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Economia Portuguesa

Taxa de Crescimento do produto


Variação Percentual:
(Yt – Yt-1) / Yt-1 → taxa de crescimento do produto entre t-1 e t
(yt – yt-1) / yt-1 → taxa de crescimento do produto per capita entre t-1 e t

Variação Geométrica (tempo discreto)

Variação Logarítmica (tempo contínuo)

Crescimento exponencial do produto per capita: yt = y0 * e^(rt)


Taxa de crescimento: r = (ln(yt) – ln(y0)) / t

Taxas de Crescimento Discretas vs. Contínuas


r = ln(1+i)
i= e^r - 1
Método dos Mínimos Quadrados (linha de tendência)

Preços Correntes: os bens e serviços são valorizados aos preços verificados no ano em
causa.
Preços Constantes: bens e serviços valorizados segundo preços de um ano considerado
como base. Os preços constantes resultam da deflação ou valorização dos preços de um
ano relativamente ao ano base
PIB preços constantes = (PIB preços correntes/IPC) *100
PIB preços reais = (PIB preços nominais/IPC) *100
Índice de preços no consumidor (IPC): medida da variação média ao longo do tempo
dos preços pagos pelos consumidores urbanos por um cabaz de mercado de bens e
serviços de consumo.
Índice de preços do PIB (Deflator do Produto): preço de todos os bens e serviços
produzidos no país.
PIBpm(treal) = PIBpm(tnominal) / Deflator do PIB
Para se analisar o desempenho económico entre os países é necessário converter os
valores de moeda nacional para uma mesma moeda.
A utilização de taxas de cambio não é suficiente devido às suas limitações:

• Não reflete o nível de preços em cada país


• Não reflete a inflação nem o poder de compra (que varia)
• Reflete apenas bens transacionáveis
• É influenciada por fluxos de capital, movimentos especulativos e intervenções
governamentais.
O cálculo do PIB com base nas taxas de cambio tende a subestimar o custo de vida dos
países mais pobres uma vez que levam em conta que os bens transacionáveis têm o
mesmo preço que os bens não transacionáveis.

→ Quantos euros preciso para obter um dólar?

Para uma melhorar análise na comparação dos países utiliza-se as PPC.

Paridades de poder de Compra: Número de unidades de moeda nacional necessárias


para obter, nesse país, a mesma quantidade de mercadorias e serviços que pode ser
obtida por um dólar nos EUA.

Para se comparar os países utiliza-se o PIBppc pois as PPC:


• são mais estáveis
• são relevantes para bens transacionáveis e para bens não transacionáveis
• tomam em consideração diferenças de poder de compra
• permitem analisar a evolução dos níveis de preços entre os países

→ Quantos euros preciso para comprar o mesmo que um dólar compra


nos EUA.
Nota: PIBpc (PPC) é normalmente maior do que o PIBpc (TxCâmbio) nos países mais
pobres → os bens não transacionáveis são + baratos nos países + pobres, que são
medidos pelas PPC
Índice do Desvio da Taxa de Câmbio

IDTC= PIBpc (PPC) / PIBpc (TxCâmbio) = TxCâmbio / PPC


Nível Geral de Preços
NGP = 1/IDTC
Os NGP aumentam com o nível de desenvolvimento das economias.
Quando o nível de preços não corresponde ao expectável pelo PIBppc(dólares), significa
que existe uma perda de competitividade → se o preço dos bens não transacionáveis
subir muito face ao nível do produto, ocorre uma perda de competitividade.
O esperado é que com a subida do produto sustentável seja natural que os preços dos
bens não transacionáveis subam. → Preços altos face ao nível de desenvolvimento
implica perdas de competitividade e acumulação de défices externos.
Taxa de câmbio real: Quantidade de produtos necessários para obter os mesmos
produtos numa economia de referência.
Er = (Xeuros / Preços Euros) / (1 Dólar / Preços Dólares) =
= e (moeda local / moeda referência) * (preços moeda ref. / preços moeda local) =

= e (moeda local / moeda de referência) * (1 / PPC)


diminuição da taxa de câmbio real → aumento real do nível de preços.
Se todos os bens fossem transacionáveis e não houvesse custos de transporte → Er=1
(teriam o mesmo preço quando convertidos à mesma unidade monetária)
Variações na taxa de câmbio real:

