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O DESENHO E EVOLUÇÃO
O desenho infantil se modifica paralelamente apartir do
desenvolvimento psicomotor da criança. A criança é um organismo
vivo, e portanto, seu progresso também não é linear, sendo necessário
para analisar seus desenhos com validade o contexto e seus
sentimentos – suas crises são expressas nas cores e na energia do
rabisco.
CITAÇÕES:
- Valorizar o realismo visual - etapas como um progresso a atingir um objetivo (realismo visual)
- Vê a transparência e a perspectiva com olhos de ciência, e não com os olhos infantis – não
leva em conta a significação da própria criança à transparência (em simbiose uns com os
outros)
“Não se poderia operar uma inversão e considerar a evolução do grafismo não como uma
caminhada para uma figuração adequada do real, mas como uma desgestualização
progressiva?” (p. 45)
CITAÇÕES:
CITAÇÕES:
A FIGURA DO BONECO
Com o aprendizado da irradiação e do círculo, já há a capacidade psicomotora para o
aparecimento do boneco. O boneco pode representar 1) próprio esquema corporal da criança
ex. sua posição favorita ou a presença de dores 2) antropomorfismo da mentalidade infantil
ex. com cabeça humana. “O que a criança desenha, portanto, é sempre a sua própria imagem
refletida e decifrada em múltiplos exemplares” (p.58)
CITAÇÕES:
DO TRAÇO AO SIGNO
Ação “autotélica” = voltado para o eu; narcisista (centrípeta)
Desenho vai de lúdico para ser uma ativ. de acesso ao universo adulto: assim, o grafismo
infantil é narrativo e figurativo, mas fica o questionamento se a transmissão de mensagem é
um processo cultural/civilizatório ou condicionado por perguntas adultas (ex. “o que é isso?”)
Rabisco some. Aparece em detalhe (ex. fumaça) ou por cansaço/distúrbio. Não se considera o
valor gestual e dinâmico do grafismo (mas arte contemporânea está tendendo a reencontrar).
Autores colocam como crianças voltadas exclusivamente para a figuração, já eles pensam que
a figuração pode disfarçar e justificar o prazer do desenho em si mesmo.
CITAÇÕES:
“Rabisco tende certamente a desaparecer da produção infantil. [...] Não se atribui nenhum
valor em si mesmo. Neste caso, pais e educadores exercem uma função repressiva” (p.65)