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Protocolo de Tratamento para Fobia Específica

INTRODUÇÃO

● O objetivo dessa aula é apresentar o protocolo de tratamento para Fobia


Específica, através da TCC.
● Essa aula é baseada no livro "Terapia cognitiva para os transtornos de

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ansiedade: ciência e prática" de Clark e Beck (2012).
● A fobia específica é um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo
clinicamente significativo de um determinado objeto ou situação que
normalmente leva a um comportamento de evitação.
● De acordo com o modelo cognitivo da fobia específica, o sujeito fóbico
apresenta um processamento cognitivo disfuncional, tendendo a avaliar de
forma distorcida as situações e a prever possíveis riscos.
● A terapia cognitivo-comportamental (TCC) para fobia específica consiste em
estratégias cognitivas e comportamentais projetadas para alterar
pensamentos e comportamentos desadaptativos que servem para manter o
sofrimento emocional.

AS ETAPAS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

● O tratamento de fobia específica leva em média 10-15 sessões, com duração


de 50-60 minutos.
● As sessões geralmente são semanais, podendo, na fase final, serem
quinzenais e até mensais (sessões de revisão).

○ Fase inicial do tratamento

Objetivos

● Estabelecimento de rapport;

● Construção de uma relação terapêutica sólida;


● Estimular o engajamento do paciente no tratamento e incentivá-lo a adotar uma
postura ativa no processo de melhoria;

● Inteirar o paciente a respeito de questões relacionadas ao tratamento, seus


pressupostos e sobre o transtorno;

Etapas

1 - Psicoeducação

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● Deve-se explicar ao paciente como funciona o seu modelo cognitivo:
pensamento -> emoção -> comportamento.
● Depois de entendido o modelo cognitivo, explicamos o ciclo do medo e da
ansiedade.
● Também é importante esclarecer que, embora a evitação possa diminuir o
desconforto e a ansiedade momentaneamente, ela impossibilita a remissão
dos sintomas fóbicos.

2 - Técnicas para manejo da ansiedade

a) Respiração diafragmática
b) Relaxamento muscular progressivo

○ Fase intermediária do tratamento

Objetivos

● Esta segunda etapa do tratamento visa trabalhar os pensamentos e as crenças


disfuncionais do paciente, de modo a prepará-lo para o processo de
dessensibilização.

Etapas

1 - Reestruturação cognitiva

● A reestruturação cognitiva ensina o paciente a identificar os tipos de padrões


de pensamento contraproducentes e substituí-los por pensamentos mais
realistas, que resultam em diminuição da ansiedade e evitação.
● Trabalha-se também na identificação e questionamento das crenças centrais
do paciente que atuam na manutenção do transtorno.

2 - Dessensibilização sistemática

● Visa eliminar os comportamentos de medo e evitação com emissão de


respostas assertivas. Para isso, o paciente é levado à exposição gradativa ao
objeto fóbico, precedida pelo relaxamento.

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Exposição imaginária

● Tem por objetivo a habituação do paciente sem que esse tenha contato direto
com o seu medo.

Exposição in vivo

● Nessa exposição, o paciente é exposto a situação ou objeto fóbico.


● A exposição deverá ser feita de forma gradual, visando a habituação que
consiste no desaparecimento das reações de medo ou desconforto que
ocorrem sempre que o paciente entra em contato com o objeto ou situação
que provocam tais reações.
● Com a continuidade das exposições, a intensidade do desconforto tende a
diminuir, podendo chegar à extinção.
● A partir do momento em que o paciente não sentir mais desconforto ou
qualquer nível de ansiedade durante as exposições, inicia-se o processo de
alta.

○ Fase final do tratamento

○ Nessa fase deve-se discutir estratégias de prevenção de recaídas.


○ O paciente deve ser informado de que as preocupações, os sintomas
ansiosos e os comportamentos que aliviam a preocupação sempre
ocorrerão, visto que a ansiedade faz parte da vida normal.
○ Nessa etapa, revisamos com o paciente o que foi aprendido e as
técnicas que o paciente julga terem sido mais importantes para sua
melhora durante o tratamento.
REFERÊNCIA

CLARK, D. A.; BECK A. T. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade:


ciência e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

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