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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA
Macroeconomia I

2º ANO
CURSO: Economia

Modelo IS-LM em Economia


Aberta
A Balanca de Pagamentos (BOP)
e as Taxas de Cambio
Economia Aberta e o Comércio Internacional
Com a abertura ao exterior a economia passa a realizar
transacções de bens e serviços e de capitais
(investimento directo, investimento de carteira, outros
investimentos, activos de reserva, e outros) com os não
residentes.

Essas transacções são registadas sistematicamente num


documento contabilístico denominado Balança de
Pagamento (BOP).
A Balança de Pagamentos (BOP)
 A BOP é um registo sistemático das transacções económicas
que se estabelecem entre os residentes e os não residentes,
durante um determinado período contabilístico (geralmente um
ano).

 A transacção económica ocorre sempre que há um fluxo com


valor económico (bens, serviços, activos financeiros ou
monetários). Estas transacções podem ser:

Bilaterais (compras e vendas de bens e serviços contra activos


financeiros, ou trocas directas de bens e serviços ou de activos
financeiros);

Unilaterais (donativos de bens alimentares ou medicamentos,


em valores monetários e remessas de emigrantes).
Princípios Básicos de Registo
 As transacções económicas são agrupadas de acordo com a sua
natureza económica, o que permite a definição de sub-balanças
(ex: balança de mercadorias, serviços e de rendimentos) e o
cálculo dos respectivos saldos parcelares.
 As transacções que originam a entrada de divisas são registadas
a crédito, e as transacções que originam a saída de divisas são
registadas a débito;
 O registo das transacções na BOP faz-se de acordo com o método
das partidas dobradas: a um crédito corresponde sempre um
débito;
 Como cada transacção se regista tanto a crédito como a débito, o
saldo total da BOP é obrigatoriamente nulo.
Estrutura da BOP
Rubrica Débito Crédito

A. Balança de Transacções Correntes

A.1 Balança de Bens e Serviços (exportação de bens, transportes, viagens e


turismo, seguros e outros serviços)

A.2 Balança de rendimentos (remunerações de factores de produção)

A.3 Balança de Transferências Unilaterais (donativos)

B. Balança de capitais (investimentos, empréstimos e financiamento,


amortização)

C. Erros e Omissões
(para cobrir os erros estatísticos ou de registos efectuados em A e B)

Saldo da Balança de Pagamentos (A+B+C)

D. Transacções Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório)


Valor com o sinal contrário ao saldo da Balanca de Pagamentos
Classificação das Transacções
 As transacções podem ser classificadas em autónomas e
compensatórias.

 Transacções autónomas – aquelas que são motivadas pelas


necessidades dos agentes económicos (empresas,
consumidores e o governo):
A. Balança de Transacções correntes (BTC);

B. Balança de Capitais (BK).

 Transacções compensatórias – aquelas que são destinadas a


equilibrar o saldo final das transacções autónomas.
C. Erros e Omissões
D. Transacções Compensatórias
Classificação das Transacções e a BOP
Para a análise macroeconómica interessam as
transacções autónomas.
Dai que denominamos balança de pagamentos só aos
itens A e B que também podem ser designados por
balança básica.

BOP  BTC  BK
Determinantes dos Fluxos de Capitais e BK
 Os factores básicos que determinam a atracção de qualquer activo, seja ele
domestico ou estrangeiro, sao o Retorno e o Risco.
 Mas os investidores financeiros procuram obter elevadas taxas reais
retorno; por isso, se os restantes factores forem constantes o afluxo de
capitais é determinada pela taxa de juro real em vigor em cada espaço
geográfico, o pais em referencia ou o RM.
 Quando a taxa de juros interna for maior que a do RM (i >i ). Haverá
d RM
maior entrada de capitais para o nosso pais, e com isso ∆BK>0.
 Quando a taxa de juros interna for menor que a do RM (i <i ). Haverá
d RM
maior saída de capitais do nosso pais para o RM, e com isso ∆BK<0.

