, enquanto
as figuras apresentam os resultados por tipo de especialista
(gestor, consultor e professor).
Figura 1. Investir nos Aspectos Tangíveis e Intangíveis.
Esse resultado positivo demonstra que as empresas estão
percebendo a importância de focar em aspectos intangíveis
para gerar vantagem competitiva. Seja pela valorização das
pessoas ou relacionamentos com parceiros. Tudo isso é
impulsionado pelo empreendedorismo inovador onde é
necessário focar no capital intelectual, ou seja, nos intangíveis
para inovar e permanecer no mercado.
Estes resultados estão alinhados com [11]; [5] identificou
diversos aspectos relacionados ao Capital Intelectual (ativo
intangível) e sua influência no sucesso de novos
empreendimentos da área de TI. Entre suas conclusões estão
que o CI oferece uma fonte potencial de vantagem competitiva
que reduz o risco de fracasso e aumenta os retornos sobre os
investimentos. A avaliação de intangíveis nos planos de
negócio por parte dos investidores é um fator importante de
interesse recente, especialmente na avaliação do estágio inicial
de empresas de base tecnológica [5].
838 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 11, NO. 2, MARCH 2013

B. Na Definição do Negócio (Modelo de Negócio) é que resultará em benefício para o cliente e um retorno maior
necessário analisar as pessoas e seus conhecimentos de capital para organização. Por isso que esse tema houve
(Capital Humano), bem como os processos organizacionais aceitação pelos especialistas, pensar em um abrir um novo
e as tecnologias. negocio é preciso pensar na potencializarão do capital
Destaca-se que a maioria dos especialistas concorda com o humano.
questionamento, sendo que 70% concordam totalmente, 14 % Ainda, o Plano de Negócio é considerado pelos especialistas
concordam parcialmente e somente 14% discordam uma ferramenta de grande utilização tanto para as empresas
parcialmente. (Tabela II). iniciantes, médias, pequenas e micros empresas.
TABELA II
V. CONCLUSÃO
ANALISAR AS PESSOAS E SEUS CONHECIMENTOS, PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS E AS TECNOLOGIAS Pode se afirmar que o empreendedorismo inovador na
sociedade do conhecimento precisa de novas ferramentas para
Opção Frequência analisar a viabilidade e sucesso do negócio a partir do
Concordo totalmente 70% intangível. Na literatura, identificou-se a necessidade de uma
nova forma de administrar/gerir novos negócios no contexto
Concordo parcialmente 14%
da economia do conhecimento. Como a maioria dos planos de
Não tenho opinião formada 0% negócios é baseada em ativos tangíveis, decorrente de um
Discordo parcialmente 14%
contexto histórico em que isto era válido, nessa nova
economia é importante à elaboração de plano de negócios
Discordo completamente 0% baseando-se também no intangível contemplando o capital
intelectual.
Nas organizações e na literatura as pessoas possuem visões
É possível observar na Fig 2. que 100 % dos consultores, tradicionais ao elaborar os planos de negócios, elas pensam em
71,5% dos professores e 85,7% dos gestores concorda com o ativos tangíveis, ou seja, bens patrimoniais, dentro da
que foi perguntado. contabilidade tradicional, contabilizando aquilo que é tangível,
mas ignorando-se aquilo que intangível.
100,0%
85,7% Dessa forma, ao analisar as chances de sucesso do negócio,
90,0%
85,7% é necessário que seja analisado também o ativo intangível.
80,0% Tanto na literatura como nos especialistas foi evidenciada a
70,0% necessidade de adotar novas ferramentas para gerir o
60,0% Gestor
conhecimento.
50,0% 42,9% Consultor
40,0% REFERÊNCIAS
28,6% 28,6% Professor
30,0% [1] Bontis, Nick. Intellectual capital: an exploratory study that develops
measures and models, Management Decision, v. 36, n. 2, p. 63-76,
20,0% 14,3% 14,3% 1998.
