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Preparação de efólio baseada em questões de folios antigos - Mediação e Gestão de Conflitos

Chrispino (2007)
1. De acordo com Chrispino, se o conflito é inevitável, devemos aprender o ofício da
mediação de conflitos e que esta técnica se aprimore facultando a cultura da mediação
de conflito. (efolioB 2020)
A. Explique a noção de mediação de conflitos de acordo com o autor.
Para Chrispino, conflito é “toda opinião divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar algum
acontecimento” ((2007:17). Nesta ótica, o conflito é inerente ao ser humano que vive em sociedade,
seja ao nível existencial, da igualdade, ou da sua própria maneira de ser. O conflito apresenta
vantagens, por exemplo o reconhecimento das diferenças, as quais, cada vez mais são aceites de
forma natural sendo o conflito inevitável, há a necessidade de trabalhar a sua mediação de modo a
promover uma cultura de paz, fortalecendo os laços da coesão social e de uma cultura democrática.
A mediação, para o autor é “o procedimento através do qual os participantes, com a assistência de
uma pessoa imparcial – o mediador -colocam as questões em disputa com o objetivo de desenvolver
opções, considerar alternativas e chegar a um acordo que seja mutuamente aceitável”. Trata-se da
restruturação das relações humana no sentido de partilhar a perspetiva do outro, reconhecendo as
diferenças como oportunidades e não como ameaças de modo a chegar ao amadurecimento,
crescimento e desenvolvimento mútuo, onde todos ganham através de um método colaborativo que
objetiva uma nova ordem social. No contexto educativo, esta perspetiva tem subjacente a
necessidade de capacitar os estudantes para a compreensão do conflito, melhorando a empatia entre
os pares, bem como o respeito, contribuindo para um clima na escola com menos violência e onde
os alunos desenvolvem também o autoconhecimento e o pensamento reflexivo e crítico através do
convívio co a diferença.
R.: a resposta deve apresentar a noção da técnica de mediação de conflito como o
procedimento no qual os intervenientes no conflito com a assistência de um terceiro imparcial -
o mediador - apresentam as questões em disputa com a finalidade de desenvolverem opções,
considerarem alternativas e chegarem a um acordo que seja aceito pelas partes em conflito.

2. Considere as seguintes afirmações referentes às vantagens apontadas por Chrispino


para a mediação do conflito escolar e, posteriormente classifique cada uma delas como
verdadeira ou falsa. (efólio B 2020)
a. O conflito faz parte da nossa vida pessoal e está presente nas instituições. É melhor
evitá-lo do que tentar enfrentá-lo. F
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b. Constrói um sentimento mais forte de cooperação e fraternidade na escola V


c. O uso de técnicas de mediação de conflitos pode melhorar a qualidade das relações
entre os atores escolares, mas não melhora o clima escolar. F
d. Permita que a vivência da tolerância seja um património individual que se manifestará
em outros momentos da vida social. V
3. Entre as diversas vantagens do conflito, Chrispino (2007) Identifica as seguintes: “ajuda a regular
as relações sociais” e “ensina a ver o mundo pela perspetiva do outro” (p.17). Explique as 2
vantagens do conflito identificadas pelo autor. (EfolioG, 2020/2021)
Para o autor, o conflito é inerente à natureza humana, aos grupos sociais e às sociedades
organizadas politicamente. É inevitável e não se deve suprimir os seus motivos pois é da sua
ocorrência que surge a necessidade da criação de regras que regulem as relações entre as
pessoas enquanto seres sociais. O autor considera como vantagem a oportunidade de
transformação e melhoria das relações através da criação de regras, e que a mediação no
contexto escolar proporciona um sentimento profundo de fraternidade e de cooperação, na
medida em que os estudantes não se limitam a escutar o que o outro diz, mas a atribuir-lhe
significado e a compreender a génese da diferença, através da empatia, do respeito e do desejo
de construírem uma realidade comum respeitadora da individualidade de cada um e que não
colida com os interesses de ninguém, através do diálogo transformador. Assim, a mediação de
conflitos contribui para a criação de um clima de cultura de comunidade e de escola,
humanizadora, o que conduz à melhoria do ambiente na escola e tendo reflexos na diminuição
da violência. Para a resolução do conflito, sendo este o resultado da divergência de opinião ou
de perspetiva, é necessário que cada um se consiga colocar no lugar do outro de modo a tentar
compreender a sua perspetiva.

4. Comente a seguinte afirmação de Chrispino (2007): “outro mito importante construído em torno
do conflito e que está também sendo superado é aquele que diz que o mesmo atenta contra a
ordem” (p.17) ( Efolio G De 29/09/2020)
O autor considera que, ao contrário do veiculado por esse mito, “o conflito é a manifestação da
ordem em que ele próprio se produz e da qual se derivam suas consequências principais. O
conflito é a manifestação da ordem democrática, que o garante e o sustenta. Fazendo a ordem e
o conflito parte da relação entre os seres humanos, a ordem é a normalização do conflito. O
conflito apresenta inúmeras vantagens, como, por exemplo o reconhecimento das diferenças que
acabam por ser aceites como naturais por meio da interação entre os seres humanos. Sendo o
conflito inevitável e parte das relações humanas, as pessoas trabalham na sua mediação no
sentido de promoverem uma cultura de paz e de cidadania contribuindo para uma sociedade
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mais democrática. O conflito, contribui para a reestruturação das relações humanas, ensina a ver
o mundo pela perspetiva do outro reconhecendo nas diferenças uma oportunidade e não uma
ameaça, conduzindo ao crescimento e ao desenvolvimento mútuo através da promoção de
atitudes de empatia, respeito, , tolerância, espírito reflexivo e de autoconhecimento,
contribuindo para uma nova ordem social. Nas escolas, esta perspetiva, contribuiu para
capacitar os alunos para o entendimento do conflito bem como para a aceitação das diferenças,
melhorando as relações entre os pares e promovendo um ambiente escolar com menos violência.
5. Para Chrispino 2007 “O conflito é inevitável e não se devem suprimir seus motivos, até porque
ele possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que veem nele algo a ser
evitado (página 17).
Relaciona a afirmação do autor com as conceções sobre o conflito defendidas pelas
escolas/modelos de mediação, identificadas por Oliveira e Freire, 2009. (3 valores, 20 linhas,
Global de 2022).

A resposta deve explicar a afirmação do autor e relacioná-la com as conceções das “escolas” /” modelos”
de mediação sobre o conflito:
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O autor constata que existem ainda algumas pessoas que encaram o conflito como algo negativo e que
deve ser eliminado, o que se enquadra na posição da Escola tradicional linear de Harvard. O conflito é
acultural, atemporal e apessoal. O objetivo é chegar a um acordo mutuamente satisfatório. O processo
passa por apoiar as partes no sentido de chegarem a um compromisso (acordo).
O autor defende que não podemos existir sem conflitos porque eles fazem parte da natureza humana e
social, posição que se enquadra no modo como a escola transformativa encara o conflito, que entende que
este é uma oportunidade de crescimento; simplesmente acontece; é normal e está continuamente
presente nas relações humanas; não desaparece, transforma-se. O objetivo é transformar o conflito e as
relações; trabalhar as diferenças e transformar coletivamente a realidade. O processo passa por potenciar a
co-responsabilidade na situação, o empowerment individual e coletivo e a capacidade de lutar pelos
direitos e pelas tomadas de decisões próprias.