Por isso o afluxo de capitais depende do diferencial das taxas de juros


domestica e do RM. i.e:

O Saldo da Balança de Capitais: BK=є(id - iRM)


Determinantes das Exportações Liquidas e a BTC
 Com a abertura da economia as transacções de bens e serviços com
o RM passam a depender não só do nível de rendimento doméstico
(YD) mas também da taxa de câmbio nominal (e), dos preços
domésticos por bens e serviços (PD) e dos preços do RM (PRM) e do
rendimento externo (YRM).

 A dependência pode se resumir na seguinte expressão:

BTC=BTC(YD-, e+, PD-, PRM+, YRM+)


O sinal diz a natureza da influência que variável exerce sobre o saldo da BTC
Taxa de Câmbio Nominal (e)
 Taxa de câmbio nominal (e): preço da moeda nacional em termos
duma moeda estrangeira (preço relativo);

 Taxa de Câmbio, cotação ao incerto (forma comum de cotação) –


quantidade monetária de moeda nacional necessária para adquirir uma
unidade monetária da moeda estrangeira:
MZM 24,00MTs
e e  e  24,00MT/US D
USD 1 USD

 Neste caso uma diminuição significaria que precisaríamos de menos


moeda doméstica para comprar uma moeda estrangeira, logo a nossa
moeda esta a se tornar mais forte (apreciação ou valorização).

 E um aumento significaria que a moeda doméstica estaria a perder o


valor, ou seja, necessita-se de mais moeda doméstica para obter uma
moeda estrangeira (depreciação ou desvalorização).
Taxa de Câmbio Nominal (cont.)
 Taxa de Câmbio, Cotação ao Certo - quantidade monetária de
moeda estrangeira necessária para adquirir uma unidade monetária
da moeda nacional
USD 1USD
e e  e  0,0417 USD / MT
MZM 24,00MTs

 Neste caso uma diminuição significaria que precisaríamos de


menos moeda estrangeira para comprar uma moeda domestica, logo
a nossa moeda esta a perder valor (depreciação ou
desvalorização).

 E um aumento significaria que a moeda domestica estaria a


ganhar valor, ou seja, necessita-se de mais moeda estrangeira para
obter uma moeda domestica (apreciação ou valorização).
Taxa de Câmbio Real (R)
 Não é apenas a taxa de câmbio nominal (e) que explica as transacções
na BTC e, consequentemente, os (des)equilíbrios externos. As
transacções económicas com o resto do mundo dependem do preço
relativo dos bens e serviços entre os países envolvidos.

 A taxa de câmbio real (R) -traduz a relação de preços entre os


produtos nacionais e os produtos estrangeiros, expressos na mesma
moeda. Esta mede a competitividade dos bens e serviços
domésticos no RM e do RM na economia domestica e é
determinada da seguinte maneira:
e * PRM
R
PD
 Onde:

e*PRM – é o produto estrangeiro medido em meticais


PD – é o produto nacional medido em meticais
Taxa de Câmbio Real (cont.)
 Apreciação ou Valorização real (redução de R): produtos
nacionais tornam-se relativamente mais caros do que os produtos
estrangeiros, o que reduz a competitividade dos produtos
exportados do país e leva a redução das exportações do país;
 ΔR<0 – Apreciação ou Valorização Real

 Depreciação ou Desvalorização real (aumento de R): produtos


nacionais tornam-se relativamente mais baratos do que os produtos
estrangeiros, o que aumenta a competitividade do produtos de
exportação do país e resulta no aumento das exportações do país;
 ΔR>0 Depreciação ou Desvalorização Real
O Mercado Cambial
 O preço da moeda nacional em termos da moeda estrangeira é
determinado no mercado onde se confrontam a procura e a
oferta de moeda nacional versus moeda estrangeira: Mercado
Cambial

Características do Mercado Cambial:


 Não se trata de um “local físico”, mas de um “local” em sentido
abstracto, de encontro entre a procura e a oferta das moedas de
diferentes países;
 Nele participam agentes económicos especializados (ex: bancos
e casas de câmbio), que actuam como intermediários dos
restantes agentes económicos (empresas, particulares, etc.).
Regimes de Taxas de Câmbio
 A decisão do Banco Central intervir ou não no mercado cambial tem a
ver com uma decisão de política prévia: qual o regime cambial
adoptado.

