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- Caprinos tem pastejo mais prolongado pois selecionam mais o alimento que vão consumir.
Ele seleciona as partes mais proteicas e deixa as partes mais fibrosas. Além disso, por ter uma
apreensão labial (diferente do bovino que é com a língua), o pastejo dos pequenos ruminantes
é mais rente/abaixa mais o dossel forrageiro;
Possuem preferência por folhas mais largas (leguminosas), visto que essas apresentam maior
qualidade nutricional (maior teor de proteína). Devido a isso, se fizermos um pasto
consorciado entre gramíneas e leguminosas para caprinos, não funcionará, visto que, eles vão
selecionar muito mais a leguminosa e a gramínea vai ficar lá, fazendo com que a leguminosa
suma do consorcio.
- Caprino tem grande mobilidade. Adora plantas arbustivas. Para fazer apreensão dessas, ele
fica em pe (posição bipedal – equililibrar sobre duas patas) ...Grande facilidade de fazer isso
- Caprino consegue alterar composição da dieta que fornecemos a ele, como evidenciado na
tabela da pág. 9, onde foi oferecido uma dieta com menos energia, menos proteína e mais
fibra e ele ingeriu uma dieta com mais energia, mais proteína e menos fibra, pois ele faz
seleção, tanto no pasto como no cocho.
Esses animais fazem seleção para alimentos mais proteicos. Pois isso gostam de arbustos, pois
eles puxam as folhas e com isso só coletam essas ou folhas largas das pastagens.
- Como ele seleciona alimentos com maior teor de proteína, a fibra da dieta diminui, pois parte
da planta mais proteica tende a ser menos fibrosa. Assim, quando ele seleciona a proteína, ele
está diminuindo a fibra da dieta
- Por serem selecionadores, desperdiçam muito (isso se a quantidade oferecida for a vontade.
Se não tiver disponibilidade de alimento, de modo que o animal não esteja satisfeito, ele vai
comer o que tem, não fazendo seleção
- Em dietas de baixa qualidade o desperdício é maior (quanto pior a qualidade, maior será o
desperdício). Volumoso de baixa qualidade = o desperdício pode chegar a 30-50%;
- Os caprinos tem muito mais eficiência digestiva que bovinos. Sua mastigação e ruminação é
muito mais eficiente que bovinos, produzem mais saliva por unidade de matéria seca e
conseguem alterar a natureza da dieta e adequar essa alimentação de acordo com a
disponibilidade dos nutrientes ali presentes (desde que haja disponibilidade de matéria seca).
Além disso, possuem maior taxa de fermentação no rúmen e maior produção de ácidos graxos
voláteis, mas a taxa de movimentos do alimento no rúmen também é maior (maior turnover.
Principalmente a passagem de AGV para o sistema porta). Com disso, apesar da maior
fermentação, o risco de acidez é menor, em decorrência da passagem de AGvs ser mais rápida
- Maior atividade microbiana no rúmen. Isto porque, o caprino é bem eficiente em manter
agua (menor necessidade de ingestão de água). Com isso, dentro do seu rúmen não vai ter
uma diluição muito grande do material ali presente. Pro microrganismo fica mais fácil chegar
ao alimento, tendo então maior atividade.
- Assim, por terem maior secreção de saliva (maior produção de agentes tamponantes), maior
atividade de microrganismos e alta taxa de absorção ruminal (maior turnover-passagem mais
rápida dos Agv do rumen para o sistema porta), pode ser oferecido até 60-70% de concentrado
na dieta dos caprinos
- Caprinos conseguem tolerar mais níveis de tanino quando comparado aos bovinos. Além
disso, na saliva desses animais contém mais prolina, que se liga ao tanino, fazendo com que
haja uma redução do efeito do tanino sobre a absorção de proteínas.
Obs: se for um nível de 2-4% tem se um efeito benéfico pois a proteína não será degradada
completamente pelos microrganismos, passando para o animal (proteína by-pass)
- Animal vai conseguir imprimir seu comportamento de seleção quando houver disponibilidade
de alimento
- Outro fator que contribui para que os caprinos possam ingerir grandes níveis de concentrado
é porque, conforme o aumento no teor de amido da dieta, esses animais reduzem o tempo de
alimentação e aumentam o numero de refeições, de modo que não ocorra um pico muito alto
de produção de Agv, mas sim aos poucos (animal regula fermentação)
- Em caprinos, o teor de FDN da dieta acaba não influenciando no consumo, visto que, devido
o seu comportamento ingestivo, ele vai selecionar a dieta (isso tem uma janela. Depende da
proporção co:vo). Com isso, a determinação do consumo de caprinos é mais complexa que em
outros ruminantes
- Consumo do animal pode ser afetado por fatores relacionados ao animal e fatores
relacionados ao ambiente (menor influência)
- Fatores relacionados ao animal usados para estimar o consumo: tamanho e peso do animal,
nível de produção de leite e estado fisiológico (seca, gestante ou lactação)
- nível de proteína tem efeito maior no consumo de caprinos leiteiros do que pra vacas,
especialmente para o consumo de pastagens.
