AV1 – EMPREENDEDORISMO
b. adotar a bricolagem: Processo de “se virar”. Refere-se a combinar
1. EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo tem uma função importante na criação e no
crescimento dos negócios, assim como no crescimento e na
prosperidade de nações e regiões.
*No Brasil começou a alavancar a partir dos anos 1990, com a
abertura da economia e instabilidade dos vínculos empregatícios
gerada pela crise econômica do final do século.
> definição de empreendedorismo: não possui uma definição única.
é considerado como um processo de criação de algo novo e
diferente, que agrega valor, que exige dedicação e esforço, e que
incorre em riscos financeiros, psicológicos e sociais, cujo retorno, na
maioria das vezes, é a satisfação econômica e pessoal. É um termo
então, relacionado à inovação, ao risco, à criatividade, à organização
e à riqueza
> oportunidades empreendedoras: são situações nas quais novos,
produtos, serviços, materiais e métodos organizacionais podem ser
introduzidos e vendidos no mercado por um valor maior que seu
custo de produção. Tais oportunidades exigem que o indivíduo
empreendedor reconheça, avalie e explore essas situações
> ação empreendedora: criação de novos produtos/processos e/ou
entradas de novos mercados, que pode ocorrer por meio de uma
organização recém-criada ou dentro de uma organização
estabelecida.
> Principais vantagens do empreendedorismo:
• Geração de emprego e renda;
• Aumento do crescimento econômico;
• Estímulo ao desenvolvimento de novos mercados;
• Estímulo ao uso de tecnologia em pequena escala;
• Estímulo à competição saudável, gerando produtos e serviços de
maior qualidade.
• Estímulo às pesquisas e ao desenvolvimento de máquinas e
equipamentos modernos para o uso doméstico;
• Redução da economia informal e menos dependência do emprego
formal.
> Principais desvantagens do empreendedorismo:
• Necessidade de maior dedicação e esforço mental, emocional e
físico, bem como muitas horas de trabalho;
• Preocupação e tensão em dirigir e fazer dar certo um negócio
próprio.
2. MENTALIDADE EMPREENDEDORA
Dada a natureza do ambiente de tomada de decisões de um
empreendedor, ele precisa:
a. pensar estruturalmente: diz respeito ao conhecimento prévio
sobre o mercado e a nova tecnologia capaz de satisfazer a
necessidade desse mercado; ou, conhecer sobre uma nova
tecnologia em um novo mercado, que se beneficiaria de sua
introdução. A conexão entre um novo produto/serviço e seu
mercado alvo, se apoia nas semelhanças superficiais (elementos
básicos da tecnologia se assemelham aos elementos básicos do
mercado) e estruturais (mecanismos fundamentais se assemelham
aos mecanismos fundamentais do mercado) entre a fonte (mercado)
e o destino (tecnologia)
recursos disponíveis para aplicar a novos problemas e
oportunidades, ou seja, reenquadrar os recursos disponíveis para
que possam ser utilizados de um modo para o qual não foram
concebidos inicialmente.
c. processo de efetuação/execução: Processo que inicia-se com o
que se tem (quem são, o que conhecem e quem conhece) e escolhem
entre os possíveis resultados. Empreendedor utiliza as informações
que possui para imaginar diversos cenários para a empresa e, então,
decidir, sem necessariamente precisar optar pela ideia inicial de
negócio.
*efetuação ajuda o empreendedor a raciocinar em um ambiente de
incerteza.
Att. Processo causal: processo que inicia com um resultado almejado
e se concentra nos meios para gerar esse resultado.
d. adaptabilidade cognitiva: diz respeito ao foco na identificação e
mudanças em seus ambientes para depois se guiar por essas
mudanças. Quanto maior adaptabilidade cognitiva, maior a
possibilidade de adaptação a novas situações.
Att. Mentalidade empreendedora: abrange a capacidade de
detectar, agir e se movimentar rapidamente, mesmo sob condições
incertas.
