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Laboratório de Química

A preparação de uma solução exige a utilização de material/equipamento de laboratório


adequado, o conhecimento
FICHAde regras de4segurança
INFORMATIVA e adoidentificação
– À descoberta do significado
laboratório (I) (cont.) de sinais
Ano Letivo 2016/2017

de segurança e de pictogramas de perigo nas embalagens de produtos químicos


4. MATERIAL DE USO CORRENTE NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Material e equipamento de laboratório
Legenda:
1 – Pompete
2 – Pipeta volumétrica
3 – Balão volumétrico
4 – Funil
5 – Copos de precipitação
6 – Vidro de relógio
7 – Cristalizador
8 – Cronómetro
9 – Proveta
10 – Termómetro
11 – Conta-gotas
12 – Pipeta graduada
13 – Pipeta não graduada
14 – Esguicho
15 – Vareta de vidro
16 – Tubo de ensaio
17 – Ampola de decantação
18 – Tubo de vidro dobrado
19 – Balão de fundo redondo
20 – Tina
21 – Placa cerâmica
22 – Tripé
23 – Bico de Bunsen
24 – Balão de fundo chato
25 – Frascos de reagentes
26 – Pinças e tenazes
27 – Suportes metálicos com pinças e parafusos
28 – Tubo de borracha flexível
29 – Seringa
30 – Bureta
31 – Balão de Erlenmeyer
32 – Almofariz com mão
33 – Suporte para tubos de ensaio
34 – Eudiómetro
35 – Espátula
36 – Balança

Regras gerais/pessoais de segurança no laboratório


• No laboratório estás proibido de comer, beber, correr ou brincar.
• Não inicies uma experiência sem antes leres atentamente como deves proceder e, se
tiveres alguma dúvida, pergunta até ficares esclarecido.
• Quando concluíres o teu trabalho, limpa todo o material. Verifica se os frascos estão bem
fechados e assegura -te de que tudo o que utilizaste está em ordem para os colegas que
vêm a seguir.
• Protege a tua bagagem e casaco, colocando-os longe do local da experiência.
• Evita o contacto de qualquer produto químico com a pele.

Física e química 7.º ano de escolaridade


5 A docente: Marília Silva Soares 1
• Lava sempre as mãos após a realização de uma experiência.
• Usa óculos de proteção, luvas ou máscara sempre que esse procedimento for
aconselhado.
• Se tens cabelos compridos, deves amarrá-los.
• Muito cuidado com os olhos. Nunca os fricciones com as mãos. Se sentires alguma
irritação, lava-os imediatamente com água em abundância.

Sinalização de segurança em laboratórios

Pictogramas de perigo

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Mundo material, substâncias e misturas

Constituição do mundo material


• Química: ciência que estuda os materiais e as suas propriedades e as transformações
• Objetivos da Química
⤷ produzir novos materiais úteis para a sociedade
⤷ melhorar as propriedades de alguns materiais

Classificação de materiais
É enorme a diversidade de materiais que nos rodeia, daí a necessidade de os classificarmos.
Existem, no entanto, diferentes classificações para o mesmo conjunto de materiais que
dependem do critério utilizado.
• quanto à sua origem/proveniência:
⤷ naturais: encontram-se na natureza e utilizam-se tal como se encontram (exº:
água do mar, leite, lã, areia, toro de madeira)
⤷ manufaturados: materiais naturais transformados/modificados pelo Homem
para posteriormente serem utilizados (exº: queijo, papel, aço, madeira tratada)
⤷ sintéticos: fabricados em laboratório ou na indústria. Obtidos através de
várias transformações (exº: nylon, verniz, tintas, plásticos, medicamentos)
Todos os materiais, naturais ou fabricados pelo ser humano, a partir dos quais é possível obter
novos materiais ou energia, designam-se por matérias-primas. Por exemplo, a madeira, o
algodão e o granito são matérias-primas.
• quanto à origem química:
⤷ orgânicos: têm origem animal ou vegetal (exº: leite, ovos, lã, seda, linho,
algodão)
⤷ inorgânicos (ou minerais): são extraídos da crusta terrestre (exº: ferro, cal,
granito, quartzo, sal)
• quanto ao seu estado físico:
⤷ sólido exº: gelo, ferro
⤷ líquido exº: água, sumo
⤷ gasoso exº: vapor de água, ar dos balões, gás da botija
• quanto à sua cor:
⤷ incolores
⤷ corados
• quanto à sua combustibilidade:
⤷ combustíveis (os que ardem exº: carvão, algodão)
⤷ incombustíveis (os que não ardem exº: leite, cloreto de sódio)
• quanto à sua solubilidade em água:
⤷ solúveis (materiais que se dissolvem exº: cloreto de sódio, leite)
⤷ insolúveis (materiais que não se dissolvem exº: ferro, carvão, madeira)
Outras possíveis classificações dos materiais que se encontram em nosso redor e que estão
relacionadas com a forma como reagem uns com os outros (condu^bilidade, aspecto).