- Cabras fazem regulação de consumo com base na proteína da dieta. Se tem maior teor de
proteína no concentrado, ela deixa de comer a pastagem pq sua exigência de PB já foi suprida
- Níveis de energia: também regula consumo. Se dieta já tem nível elevado de energia, animal
vai reduzir o consumo, já que sua exigência já foi suprida (Regulação energética)
- EXIGÊNCIA:
- Animais de mantença e de inicio de lactação podem ficar em um mesmo lote, uma vez q suas
exigências são muito semelhantes.
- No terço final da gestação as femeas já devem estar em um lote com uma alimentação
melhor (outro lote)
- Animais em produção de leite ficam em outro lote e que sejam alimentados conforme a
produtividade
- EXIGêNCIAS DE ÁGUA
- Caprinos são mais eficientes na utilização de água, eles conseguem recuperar parte da água
que seria perdida por meio das fezes com muito mais eficiência. Com isso, possuem menor
exigência comparado aos bovinos
Média de 6,0 litros de água/dia para uma cabra q produz uma média de 3 litros de leite/dia
- Apesar de serem muito eficientes, se falta a água que eles necessitam, animais vão reduzir
consumo e produção de leite. Com isso, oferecer em quantidade e qualidade
EFICIENCIA ENERGÉTICA
- Animais de produção de carne tem deposição muito maior que leiteiros. Com isso, precisam
de mais proteína que animais leiteiros, visto que essa PB será depositada na forma de musculo
- Animais leiteiros tem maior exigência energética comparado aos de corte, visto que, a
deposição de gordura desses animais é maior
- Animal de produção de carne é mais eficiente que animais leiteiros, pois depositam menos
gordura na carcaça e mais proteína. E deposição de PB em termos de energia é mais barato
(para depositar gordura precisa-se de muito mais energia)
- Se for engordar animal, trabalhar com animal com aptidão para produção de carne. O kg do
animal que produz carne custa menos que o kg do animal leiteiro
- Animais mais produtivos sempre são mais eficientes energeticamente (paga a mantença uma
vez só). Porém nem sempre são os que mais vão dar retorno
- ALIMENTOS:
- Caprinos são eficientes em utilizar grãos inteiros pois tem grande eficiência de mastigação
- Concentrado pode ser utilizado farelado ou peletizado. Para animais jovens o ideal é o
peletizado (apesar do preço), pois farelada da muito pó (puvurencia) podendo causar efeitos
pulmonares (evita seleção e problemas pulmonares). Além disso, com a ração peletizada esses
animais não vão conseguir selecionar, evitando desbalanços da dieta;
- Forragens de boa qualidade (14-16% PB) pode manter o animal com 2 a 3 l/leite/dia. Se a
forragerm for de baixa qualidade, colocar mais concentrado para corrigir
- Volumoso:
Rico (14% PB na Ms) (silagem/feno aditivado, com presença de leguminosa), pode ser utilizado
para tds as categorias, porém suplementar animais em cresc e em lactação
Intermediário (10-14% PB) Pode ser utilizado para tds as categorias. Porem, suplementar
aniamsi em cresc, lactação e final gestação
Pobre (5-10% PB) Não pode ser utilizado p tds as categorias (lactacção e final gestação). Exige
suplementação p tds as categorias
- Palma não pode ser oferecida de forma exclusiva, pois possui um teor de agua elevado (seu
teor de MS é mt baixo) e baixa fibra (não segura a ruminação). Portanto, se trabalhar com
essa, colocar tbm outro volumoso.
- Por ter alto teor de CNF e baixo FDN, FDA animais apresentam diarreia com frequencia
- Qd palma é desidratada (farelo de palma), tem-se concentrado energético, podendo
substituir milho
- Dieta pode alterar composição do leite em caprinos, ´porem menos afetado que bovinos em
decorrência da seleção que esses animais fazem.