3. PROCESSOS DE AÇÃO EMPREENDEDORA
A iniciativa pode ser provocada por um conjunto de fatores ou por
apenas um. Alguns claros e outros, nem tanto. O fato é que o
empreendedorismo pode ser motivado por oportunidade ou
necessidade.
a. por necessidade: É aquele no qual as pessoas acabam sendo
levadas a empreender para a sua sobrevivência. A necessidade
ocorre, por ex., pela falta de emprego formal.
b. por oportunidade: Pode ser motivado por diversos fatores como,
desejo ou sonho de ter um negócio próprio e perceber as vantagens
para a sua realização; convite para formar sociedade; sucessão
familiar; recursos provenientes de demissão, aposentadoria, loteria
ou herança; vontade de oferecer soluções para os problemas das
pessoas ou os seus, criando produto/serviço inovador; quer alcançar
independência financeira, etc.
ATT. Independente da motivação o empreendedorismo exige uma
ação empreendedora.
4. AMBIENTE COMPETITIVO DAS ORGANIZAÇÕES I
As organizações que se tornam globais, passam a atuar para além do
mercado doméstico, atuam sob influências:
a. ambiente competitivo/ambiente de tarefa: ambiente mais
próximo da organização, abrange as forças que afetam a obtenção de
recursos e a demanda de produções da empresa, impactando a
tomada de decisões de curto prazo. Principais forças de tarefa que
dão origem a oportunidade e ameaças:
> clientes: empresa ou pessoa física;
> fornecedores: empresas e indivíduos que fornecem à organização
insumos (bens e serviços usados pela empresa para criar outros bens
e serviços.
> concorrentes: empresas que produzem produtos/serviços
semelhantes e competem pelo mesmo espaço no mercado.
> agências reguladoras: impõem controle, limitação ou restrições às
atividades da organização.
b. ambiente global/ambiente externo: formado por um conjunto de
forças e condições que fogem ao controle das organizações e afetam
a forma como a empresa formula o seu posicionamento. Todas as
forças relevantes para além da fronteira da empresa. É composto
pelas:
> forças tecnológicas: que resultam da mudança de tecnologia usada
para produção de serviço/produto. Que influencia a
competitividade, principalmente quando se trata de tecnologia que
traz inovação.
> forças socioculturais: fazem parte da estrutura social de uma
determinada região ou país.
> forças demográficas: são resultantes das alterações das
características da população, como sexo, faixa etária, estado civil,
etnia, classe social e orientação social.
ATT. Expressões chave:
a. Sistemas Abertos: Empresas que são afetadas por seus ambientes
e que os afetam. Insumos:
b. Bens e serviços que as empresas usam para criar outros bens e
serviços.
c. Resultados: Os produtos e serviços que as empresas geram. d.
Ambiente Externo: Todas as forças relevantes para além da fronteira
de empresa.
e. Ambiente competitivo: O ambiente próximo que cerca a empresa,
abrangendo os fornecedores, clientes e concorrentes.
f. Macroambiente: O ambiente em geral, inclui governos, a economia
e outros que afetam as empresas em geral.
5. AMBIENTE COMPETITIVO DAS ORGANIZAÇÕES II
Com o advento da GLOBALIZAÇÃO, as organizações veem-se em uma
situação em que concorrer apenas localmente já não é mais possível,
e, para sobreviver e vencer neste mercado altamente competitivo, é
preciso obter vantagem perante a concorrência.
Para obter êxito, os gestores precisam fornecer os vetores
fundamentais do sucesso: inovação, qualidade, serviço, velocidade
e competitividade em custo.
a. inovação: trata-se da introdução de novos bens e serviços no
mercado. As vezes a principal inovação está na forma em que o
produto/serviço é fornecido;
b. qualidade: trata-se da excelência de seu produto (bens/serviços).