Martins (2005)
1.Tendo por base a reflexão teórica sobre o tema da violência escolar efetuada por Martins
(2005), aprofunde e explore os elos entre os seguintes conceitos que com ela se podem
relacionar: indisciplina, conduta anti-social, delinquência, problemas de comportamento,
bullying. (EfolioG 20/21).
Indisciplina subdivide-se em 3 níveis: 1º nível refere -se a perturbações ao normal funcionamento
da aula; 2ºnível (conflitos entre pares, podendo incluir comportamentos com algum grau de
agressividade e violência, e extorsão de bens, podendo atingir limites de gravidade semelhantes aos
atos delinquentes, entrando já no domínio legal); 3º nível tem a ver com os conflitos na relação
entre o aluno e o professor. Conduta antissocial: tipo de comportamento que provoca dano físico
e/ou psicológico, e/ou perda ou dano de propriedade ao outro, podendo ainda constituir ou não
infração às leis vigentes. E é neste ponto que se pode confundir com Delinquência Juvenil, a qual
pressupõe um comportamento de conduta antissocial, mas diferencia-se dele porque naquele há,
necessariamente violação das leis vigentes e inclui atos contrários à lei, daí ter uma conotação
jurídica, muito embora o aluno, por ser menor, não poder ser responsabilizado criminalmente.
Problemas de Comportamento: aplica-se mais aos indivíduos que aos seus atos, considerando-se
“reflexo de um diagnóstico de uma síndroma (…) que se aplica a crianças e adolescentes” (Martins,
2005:97), sendo estes problemas diagnosticados a partir de problemas que decorrem num período
de 6 meses. Considera agressão contra pessoas e animais, destruição de propriedade, mentira,
roubo, e transgressões graves de regras (idem:98). Bullying é um comportamento agressivo que
pode inclui a conduta antissocial e o distúrbio de conduta, manifestando-se numa sistemática
infração de regras é revelando-se pelo abuso do poder é exercido sobre indivíduos ou grupos mais
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vulneráveis, de modo deliberado e repetido com a intenção de prejudicar e/ou magoar o outro,
podendo ter consequências psicológicas muito graves. O bullying também pode incluir a
delinquência.

2. De acordo com Martins (2005) podem relacionar-se diversos conceitos com o tema da
violência escolar, tais como indisciplina, conduta antissocial ou agressiva, delinquência,
problemas de comportamento, e o bullying. Descreva uma situação concreta na qual se
identifiquem comportamentos de violência escolar enquadradas nos conceitos de indisciplina,
conduta anti-social, delinquência, distúrbios de conduta ou de comportamento e bullying.
Justifique a sua resposta. (Efólio G 29 de setembro de 2020)
Numa turma de 6º ano, o aluno interrompe sistematicamente o professor para fazer observações que
nada têm a ver com o assunto que está a ser tratado, com o intuito de prejudicar o bom
funcionamento da aula (Indisciplina de 1º nível)
Conduta antissocial: Outro aluno atira as mochilas dos colegas para as poças de água no recreio
sempre que estes não lhe emprestam o material escolar (provoca dano físico, a bens, e psicológico,
constituindo infração às normas da escola).
Delinquência juvenil: um aluno dá uma facada a outro porque este se recusou a dar-lhe dinheiro (é
um ato que vai contra as leis vigentes, tem conotação jurídica, mas o aluno não se insere dentro da
faixa etária que se pode responsabilizar criminalmente)
Distúrbio de conduta ou de comportamento: um aluno, várias vezes envolvido em roubos, rouba a
carteira a uma colega. A diretora de turma teve conhecimento através dos pais que o aluno sofre de
uma síndrome diagnosticada há 1 ano ( a designação distúrbio de conduta é aplicado aos indivíduos
mais do que aos seus atos e é considerado dentro do contexto do diagnóstico de uma síndrome cujos
sintomas são revelados através dos seus comportamentos que decorreram num período de tempo de
6 meses, para além do roubo inclui mentira, transgressões de graves de regras, agressão contra
pessoas e animais, e destruição de propriedade.

3. Suponha a seguinte situação: (Efólio G de 2020) 3/12


Num agrupamento de escolas, a professora Catarina tem dificuldades em dar aulas à turma k
do décimo ano devido ao comportamento de 3 alunos que falam constantemente entre si
pretendendo perturbar o normal funcionamento das aulas.
Aqueles alunos andam a extorquir dinheiro a outros alunos mais novos e ameaçam bater lhes
se não lhes entregarem o que pedem. Os outros alunos têm medo e alguns entraram em
depressão e não querem ir à escola. 2 dos agressores foram detidos por terem esfaqueado um
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aluno que resistiu. Os pais de um dos agressores alegaram que o filho sofre de uma síndrome
que lhe foi diagnosticado há vários meses.
Identifique os diversos comportamentos acima descritos que se enquadram no conceito de
violência e noutros conceitos afins referidos por Martins 2005. Justifique a sua resposta.
(efólio G de 19/06/2020)
No que diz respeito ao 1º comportamento apresentado ( 3 alunos falam constantemente
pretendendo perturbar a aula) estamos perante um caso de indisciplina de 1º nível porque é um
comportamento que denota um desvio às regras instituídas, afigurando-se como uma perturbação ao
normal funcionamento da aula; o segundo comportamento (extorsão de dinheiro a alunos mais
novos ameaçando bater-lhes, causando-lhes medo e provocando quadros compatíveis com
depressão) afigura-se como um caso de bullying físico e direto devido ao aproveitamento da
vulnerabilidade dos mais fracos e mais novos, revelando abuso de poder, intencional e deliberado
de magoar e prejudicar as vítimas, provavelmente recorrendo à manipulação e pressão psicológica;
no terceiro caso (esfaqueamento de um aluno e sequente detenção dos agressores) é um caso de
delinquência juvenil – esfaqueamento, assaltos contra pessoas e bens - porque os agressores se
situam num nível etário abaixo da idade de responsabilidade criminal; no último caso ( o agressor
sofre de uma síndrome diagnosticada há vários meses), estamos perante um caso de distúrbio de
conduta, que é um comportamento de crianças ou adolescentes, cujo diagnóstico partiu da
comprovação da presença de 3 ou mais sintomas desviantes durante um período de 6 meses, e que
neste caso se inclui no grupo de “agressões contra pessoas ou animais” (no caso, pessoas).

3. Nos estudos desenvolvidos por Moffit e Caspi (2000) mencionados por Martins 2005, foram
identificados 2 padrões na atividade antissocial. Descreva as conclusões que Moffitt e Caspi chegaram na
sua investigação. (15 linhas, 2 valores) Global 2022 p.99
Os autores definem 2 padrões na atividade antissocial - um com início na infância, outro na
adolescência - prevendo evoluções diferentes na idade adulta para os 2 grupos, de ambos os sexos.
Concluíram que o comportamento antissocial com início na infância é associado a estilos parentais
pouco próprios (associados a criminalidade, dureza ou falta de disciplina parental, baixo nível
socioeconómico, famílias monoparentais); problemas neuros cognitivos, e problemas relacionados
com o autocontrolo, têm tendência a continuar com esse tipo de comportamento durante a vida
adulta. Segundo os autores, os 2 grupos envolvem-se no mesmo tipo de delinquência na
adolescência, contudo divergem nos fatores de risco. O segundo grupo – delinquentes com início na
adolescência – muito embora apresentem o mesmo grau de envolvimento em comportamentos
desviantes que os seus pares do outro grupo, demonstram um historial menos propício a
continuidade da delinquência na idade adulta. Esta conclusão parece basear-se no modelo da
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influência dos pares na delinquência, que explica o papel “que afiliação com os pares tem na
delinquência limitada a adolescência e com o tipo de evolução que esta poderá ter,
comparativamente à delinquência de início precoce” (Martins, 2005:100)

Oliveira e Freire, (2009)


1. Tendo em mente os objetivos da mediação sociocultural, identifique as 3 palavras-chave
indicadas por Oliveira e Freire (2009) e esclareça a sua pertinência no processo de
mediação. (efólio B 2022). 1,5/4
R.: As palavras-chave são Relação, Integração, Comunicação
Uma melhor comunicação, procurando a sua promoção entre os indivíduos e os grupos e
desse modo facilitar o desenvolvimento de uma melhor relação entre os indivíduos para
evitar e melhor gerir a ocorrência de conflitos;
Uma melhor relação, procurando facilitar a convivência entre os indivíduos e dar uma
nova orientação às relações sociais, a novas formas de cooperação, de confiança e de
solidariedade, de modo que, de um modo mais maduro, espontâneo e livre as pessoas
desenvolvam as suas diferenças pessoais ou grupais.
Uma integração intercultural e de participação social, de reforço de laços sociais
contribuindo para a construção de uma identidade comum, sem pôr em causa a legítima
diversidade numa sociedade cada vez mais heterogénea sob o ponto de vista social, cultural
e étnico.