CATEGORIAS:
- Desaleitamento dos cabritos é feito quando o animal estiver 2,5 x peso do nascimento
- O ideal é que o desmame (termino fase de cria) ocorra quando o animal esteja com 12 – 15
kg PV (min 10 kg), que é qd o animal já come uma boa quantidade de volumoso
- Isso vai acontecer 45 – 60 dias de idade tanto p animais leiteiros como de corte (manejo q vai
diferir)
- Animais de leite = Aleitamento artificial > liberação do leite p venda (leite de vaca é mais
barato, usado como sucedâneo pois composição é bem semelhante)
- Animal com aleitamento natural sempre ganha mais peso comparado aos submetidos ao
aleitamento artificial (sendo assim, fica menos tempo na recria pois atinge peso mais rápido)
- Cabritos leiteiros são separados da mãe logo quando nascem pois há grande risco de
contaminação de CAEV (Caprino artrite encefalite viral), que é transmitida pelos fluidos
corporais (suor, sangue, esperma, leite)
- Animal jovem geralmente tem sintomas relacionados ao SNC (encefalite) e animais adultos
de artrite (articulações inchadas e dificuldade em locomover, levantar)
- Cabrito nasce e antes mesmo de mae lambe-lo ele é retirado, secado, cura o umbigo e logo
dps da colostro que pode ser de vaca ou da própria cabra desde que seja pasteurizado
- Aleitamento artificial deve ser feito de 3, 4 x ao dia, dando mais ou menos uma mamadeira
por dia até chegar a 1,5 kg/leite/dia
- Animais leiteiros: Ideal que fêmea chegue aos 7 meses com 35-40 kg PV (ganho 150g/dia
onde ela estará apta a reprodução
- P que fêmea chegue com 7 meses apta a ser coberta, gasta-se mais com concentrado, porém
dará retorno
- Assim, 35-40 dias antes parto: separar animais, ideal que eles estejam com ECC 2,5- 3 (abaixo
ou muito acima disso, a chance de dar toxemia d gestação é maior)
- Cabra que tem mais de um feto tem maior exigência de glicose. Quando a glicemia cai, cabra
começa a mobilizar seu tecido de reserva para atender glicemia. Porem ela faz isso de forma
muito rápida e intensa, de modo que metabolismo não consegue processar (lipólise é tao
intensa que fígado não consegue processar triglicerídeo, o transformando em corpos
cetonicos que vão acumular, alterando o ph fisiológico da femea, podendo leva-la a morte)
- Usar alimentos que possam ser transformados em glicose (amido, mais energia, mais
proteína)
- Uso de dietas com grande quantidade de precursores de açúcares, auemnto nos níveis de
energia e proteína, uso de misturas concentradas, reduzir possibilidade de estress nutricional
que pode levar o animal a reduzir o consumo.
LACTAÇÃO:
Femeas corte: 45-90 dias (como tira cabrito e ela não vai ser ordenhada, lactação se encerra)
- Na fase inicial da lactação, quando animal chega no pico da lactação, ele fica em BEN, uma
vez que durante a gestação ela reduziu sua alimentação e devido a carga hormonal durante o
parto. Nessa fase, utilizar rações palatáveis e de alta densidade energética e volumoso de boa
qualidade pois sua ingestão esta reduzida e ela ta em BEM
- Fase intermediária: nível de ingestão normaliza , ganho de peso. P animal de leite, a partir
dessa etapa vamos preparar a cabra para concepção (estação d monta com bom ECC).