Recursos naturais renováveis e não renováveis


• Recursos renováveis: têm um ritmo de reposição rápido na natureza e não correm o
risco de se esgotarem – ilimitadas (exº: água, sol, solo, floresta, vento,…)

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• Recursos não renováveis: têm um ritmo de reposição lento na natureza e correm o
risco de se esgotarem – limitadas
⤷ combustíveis fósseis (exº: petróleo, carvão, gás natural)
⤷ recursos minerais metálicos (exº: alumínio, cobre, ouro, zinco, ferro)
⤷ recursos minerais não metálicos (exº: calcário, mármore, granito)

Implicações da utilização excessiva de recursos naturais / Uso racional dos recursos naturais
• Limitação dos recursos naturais: todos os recursos, renováveis e não renováveis, são
limitados (utilização excessiva e desregrada com consequências preocupantes para a
sustentabilidade do Planeta e a nível de impacto ambiental)
• Destino dos resíduos: os resíduos colocados no lixo comum vão para um aterro e não
são reaproveitados produção de resíduos leva a poluição;
desperdício de recursos naturais
• Como usar bem os recursos naturais:
⤷ recusar produtos de uso único
⤷ reduzir (a quantidade de materiais utilizados)
⤷ reutilizar (materiais já utilizados)
⤷ recuperar
⤷ reciclar (produzindo novos materiais a partir dos resíduos)
• Compostagem: processo biológico em que os microrganismos transformam materiais
orgânicos (folhas, relva, restos de fruta e hortaliças) num adubo natural

Substâncias e misturas – Diferença entre substâncias e misturas


Os materiais também podem ser classificados quanto ao tipo e à sua composição:
• Substâncias: material constituído por um só componente (exº: oxigénio – O2, água
destilada, cloreto de sódio, azoto – N2, ozono – O3)
• Misturas: material constituído por dois ou mais componentes (exº: areia, ar, água
mineral, água do mar, vapor de água, sal, aço, latão, azoto, dióxido de carbono – CO2)
As rochas são misturas de minerais que, por sua vez, são constituídos por uma ou várias
substâncias. Por exemplo, o calcário é uma rocha essencialmente constituída pela mineral
calcite, cuja composição química é carbonato de cálcio (substância).
Os solos são misturas de minerais, água, ar e matéria orgânica.

Classificação de misturas
• Misturas homogéneas: não se distinguem os componentes a olho nú e têm o mesmo
aspecto em toda sua extensão (visualiza-se uma única FASE) (exº: ar, latão, água com
açúcar ou sal dissolvido, aço)
• Misturas heterogéneas: distinguem-se todos ou alguns dos seus componentes a olho
nú e têm um aspecto diferente (visualizam-se duas ou mais FASES) (exº: rochas como
o granito, areia, água com azeite, pizza)
• Misturas coloidais ou Colóides: parecem homogéneas mas observadas ao
microscópio já não apresenta, aspecto uniforme (exº: leite, sangue, tinta, maionese,
mousses, géis, gelatinas, fumo, pastas de dentes, mostarda, cremes, iogurtes,
manteiga, gelados)
Uma propriedade importante de algumas misturas coloidais é que, quando
atravessadas por um feixe de luz, provocam a sua difusão. Isto significa que é possível
observar o percurso do feixe luminoso através da mistura.

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Algumas misturas coloidais são atravessadas por um feixe de luz. Por exemplo,
podemos ver os faróis de um automóvel em dia de nevoeiro.
A classificação das misturas em homogéneas, heterogéneas ou coloidais tem a ver com o
tamanho médio das partículas que se dispersam.

Líquidos miscíveis e líquidos imiscíveis


• Líquidos miscíveis: formam uma mistura homogénea (exº: água com álcool etílico)
• Líquidos imiscíveis: formam uma mistura heterogénea (exº: água com azeite)

Qual o significado de “puro”? 19-04-2017


Os químicos usam com frequência o termo “puro” para referir que um material é constituído
por uma única substância, ou seja, em Química um material puro é uma substância.
Há produtos de consumo que trazem nos rótulos o termo “puro”. Por exemplo, “mel puro”
ou “café puro”. A utilização do termo “puro” nestes contextos tem um significado diferente
do que tem em Química. Nos produtos de consumo, o termo “puro” significa DOMÍNIO que os produtos
– MATERIAIS
não contêm impurezas
SUBSTÂNCIAS indesejáveis
E MISTURAS ou que não foram adulterados, isto é, não foram
DE SUSBTÂNCIAS
Subdomínio – Constituição do Mundo Material
misturados com outros componentes estranhos à sua composição.
Significado do termo puro
Se observares os rótulos
O significado do termode embalagens
puro denão
para os químicos produtos
é igual aocomerciais verificarás
que lhe atribuímos quedoa dia
na linguagem maior
a dia.parte
dos produtos são constituídos por várias substâncias, isto é, são misturas de substâncias.
Material puro Anota no
teu
Caderno!

