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EMPREENDEDORISMO
E GESTÃO DA INOVAÇÃO
Anderson R. Oliveira
Joseph Schumpeter
EMPREENDER
é o ato de realizar sonhos,
transformar ideias em oportunidades
e agir para concretizar objetivos,
gerando valor para a sociedade.
José Dornelas
TIPOS DE EMPREENDEDORES
EMPREENDEDOR NATO
Nascido com forte inclinação para o empreendedorismo.
EMPREENDEDOR SERIAL
Tem como principal motivação abrir empresas e vendê‐las quando o
negócio alcança um patamar mais estável.
EMPREENDEDOR HERDEIRO
Aquele que herda um negócio da família e passa a dirigi‐lo.
EMPREENDEDOR CORPORATIVO
Trabalha para empreender dentro de uma corporação.
EMPREENDEDOR SOCIAL
Dedica‐se a empreendimentos voltados a contribuições sociais.
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
SONHA GRANDE
Têm ambição e capacidade de enxergar longe.
TEM BRILHO NO OLHO
Tem paixão pelo que fazem
e por isso fazem mais e melhor.
BUSCA INOVAR
Sabe que para se diferenciar não
adianta fazer igual ao concorrente.
FAZ ACONTECER
Tem capacidade para executar com excelência.
TEM INTEGRIDADE
Trabalha com transparência,
responsabilidade e profissionalismo.
CONTRIBUIÇÕES DOS
EMPREENDEDORES DE ALTO IMPACTO
REVOLUCIONAM INDÚSTRIAS
E O MEIO EM QUE ATUAM
GERAM RENDA E OPORTUNIDADES
DE TRABALHO
PROPORCIONAM MOBILIDADE SOCIAL
INSPIRAM AS PRÓXIMAS GERAÇÕES DE
EMPREENDEDORES DE ALTO IMPACTO
CENTRALIDADE
DO CLIENTE
CUSTOMER CENTRICITY
COMUNICAÇÃO
OPORTUNIDADE RECURSOS
PLANO DE
NEGÓCIOS
AJUSTE E
EQUILÍBRIO
CRIATIVIDADE LIDERANÇA
EQUIPE
FUNDADOR
Fonte: Jeff Timmons – New Venture Creation ‐ Babson College
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
INTRAEMPREENDEDORISMO
é o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo
de indivíduos, associados a uma organização existente,
criam uma nova organização ou instigam a renovação
ou inovação dentro da organização existente.
POSSIBILIDADES PARA O
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
Steve Jobs
EFFECTUATION
ou abordagem efetiva, é um processo dinâmico e criativo que visa o desenvolvimento de novas ideias em
um ambiente empreendedor sem a necessidade de um plano de negócios.
PRINCÍPIOS DO EFFECTUATION
PÁSSARO NA MÃO:
Quem é você? O que você sabe fazer? Quem você conhece?
PERDA TOLERÁVEL:
Quais são suas limitações financeiras? Qual o número mínimo de clientes para a
sobrevivência? Quais itens mínimos precisam ser obtidos para colocar a ideia de pé?
COLCHA DE RETALHOS:
Que parceiros poderiam agregar na cocriação do seu negócio?
Que colegas da sua rede de contatos poderiam contribuir com sua empresa?
LIMONADA:
Que possíveis situações adversas poderiam colocar em risco seu negócio?
Como poderia se antecipar a tais problemas, transformando‐os em oportunidades?
PILOTO DE AVIÃO:
Esteja no controle do seu negócio e siga alerta para os obstáculos a contornar e para
as mudanças de trajetória necessárias ao longo da viagem.
DESIGN THINKING
é uma abordagem de inovação centrada no ser humano,
que se baseia nas ferramentas do designer para integrar as
necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e
os requerimentos para o sucesso de um negócio.
Tim Brown
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IMERSÃO IDEAÇÃO PROTOTIPAÇÃO
MAPA DA EMPATIA
APRENDIZAGEM VALIDADA
O QUE DE FATO OS CLIENTES QUEREM
HIPÓTESE DE VALOR
HIPÓTESE DE CRESCIMENTO
Testar como novos clientes descobrirão um produto ou serviço.
