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Direito Internacional Público

Introdução ao Direito Internacional


(Parte III)

Amílcar Mário QUINTA (2020)


marquinta@yahoo.com
Plano da Aula

 DIP versus Direito Internacional Privado;

 Questões terminológicas;

 Direito Internacional Universal versus e


Direito Internacional Regional.
DIP versus Direito Internacional Privado
 Questões terminológicas: Direito Internacional ou
Direito Internacional Público?
 1789: Jeremy Bentham (1748 - 1832) usa pe- vez a
la 1ª vez a denominação «direito internacio-
nal» na sua obra “Introdução aos Princípios
da Moral e da Legislação”:
 International Law  National Law;
 Sec. XVI: Francisco Vitória (1486-1546) usa a
denominação «Ius inter gentes»

DIREITO ROMANO

JUS GENTIUM JUS CIVILE

 Denominação «Direito das gentes.»


DIP versus Direito Internacional Privado (2)

 1802: É usada, pela 1ª vez, na Suiça, a


denominação «direito internacional
público»;

 1843: É usada, pela 1ª vez, por Jean Jac-


ques Gaspar Foelix, em França, a
denominação «direito internacional
privado»;
 Livro «Traité de Droit International Privé.»
DIP versus Direito Internacional Privado (3)

País A País B

Situação privada internacional


Casamento
no País C

Quid juris?
5
DIP versus Direito Internacional Privado (4)
 Diferenças:
 Objecto e sujeitos:
 DIP: Sobretudo relações entre Estados;
 DIPr: Relações entre particulares e
pessoas morais privadas;
 Natureza:
 DIP: Relações de carácter público;
 DIPr: Relações de carácter privado com
conexão internacional;
 Fontes:
 DIP: Sobretudo tratado e costume;
 DIPr: Legislação interna dos Estados.
DIP versus Direito Internacional Privado (5)
 DIPr
 Só é internacional por regular relações e situações
jurídicas com a presença de um elemento estrangeiro;
 Determina a norma material aplicável numa relação
conectada à duas ou mais ordens jurídicas (Direito de
conflito de leis);
 Admite limitação na aplicação do ordenamento jurídico
nacional;
 «As regras de DIPr fazem parte do direito interno»,
excepção feita à hipótese em que «sejam estabelecidas
por convenções internacionais ou costumes, tendo o
verdadeiro carácter de um direito regulador das relações
entre Estados» Caso relativo aos Empréstimos
Sérvios (TPJI, 1929);
 Ver artigos 14.º e segs. do Código Civil.
Direito Internacional Universal e Direito
Internacional Regional
Direito Internacional Universal e Direito
Internacional Regional (2)
“Nada na presente Carta impede a
existência de acordos ou de entidades
regionais, destinados a tratar dos assuntos
relativos à manutenção da paz e da
segurança internacional que forem
susceptíveis de uma acção regional, desde
que tais acordos ou entidades regionais e as
suas actividades sejam compatíveis com os
objectivos e princípios das Nações Unidas.”
N.º 1 do Art. 52.º da Carta da ONU
Direito Internacional Universal e Direito
Internacional Regional (3)

 As normas de DIP variam quanto ao seu


âmbito de aplicação espacial;
 As normas de Direito Internacional Universal
vinculam a generalidade dos Estados;
 As normas de Direito Internacional Regional
vinculam membros de sociedades
internacionais particulares;
 Direito Internacional Particular (Local) vincula
apenas dois Estados;
 As normas de Direito Internacional Regional e
Particular são igualmente obrigatórias.
Bibliografia
 ACCIOLY, HILDEBRANDO/NASCIMENTO E SILVA, EULÁLIO
GERALDO/CASELLA, PAULO BORBA.- Manual de Direito Internacional Público, 23ª
edição, Editora Saraiva, S. Paulo, 2017.
 BACELAR GOUVEIA, JORGE.- Manual de Direito Internacional Público – Uma
Perspectiva de Língua Portuguesa, 5ª edição, Almedina, Coimbra, 2020.
 BROWNLIE, IAN.- Princípios de Direito Internacional Público, Gulbenkian,
Lisboa-1997.
 FRANÇA VAN-DÚNEM, F. J. D.- Apontamentos de Direito Internacional Público,
(Textos policopiados), Luanda.
 GONÇALVES PEREIRA, ANDRÉ/QUADROS, FAUSTO.- Manual de Direito
Internacional Público, reimpressão da 3ª edição revista e aumentada, Almedina,
2015.
 LUKAMBA, PAULINO.- Direito Internacional Público, Escolar Editora, 4ª edição,
2018.
 MACHADO, JÓNATAS E. M.- Direito Internacional. Do Paradigma Clássico ao
Pós-11 de Setembro, 5ª Edição, Coimbra Editora, 2019.
 MIRANDA, JORGE.- Direito Internacional Público, Principia, S. João do Estoril, 6ª
edição revista e actualizada, 2016.
 NGUYEN QUOC DINH/ DAILLIER, PATRICK/ PELLET, ALAIN.- Direito
Internacional Público, Gulbenkian, Lisboa, 1999.
 REZEK, FRANCISCO J.- Direito Internacional Público - Curso Elementar, 17ª
edição, Editora Saraiva, 2018.
Próxima Aula
 Fundamento da obrigatoriedade do Direito
Internacional;

 Corrente voluntarista;

 Corrente objectivista;

 Corrente sociológica;

 Ver Caso do Asilo Diplomático (ICJ Reports,


1950)
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