2. Para Oliveira e Freire, 2009, “A mediação sociocultural tem vindo a impôr-se como um
recurso organizado, com o qual se pretende fortalecer os laços sociais numa sociedade
cada vez mais heterogénea sob o ponto de vista social, cultural e étnico.” (p.14)
(efolioB2020)
A. Identifique os objetivos da mediação sociocultural referidos por Oliveira e Freire.
(efólio B 2020
A ideia base que Oliveira e Freire (2009) nos transmitem é que a mediação é um processo
que regula que regiula e transforma a sas relações sociais de modo a promover uma cultura
de paz no mundo (p.9).. Esse processo assenta na criação de estratégias que provovam mais
compreesnsão, respeiti tolerância, justiça e empatia entre os indíviduos, dentro do respeito
pela identidade de cada um. A mediação pode contribuir para um ambiente de paz através de
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estratégias que tornem os cidadãos ativos e participativos na resolução das suas


divergências. Para tal é necessário que se fortaleçam uns laços sociais no sentido de uma
maior coesão social, facilitando e promovendo a comunicação, o compromisso, o respeito, a
empatia, segurança, o convívio e a paciência entre os cidadãos. A mediação também procura
melhorar a comunicação no sentido de uma melhor integração intercultural, promovendo a
comunicação, a autonomia, bem como a inserção social. Resumidamente: a mediação sócio
cultural é um recurso que contribui para uma melhor comunicação, uma melhor relação
entre os indivíduos, e para a integração intercultural de grupos em determinado espaço ou de
determinada cultura, através do fortalecimento das competências de comunicação
promovendo o que referi anteriormente e ainda a autonomia, inserção social , através de um
terceiro elemento imparcial que é o mediador e facilitador do processo partindo de uma
dimensão coletiva no sentido da coesão social.
R.: Mediação cultural como recurso que pretende contribuir para uma melhor:
COMUNICAÇÃO, RELAÇÃO; integração promovendoo CULTURAL, entre pessoas ou
grupos de um determinado território ou de uma determinada cultura.
3. Atualmente existem 3 grandes orientações, designadas por uns de “escolas” e por outros
de “modelos” de mediação e que se baseiam em epistemologias e ideias diversas.
A. Apresente as conceções apresentadas por cada uma daquelas escolas/modelos sobre
o modo como encaram o conflito. (Efólio B, 2020)
R. A resposta deve descrever os seguintes modelos de mediação quanto ao modo como
encaram o conflito:

● Escola tradicional linear de Harvard - o conflito é negativo e deve eliminar-se. O

conflito é acultural, atemporal e apessoal.

● Escola circular narrativa - o conflito é um processo mental, com um potencial de

mudança através de outro processo mental.

● Escola transformativa - o conflito é uma oportunidade de crescimento;

simplesmente acontece; é normal e que está continuamente presente nas relações


humanas; não desaparece, transforma-se. O objetivo é transformar o conflito e as
relações; trabalhar as diferenças e transformar coletivamente a realidade.
4. Conforme referem Oliveira e Freire (2009) “a mediação entendida como método de
resolução de conflitos obedece a vários princípios fundamentais para que a sua
operacionalização se concretize com sucesso” (p.20) (Efolio G 2020) 2/12 valores e efólio
g de Mediação em Contextos Educativos
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Identifique esses princípios e explique a sua importância para o sucesso do processo de


mediação.
A resposta deve identificar os seguintes princípios que o processo de mediação deve respeitar e
explicar o modo como contribuem para o sucesso do referido processo:

● Voluntariedade- a intervenção do mediador deve ser aceite pelas partes em conflito. A

decisão de partir para uma mediação por parte dos litigantes deve, igualmente, ser um ato
livre e voluntário. Este princípio implica que as partes em conflito se possam retirar “em
qualquer momento e sem problemas”.

● Confidencialidade - as partes deverão cumprir com este dever mantendo as sessões em

segredo. No caso da mediação na área educativa, deve insistir-se no princípio de


confidencialidade quando se procede à formação dos mediadores. A garantia de
confidencialidade torna ambas as partes do conflito mais disponíveis para se manifestarem
acerca do conflito, para exprimir a forma como o encaram e mais aptas para propor
alternativas de resolução. Este dever é igualmente importante porque garante que tudo
aquilo que for dito pelas partes não poderá ser utilizado contra elas num futuro
procedimento sobre a mesma ou outra questão.

● Imparcialidade/neutralidade e Independência - o mediador deve manter-se independente,

tanto das partes como de qualquer outra instância. Desta forma, deve evitar as possíveis
estratégias de sedução ou cumplicidade de uma ou ambas as partes mantendo quanto
possível a sua identidade e evitando tomar partido.
5. Para Oliveira e Freire (2009), a mediação como método de resolução de conflitos
obedece a vários princípios fundamentais para que a sua operacionalização se
concretize com sucesso. Identifique e explique a importância do respeito dos princípios
na mediação para o sucesso da sua operacionalização como método de resolução de
conflitos. ( EfolioG 29 setembro 2020). (Efólio G de Mediação de Conflitos em
Contextos Educativos) 2/8 valores
Resposta igual à anterior.
6. Oliveira e Freire, 2009. “Ser mediador exige, (…) não só um conjunto de competências
técnicas, pessoais e sociais, mas também a assunção de um conjunto de atitudes e de
princípios éticos indispensáveis à intervenção para o bem-estar e a coesão social nas
organizações, nas comunidades e na sociedade em geral”. (p.28) Explica a afirmação
das autoras. (Efólio G 29 de setembro de 2020 e efólio B de abril de 2023)
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7. Explica a importância do respeito dos princípios da mediação identificados por Oliveira


e Freire 2009 para o sucesso da mediação como método de resolução de conflitos. (efólio
global, 2022) 2 valores/20
A resposta deve indicar os seguintes princípios que o processo de mediação deve respeitar e
explicar o modo como contribuem para o sucesso do referido processo:
Voluntariedade - a intervenção do mediador deve ser aceite pelas partes em conflito. A decisão de
partir para uma mediação por parte dos litigantes deve, igualmente, ser um ato livre e voluntário.
Este princípio implica que as partes em conflitos se possam retirar “em qualquer momento e sem
problema”;
Confidencialidade - as partes deverão cumprir com este dever mantendo as sessões em segredo. No
caso da mediação da área educativa, deve insistir-se no princípio de confidencialidade, quando se
procede à formação dos mediadores. A garantia de confissão confidencialidade torna ambas as
partes do conflito mais disponíveis para se manifestarem acerca do conflito, para exprimir a forma
como o encaram e mais aptas para propor alternativas de resolução. Este dever é igualmente
importante porque garante que tudo aquilo que for dito pelas partes “não poderá” ser utilizado
contra elas num futuro procedimento sobre a mesma ou outra questão.
Imparcialidade/neutralidade e Independência - o mediador deve manter-se independente, tanto das
partes como de qualquer outra instância. Desta forma, deve evitar as possíveis estratégias de
sedução ou cumplicidade de uma ou ambas as partes, mantendo quanto possível a sua identidade e
evitando tomar partido, assegurando, assim, a confiança dos mediadores na solução que vão

encontrar na resolução do conflito.