Regime de Câmbios Fixos


 Governo assume um objectivo (político) para a fixação da taxa de
câmbio;
 Banco Central assume o compromisso de transaccionar a sua moeda a
um preço fixo contra moeda estrangeira, usando as suas reservas
cambiais;

Regime de Câmbios Flexíveis


 Governo não assume qualquer objectivo (político) para a
determinação do valor da taxa de câmbio;
 Banco Central não tem compromisso de intervenção no mercado
cambial;
 Livre interacção entre oferta e a procura no mercado cambial,
determinando assim o valor da taxa de câmbio;
Regimes de Taxas de Câmbio (Cont.)

 Regime de Flutuação Controlada

 Aplicado desde 1973 para as principais moedas internacionais):


regime de “câmbios flexíveis não puro” ou de “flutuação
controlada” (dirty floating ou managed floating):

 Taxas de câmbio determinadas pelo funcionamento do mercado,


mas pode haver lugar a intervenções pontuais dos Bancos
Centrais com o objectivo de influenciar a evolução da taxa de
câmbio de determinada(s) moeda(s).
Relação entre a BTC e a Taxa de Câmbio
Uma depreciação ou desvalorização da moeda doméstica
 Encarece as Importações no Mercado doméstico;
 Torna as exportações domesticas baratas no mercado
internacional;

Espera-se que melhore o saldo da BTC, ceteris paribus.

Uma apreciação ou valorização da moeda doméstica


 Encarece as exportações no Mercado Internacional;
 Torna as importações estrangeiras baratas no mercado doméstico;

Espera-se que deteriore o saldo da BTC, ceteris paribus.


O Sector Externo e o Modelo IS-LM
Alterações ao Modelo IS LM
Mercado de Bens e Serviços e a Curva IS
 Este Mercado esta em equilíbrio quando AD=Y,
 Para integrar as componentes do sector externo temos de identificar as
injecções (estimulam a AD) e as saídas (desestimulam a AD).
G  I X  S T  M
Onde as funções comportamentais de exportações e importações
ficam representadas da seguinte maneira:
Exportações

X  X(e, Yw , PD , Pw )  X = X  a1R  Yw


Por questões de simplificação da análise vamos relaxar a influência
do rendimento externo, com isso, teremos como função final das
exportações, a seguinte:
X = X  a1R
Importações
M  M(e, Y, PD , Pw )  M = M  a2 R + mY
Onde:
a1 - sensibilidade das exportações em relação a taxa de câmbio

a2 - sensibilidade das importações em relação a taxa de


câmbio
R =e*Pw/PD - taxa de cambio real

Assumindo que os preços são fixos e os preços internos são


iguais aos do resto do mundo, i.e., PD=Pw=1, Logo e=R,
Exportações  X = X  a1e
 teremos as seguintes funçõescomportamentais:
BTC  NX = NX  (a1  a2 ) * e - mY
Importações  M = M  a2 e + mY
Derivação analítica da Curva IS
AD  Y
Y  C  (Y - T  Tr)  I  b * i  G  NX
Onde : T  tY e Tr  Tr

Y  C  c(Y - T  tY  Tr)  I  b * i  G  NX  (a1  a2 )e  mY


Y  C  cY - cT  ctY  mY  cTr  I  b * i  G  NX  (a1  a2 )e
Y  cY  ctY  mY  C - cT  cTr  G  I  NX  (a1  a1 )e  b * i
Y(1  c  ct  m)  C - cT  cTr  G  I  NX  (a1  a2 )e  b * i

