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SINCRETISMO NA UMBANDA

O Sincretismo na Umbanda remonta ao tempo da escravatura no Brasil.

Os negros nas senzalas cantavam e dançavam em louvor aos Orixás,


entretanto seus senhores não gostavam, e tentavam convertê-los a fé cristã.
Aqueles que não se convertiam eram cruelmente castigados. Foi então que
nasceu o sincretismo em que os negros africanos associaram os Orixás aos
santos católicos de seus senhores. Embora aos olhos dos brancos eles
estavam comemorando os santos católicos, na verdade estavam cultuando
seus amados Orixás. Em meio a essas comemorações eles começaram a
incorporar os espíritos ditos Pretos-Velhos (espíritos de ancestrais, sejam
de antigos Babalaôs, Babalorixás, Yalorixás e antigos "Pais e Mães de
Senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida,
eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África),
que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material daqueles
que estavam no cativeiro.

(Segue outro texto sobre tal, somente para um melhor entendimento.)

Os negros escravos queriam manter suas raízes religiosas, seus costumes e


tradições, porém eram cerceados em suas intenções, pelos Senhores que
não viam com bons olhos, todo e qualquer movimento tradicional e
religioso em suas senzalas, punindo inclusive seus escravos com açoites,
grilhões e outros artifícios para desencorajá-los das práticas de seus
rituais recebidos de seus ancestrais nas terras de África de onde tinham
sido aprisionados por grupos escravistas, encerrados em porões de navios,
em péssimas condições, como era normal naquela época e vendidos como
escravos, aqui no Brasil.
Foi quando surgiu nestas paragens a Cia. de Jesus (jesuítas) comandados
por Padre Manoel da Nóbrega, tendo entre seus integrantes o Padre José
de Anchieta e outros mais, que aqui vieram com o intuito de evangelizar os
negros e índios escravos.

Por sugestão dos Jesuítas, os escravos optaram por colocar em seus Pegís,
imagens e ícones católicos, com o fito de que os Senhores parassem com os
castigos desnecessários. Como os ditos escravos pertenciam a várias tribos
com rituais diferentes, começaram a surgir Pegís das diversas facções ou
tribos originando assim uma gama extensa de sincretismo religioso.

Os mais empregados até hoje em determinados terreiros de Umbanda são


os seguintes:

OLORUN - Deus.
OXALÁ - Cristo, o Nazareno, crucificado - Senhor do Bonfim (Bahia).
OYA TEMPO - Santa Clara.
OXUM - Bahia ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa
Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil é muitas vezes sincretizada
com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é
associada ora a esta denominação de Nossa Senhora ora com Nossa
Senhora Aparecida.
OXUMARÉ - São Bartolomeu.
OXOSSI - São Sebastião, São Francisco de Assis.
OBÁ - Na Umbanda, sincretizada com Santa Joana D’Arc. No Candomblé,
é sincretizada também com Santa Catarina.
OGUM - São Jorge. Na Bahia é também sincretizado com Santo Antonio
de Pádua.
IANSÃ - Santa Bárbara, também é sincretizada com Santa Brígida.
XANGO - São João Batista, também São Jerônimo, alguns o sincretizam
ainda com São Pedro e com Moisés.
EGUNITÁ - Santa Sara Kali, também sincretiza com Santa Brígida.
OBALUAYÊ - São Roque, também sincretiza com São Lázaro.
NANÃ BURUQUE - Nossa senhora de Santana.
OMULU - Na Umbanda: São Bento. No Candomblé costuma-se
sincretizar Omolu com São Lázaro e com São Roque.
YEMANJÁ - Nossa Senhora das Candeias (ou da Luz); Nossa Senhora da
Conceição dos Navegantes; Nossa Senhora da Glória (nome que se dá à
Virgem Maria pela sua Ascensão ou Assunção aos Céus; sendo que Maria
é a Mãe, dentro da liturgia Católica).

IBEJI – Cosme e Damião

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