*a abordagem tradicional à qualidade era verificar os trabalhos
depois de realizado e, então, eliminar defeitos. W. Edwards Deming,
J. M. Juran e outros gurus da qualidade, convenceram os gestores a
adotar uma abordagem mais abrangente para chegar à excelência
total. Isso incluí os seguintes objetivos:
> prevenir defeito antes que ocorram;
> atingir nível zero de defeitos de fabricação;
> projetar produtos de qualidade.
O objetivo é solucionar e erradicar desde o início todos os problemas
relacionados à qualidade e viver segundo uma filosofia de melhoria
contínua da operação empresarial.
c. serviço: engloba a velocidade e confiabilidade com que uma
empresa fornece o que seus clientes desejam. O serviço se dedica a
atender as necessidades do cliente para estabelecer
relacionamentos duradouros e mutuamente benefícios.
d. velocidade: trata-se da execução, reação e resultados rápidos e
oportunos. A velocidade combinada com qualidade, é uma indicação
de que a empresa está operando com eficiência.
e. competitividade em custos: significa manter custos baixos o
suficiente para obter lucros e poder oferecer preços atraentes aos
consumidores.
ATT. As melhores gestores e empresas entregam as 5 vantagens.
6. CRIATIVIDADE E A IDEIA DE EMPRESA
Só criatividade não é suficiente, é preciso ter preparo para
transformar ideias criativas em oportunidades de negócios que
agreguem valor ao cliente e tragam um diferencial competitivo ao
empreendedor.
• O QUE É UMA PESSOA CRIATIVA? Capacidade de chegar as novas
ideias para servir a um determinado propósito.
• COMO SE COMPORTA UMA PESSOA CRIATIVA? Motivação,
Ambição, Flexibilidade, Orientação Associativa e Necessidade de
Originalidade.
• É POSSÍVEL DESENVOLVER A CAPACIDADE CRIATIVA DE UMA
PESSOA? COMO ISSO PODE SER FEITO? Sim, através de buscas e
interesse próprio, curiosidade.
a. Fontes de ideias: aquelas consideradas mais produtivas pelos
empreendedores são:
> consumidores: identificar quais suas necessidades;
> produtos e serviços existentes: identificar qual serviço/produto
novo possui maior potencial;
> canais de contribuição: sugestão sobre novos produtos e ajuda na
comercialização daqueles recém desenvolvidos;
> pesquisa e desenvolvimento: pode ser fomentado em conjunto
com outros parceiros, utilizando laboratório informal ou garagem.
ATT. Avaliar e analisar oportunidades, uma forma eficiente e analisar
as tendências, pois muitas vezes podem representar as melhores
oportunidades para o início de um novo empreendimento. São
tendências que oferecem boas oportunidades de negócio: a
tendência verde; energia limpa; de orientação orgânica; econômica;
social; de saúde e na web.
b. métodos de geração de ideias: existem diferentes fontes para a
geração de ideias, dentre elas destacam-se:
> grupo de discussão: moderador dirige uma discussão aberta e
aprofundada, estimulando a participação de todos os membros, para
desenvolverem e conceituarem, de forma criativa, a ideia de um
novo produto/serviço que atenda às necessidades do mercado.
> brainstorming: método que estimula as pessoas a gerarem a maior
quantidade de ideias que conseguirem, sem a preocupação se serão
ou não usadas, se são logicas ou não. Permite a quebra de bloqueios
mentais que inibem o potencial criativo. Críticas/comentários
negativos aos participantes não são permitidas; a improvisação deve
ser estimulada; estímulo a grande quantidade de ideias; ideias
devem ser combinadas.
*brainwriting: ocorre de maneira silenciosa. Para cada participantes
é solicitada a geração de pelo menos 03 ideias, as ideias são escritas
de forma individual até que se esgotem. Após um dos membros do
grupo, consulta os papeis de outro participante, e então parte-se
para a sessão convencional de brainstorming.
> análise de inventário de problemas: os consumidores recebem uma
lista de problemas em uma categoria geral de produtos. Seu trabalho
é identificar e discutir sobre os problemas do produto, até chegar à
ideia de um novo produto, ao invés de gerar uma ideia totalmente
inédita.