0,0% 0,0% [2] Bontis, Nick; Dragonetti, Nicola C.; Jacobsen, Kristine.; Roos, Goran.
10,0%
0,0% 0,0%0,0% 0,0% 0,0% 0,0% The Knowledge Toolbox: A Review of the Tools Available to Measure
0,0%
Concordo Concordo Não tenho opinão Discordo Discordo and Manage Intangible Resources, Intellectual Capital Services,
totalmente parcialmente formada parcialmente completamente
London, 1999.
[3] Boyd, H. W.; Westfall, R. L. Pesquisa mercadológica: textos e casos. 2
Figura 2. Na definição do negócio (Modelo de Negócio) é necessário analisar ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971.
as pessoas e seus conhecimentos (Capital Humano), bem como os processos [4] Bueno, Eduardo; Longo, Mónica; Merino,Carlos; Murcia, Cecília.
organizacionais e as tecnologias. Propuesta de nuevo modelo intellectus de medición, gestión e
información del capital intelectual. Madrid, IADE. março de 2011.
Diante do exposto pode-se concluir que todas as [5] Diáz, Henrique De León; Guild Paul D. Using repertory grid to identify
abordagens de planos de negócios contemplando os ativos intangibles in business plans. Venture capital, v. 5, n. 2, p. 135-160,
intangíveis foram aceitas pelos especialistas, inclusive 2003.
havendo 100% de concordância, “no Plano de Negócio deve [6] Deponti, Cidonea M., Eckert, Córdula, Azambuja, José Luiz B. de.
Estratégia contrução de indicadores para avaliação da sustentabilidade e
ser visto a valorização das competências das pessoas (Capital monitoramento de sistemas. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Humano), pois são elas que possuem o conhecimento como Sustentável. Porto alegre: v.3, n.4, out/dez. 2002.224p.
fator de produção e gerador de riqueza.” O fator de produção é [7] Edvinsson, Leif.; Malone, Michael. S. Capital Intelectual, São Paulo:
uns dos fatores que determinam o sucesso do negocio, Makron Books. 1998.
[8] Garvin, David. A. Building a learning organization. Harvard Business
antigamente é preciso cada vez mais incentivar a criatividade Review. v.71, n. 4, p.78-91. 1993.
das pessoas bem como a sua valorização. [9] GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
Desta forma é fundamental destacar que não serão apenas [10] Gubiani, Juçara Salete. Modelo para diagnosticar a influência do capital
as pessoas que se beneficiarão com a valorização do capital intelectual no potencial de inovação das universidades. Tese
humano. As organizações serão favorecidas, uma vez que, (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Programa de
Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento.
com a diminuição da rotatividade do pessoal com a Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011.
permanência por mais tempo do indivíduo no seu cargo, [11] Hayton, James. C. Promoting corporate entrepreneurship through
naturalmente percebe-se um maior envolvimento institucional. human resource management practices: A review of empirical research.
Acredita-se que haverá uma maior sincronia entre as pessoas, Human Resource Management Review, v.15, n. 1, p. 21–41, 2005.
MACHADO et al.: INTANGIBLE ASSETS AS SUCCESS 839

[12] Hatzikian, John. Research and Technological Development Policy and Maria de Lourdes Prado, é mestranda no curso de pós-
Innovative Performance: The Greek Case Within the EU. Contributions graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento do
to Economics. Technological Institute of Athens, Department of UFSC- - Universidade Federal de Santa Catarina. Possui
Business Administration, Athens, Greece, p. 229-248, 2007. graduação em Administração com habilitação em Marketing -
[13] Hormiga, Esther Rosa M; Canino, Batista; Medina Agustín Faculdades Integradas ASSESC (2009), tecnóloga em
Sánchez.The role of intellectual capital in the success of new Ventures. Processamento de Dados pela UTESC - União Tecnológica e
Int Entrep Manag J (2011) 7:71–92. Educacional de Santa Catarina (1985). Ingressou na companhia em 1985 e
[14] IADE- Instituto Universitario de Administración de Empresas Modelo participou das fusões de Telesc, TeleCentro Sul, e incorporação da Brasil
Intellectus: medición y gestión del Capital Intelectual: C.I.C.- IADE. Telecom pela OI. Atualmente é gerente de contas do mercado varejo,
Universidad Autónoma de Madrid, Madrid, 2003. responsável pela comercialização de terminais fixos residenciais, internet
[15] JABEEN, Musarrat.Innovative entrepreneurship: Alumni Organization banda larga e TV por assinatura no estado de Santa Catarina, na modalidade
of Internacional Relations of international relations department, de porta em porta.