Schnitman (2013) – Tema 2, capítulos 1, 2 e 8


1. Considere as seguintes afirmações referentes aos novos paradigmas na resolução de
conflitos e classifique-as em verdadeiras e falsas. Posteriormente, apresente os
vocábulos falsos, se for esse o caso, e sugira uns verdadeiros: (efólio B2022)
a) as metodologias para a resolução alternativa de conflitos favorecem o respeito às
diferenças, a coordenação na complexidade e a contradição, a estruturação de acordos
e a construção cultural de práticas democráticas não restritas exclusivamente a
experts. V
b) As metodologias para a resolução alternativa de conflitos apoiam o funcionamento de
redes comunitárias e organizações em um amplo espectro, que compreende escolas,
justiça, administração, relações internacionais, negócios e comunidades. F (saúde)
c) Os novos paradigmas integram o valor pragmático de tais metodologias com a sua
capacidade constante. F (transformadora)
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d) Os novos paradigmas podem guiar nas construções de futuros possíveis (…) e fornecer
uma conservadora visão para elaborar novos desenhos destinados a concretizar a
inércia profissional. F ( renovada ótica; prática)

Sebastião et al (2013)
Segundo Sebastião et al (2013), existe uma diferenciação no modo como as escolas abordam a
violência escolar, existindo uma variação elevada nos critérios de decisão na apreciação das
ocorrências e na aplicação de medidas disciplinares.
1.Explique de que modo o controlo disciplinar e o clima de escola podem ser potenciador da
violência na escola. (Efolio Global, 2020/21)
Para os autores é necessária a regulação dos conflitos nos ambientes escolares por maio de
processos com normas claras, uniformes, e bem definidas para ajudarem na coesão e justiça das
tomadas de decisão. Não existindo critérios bem definidos, ocorrem diferentes interpretações
suscetíveis da livre interpretação e livre-arbítrio dos responsáveis. É mais comum do que o
desejável a aplicação de medidas sancionatórias, como a suspensão ou a expulsão, de alunos com
comportamentos perturbadores da ordem instituída, mas estas medidas não resolvem os problemas,
apenas os transferem do espaço da escola para o exterior, causando interrupções no percurso
educativo do aluno e não contribuindo para a compreensão das causas do problema e para a sua
resolução. O ambiente nas escolas tem influência no número de casos-problema e no
desenvolvimento do caminho para a sua resolução. Assim, se houver envolvimento por parte de
professores, funcionários, e até de outros alunos, bem como das famílias, instituições, etc, no
sentido da criação de um ambiente empático e positivo, estando todos atentos aos sinais de
comportamentos perturbadores, e se houver uma ação imediata, concertada, demonstrando atitudes
de tolerância, aconselhamento e compreensão, estar-se-á a contribuir para o melhor em ambiente
escolar. A escola também se deve adaptar às características sociais locais desenvolvendo e
sustentando equipas com estratégias inovadoras previamente definidas. A sobrelotação escolar bem
como a degradação das instalações põe à prova a capacidade de organização das escolas, devendo
estas tentar evitar que esses problemas despoletem mais casos de violência escolar perturbando o
bom ambiente escolar.
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A resposta deve abordar os seguintes aspetos que contribuem para a potenciação da violência nas
escolas:

● Controlo disciplinar:

- Processo de regulação de conflitos pouco estruturados e marcados pela ausência de


uniformidade nas decisões tomadas, enquanto formas de atuação coerentes e justas. As
decisões ficam mais à mercê da opinião do responsável pela regulação do conflito ocorrido, do
que em função do estabelecido nos normativos da escola.
- Os diferentes níveis de intervenção e colaboração dos elementos escolares podem levar a
arbitrariedades e desigualdades na interpretação e tratamento das diversas situações.
- Medidas como a suspensão de alunos são reiteradamente utilizadas para “libertar” a escola
dos alunos identificados como Fontes de perturbação, por vezes provocando mesmo a expulsão
intencional desses alunos.
- Maioria dos alunos suspensos da escola esteve envolvida em atos que não poderão ser
considerados violentos ou criminosos, existindo críticas a estas medidas, pela perceção da
ineficácia e impactos negativos nos alunos visados.
- A suspensão ou a expulsão da escola podem conduzir a uma transferência de um problema
localizado nas escolas para as ruas e para a comunidade em geral, o que pode levar ao seu
agravamento e não a sua resolução.
- A utilização frequente da suspensão ou da expulsão por algumas escolas reforça o absentismo
e o comportamento inadequado, uma vez que provoca a rutura com o percurso educativo do
aluno, falhando em lidar com as causas do comportamento disruptivo.

● Clima de escola

- As características da escola e o seu clima organizacional canal são importantes na produção


de maior ou menor número de incidentes e na resposta à violência (Kapari e Stavrou,2010;
Carra,2009b; Dupper e Meyer-Adams, 2008). Escolas com um clima mais positivo ou aquelas
em que o envolvimento dos grupos de pares e a intervenção dos professores tem efeitos na
redução de situações de conflitualidade, possuem menores taxas de vitimização (Kapari e
Stavrou,2010:93).
- Para Dupper e Meyer-Adams (2008), a proximidade dos funcionários é um fator importante
na construção de culturas e climas escolares positivos (tolerantes, acolhedores e cooperativos),
resultando no reforço de comportamentos mais adequados dos alunos e na prevenção e
redução da hostilidade.
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- As escolas possuem uma margem de atuação para se adaptarem às características sociais


locais, pelo que Gottfredson (1998:7) destaca o reforço da capacidade da escola para
desenvolver e sustentar a inovação mediante a utilização de equipas escolares ou pelo
desenvolvimento organizacional mal de outras estratégias.
- A sobrelotação escolar, por exemplo põe a capacidade organizacional das escolas à prova na
procura de soluções inovadoras, mas que não afetem o seu clima escolar, nem potenciem os
incidentes de violência na e escola, ao que se associa frequentemente a degradação das
instalações escolares. Esta relação contribui para o enfraquecimento das relações e interações
sociais, assim como do empenhamento e dos níveis de aprendizagem.

2. Supondo que era diretor de uma escola e que se defrontava com fenómenos de
violência escolar, esboço um plano de intervenção com base em Sebastião et al (2013,
anexoE), Para a resolução da situação com as estratégias que visem: (EfolioG 2020/21
e de 2021/2022) 3 valores/12)
A. Antecipar o aparecimento de situações violentas
-A. Sebastião et al (2013) refere que antecipação e prevenção de conflitos nas escolas é o fator
chave que contribui para a construção de um ambiente seguro e pacífico nas escolas. Para construir
estratégias de intervenção eficazes a que identificar e delimitar o problema, com as suas fragilidades
e potencialidades através de um diagnóstico, sendo necessário definir claramente estratégias a
utilizar e a partilhar com todos, bem como definir objetivos e metas concretas. O objetivo principal
é tentar evitar o fator surpresa e encarar os acontecimentos com racionalidade. Torna-se necessário
definir estratégias e mecanismos de atuação.
Daí a importância de possuir uma estrutura organizada e bem articulada, com base na colaboração e
diálogo de todos os elementos da comunidade educativa (Direção, Coordenação, Diretores de
Turmas, professores, funcionários, famílias, autarquia e outros agentes sociais), uma vez que um
plano de intervenção para a prevenção de conflitos se deve estender a todos os aspetos da vida dos
alunos, de modo a promover processos de regulação que contribuam para a mudança do
comportamento de todos. Criaria uma equipa que seria responsável por colocar em prática o plano
estratégico de ação. Os seus elementos, diferentes agentes sociais, deveriam agir de forma
coordenada, em rede, com uma liderança baseada nos princípios da partilha e da democracia. A
equipa deveria então antecipar e prevenir desenvolvendo um plano de atuação com as funções de
guia para a orientação e supervisão das atividades a promover. Promoveria sessões de sensibilização
orientadas para a alteração de comportamentos e melhoria do ambiente escolar, recorrendo, por
exemplo, a intervenção da Escola Segura no sentido de proporcionar sessões de esclarecimento
acerca da violência e promovendo atividades multidisciplinares na sequência da dita intervenção
14

dos agentes da Escola Segura. Seguidamente, e ainda dentro dessas atividades, com a colaboração
dos professores de Português e Cidadania, simularia situações de conflito a serem dramatizadas
pelos alunos partindo de imagens ou vídeos, dando lugar à discussão das diferentes possibilidades
de resposta e consequências para os indivíduos envolvidos, com o intuito de chegar a uma resolução
possível

B.Apoiar e orientar os intervenientes nas situações de conflito.