LOOP DE FEEDBACK
CONSTRUIR | MEDIR | APRENDER
IDEIAS
3. APRENDER
Pivotar ou persistir 1. CONSTRUIR
Converter ideias em
produtos (MVP)
PRODUTO
DADOS
2. MEDIR
Observar como
os clientes respondem
QUATRO VERTENTES
PARA A INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
MOTOR 1 MOTOR 2
Melhoria dos produtos Novas soluções
e processos atuais. e novo modelo de negócios
Satisfação dos clientes já atendidos Acesso à novos clientes e mercados
Fortalecer as competências atuais Desenvolver novas capacidades
Práticas de melhoria contínua Criatividade e metodologias ágeis
Mitigação de riscos Experimentação e tolerância ao
erro
Fonte: Consultoria Bain & Company
O QUE É CRIATIVIDADE
ELEMENTOS DA CRIATIVIDADE
C = f a( Co, i , A )
Onde:
a = Atitude
C = Criatividade
Co = Conhecimento
i = Imaginação
A = Avaliação
PENSAMENTO PENSAMENTO
DIVERGENTE CONVERGENTE
Quais são as
necessidades?
Quais os
Quais são as critérios de
possibilidades? escolha?
INOVAÇÃO DISRUPTIVA
é o fenômeno pelo qual uma inovação transforma um setor
por meio da introdução de simplicidade, conveniência e
acessibilidade, especialmente em mercados onde a
complicação e o alto custo são a realidade.
MENSURAÇÃO
POSSÍVEIS MÉTRICAS PARA AVALIAR O PROGRESSO
TRÊS ELEMENTOS DE UM
SISTEMA DE INOVAÇÃO
PREMISSAS PARA
UM SISTEMA DE INOVAÇÃO
FUNIL DA INOVAÇÃO
INOVAÇÃO FECHADA
INOVAÇÃO ABERTA
CENTRALIDADE DO CLIENTE
PROPÓSITO TRANSFORMADOR
MINDSET ÁGIL
Estabelecer uma
visão de futuro clara
Engajar a todos em
torno de um propósito
Patrocinar sistemas e
processos de inovação
Construir redes de inovação
ao invés de hierarquias
MATERIAL COMPLEMENTAR
ESTUDOS DE CASO
A Pixar é a grande pioneira tecnológica na animação computadorizada. Anos de pesquisa levaram ao lançamento
de Toy Story, o primeiro longa de animação totalmente computadorizada. Nos anos seguintes vieram, Vida de
Inseto, Nemo, Monstros S.A., Os Incríveis, Ratatouille, WALL∙E, Carros, Up, Valente, Viva e Divertidamente.
Segundo Ed Catmull, presidente da Pixar, “talentos são o segredo para criar um negócio bem sucedido. Encontrá‐
los não é fácil. Igualmente difícil é fazer talentos trabalharem bem juntos. Isso exige confiança e respeito.”
“Procuramos criar um clima que promova relações de confiança e libere a criatividade de todos. O resultado é
uma comunidade vibrante onde todos sentem pertencer a algo extraordinário e na qual suas conquistas tornam
o grupo um ímã para indivíduos de talento.”
“A Pixar é uma verdadeira comunidade. Acreditamos na importância de relações duradouras e temos uma série
de crenças básicas: busque indivíduos criativos, aposte alto neles, dê a todos liberdade e apoio e crie a seu redor
um ambiente no qual possam receber um feedback honesto.
A competência essencial da Pixar é a Criatividade. Para fomentar a criatividade coletiva, é preciso dar autonomia
às equipes de projeto e cultivar cultura e processos que incentivem o trabalho colaborativo e o apoio mútuo.
Durante a produção, deixamos decisões operacionais nas mãos dos líderes do filme e não questionamos nem
interferimos em suas escolhas.
Uma liderança forte é crucial para o sucesso nesse modelo de trabalho. Para a Pixar, o papel da gerência não é
impedir que as pessoas corram riscos, mas ajudá‐las a se reerguer em caso de erro. Ninguém deve ter medo de
dizer a verdade.
ESTUDO DE CASO: 3M
Para a 3M a inovação se consolida quando as ideias criam valor, impactando o resultado do negócio. Como dizia um
antigo CEO da empresa: “Pesquisa é transformar dinheiro em conhecimento. Inovação é transformar o conhecimento
em dinheiro.”