• Alteração dos termos de troca


• Flutuações dos preços dos bens não transacionáveis
• Melhorias de produtividade → podem implicar descidas de preço e aumento da
competitividade
Subida da Er: Depreciação do euro face ao dólar / preços relativos nos EUA subiram mais
do que em Portugal → mais fáceis exportações; maior atratividade para a vinda de
turistas; salários mais competitivos
Descida da Er: Apreciação do euro face ao dólar / preços relativos em Portugal subiram
mais que nos EUA → posição competitiva externa mais difícil para Portugal; balança
corrente fica deficitária
A Taxa de Câmbio Real ajuda a perceber o impacto das variações dos preços entre países
(diferenciais de inflação) na variação das taxas de câmbio nominais.
Competitividade Externa: capacidade de uma economia criar os incentivos necessários
para investir e produzir de uma forma eficiente e que permita manter a posição
competitiva em termos de comércio internacional.
Se houver aumentos dos custos unitários de trabalho e não existir aumento de
produtividade, há perda de competitividade.
Depreciação da taxa de câmbio
= diminui o bem-estar, aumenta as pressões inflacionistas pelas importações, deteriora
a balança comercial, quebra de receitas fiscais = aumento de competitividade das
exportações via depreciação das taxas de câmbio
Termos de Troca
Os termos de troca melhoram quando um bem exportado permite adquirir mais bens
importados

• especialização em bens exportados com maior valor acrescentado


• aumento de procura por bens exportados
• apreciação das taxas de câmbio nominais permitindo importações mais baratas
• melhorias tecnológicas e de produtividade ou diminuição de tarifas e custos de
transação nos produtos importados
Os termos de troca pioram:

• Com mais concorrência externa ou menor procura externa


• Aumentos de produtividade nos produtos exportados ou imposição de tarifas a
produtos importados
Produtividade Total dos Fatores: eficiência com que os inputs são utilizados na
produção → fatia mais importante do crescimento dos países e da produtividade dos
trabalhadores. Está associada à descoberta e difusão de melhorias tecnológicas.
Componentes de crescimento e aumento da produtividade: deslocar a fronteira de
eficiência e aproximar-se da fronteira.
Produto Potencial: produto hipotético que poderia ser atingido com a plena utilização
dos fatores de produção (trabalho, capital, …). Constitui uma medida da capacidade
económica instalada. Corresponde a um nível de atividade económica capaz de gerar
crescimento sustentado sem pressões inflacionistas.
Hiato de Produto: diferença entre o nível observado de produto e o nível de produto
potencial.
Convergência Absoluta: As economias pobres tendem a crescer mais do que as
economias ricas → crescem mais rapidamente. Todos os países crescem para o mesmo
nível de produto per capita.
Razões de convergência
Se o progresso técnico a custo zero for acessível a todos

• Rendimentos marginais decrescentes do capital -> economias pobres = baixo


stock de capital por trabalhador (k) -> produtividades marginais elevadas do
capital
• Dada tecnologia exógena, bastaria as economias abrirem-se e organizarem-se
para tirar partido da difusão do conhecimento técnico disponível → a eficiência
tenderia a aumentar mais nos países mais pobres.
• A escassez relativa de K nos países mais pobres tenderia atrair investimento e a
gerar taxas de lucro
(r = PMG K) mais elevadas
Convergência Condicional: Países com estrutura e fatores de crescimento diferentes,
crescem a ritmos diferentes e, portanto, para diferentes steady-states.
A convergência condicional testa se as economias crescem mais rapidamente quanto
mais afastadas do seu produto per capita de setady-state.
Fatores que influenciam/condicionam → Os métodos de gestão condicionam a dotação
estrutural de cada país:
• Taxa de investimento / Taxa de poupança
• Tipo de políticas
• Taxa de crescimento Populacional
• Custos de contexto

Analisar o desempenho em termos de convergência → os dados permitem mostrar que


há dinâmica de convergência (𝜷< 0 e P-value < 0,05).
Assim, esperaríamos que a economia crescesse a r(real) = (ln(yt) – ln(y0)) / t anualmente
mas cresce a um r(esperada): 𝑦̂ = 𝛽0 + 𝛽1 ln(y0) + ei

Convergência absoluta: 𝑦̂(0,t) = 𝛽0 + 𝛽1 ln(y0) + ei


Convergência condicional: 𝑦̂(0,t) =𝛽0 + 𝛽1 ln(y0) + 𝛽2Z + ei
− 𝒍𝒏(𝜶𝟏 ∗𝒕+𝟏)
Calculando a taxa de convergência media anual: 𝜷 = e o nº anos
𝒕
necessários para reduzir para metade o gap face ao nível de produto do steady-state:
𝒍𝒏(𝟐)
pode-se comparar situações face ao ritmo de convergência.
𝜷

O PIB é: uma média (escondendo a distribuição de riqueza), uma medida de fluxo e


medida de riqueza.