university of Balchistan. Internaticional Conference on Information
Management and Enginneering (ICIME)p.530-532. 2010.
[16] Kaplan, Robert S; Norton, David. Organização Orientada Para a Ana Maria Bencciveni Franzoni, é engenheira civil, mestre
Estratégia. São Paulo: Capus. 2001. em Geografia pela Universidade Federal de Santa
[17] Kaplan, R. S.; Norton, D. P. A Strategy Maps: Converting Intangible Catarina/UFSC e doutora pela Universidade Estadual Paulista
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Corporatin, 2004. http://books.google.com.br. UFSC, desde 1981, do Departamento de Engenharia Civil e
do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do
[18] Nicolsky, R. Os desafios para transformar conhecimento em valor Conhecimento, onde orienta alunos de PIBIC, conclusão de curso, estágio,
econômico.Disponível em: mestrado e doutorado. Participou do Programa de Pós-Graduação em
http://www.comciencia.br/reportagens/cientec/cientec12.htm>. Acesso Engenharia de Produção/UFSC e do Programa de Pós-Graduação em
em:22 set. 2008. Administração/UFSC.
[19] North, Klaus. Gestão do Conhecimento Um Guia Prático Rumo à
Empresa Inteligente. São Paulo: Elsevier, 2010.
[20] Oliveira, João Bento; Filion, Lous Jacques. Vantagens da criação de Paulo Mauricio Selig, possui graduação em Engenharia
empresas de base tecnológica como instrumento de transferência de Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
tecnologia. XVII National Seminar on Science Parks and Business (1979), mestrado em Engenharia de Produção pela
Incubators. XV Anprotec Workshop. September 17-21, Anais ... Belo Universidade Federal de Santa Catarina (1982), doutorado
Horizonte, 2007. em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de
[21] Prado, M. L., Machado, E., E. M. Lapolli, Campos, F. Intrapreneur: An Santa Catarina (1993) e pós-doutorado pela Universidade
Emerging Setting in Business Economy . Revista IEEE América Latina, Federal do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é professor da Universidade
p.1195-1210, 2012. Federal de Santa Catarina, membro da Associação Brasileira de Engenharia e
[22] Prado, M. L., Machado, E., Lapolli, E. M., Souza, V. A. B. S., The Análise do Valor e membro da Associação Brasileira de Engenharia de
Outsourcing as a lever propulsora entrepreneuship in creating small Produção. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase
business: a case study. Revista IEEE América Latina, p.1504-1510, em Gestão do Conhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas:
2012. indicadores de desempenho, balanced scorecard, custos, análise do valor,
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Figueroa; Jardóm-Fernández, Carlos Maria. En la Capacidad de
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Elizandra Machado, atualmente é doutoranda no Programa

de Pós Graduação em Engenharia de Produção (UFSC).
Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento
(EGC/UFSC) com ênfase em Gestão do Conhecimento.
Possui especialização em Gestão e Marketing Estratégicos de
Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) e é graduada em Administração com Habilitação em
Gestão da Informação pela Faculdade de Pato Branco (FADEP). Possui
experiência no varejo e gestão hospitalar. Atua como professora e consultora
na área Marketing e Vendas, possuindo experiência no varejo e gestão
hospitalar.