A
A  (a1  a2 )e  b * i A  (a1  a2 )e 1  c  ct  mY
IS : Y  ou i  
1  c  ct  m b b
Derivação analítica da Curva IS (cont.)
Onde:
A  C  I  G  X  M,
1
α ; e ( a1  a2 )e
1  c  ct  m
Teremos finalmente a seguinte função linear que expressa a nossa IS:


Y   A  (a1  a2 )e  b * i


IS :  A  (a1  a2 )e 1
i   *Y
Inclinação:  b b
i 1

Y b
A inclinação da IS passa ser menor com a introdução do sector do externo
Representação gráfica da curva IS
Interceptos
Para a expressão: 
Y   A  (a1  a2 )e  b * i 


Quando : i  0  Y  α A  (a 1  a 2 )e 
A  ( a1  a2 )e
e Y 0i 
b
Representação Graficamente
i
A  (a1  a2 )R
b

IS

1

b
Y

 A  (a1  a2 )R 
Nota: a abertura da economia ao exterior, altera as posições de equilíbrio da IS
(menos inclinada) e aumenta as componentes da AD, onde a IS passa a se alterar
(deslocar-se) devido a politica cambial, sensibilidade da taxa de câmbio em relação
as exportações e importações, e a variação de preços (externos e internos).
Mercado Monetário e a Curva LM
 O mercado monetário não será afectado com a abertura da
economia ao exterior em termos de estrutura. Por isso, a LM
continua a mesma, i.e.,

 _ s   _s   _s 
 M  M  h  1  M 
 P   kY  hi     hi  kY  Y  i    
   P  k  k  P 
     
LM : 
 M s
_
  _s   _s 
 M  k  1  M 
   kY  hi  hi  kY     i  Y    
 P   P  h  h  P 
     
A Representação Gráfica LM
i LM A inclinação da LM:
i k
 ; k  0, h  0
Y h
i
 logo 0
Y
k
h
 _S 
 1  M
 


Y
 k  P 
 
 1  M 
S
   
 h  P 

Sector Externo
Derivação Gráfica e Analítica da BOP
 Derivação Gráfica
Para derivar a BOP necessitamos de conhecer a sua composição:
BOP= BTC + BK
Onde:
BTC – Depende da taxa de câmbio (e) e rendimento interno (Y)
BK-Depende do diferencial das taxas de juros interno (i) e externo (iw)

Considerando que e e iw são determinados exógenamente, a BOP


passa a depender do Y e i, podendo se apresentar no diagrama (Y,i)
semelhantemente ao modelo IS-LM
Representação Gráfica da Balanca de Capitais (BK)
 Partindo do princípio de que uma elevada taxa de juro interna
gera maior afluxo de capitais para a economia doméstica,
ceteris paribus;
 A curva da BK terá a seguinte configuração:
BK
_
BK Taxas de juros
altas estão
associadas a um
i saldo positivo na
balança de capitais
e as baixas com
+ saldo negativo
Derivação Gráfica da Balança de Transacções Correntes (BTC)
 Relaxando o efeito da taxa de câmbio, para evidenciar o efeito do nível de
actividade nas transacções correntes teremos a seguinte derivação da BTC:

X,M

X Elevados níveis de
actividade são
Y acompanhados de
BTC défice nas
+ transacções
correntes e Baixos
níveis de
superávite
_
Relação entre BTC e BK e a Derivação da BOP
BK BTC

BK BTC

BK0
BTC0

BK1 i0 i1 Y0 Y1 Y
BTC1
BOP(e)
i Y
i
A
i1 i1

i0 i0 B

45°
i0 i1 Y Y0 Y1 Y
Derivação analítica da curva da BOP
BOP  BTC  BK
BOP = NX   i  iw 
BOP = X  M  (a1  a2 )e  mY   i  iw 
Em equilíbrio, os saldos se anulam devido a regra de registro,
Logo o saldo da BOP  0, assim
BOP  0  X  M  (a1  a2 )e  mY   i  iw   0
mY  X  M  ( a1  a2 )e   i  iw 