PIB: medida muito útil do desempenho económico. É o valor de mercado de todos os


produtos e serviços acabados/produzidos dentro de um país, durante um período.

• Conta “bens” e “males”


• Capta despesas “defensivas”
• Pode estar a aumentar enquanto a poupança diminui
• Não contabiliza horas de lazer
• Contabiliza bens a partir de preços de mercado e não de preços de sombra
• Contabiliza com dificuldade preços de serviços
• Não considera custos de poluição / depreciação ambiental
• Não contabiliza bem-estar
• Não tem em consideração a distribuição do produto numa sociedade
• Tem problema de qualidade e de assumir o individuo como unidade de analise
• Mais tecnologia gera mais problemas → melhoria de bem-estar que não entra
• Há medida que os países ficam mais ricos, o peso do estado tende a aumentar,
logo as limitações do PIB tendem a aumentar também
Lei de Wagner (lado da procura) → bens com elasticidade procura-rendimento > 1
precisam de intervenção do estado (educação, saúde, entretenimento, cultura,
segurança, …); tudo o que começamos a valorizar quando nos tornamos + ricos.
Lei de Baumol (lado da oferta) → é mais difícil aumentar a produtividade nos serviços,
logo os custos de trabalho aumentam cada vez mais nos serviços, desproporcionalmente

PNB → Reflete mais aproximadamente o bem-estar dos residentes num país pois inclui
transferências de rendimento entre países.
O bem-estar é medido pelo PNB + desigualdade + pobreza.
Desigualdade

Vantagens: incentivos à inovação, lazer/consumo


Desvantagens:

• distribuição desigual de dotações iniciais aumenta a capacidade de “rend-


seeking” (agentes têm + poder de mercado), que diminui a eficiência dos
mercados e das economias
• menor investimento público
• pode resultar na incapacidade de o país aproveitar todos os seus recursos
potenciais
• crise da classe média
• consumismo e aumento da pobreza relativa
Medida de bem-estar: Rendimento Global Líquido equivalente que tem como unidade
de análise a família.

Rendimento Global Líquido: considera rendimentos monetários, não monetários,


impostos e transferências e a dimensão e composição dos agregados familiares.

O bem-estar da sociedade depende de: sustentabilidade, educação, saúde e PIB


Medidas da Pobreza:
Taxa de pobreza -> % de pessoas que está abaixo de uma linha de pobreza
Pobreza Relativa: depende da evolução do rendimento da sociedade → 60% da
mediana
Pobreza Absoluta: linha da pobreza que não muda com o rendimento do país; é definida
a partir da capacidade de aceder a um cabaz de bens
Montante para acabar com a pobreza= PGI * Linha de pobreza * População Pobre

Intensidade de Pobreza (PGI) → número de vezes que o rendimento médio dos pobres
está abaixo da linha de pobreza. Maior intensidade de pobreza significa maior distância
dos pobres à linha de pobreza.
Índices de Desigualdade
P90 → rendimento da pessoa que atrás de si tem 90 pessoas e 10 à sua frente

= Rendimento da pessoa 90 + 0,9 * (Rend. da pessoa 91 – Rend. pessoas 90)


P10 → rendimento da pessoa que atras de si tem 10 pessoas e 90 à sua frente
= Rendimento da pessoa 10 + 0,10 * (Rend. da pessoa 11 – Rend. da pessoa 10)
P90/P10 → Quantas vezes a pessoa do percentil 90 ganha a mais do que a pessoa que
está no percentil 10
P90/P50 → Quantas vezes a pessoa do percentil 90 ganha a mais do que a que está no
percentil da classe média.
S90/S10 → Fatia do bolo dos 10% + ricos sobre a fatia do bolo dos 10% + pobres;
Quantas vezes a fatia de bolo dos + ricos é maior do que a dos + pobres? – mede a
distância entre as pessoas
S90 = nº pessoas * rendimento (10% + ricas)
S10 = nº pessoas * rendimento (10% + pobres)

Índice de Gini: medida de desigualdade → maior Gini – mais desigualdade


O índice de Gini apresenta limitações na análise uma vez que como é uma “média”, não
permite analisar as desigualdades de topo. Assim, um maior desempenho do índice de
Gini pode esconder maior risco de pobreza relativa.
Poupança Genuína
Poupança Bruta – Depreciação de Capital + Investimento em educação – Degradação
Ambiental

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