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1. Segundo Prainat (2007), a mediação é reconhecida como “conceito nómada” esta assume
um expressivo sucesso, paradigma, metodologia, ação múltipla, uma função ou instrumento
(Gremmo, 2007; Triby, 2007, citado em Silva, 2011), como meio de criação, recriação e iteração
de laços interpessoais, atuando na prática informal ou formal, na solução e mutação de conflitos,
não como mera resolução de demandas, cabe-lhe um papel primordial na prevenção e no
combate à inadaptação social e escolar, como formação democrática, paz na educação, dos
direitos humanos, violência, criação de clima cultural, valores, inclusão, criatividade e diálogo.
Inserida em três modelos: Harvardiano, Transformativo e Circular Narrativo, este aborda os
conflitos escolares, através da estimulação da solidariedade, igualdade e juízo crítico, apostando
na valorização do conflito e na sua reapropriação pelos sujeitos intervenientes, proporciona o
aproveitamento como oportunidade de aprendizagem, crescimento e transformação (Costa, et al.,
2009). A mediação escolar transfigurou após a Convenção de Salamanca (1994), passando o
mediador como intermediário nas questões lúdicas, sociais, linguísticas, comunicativas e
pedagógicas, gerador de competências que fixem o dinamismo, a capacidade de resistência,
preocupação pelo outro, confidencialidade, análise e orientação de processos de grupos, que em
contexto escolar consiga criar um clima de confiança, calmo e neutro, mediado pelo diálogo. Do
ponto de vista de Bonafe-Schmitt (2012, p.190), assistiremos ao surgimento de novas formas de
conflitos, ligados a profundas mudanças da sociedade “no meio escolar (…)”, já Boqué (2003),
defende “a necessidade de gerir a mudança de forma construtiva, criando pontes de comunicação
e relação entre pessoas, tempos e espaços”, tendo como objetivo oferecer oportunidades na
progressão das competências sociais e interdisciplinares, como uma sociedade aberta e em
mudança, nos saberes estratégicos, fruir de mecanismos de gestão positiva e recusar a crueldade,
tendo como vantagens beneficiar a integração entre membros, estabelecer compromissos e
compreensão, de modo eficaz, como base e modelo em negociações futuras, e na melhoria da
formação integral do aluno.
Todavia, Almeida (2010, p.68), refere que a organização escolar “sendo o espelho da
sociedade, se afigura cada vez mais diversa e complexa na sua composição e nas suas
dinâmicas”, assim torna-se claro que a mediação no contexto educativo, pretende mostrar aos
jovens alternativas aos conflitos reais da vida, assim como conduzir o seu protagonismo na
estruturação da sociedade e do mundo.
Referências Bibliográficas:
Silva, A. M. (2011). Mediação e(m) educação: discursos e práticas. Revista Intersaberes, 6, 249-
265.