A maior parte da inovação 3M é inspirada pelo cliente, resultado de seu modelo em que equipes buscam entender
com profundidade as necessidades e tendências de cada mercado, trazendo ideias de projetos.
A inovação é resultado de um sistema, composto por muitos ingredientes que interagem e se complementam. É
necessário um sistema robusto para equilibrar estratégias, processos, recursos, políticas, competências e métricas
para a inovação.
Não há uma área específica que centraliza o processo de inovação. No Brasil, temos cerca de 40 unidades,
segmentadas por mercados como saúde ocupacional, hospitalar, papelaria, odontologia, entre outros. Cada uma delas
conta com uma equipe focada em entender e atender as necessidades de cada segmento.
Utilizamos a metodologia do Funil da Inovação, que permite a análise, priorização e endereçamento das ideias e
propostas. A taxa de ideias que sobrevivem e são bem‐sucedidas é inferior à faixa de 20%.
Trabalhamos com indicadores para mensuração dos esforços de inovação. O principal indicador é o NPVI, New Product
Vitality Index.
O ingrediente principal para uma organização inovadora é sua cultura, extremamente influenciada pela atitude de
seus líderes. Temos um alicerce cultural, com valores que movem a todos para transformar o mundo positivamente,
com ética e engenhosidade.
Alguns dos traços de nossa cultura são a delegação de responsabilidades, a fácil comunicação entre os níveis
hierárquicos, a tolerância ao erro de descoberta, o gosto pelo risco e pela diversidade.
CASO: SPOLETO
Em 1992, Eduardo Ourivio e Mário Chady criaram um sofisticado restaurante de culinária contemporânea chamado Guilhermina Café
no Rio de Janeiro. Apesar das filas de clientes, a gestão financeira era uma catástrofe. Depois da falência, os sócios buscaram
aperfeiçoar a gestão dos números.
Em 1997, Ourívio foi a Miami visitar um amigo que tinha um restaurante onde personalizava omeletes no café da manhã e massas no
almoço. Quando voltou, criou um pequeno stand para testar novas receitas de massas no mesmo modelo. Havia ali uma oportunidade:
pessoas que se alimentam fora de casa, que não têm muito tempo, mas que desejam uma refeição de qualidade, rápida e em conta.
Eles passaram a trabalhar para combinar a velocidade de fast‐food com a qualidade de restaurante, possibilitando a personalização do
prato pelo cliente. Tudo isso, servido por um chef que prepara diversas opções entre massas, molhos e ingredientes, tudo ao gosto do
freguês. A primeira loja do Spoleto foi inaugurada em 1999. Em 2001 surgiram as primeiras franquias da marca.
Em 2004 buscaram ajuda especializada para a expansão e internacionalização do negócio. Em uma parceria com os responsáveis da
rede Domino's, assinaram um acordo para entrar com o Spoleto no México, enquanto auxiliavam a rede em sua expansão no Brasil. Em
2007 inauguraram o primeiro restaurante na Espanha, em 2012 na Costa Rica e em 2013 nos Estados Unidos.
“O motivo pelo qual ainda somos líderes no mercado de culinária italiana é porque estamos sempre procurando inovar para trazer,
principalmente, o melhor custo‐benefício ao consumidor. Procuramos sempre ouvir o cliente para melhorar continuamente a
experiência Spoleto”, explica Eduardo.
Além de olhar os números com atenção, Mário e Eduardo trabalham para conferir maior eficiência à organização. Eles criaram o grupo
Trigo, proprietário do Spoleto que possui também as redes Domino’s Pizza e Koni Store. O grupo engloba a controladora das lojas
próprias, a gestão das franquias das três marcas, uma distribuidora e duas fábricas, compondo uma plataforma de food service.
Os dois pilares de gestão do grupo são: formar pessoas talentosas e expandir o negócio para que elas encontrem espaço para crescer.
“Para não perder talentos é preciso dar oportunidade para que eles cresçam. Para tornar isso possível, é preciso crescer sempre”,
afirma Mário.