significa

Substância Não contaminado


(em Química) (no dia a dia)

Soluções
Exemplo: os químicos usam o termo “puro” apenas
quando se referem a substâncias: materiais que têm um
Exemplo: no dia a dia o termo “puro” é usado para
qualquer produto que não está contaminado, ou seja, que
As misturas homogéneas podem também ser denominadas de soluções.
só componente na sua constituição. não contém substâncias estranhas à sua composição.

• Solução: mistura homogénea de 2 ou mais substâncias constituída por um solvente e


por um ou mais solutos nele dissolvidos.
Podem apresentar-se nos 3 estados físicos:
Docente: Marília Silva Soares Físico-química | 7º ano de escolaridade 5

• sólidas (exº: ligas metálicas, como o bronze, latão e aço)


• líquidas (exº: vinagre)
• gasosas (exº: ar atmosférico)

Componentes de uma solução: DOMÍNIO – MATERIAIS


• Soluto(s): substância(s)
SUBSTÂNCIAS E MISTURASque se dissolve(m)/que Subdomínio
DE SUSBTÂNCIAS está a ser dissolvida
– Constituição do Mundo Material
• Solvente: substância que dissolve o(s) soluto(s)

Solvente + Soluto(s) = Solução

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Geralmente, o solvente está em maior quantidade e o seu estado físico é o mesmo do da
solução. O solvente pode dis^nguir-se do soluto ou pelo seu estado ksico ou pela quan^dade:
• Se o solvente e o soluto es^verem em estados ksicos diferentes, o solvente será a
substância que tem o mesmo estado ksico da solução;

• Se o solvente e o soluto es^verem no mesmo estado ksico o solvente será a substância


que se encontra em maior quan^dade na solução.

Solução aquosa e solução alcoólica


• Solução aquosa: quando o solvente é a água (exº: sumo de limão, soro fisiológico)
• Solução alcoólica: quando o solvente é um álcool (gel desinfectante)

Composição qualitativa e composição quantitativa


• Composição qualitativa: indica quais são os componentes da solução, logo, identifica
o(s) soluto(s) e o solvente
⤷ para tal, tem de se ter em atenção qual é o estado físico do solvente e do(s)
solutos
• Composição quantitativa: indica a quantidade de cada componente

Concentração de uma solução


Uma solução pode classificar-se em concentrada ou diluída, de acordo com a percentagem
de soluto que contenha:
• Solução mais concentrada: maior quantidade de soluto dissolvido na mesma
quantidade de solvente (ou no mesmo volume de solução) ou a mesma quantidade
de soluto num menor volume de solução.
• Solução mais diluída: menor quantidade de soluto para o mesmo solvente
Quando já se tem uma solução preparada, também é possível fazer variar a sua concentração:
⤷ quando se adiciona mais soluto a uma solução, esta fica mais concentrada;
⤷ quando se adiciona mais solvente a uma solução, esta fica mais diluída.

• Cálculo da concentração:
!"##" %& #&'()&
⤷ C = *&'(!+ %" #&'(çã&
⤷ Unidade SI: Kg/m3
⤷ Unidade mais utilizada em laboratório: g/cm3

Exemplo:

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Limite de solubilidade
Não é possível concentrar indefinidamente uma solução por adição de soluto pois, em dado
momento, começa a aparecer um depósito.
• Solução saturada: contém a quantidade máxima de soluto que o solvente pode
dissolver, a uma dada temperatura

Preparação laboratorial de uma solução de concentração conhecida


Para se preparar uma solução aquosa, de concentração conhecida, de um soluto (sólido),
devem ser seguidos os seguintes passos:
• Medir, numa balança, a massa do soluto utilizando um vidro de relógio.
• Transferir o soluto para um balão volumétrico com o auxílio de um funil, lavando o vidro
de relógio com um pouco de água para completa remoção do soluto.
• Adicionar água ao balão e agitar cuidadosamente para dissolver completamente o soluto.
• Adicionar água com muito cuidado até a solução atingir exatamente a marca do balão

Fichas de exercícios
1 | Diferentes classificações dos materiais » correção
2 | Substâncias e misturas de substâncias » correção
3 | Soluções » correção

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