Fase final: BEP, baixa produção de leite. Faltando 2 meses para o parto, seca a fêmea para ela
entrar no 1/3 final da gestação
- Relação de Ca: P da dieta desses animais tem que tá 2:1 para evitar calculo urinário
(urolitíase), que pode romper uretra do animal devido S peniano
Aula: Manejo Reprodutivo
Anatomia:
- Macho tem flexura sigmoide (S peniano), onde cálculos urinários podem parar e obstruir a
uretra e romper a bexiga, levando o animal a morte
- Fêmea tem cérvix com anéis desencontrados, o que dificulta o processo de inseminação. Se
não for bem manejado, aplicador vai fazer uma deposição rasa do sêmen, tendo pouca chance
de ter sucesso na IA, reduzindo os índices de fertilidade (por isso pouca adoção da prática de
IA em caprinos, devido dificuldade em decorrência da anatomia da fêmea)
Fisiologia:
- Como período de puberdade de macho e fêmea são diferentes, logo após o desmame deve-
se fazer a separação de machos e fêmeas afim de evitar acasalamentos indesejáveis
- Apesar de chegar a puberdade em 5-7 meses, esperar fêmea chegar a 60-70-% do seu peso
adulto (7 meses), pois se macho cobrir fêmea antes, os nutrientes que ela usaria para crescer
serão destinados ao feto. Assim ela vai ficar uma matriz pequena, podendo até mesmo ter
complicações no parto
- No macho esperar pelo menos 1,5 ano para cobrir fêmea, pois no inicio a secreção de sêmen
é baixa (bx produção de espermatozoides, o que levará a falhas nos índices d fertilidade)
- Manejo na puberdade:
Cobrição tardia vai diminuir os índices de produção e cobrição muito cedo vai levar ao
comprometimento do desenvolvimento da fêmea
- Ciclo estral: Período entre dois cios. Dura em torno de 17 a 22 dias. Ideal é que tenha pelo
menos 3 cios na estação de monta (por isso EM não pode ser menor que 45 dias)
- Pré estro (período que antecede o cio – 15 a 20 h). Nessa etapa fêmea ainda não deixa ser
montada, apenas tem mudanças em seu comportamento (fc agitada, fc abanando a cauda sem
parar, n aceita o macho)
- estro: dura 30 horas, fêmea aceita o macho, ovulação ocorre no final dessa fase (por isso,
macho deve cobrir fêmea no final do estro para que haja mais chances de ocorrer fecundação)
- Sinais cio: Inquietação, berro característico, abana causa, urina com frequencia, monta
companheiras e deixa ser montada, perde apetite, diminui produção de leite, edema de vulva
e vagina, muco vaginal e aceita cobertura
Diestro: Femea recusa monta, se não houver fecundação corpos luteos regridem no fim dessa
fase
- Estação de monta dura em media 60 dias, de modo que conseguimos ter 3 cios e índice de
fecundidade fique em torno de 90%
- Cio em função do fotoperíodo: animais de dia curto. Qd dia começa diminuir ( a partir
dezembro ), 60 dias dias dps animais entram no cio = Final de fev, começo março = Animais
entram em cio
- Dia mais longo (dezembro). A partir de dezembro dia começa a diminuir d nv. A partir de
julho, dia começa a aumentar e femea fica em anestro
- Como ciclo estral é muito marcado, temos que quebrar estacionalidade através de técnicas
de manejo reprodutivo (um dos entraves do rebanho leiteiro), pois se há concentração de
partos (jun,jul,agost) haverá concentração d femeas em lactação e dps todas vão cessar
lactação no msm período)
MANEJO REPRODUTIVO:
- Escolha do reprodutor: Caracter mocho > Relação entre animais mochos e esterilidade
- Se escolher macho chifrudo, mesmo que fêmea for heterozigota (mocho), pois macho vai
doar pzinho
- Fêmeas: pelo menos uma das estações d monta cai entre os meses de março, abril, maio
- Para inseminação, utilizar fêmeas que já tenham uma cria e que tenha menos que 4 anos
- Evitar cabras que não pariram na ultima estação ou com histórico de aborto e cabras que se
submeteram varias vezes ao processo de indução
- Na primeira fase (até 90-100 dias), a exigência da fêmea quase não muda;
- 2 fase: 100-150 dias, exigência da fêmea muda, há diminuição da ingestão da matriz pois
crescimento do feto começa a comprimir o rumem dessa femea, diminuindo o espaço de
capacidade do rumen.
- Cuidado com matrizes gestantes: descornar fêmeas a fim de evitar brigas e dominância,
melhorar alimentação, fazer secagem das cabras 45 dias antes do parto, preparar área de
parição 50 dias antes do parto (área deve ser de fácil monitoramento dos animais para caso
seja necessário intervenção, próxima a propriedade)
- Animais vão ficar no piquete maternidade d 3 semanas antes do parto e duas semanas pós
parto. Para animais d corte cabrito fica junto, para leiteiros, cabrito é separado logo que nasce
– CAEV (transmitido pelos fluidos corporais)
- Restriçao pré natal da fêmea pode modular composição corporal do cabrito, ou seja, seu
desenvolvimento pós nascimento
QUESTÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2) Em uma propriedade estava sendo usado um feno com 10,3% PB e 47,5% de FDN no
arraçoamento de caprinos de corte, entretanto foi necessária a substituição desse feno
por outro com a seguinte composição bromatológica: 8,7% PB e 61,0% FDN. Após a
substituição, o que você espera que aconteça com a porcentagem de sobras do
volumoso? Justifique sua resposta.