Sendo necessário mediar, acompanhar, e orientar os intervenientes em situações de conflitos, há a
necessidade de criar estratégias que contribuam para a transformação dos comportamentos e para
o bom ambiente na escola. Por exemplo, a criação de tutorias, promovidas por um técnico,
professor da escola, ou mesmo exterior a esta , para fazer o acompanhamento escolar individual
das vítimas e agressores, ao longo de um período alargado; promover a mediação de conflitos
através de um papel ativo dos participantes na resolução dos problemas de ordem relacional,
sendo essencial a formação dos mediadores – técnicos, professores, alunos preparados para o
efeito - os quais tem uma atuação no sentido de apoiar os intervenientes promovendo a justiça
Restaurativa e contribuindo para que os conflitos não conduzam à violência. Neste plano é muito
importante o treino de competências pessoais e sociais dos alunos, direcionado principalmente a
situações de reincidência dos comportamentos violentos procurando transformar comportamentos
agressivos por via da orientação prolongada do a aluno através da rede de parceiros existente.
C.Avaliar e monitorizar o processo
Segundo este princípio, há a necessidade de haver ferramentas que possibilitem a “coordenação
entre processos de monitorização da escola e entidades locais” (Sebastião et al, 2013:15) de modo
a: avaliar regularmente o tipo de ocorrências pois, para se tomarem medidas de prevenção e
intervenção é necessário conhecer bem as situações; avaliar e acompanhar os processos de
regulação para a redefinição de estratégias, se necessário - a avaliação deve ser realizada antes,
durante e depois do processo, consoante a gravidade da situação e o conhecimento que se tem do
aluno; monitorizar e avaliar a eficácia das estruturas de apoio à intervenção - esta avaliação pode ser
feita pelos gabinetes de intervenção escolares ou comunitários e requer uma análise cuidada dos
resultados da intervenção bem como da eficácia dos procedimentos aplicados.

3. De acordo com Sebastião et al (2013) “A prevenção da violência é um especto essencial da


educação para a cidadania democrática2 (p. 169). Considerando que a prevenção da violência
na escola deve partir da escola abrangendo a comunidade envolvente, deve ser utilizada uma
abordagem integrada de prevenção e de intervenção.
15

Supondo que era diretora de um agrupamento de escolas idealize e descreva um plano de


atuação de prevenção e de intervenção sobre o fenómeno da violência nessa instituição,
seguindo os aconselhamentos do Observatório de Segurança Escolar. (Efolio G 2020 e Efolio
G de 29 de setembro de 2020) 4/12 valores
A violência nas escolas sofre a influência de fatores internos, externos e anteriores ao próprio
espaço escolar, outros quais podem ter um peso importante se as escolas os ignorarem e não
atuarem na sua regulação. Contudo as escolas tem demonstrado alguma capacidade para regular a
conflitualidade, sensibilizando, travando e reajustando comportamentos, daí que uma diretora de
uma escola deve tomar a iniciativa de esboçar uma proposta de atuação acerca da problemática da
violência na escola estendendo o seu leque de ação a toda a comunidade envolvente por via de uma
abordagem preventiva e interventiva. Adotaria os 7 princípios apontados pelodotada pelo OSE, os
quais pressupõevárias fases de axordo com os seguintes princípios:
- Antecipar e prevenir - como diretora da escola faria um diagnóstico para definir claramente
estratégias a utilizar e a partilhar com todos, bem como definir objetivos e metas concretas e
atingíveis. O objetivo principal seria evitar o fator surpresa e encarar os acontecimentos com
racionalidade. Seria necessário definir estratégias e mecanismos de atuação. Criaria uma equipa a
trabalhar em rede para o desenvolvimento de um plano de atuação. Promoveria situações de conflito
e análise de possíveis soluções, promovendo o debate e dramatizações entre os alunos, por exemplo
integrados em projetos de interdisciplinaridade e eventualmente com a participação em palestras
promovidas e mediadas por agentes do Programa da Escola Segura, no sentido de, através da
análise de situações simuladas de conflito, construir soluções através da transformação dos
comportamentos menos adequados, melhorar o ambiente escolar.
- Colaborar e Envolver: trabalharia em rede com parceiros da comunidade com o objetivo de -
tomar decisões em conjunto com os outros participantes no programa através de uma liderança
democrática e partilhada; construção de uma visão alargada acerca dos fatores que estão na origem
da violência; aprofundamento das relações entre os participantes de modo a compartilhar e articular
responsabilidades; atuação conjunta e partilhada utilizando os recursos disponíveis .
- Articular e coordenar: este princípio consiste na definição de estratégias com coordenação escolar
e da comunidade envolvida. Exige a elaboração de um documento que oriente para a intervenção e
que explicite as dimensões de intervenção bem como os seus intervenientes mais relevantes; que
define e delegue as competências de cada um de acordo com o tipo e gravidade da situação, e
também prevê a comunicação constante e sistemática entre os intervenientes.
- Limitar e disciplinar -este princípio consiste no controlo disciplinar enquanto forma de prevenir e
limitar potenciais situações de violência. É necessária a definição de regras claras desprovidas de
subjetividade e entendíveis por todos; a definição de critérios de decisão e atuação coerentes,
16

uniformes e justos para que as ocorrências sejam resolvidas rápida e atempadamente; substituiria,
dentro do razoável, por medidas de caráter pedagógico e corretiva.
- Mediar e acompanhar: este princípio consiste no acompanhamento e mediação da escola e
instituições envolvidas através da uniformização de instrumentos de mediação participação dos
intervenientes na tomada de decisão, pelo acompanhamento tutorial das vítimas e agressores por
largos períodos através do treino de competências sociais e pessoais dos alunos reincidentes.
- Avaliar e monitorizar: procederia à uniformização dos processos de monitorização, de modo a
permitir a sua afinação e ajustamento estratégicos e também para avaliar a eficácia das estruturas
de apoio, como os gabinetes da intervenção comunitários ou escolares.
- Reforçar e difundir: este princípio consiste na difusão e reforço enquanto elementos essenciais
numa estratégia de intervenção com a intenção de estabilizar o plano de ação, difundir ações da
informação das estratégias e objetivos definidos, e promover o envolvimento das lideranças de
modo a obter mais apoios, ferramentas e recursos que proporcionem a melhoria da segurança na
escola.
Como diretora da escola apostaria na educação para a cidadania democrática e na prevenção da
violência , pois a escola constitui-se como um espaço privilegiado para a construção identitárias
dos estudantes, contando para isso com a participação e colaboração de parceiros exteriores à
escola – famílias, instituições, comunidades, autarquias, etc. - na medida em que estes programas
envolvem custos, principalmente a nível de recursos humanos.

4. Tendo por base as leituras efetuadas de acordo com Sebastião et al, 2013, aprofunde e
explore os elos de ligação entre os seguintes conceitos palavras-chave:
transformações no sistema educativo e violência na escola (Efólio A 2022, 3/4 valores)
R: a adaptação da escola às transformações das sociedades contemporâneas é um elemento-chave
na compreensão da relevância social atribuída à violência na escola.

⮚ A massificação acelerada dos sistemas educativos, os efeitos da globalização sobre os

contextos nacionais e locais e a perceção do aumento das situações de risco na infância são
fatores isoladamente ou de forma cruzada conduziram a um aumento da preocupação sobre
a segurança nas escolas e se traduziram em políticas e medidas diversas num número
crescente de países (Sebastião, Alves e Campos, 2010)

⮚ também são desafios específicos para cada escola os efeitos do prolongamento generalizado

da escolaridade obrigatória e da real abertura da escola a todos, o que implica a redefinição


dos objetivos educativos, das formas de organização e de trabalho pedagógico tendo em
conta o impacto da crescente diversidade sociocultural.
17

⮚ O debate sobre a violência na escola expressa alguns dilemas societais, nomeadamente do

confronto das sociedades com a imprevisibilidade, pois instituições centrais, como por
exemplo a escola, parecem perder a capacidade para proporcionar um sentido de ordem e
continuidade no quadro de vida dos grupos e indivíduos.