CASO: PETZ
Falhas na administração combinadas a uma condição macroeconômica desfavorável levaram à quebra da “Super Brasil”,
uma atacadista de produtos de beleza com 10 anos de mercado. Essa experiência foi vivenciada pelo empresário Sérgio
Zimmermann, Fundador da rede PETZ.
“Quando o negócio dá errado, a atitude mais comum do empresário é procurar culpados. Em vez de fazer isso, eu fui
estudar, fazer especializações fora do país. Procurei criar uma distância entre o fracasso do negócio e a minha vida
pessoal. Muitos empresários não conseguem fazer essa separação”.
Alguns meses depois do Super Brasil fechar, ele foi atrás do palpite de um cunhado que produzia xampu para cachorro
no quintal de casa. Ele costumava dizer que o segmento de produtos para cães iria crescer muito. O primeiro contato de
Zimmermann com esse mercado ocorreu em uma visita a uma loja da rede Cobasi, que hoje é sua maior concorrente.
“Se havia mercado para uma loja dessas nas zonas oeste e sul da cidade (a Cobasi possuía 3 lojas na época), por que não
abrir outra para atender clientes das zonas leste e norte?” Foi assim que nasceu a Pet Center Marginal no mesmo local
onde funcionava seu antigo Atacado. “Procurei os fornecedores e eles me ofereceram rações e acessórios para eu
começar o negócio.”
Na percepção de Zimerman, o mercado brasileiro voltado a pets é menos afetado pela crise. “O cachorro passou a ser
membro da família. Com crise ou sem crise, por mais que a família diminua os gastos, ela não corta a comida do
cachorro.”
“Logo no início, passamos a abrir a loja 24h, algo inédito no setor. Oferecemos em um mesmo espaço tudo para os
animais, alimentos, medicamentos, acessórios e serviços veterinários. Fizemos propaganda da loja em canais específicos
e contratamos um adestrador e seu tigre para passear dentro da loja, ... isso gerou uma repercussão enorme na mídia.”
A população de cães no país é de 52 milhões enquanto a de crianças com até 14 anos é de 45 milhões. Na visão de
Zimerman, a população de cães deve crescer nos próximos anos. O negócio passou a evoluir tão bem que em 2013 a sua
rede chamou a atenção de um fundo de investimento norte‐americano que hoje é sócio da rede. Com a entrada do novo
sócio, a Pet Center Marginal passou a se chamar Petz.
Zimerman afirmou: “conversei com diversos fundos de investimento percebi que há diferentes tipos: existe o fundo que
entra no seu ônibus, senta no banco do passageiro e não está nem aí para onde você dirige. Ele apenas torce para que você
lhe proporcione retorno ao investimento. O segundo tipo entra no seu negócio, te arranca do volante e toca a empresa,
pois ele acha que faz isso melhor do que você. O terceiro tipo é aquele que entra no ônibus, senta do seu lado, deixa você
dirigir e compartilha com você a condução da empresa. Esse foi o que eu escolhi.” Em 2013, o fundo Warburg Pincus
comprou 50,01% das ações da empresa, trazendo um amplo plano de expansão e mudança de conceito.
“Até 2025 queremos ser reconhecidos mundialmente como o melhor ecossistema do segmento pet. Esse ecossistema
engloba serviços de dog training, dog walker, dog sitter, hotel, day care, laboratório de exames veterinários e plano de
saúde. A aquisição de empresas que já fazem isso é uma possibilidade, mas também podemos começar do zero ou fazer
parcerias.”
A Petz dispõe de um e‐commerce e atua em alguns marketplaces com opção de entrega em domicílio ou retirada na loja.
Além disso, a empresa é parceira e criadora de alguns programas sociais voltados a animais. Adote Petz: espaços dedicados
à adoção de cães e gatos. Coleção Bichos: uma parceria com a Editora Mol, a maior editora de impacto social do mundo.
Eles também arrecadam dinheiro para ONGs que cuidam de animais abandonados
RESULTADOS DA PESQUISA
EMPREENDEDORISMO
NO BRASIL
SOBREVIVÊNCIA EMPRESARIAL
Mortalidade das empresas MEI = 29%
Mortalidade das microempresas 22%
Mortalidade das empresas de pequeno porte = 17%
Fonte: Pesquisa Sebrae 2020 – realizada com base em dados da receita federal.