 X  M  (a1  a2 )e   i  iw  i m
 Y  Inclinacao  e como
 m Y 
BOP : 
 
i  mY  X  M  (a1  a2 )e  iw   0, m  0, log o i  0

  Y

Nota: Para o sector externo, a inclinação é determinada essencialmente pelo


grau de mobilidade de capitais (є).
Representação Gráfica das Diferentes Posições da BOP
Mobilidade Imperfeita de Capitais (0<ε<∞)
- É característico de países com grande poder económico, capazes
de influenciar as transacções no mercado internacional
- O rendimento e a taxa de juros desempenham um papel importante
na determinação do equilíbrio
i BOP(e)
Pontos A e B
•B
1. O que
Representam
•A ?

Y
Casos extremos (0 e ∞)
Imobilidade de capitais (ε = 0)
- Representa um país que não tem acesso ao mercado internacional de capitais
- A BOP reduz-se a BTC, i.e., BOP=BC, pois BK=0. A condição de
equilíbrio reduz-se a um saldo nulo da BTC (NX=0)
- A BOP não depende das taxas de juros
- Existe um único nível de rendimento que equilibra a BOP
i
BOP=NX Pontos A e B
1. O que
Representam
•A •B ?

Y
Y0
Perfeita Mobilidade de Capitais (ε = ∞)
- Caracteriza um país que tem livre acesso ao mercado internacional de
capitais, à taxa prevalecente neste mercado, isto é, não é capaz de
influenciar as transacções no mercado internacional (países pequenos)
- A variável relevante para a determinação do equilíbrio passa a ser a
taxa de juros

i
Pontos A e B
1. O que
•A
Representam
iD=iw BOP
?

•B

Y
Determinação do equilíbrio IS-LM-BOP para o caso de
Imperfeita Mobilidade de Cap. (0<ε<∞)
 A situação do equilíbrio externo depende da combinação de Y,i
que equilibra o sector interno.
 Por isso, primeiro temos de determinar o equilíbrio interno, e depois
com base nos valores obtidos de Y ou i, observarmos a situação do
sector externo. Assim, teremos três situações:

(i) O equilíbrio interno acontece à direita da curva da BOP (i


baixa e Y alto), existe desequilíbrio externo correspondente a um
défice;

(ii) O equilíbrio interno acontece à esquerda da curva da BOP (i


alta e Y baixo), existe desequilíbrio externo correspondente a um
superavite

(iii) Quando o equilíbrio interno acontece a um nível de taxa de


juros e rendimento que equilibra o sector externo, temos o
equilíbrio simultâneo
Determinação analítica do equilíbrio IS-LM-BOP (Cont.)
10 Passo (Determinação analítica do equilíbrio interno )
 _s 
YIS  YLM  
h  1  M
  A  (a1  a2 )R  b * i  i   
k  k  P



 

Y

h  kbα
 
* A  (a 1  a 2 )R 

*
h  kbα P
M

1
onde  
1-c  ct  m
A taxa de juros de equilíbrio é determinada pela LM, i.e,
 1  M 
s
k
i IS-LM  Y  
h  h  P 
20 Passo (Substituímos a taxa de juros do equilíbrio IS-LM na
função da BOP)
X  M  (a1  a2 )e   iIS-LM  iw 
YBOP 
m
E teremos os seguintes resultados:
(1)YBOP  YIS-LM
Significa que ao mesmo nível de taxa de juros,
o equilibrio EXTERNO acontece mais a direita do equilibrio INTERNO
(2)YBOP < YIS-LM
Significa que ao mesmo nível de taxa de juros,
o equilibrio EXTERNO acontece mais a esquerda do equilibrio INTERNO
(3)YBOP = YIS-LM
Significa que o equilibrio EXTERNO coincide com o equilibrio INTERNO, i.e,
EXISTE UM EQUILIBRIO INTERNO-EXTERNO
Representação Gráfica do Equilíbrio Simultâneo IS-LM-
BOP (interno - externo)
(sector externo com menor elasticidade juro comparado ao mercado Monetário)
i
BOP0(e0)