⮚ A sensação de segurança face ao futuro que a escola dava às novas gerações converte-se

num sentimento de incerteza quanto aos benefícios potenciais da educação, uma procura
desencantada de educação (Grácio,2008), resultante das transformações radicais no
mercado de trabalho (Canário, 2008). Esta transformação teve efeitos particulares em
Portugal, uma vez que o desencanto ocorreu sobretudo em indivíduos provenientes de
grupos sociais pouco escolarizados cujas famílias realizaram esforços significativos para
que os seus filhos atingissem níveis elevados de escolaridade.

⮚ o aumento da atenção mediática da violência na escola leva a que se passe a encarar a

escola como um contexto cada vez mais heterogéneo e conflitual, um espaço inseguro ou
mesmo potencialmente perigoso, contribuindo deste modo para mudar as conceções sociais
sobre as condições em que a violência se desenvolve (Sebastião, Alves e Campos, 2010)

⮚ a difusão de interpretações parcelares de conceitos produzidos no campo científico

(Sebastião, Alves e Campos, 2003)

⮚ Este conjunto de transformações sociais favoreceu o aumento da preocupação sobre a

segurança nas escolas, contribuindo assim para a construção de representações sociais


essencialmente negativas sobre a problemática da violência na escola

Serrate (2014) – capítulo 8 (Bullying)


1.Complete as frases abaixo sobre o conceito de bullying com a clarificação da visão de Serrate 2014
(efólio A 2022)
R.A-bullying é, habitualmente, a designação de uma forma de conflito (1)____________/violento, que se
distingue dos demais pela (2)______________/repetição e que assume diversas tipologias, desde a (3)
________________até à psicológica, passando pela verbal/imagética com recurso às redes sociais. ()
B. Clarificando a visão de Serrate, podemos afirmar que esta autora diferencia este conceito essencialmente
pelas consequências que inflige na (4)__________________, podendo ser tão graves que levam ao
(5)__________.
C. Sistematizando, devemos concluir que o bullying é um fenómeno com caráter (6) ________________, de
violência, que assume vários tipos (7)__________________,
18

(8)___________________(9)_______________, social, sexual e das redes sociais (cyber); acontecendo


sobretudo na idade (10)__________________, maioritariamente na escola ou em contextos a ela
relacionados.
A.(1) agressivo; (2) recorrência; (3) física.
B.(4) vítima; (5) suicídio.
C. (6) repetitivo; (7) físico; (8) verbal, (9) psicológico; (10) adolescente

Silva et al, ( 2010)


1. Identifique quem são os novos atores no trabalho em educação, de acordo com Silva et al,
e caracterize o seu perfil, demográfico e profissional, com base no estudo realizado pelos
referidos autores. (efólio B 2022) Ver Conclusões p.138 et seq
Os mediadores participantes no estudo dos autores são principalmente Mulheres jovens e
solteiras. Exercem a sua atividade de mediação por motivos de ordem pessoal, profissional ou
institucional, apesar de não terem um vínculo laboral estável. No que diz respeito à sua
formação apresentam, sobre tudo habilitação de nível superior, vendo muitas com cursos de
pós-graduação. No entanto carecem de formação especializada na área específica da
mediação. Trabalham em equipa, em projetos e programas de mediação na área do combate
ao insucesso e abandono escolar (programa escolhas, programa para a prevenção e
eliminação da exploração do trabalho infantil. Gostariam de trabalhar na mediação de
conflitos, intercultural e comunitária. A instabilidade e a diversidade é uma constante na vida
destes mediadores. Desde a diversidade de formação, de tipo de intervenção, até à diversidade
da população junto da qual intervêm. Talvez devido a esta diversidade e precariedade este
grupo se identifique e tenho facilidade em trabalhar na área da mediação. Têm uma função
social de relevo baseada na transformação dos contextos sociais educativos ultrapassando
interesses individuais e institucionais. No que diz respeito às suas competências, saber e
cuidados, o seu papel é orientado para a facilitação da comunicação com os indivíduos e
grupos com quem trabalham, partindo da observação e análises dos contextos orientados por
uma dimensão ética, muito embora também se valorize o seu modo de agir numa linha mais
imediatista e pragmática.

R: Novos atores no trabalho em educação: mediadores socioeducativos.


No estudo foram distribuídos 530 questionários por diversas instituições e projetos cujos
responsáveis consideraram ter mediadores socioeducativos, tendo sido devolvidos 225
questionários (taxa de retorno de 42%).
Perfil demográfico e profissional dos mediadores socioeducativos:
19

-São predominantemente do sexo feminino (81,3%), com idades compreendidas entre os


23 e os 35 anos (91,1%);
- São sobretudo Mulheres, solteiras, jovens, a viver e a trabalhar na área de Lisboa e vale
do Tejo;
-É de salientar a proximidade entre o local de residência e de trabalho e que, para a
maioria, se localizam no mesmo concelho e/ou distrito;
-A grande maioria tem uma ligação recente ao trabalho que está a desenvolver;
- Exercem a atividade de mediação por motivações variadas que abarcam as de ordem
pessoal, profissional ou institucional, embora na sua grande maioria sem vínculo laboral
estável.
2. De acordo com Silva et al (2010) “As práticas de mediação orientam-se, assim, no sentido
da coesão social (Bonafé-Schmidt,2009) - dimensão social - e da cidadania ativa- dimensão
educativa (p.121). Explique a afirmação dos autores.
A resposta deve abordar os seguintes aspetos ou outros considerados pertinentes:

● A mediação encontra-se se associada a uma multiplicidade de práticas que têm um

denominador comum: ou serem fundamentalmente sociais e educativas.

● Atualmente, a mediação é muito mais do que uma técnica alternativa de resolução de

conflitos, constituindo uma modalidade de regulação social, promotora da emancipação e


da coesão social. Aplicada ao campo da educação, a mediação é ainda um meio de
educação para a participação das novas gerações na construção da democracia e de
educação para a paz.

● A mediação é uma atividade fundamentalmente educativa, pois o objetivo essencial é

proporcionar uma aprendizagem alternativa superando o estrito comportamento reativo ou


impulsivo, contribuindo para que os participantes no processo de mediação desenvolvam
uma postura reflexiva. Neste contexto, a mediação assume-se como uma cultura de
mudança social que promove a compreensibilidade entre os diferentes participantes no
processo de mediação, defende a pluralidade as diferentes versões sobre a realidade e
fomenta a livre tomada de decisões e compromissos, contribuindo para a participação
democrática. As práticas de mediação orientam-se, assim, no sentido da coesão social
(Bonafé-Schmidt,2009) - dimensão social - e da cidadania ativa - dimensão educativa.

● A mediação socioeducativa acontece nos contextos escolares, associativos e comunitários,

como método de resolução e gestão alternativa de conflitos, meio de regulação social e de


recomposição pacífica de relações humanas.
20

● A mediação socioeducativa é uma prática que ocorre em contextos educativos, tanto

escolares como de educação não formal e informal, cuja ação se pode centrar em
indivíduos - e no seu desenvolvimento e inserção social - ou em grupos - com uma dimensão
coletiva e de coesão social (Luison & Valestro,2004).