R: A porcentagem de sobras irá aumentar. Isso porque os caprinos são animais altamente
seletivos, selecionando sempre alimentos com maior valor nutricional (maior teor de
proteína e menos fibra). Assim, ao trocar um feno com maior teor de proteína e menos
fibra por um de menos proteico e mais fibroso, os animais vão tender a deixar mais sobra,
sendo que, em volumosos de baixa qualidade o desperdício pode chegar a 30-50%.
3) As cabras são animais que toleram um nível de concentrado superior aos bovinos.
Quais as adaptações fisiológicas permitem tal característica?
4) Em uma propriedade com animais da raça Saanen, o produtor deseja separar em três
lotes as FÉMEAS ADULTAS de seu rebanho para melhorar o manejo nutricional.
Considerando que a propriedade possui 200 matrizes nas mais diversas fases de
produção, quais categorias você separaria em cada lote e como seria a recomendação do
manejo nutricional para cada lote?
Lote 2 - Animais no terço final da gestação: Utilizar dietas mais adensadas e um volumoso
de boa qualidade, uma vez que, nessa etapa a demanda por nutrientes aumenta e a
capacidade de ingestão diminui em decorrência do aumento do crescimento do feto. Além
disso, é importante que nessa etapa seja utilizado precursores de açúcares a fim de evitar
toxemia da gestação
R: A porcentagem de sobras vai diminuir. Isso porque os caprinos são animais altamente
seletivos, selecionando sempre dietas de maior valor nutricional (maior teor de proteína e
menor de fibra). Assim, ao trocar o feno que possuía menor teor de proteína e maior teor
de FDN pro um de maior valro proteico e menos fibroso, esses animais vão consumir mais.
Não concordo. Por se tratar de animais leiteiros, o aleitamento natural não é o recomendado,
uma vez que, além dele perder em questão financeira por esta destinando o leite que seria
vendido para o cabrito (que poderia ta recebendo leite de vaca ou um sucedâneo que é mais
barato), esse animal ainda corre risco de ser contaminado por CAEV (Caprino artrite encefalite
viral), que é uma doença viral muito comum em rebanhos leiteiros que é transmitida por
fluidos corporais, como o leite. Assim, o ideal é o cabrito seja separado da mãe logo após
nascer e que seja utilizado do aleitamento artificial ( de preferência um sucedâneo de leite de
vaca, que é mais barato). Além disso, o desaleitamento precoce vai impactar no
desenvolvimento inicial do cabrito, podendo fazer com que ele fique mais tempo na fase de
recria. Assim, o ideal é que esse seja desmamado em torno de 70 dias.
R: Não. Pois existe uma relação entre animais mochos e esterilidade, onde animais mochos
e homozigotos são inférteis. Como esse animal ainda não tem progênie, não tem como
saber se ele é homozigoto ou heterozigoto (se ele fosse heterozigoto não teria problema
coloca-lo com fêmea chifruda), portanto, não recomendaria a aquisição deste animal.
10) Um criador de caprinos leiteiro deseja inseminar algumas cabras de seu rebanho.
Quais as recomendações que você como técnico faria para realização desta prática,
levando em consideração os seguintes parâmetros: sincronização das fêmeas,
identificação do cio e procedimentos para inseminação?
R: Para realizar a inseminação nos animais, inicialmente seria feito a sincronização das
fêmeas, onde eu recomendaria a indução hormonal, uma vez que esse protocolo tem
respostas mais rápidas e mais eficientes (90-95% eficiência) que os demais (programa de
luz e efeito macho). Nesse protocolo, são inseridas esponjas vaginais com progesterona na
fêmea, que ficará com essa de 7 a 14 dias e 48 horas antes de retirar a esponja será
aplicado prostaclandina na fêmea, sendo que a fêmea tenderá a manifestar cio após 24-36
horas. Após esse processo, o produtor deverá utilizar rufiões para identificar se essas
fêmeas manifestaram cio. Identificado o cio, a inseminação deverá ser realizada após 12-
14 horas após o inicio do mesmo. Após essa etapa, será realizada a inseminação artificial,
que poderá ser feita com sêmen de reprodutores da própria propriedade ou adquiridos de
fora, tomando os cuidados necessários acerca do controle sanitário e viabilidade do
semen. Em seguida o produtor poderá optar pelo tipo de inseminação a ser realizada
(intra-uterina, intra-cervical ou vaginal). Por apresentar bons índices (40-60% prenhez) e
não ser um procedimento cirúrgico, eu recomendaria a inseminação intra-cervical, onde é
feito a exposição da cérvix, de modo que os anéis fiquem alinhados e sêmen seja
depositado mais afundo, aumentando as chances do sucesso da IA.