LM0

io

IS0

Yo Y
Equilíbrio Interno com Desequilíbrio Externo

i
BOP0(e0)

LM0

io
i1
IS0

Yo Y
Equilíbrio Interno com Desequilíbrio Externo (cont.)

i
BOP0(e0)

LM0
i1
1
io

IS0

Yo Y
Ajustamento Económico em Regime de Câmbios Fixos
O Contexto da Aplicação da Desvalorização como Política
•Em Situação de Défice da BOP (Esterilização Desvalorização)
e em que e0 <
BOP0 (e0)
i ΔX > 0 BOP1(ee11)
Δe > 0

i1 2
1
io LM0
IS1
IS0

Y
Yo
Nota: A deslocação da IS e da BOP depende da Magnitude da Desvalorização, e
a eficácia da desvalorização depende da observância da Condição Marshall-
Ajustamento económico em Regime de Câmbios Fixos
O Contexto da Aplicação da Revalorização como Politica
•Em Situação de Superavite da BOP (Esterilização Revalorização)
BOP1(e1)
e em que e0
i BOP0 (e0) >e
Δe < 0 1
ΔX < 0

1 LM0
io 2
i1

IS0

IS1
Y
Yo
Nota: A deslocação da IS e da BOP depende da Magnitude da Desvalorização
Ajustamento do Económico em Câmbios Flexíveis
•Em Situação de Défice da BOP e em que e0 < e1
(Depreciação)
Pelas Forcas do Mercado

BOP0 (e0)
i ΔX > 0 BOP1(e1)
Δe > 0

i1 2
1 LM0
io
IS1
IS0

Y
Yo
Ajustamento do Sistema em Regime de Câmbios Fixos
•Em Situação de Superavite da BOP (Apreciação) e em que e0 >e1
Pelas Forcas do Mercado
BOP1(e1)
i BOP0 (e0)
Δe < 0
ΔX < 0

1 LM0
io 2
i1

IS0

IS1
Y
Yo
Condução de Políticas
CÂMBIOS FIXOS (com a BOP mais verticalmente inclinada que a LM)
(1) POLÍTICA FISCAL
IS1 BOP(e0 )
IS0 LM1
i
ΔG
LM0
i1 E1

i01 E 01

i0 E0

Y0 Y1 Y01 Y
Política Monetária
BOP(e0 )
IS0
i
LM0

E0=E1 LM1

i0
i01 E01

Y0 Y01 Y

A política Monetária é completamente ineficaz em câmbios fixos


Verifique o que sucederá à economia se for aplicada esta política
com a BOP mais horizontalmente inclinada que a LM
CÂMBIOS FLEXÍVEIS(com a BOP mais verticalmente inclinada que a
LM)

(1) POLÍTICA FISCAL


IS 2
IS1 BOP (e0 )

i IS0 BOP (e1 )


ΔG ΔX ΔX
LM0

i1
E1
i01 E01

i0 E0

Y0 Y01 Y1 Y
(2) POLÍTICA MONETÁRIA
IS1
BOP (e0 )
IS0
i BOP (e1 )
LM0

LM1
E0
i1
E1
i0
i0 1 E 01

Y0 Y0 1 Y1 Y

A Politica Fiscal é Relativamente mais eficaz em câmbios flexíveis e Bop Mais inclinada
que LM

Verifique o que sucederá à economia se for aplicada esta política com a BOP mais
horizontalmente inclinada que a LM

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