● A mediação facilita a ligação entre a escola, a família e a comunidade valorizando a

comunicação com vista ao (re)estabelecimento das relações e interações inexistentes ou


fragilizadas, conduzindo à aceitação e assunção das diferenças, trabalhando no sentido do
desenvolvimento de competências socio comunicacionais e sinergias mútuas.
2. De acordo com Silva et al (2010), a mediação aparece associada a um conjunto de práticas
que assumem uma dimensão social e uma dimensão educativa.
A. Explique a afirmação acima descrita de acordo com os autores referidos. (1/12 valor)
(Efolio G 2020) P.121
O conceito de mediação é amplamente debatido, encontrando-se associado a uma série de
práticas orientadas para a construção da coesão social. Entre elas há um denominador comum:
são sociais e educativas. Educativas porque o objetivo principal é proporcionar aprendizagens
alternativas, entre pessoas ou grupos onde há conflito explícito ou implícito, evitando
comportamentos reativos ou impulsivos, contribuindo para que as partes adotem uma postura
reflexiva e de respeito mútuo. E também pode ser encarada, de acordo com Munné& Mac-
Crahg, 2006 e Torremorell, 2008, como uma cultura que proporciona a mudança social por via
da promoção da compreensão entre as partes, defendendo a pluralidade, as diferentes
perspetivas da realidade, e fomentando a livre tomada de decisões inserida na base de uma
participação democrática que orienta as práticas de mediação no sentido da coesão social e da
cidadania ativa, daí poder afirmar-se que as práticas de mediação têm uma dimensão social e
simultaneamente educativa. (Silva et al, 2010:121)

B. Distinga a mediação enquanto método de resolução e gestão alternativa de conflitos, e


enquanto meio de regulação social e de recomposição pacífica de relações humanas.
(1 /12 valor)
A mediação é um meio de regulação social, através de um terceiro imparcial, que procura estratégias que
facilitem a relação entre a escola, as famílias e as comunidades, valorizando o conflito, e focando-se nos
domínios da comunicação, compreensão e aceitação das diferenças, procurando desenvolver habilidades
de comunicação para promover a participação ativa e a cidadania democrática no sentido da resolução dos
conflitos. Tem um caráter educativo e contribui para a regulação dos conflitos através da reflexão e não de
21

atitudes reativas ou agressivas. A mediação como método de recomposição pacífica de relações humanas
tem a expressão através das técnicas por via das quais as pessoas em conflito expõem os seus pontos de
vista, ouvem-se mutuamente, compreendem-se, respeitam-se, conversam, com o objetivo de encontrar
resoluções aceitáveis por ambas as partes de modo a chegarem a um acordo.
A resposta deve efetuar a seguinte distinção:
- Explica que a mediação, enquanto método de resolução e gestão alternativa de conflitos, é uma
técnica que através da intervenção de um terceiro imparcial, as pessoas em conflito colocam as
suas questões em disputa com o objetivo de arranjar opções de resolução do mesmo e chegar a um
acordo que seja aceitável entre as partes;
- Explica que a mediação enquanto meio de regulação social e de recomposição pacífica de
relações humanas procure facilitar a ligação entre a escola, a família, e a comunidade centrando
se na valorização da comunicação, na aceitação e Assunção das diferenças, trabalhando no
sentido do desenvolvimento de competências socio comunicacionais e sinergias mútuas,
valorizando positivamente o conflito e desenvolvendo competências para promover a cidadania e a
participação dos cidadãos na resolução dos seus problemas.

VIEIRA 2011
Para Vieira e Vieira, 2011, “o aumento da diversidade de públicos na escola portuguesa têm
originado políticas diferentes das respostas escolares habituais, procurando passar do ensino
uniforme, transmissivo e expositivo, indiferente à diversidade, para um ensino centrado na
organização e gestão de situações diferenciadas e interativas de aprendizagem que contemple o
trabalho social na própria escola” (p.1).
Explica afirmação e fundamente como se pode gerir as tensões socioculturais nas escolas de Hoje
de acordo com os autores.
Devido ao aumento exponencial da multiculturalidade e da universidade de alunos na escola,
assistiu se a alterações NOS métodos de ensino ditos tradicionais. De um ensino uniforme,
expositivo essencialmente transmissivo avô de conteúdos científicos, passou-se para um ensino
mais organizado em torno das necessidades do aluno e da escola e na diferenciação pedagógica, o
que inclui ações interativas com o trabalho social, contudo, ainda hoje há professores e escolas que
não acompanham esta necessária transformação. Criaram-se projetos de apoio às escolas, na medida
em que nem todos os professores têm competências para responder às necessidades de um leque tão
amplo de alunos com interesses, culturas e necessidades diferenciadas. Assim, tem vindo a dotar-se
ou de agrupamentos escolares com equipas de apoio com profissionais sociais como educadores
sociais, técnicos de serviço social, mediadores, e outros, que trabalhando cooperativamente com os
professores tentam responder às responsabilidades e solicitações da escola actual. A integração de
22

equipas multidisciplinares, como o caso dos projetos TEIP (territórios educativos de intervenção
prioritária ao aluno e à família) e dos GAAF (gabinete do poio aos alunos e às famílias) têm sido
mais valias para as escolas, na medida em que fazem uma melhor ligação entre a escola, o aluno e a
família. Que diz respeito ao projeto TEIP, este ainda pode trazer vantagens não só do ponto de vista
pedagógico, mas também financeiro e económico, contribuindo para o financiamento de alguns
projetos da escola e até para o melhoramento das condições físicas da mesma.

Vieira e Vieira (2014) – faltam orientações de resposta 2020 época de


recurso
23

1.Segundo Perrenoud (2011), “deve-se utilizar a diferença intencional entre benefício dos alunos
fazendo discriminações positivas com a finalidade de atenuar as desigualdades e criar alternativas para
ajudar os alunos com menos rendimentos escolar” (Vieira e Vieira, 2014: 115) (Efolio G 29 de setembro
de 2022)
A.explica a importância da prática de um ensino diferenciado como forma de construir uma
escola inclusiva e emancipatória.
Segundo os autores, o grande desafio que se põe às escolas, hoje, é o de lidar com a diversidade e a
multiculturalidade dentro da escola, sem impor uma cultura homogeneizante, de modo que ninguém
seja excluído numa escola que é de todos e para todos. Na escola inclusiva os alunos aprendem em
conjunto, independentemente da diversidade ou das dificuldades que apresentam. Aquela deve
adaptar-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem dos alunos de modo a garantir aprendizagens
significativas e profundas para todos através da flexibilização curricular, de uma boa organização
escolar, da cooperação com a comunidade, de uma boa utilização de recursos, e da diferenciação
pedagógica, através de práticas colaborativas e cooperativas. A diferenciação pedagógica consiste
na construção de estratégias diversificadas para trabalhar com cada tipo de aluno de acordo com os
seus processos cognitivos. Não passa pela colocação dos semelhantes em turmas alternativas, mas
sim de fazer flexibilização curricular de modo que o mesmo curriculum adquira sentido para todos e
para cada aluno. Para Perrenoud (2021), deve fazer-se discriminações positivas com o objetivo de
diminuir as desigualdades e criar alternativas para auxiliar os alunos com mais dificuldades ou
menos rendimento escolar, pelo que se devem orientar as tarefas para que o aluno tenha acesso a
situações didáticas significativas tendo em conta o seu background cultural. A diferenciação
pedagógica contribui para a escola inclusiva, para todos os alunos, independentemente do seu sexo,
cor, origem religião, condição física, social ou intelectual.

B.Estabeleça a distinção entre os TEIP (territórios educativos de intervenção prioritária) e os


GAAF (Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família) enquanto territórios que pretendem desenvolver a

diferença pedagógica e a aprendizagem cooperativa. VIEIRA 2011


De acordo com Vieira et al (2011:9), TEIP - Território Educativo de Intervenção Prioritária - no que
diz respeito ao enquadramento legal, distingue-se do GAAF -Gabinete de Apoio ao Aluno e às
Famílias - na medida em que este é um projeto socio pedagógico que surge numa” linha vertical
ascendente”, partindo de iniciativas da própria comunidade educativa que constata diretamente
problemas no seio da escola e da família. A sua principal força de intervenção é constituída por
voluntários ou estagiários e está direcionado para os alunos e para as famílias envolvendo um
esforço financeiro suportado pelas escolas, associações de pais e pelas autarquias. O TEIP é um
24

projeto que proporciona às escolas mais recursos facilitadores de novos projetos sociais e de
mediação socioeducativa, logo, beneficia alunos e os profissionais da escola podendo proporcionar
melhores condições físicas de trabalho para todos eles. Em comum têm o fato de ambos os projetos
privilegiarem o trabalho cooperativo e em parcerias, por imposição legal (TEIP) ou como meio de
subsistência do próprio projeto (GAAF).