> solução criativa de problemas: permite a obtenção de novas ideias
com concentração em parâmetros. A principais técnicas são:
- braistorming inverso: foco nos aspectos negativos do
produto/serviço/ideia.
- método Gordon: membros do grupo não possuem, inicialmente,
informações sobre o problemas.
- livre associação
- método de anotações coletivas
- análise de parâmetros.
7. O PERFIL DO EMPREENDEDOR
> Dornelas cita Características comuns do Empreendedor:
• Motivação: é movido pela motivação de cumprir uma
missão/realizar um sonho;
• Iniciativa: se antecipa às situações e não esperam acontecer;
• Paixão: são otimistas e apaixonados pelo que fazem;
• Networking: necessário desenvolver uma rede de contatos;
• Trabalho em equipe;
• Planejamento.
> sistema de apoio ao empreendedor:
- SEBRAE: vem trabalhando para estimular o empreendedorismo no
país e possibilitar a competitividade e a sustentabilidade dos
empreendimentos de micro e pequeno porte. Afinal o SEBRAE é uma
entidade privada sem fins lucrativos cujo objetivo é capacitar e
promover o desenvolvimento de pequenos negócios de todo o país
> redes informais de apoio: rede de apoio moral (amigos e
familiares); rede de apoio profissional (mentores, sócios, associações
comerciais, etc.); rede associados ao negócio (clientes, especialistas,
fornecedores).
8. ESTRATÉGIA EMPREENDEDORA: GERAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE
NOVAS ENTRADAS
a. nova entrada é uma das ações básicas do empreendedorismo é a,
que se refere à:
> oferta de um novo produto em um novo mercado ou em um
mercado já existente;
> oferta de um produto existente em um mercado novo; ou
> criação de uma nova empresa.
ATT. Para gerar e explorar uma nova entrada, é necessário ter uma
estratégia empreendedora, que pode ser definida como um
conjunto de decisões, ações e reações cujo foco está nos benefícios
do novo produto/serviço/mercado/empresa, bem como na redução
de seus custos.
b. estágios da estratégia empreendedora:
> estágio 01 – geração de uma nova oportunidade de entrada:
decorre da combinação de conhecimentos e outros recursos do
empreendedor, que gera um pacote raro, valioso e difícil de ser
imitado;
> estágio 02 – exploração de uma nova oportunidade de entrada:
exige uma estratégia de entrada e de redução de riscos e depende
da organização da empresa e da competência do empreendedor e
sua equipe;
> estágio 3 – malha que retroalimenta as informações sobre a
geração e exploração de uma nova entrada: empresas precisam
introduzir continuamente algo novo para evitar que concorrentes
mais agressivos tome parte de seu mercado.
9. EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
> também chamado de INTRAEMPREENDEDORISMO (capacidade de
os funcionários de uma empresa agirem como empreendedores),
resulta da ação de funcionários, que criam uma organização ou
estimulam a renovação ou inovação dentro de uma organização
existente
> Para que o empreendedorismo corporativo aconteça, é
fundamental a manutenção de um ambiente favorável à criação e ao
compartilhamento de ideias.
Para começar, é fundamental promover uma mudança na cultura
da organização. Ou seja, é importante adotar uma cultura
empreendedora. Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2013), um
bom ambiente empreendedor necessita de:
• Tecnologia avançada para a prática de pesquisa e o
desenvolvimento de novos produtos, estimulando e apoiando novas
ideias;
• Experimentação, ou seja, a tentativa e erro não devem ser punidos
— uma empresa empreendedora deve permitir erros e fracassos no
desenvolvimento de inovações, já que aprender com a experiência é
importante para o empreendedor e para a empresa;
• Certificar-se de que não existem obstáculos que inibam a
criatividade no desenvolvimento de um novo produto;
• Recursos suficientes e de fácil acesso.