2.Identifique e explique as condições que promovem a escola inclusiva, de acordo com Vieira e Vieira
tendo em consideração a pedagogia social e a mediação socio pedagógica.
Linhas orientadoras, sugestivas de possíveis itens a incluir e a desenvolver na resposta:
-Aplicar em pedagogia diferenciada tendo em conta as diferenças dos alunos sem deixar que cada
sujeito se feche na sua singularidade, no seu nível, na sua cultura de origem.
-Espírito de abertura da escola à comunidade obriga a outro trabalho socioeducativo com mediação
socio pedagógica e de trabalho social na escola. O professor, por muito multifacetado que seja, nem
sempre está preparado para este tipo de trabalho, embora, por vezes, o tento fazer por voluntarismo.

⮚ Criar condições materiais que permitam às escolas dotar-se de equipas de técnicos superiores

de trabalho social TSTS (educadores sociais, técnicos de serviço social, mediadores, outros
trabalhadores sociais…) que, em conjunto com os professores respondam à multiplicidade de
solicitações e responsabilidades que são pedidos á atualmente escola.

⮚ Mediação socio pedagógica e parcerias das escolas com instituições.

⮚ Maior reforço no investimento em recursos humanos (GAAF e TEIP).

-Mudança de paradigma onde o professor terá de pensar a educação também para além da sala de
aula. Urge uma pedagogia social e uma mediação intercultural no campo educativo.
-Igualdade, um dos fundamentos da educação inclusiva, onde as diferenças são valorizadas em vez de
criticadas e inibidas. Deste ponto de vista, o normal é o aluno diferente e o aluno padrão não existirem.
-A aprendizagem cooperativa pode ser considerada uma boa estratégia para fomentar a educação
intercultural na sala de aula assumindo o professor o papel de mediador de aprendizagens.
-O desafio que se põe à escola de Hoje é o de receber, ensinar e lidar com todos os alunos sem pôr uma
cultura homogeneizante (Rosales, 2009) para que ninguém se sinta excluído.
-Incluir todos nas suas diferenças possibilita aumentar o conhecimento, as aptidões cognitivas, bem
como a dimensão social e pessoal, concebendo oportunidades para que os alunos aprendam em conjunto
fazendo das diversidades a principal fonte de aprendizagem.
-Criar situações de aprendizagem perante a diferença passa a ser um desafio para a escola e para os
professores que devem aproveitar esta situação para desenvolver a sua criatividade. Trata-se de aprender a
25

trabalhar com a diferença para que cada um possa viver com a sua diferença é o grande desafio da escola e
dos seus profissionais e é isso que vai fazer mudar tudo.
4. Para Vieira e Vieira, 2014 “A grande questão da pedagogia diferenciada é, justamente, é de como ter
em conta as diferenças de cada aluno sem deixar que cada um se faz na sua singularidade e
exclusivamente na sua cultura de origem” (página 114).
Explique a afirmação dos autores e que esclareça a importância das pedagogias diferenciadas para o
reforço da escola inclusiva de acordo com os autores acima referidos. (15 linhas, 2 valores, e fólio global
2022).
Segundo os autores, o grande desafio que se põe às escolas, hoje, é o de lidar com a diversidade e a
multiculturalidade dentro da escola, sem impor uma cultura homogeneizante, de modo que ninguém
seja excluído numa escola que é de todos e para todos. Na escola inclusiva os alunos aprendem em
conjunto, independentemente da diversidade ou das dificuldades que apresentam. Aquela deve
adaptar-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem dos alunos de modo a garantir aprendizagens
significativas e profundas para todos através da flexibilização curricular, de uma boa organização
escolar, da cooperação com a comunidade, de uma boa utilização de recursos, e da diferenciação
pedagógica, através de práticas colaborativas e cooperativas. A diferenciação pedagógica consiste
na construção de estratégias diversificadas para trabalhar com cada tipo de aluno de acordo com os
seus processos cognitivos. Não passa pela colocação dos semelhantes em turmas alternativas, mas
sim de fazer flexibilização curricular de modo que o mesmo curriculum adquira sentido para todos e
para cada aluno. Para Perrenoud (2021), deve fazer-se discriminações positivas com o objetivo de
diminuir as desigualdades e criar alternativas para auxiliar os alunos com mais dificuldades ou
menos rendimento escolar, pelo que se devem orientar as tarefas para que o aluno tenha acesso a
situações didáticas significativas tendo em conta o seu background cultural. A diferenciação
pedagógica contribui para a escola inclusiva, para todos os alunos, independentemente do seu sexo,
cor, origem religião, condição física, social ou intelectual.

Linhas orientadoras, sugestivas de possíveis itens, itens a incluir e a desenvolver na resposta:


Perante a crescente multiculturalidade existente na escola, esta torna-se um meio importante para
atenuar as desigualdades sociais entre os diversos grupos sociais e também como meio de resposta às
necessidades destes grupos, no sentido de proporcionar equidade e autonomia, uma alternativa à
colonização cultural.
A escola deve garantir a todos oportunidades através das diversas modalidades de ensino aprendizagem
para permitir que todos possam ter sucesso na aprendizagem e na sua participação.
A escola não deve ficar indiferente à heterogeneidade cultural dos alunos que apresentam diferentes
religiões, modos de vida, e as experiências culturais diversas.
26

De acordo com Perrenoud, 2001: 26-27) deve fazer-se discriminações positivas dos alunos para atenuar as
desigualdades e criar alternativas para ajudar os alunos com menos rendimento escolar. Daí a importância
do ensino diferenciado.
Diferenciar e disponibilizar-se para construir estratégias para trabalhar com os alunos considerados mais
difíceis. Avaliação deve ser diferenciada e essencialmente qualitativa.
Diferenciar não deverá ser pondo autonomamente todos os semelhantes numa turma alternativa, como
ocorreu em parte com os currículos alternativos. Trata-se, antes, de flexibilizar, curricularmente, de forma
que o mesmo currículo possa fazer sentido para cada aluno.
Perrenoud (2001: 26-27) dá, mais recentemente, a seguinte definição possível de diferenciação do ensino:
“diferenciar é organizar as interações e as atividades de modo que cada aluno seja confrontado
constantemente, ou ao menos com bastante frequência, com as situações didáticas mais fecundas para
ele”.
O desafio que se põe à escola de hoje é o de receber, ensinar e lidar com todos estes alunos sem impor
uma cultura homogeneizante (Rosales, 2009), para que ninguém se sinta excluído, ou desenquadrado num
espaço que é de todos e para todos, especialmente aqueles alunos que não se reconhecem na cultura da
escola.
Incluir todos, nas suas diferenças, possibilita aumentar o conhecimento, as aptidões cognitivas, bem como
a dimensão social e pessoal, concebendo oportunidades para que os alunos aprendam em conjunto,
fazendo da(s) diversidade(s) a principal fonte de aprendizagem.
A escola inclusiva deve ser para todos os alunos, independentemente do seu sexo, cor, origem religião,
condição física, social ou intelectual.
Criar situações de aprendizagem perante a diferença passa a ser um desafio para a escola e para os
professores, que devem aproveitar esta situação para desenvolver a sua criatividade.
Incluir não é tolerar o outro. Trata-se de respeitar. Como reforça Skiliar (2006:30), “tolerar o outro e deixar
claro que ele é moralmente censurável, detestável, e que nós somos generosos ao lhe permitir continuar
vivendo - ou sobrevivendo – nessa’ condição’ de diversidade de alteridade”

.Bibliografia
Tema 1 SERRATE, R. (2014). Bullying na escola. Bookout Serviços.

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