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1. TÍTULO PROJETO:

Os saberes didático-pedagógicos na formação profissional do professor do

Ensino Superior em Direito na Escola Particular.

1.1 Problemas de Pesquisa:

Como os saberes didático-pedagógicos e sua importância na formação e no

desenvolvimento profissional podem aprimorar o ensino e consequentemente o
aprendizado no ensino superior em direito?

2 JUSTIFICATIVA

Entre as várias mudanças que tem passado o ensino superior, é pertinente focar
nas didáticas pedagógicas e a formação do professor e sua competência. Com a
introdução das novas tecnologias, e uma abordagem mais ampla do ensino superior
enquanto proposta de formação não somente profissional, mas também para a vida em
todos os aspectos, faz-se necessário uma reflexão sobre os saberes prático-pedagógicos
e especialmente a competência do docente em sala de aula.

A presente pesquisa se justifica por proporcionar um amplo debate envolvendo a

atual qualidade e situação do ensino superior no Brasil nos últimos anos, bem como,
uma abordagem do ensino e a forma que é ministrado nas escolas superiores
particulares.

Justifica-se ainda esse estudo, a princípio, por se observar que muitos

professores que atuam no Ensino Superior em Direito, por óbvio, tiveram como
formação inicial cursos de bacharelados. E, embora ao ingressar no magistério alguns
cursem algum tipo de especialização, pode-se perceber, no entanto, que a atuação desses
professores no Ensino Superior, não ocorre por “vocação”, mas por outras razões,
sobretudo como complemento de suas rendas.

O tema em questão pressupõe relevante contribuição acadêmica para a sociedade

no que diz respeito à pedagogia superior, não de maneira a impor somente a
possibilidade do ensino, porém de trazer um relevante esclarecimento de que nem
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sempre o domínio da matéria é garantia de uma boa comunicação onde haja o

aprendizado que é o foco maior do ensino.

Tendo como objeto maior o Ensino Superior em Direito, uma vez que, têm se
multiplicado os cursos de direito, onde centenas de alunos se formam todos os anos
nessas instituições e tentam uma colocação no mercado de trabalho ao mesmo tempo
em que o índice de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil tem
mostrado índices de aprovação longe do esperado.

A presente pesquisa justifica-se ainda por trazer uma análise teórica do que seja a
formação pedagógica, trazendo como foco a importância da formação continuada na área
pedagógica para os professores do ensino superior em direito, buscando apresentar as
deficiências de um ensino sem qualificação didático-pedagógica, apenas de conhecimento da
matéria em si, em contraponto a uma formação didático-pedagógica como garantia de um
aprendizado eficiente.

Não raro, alunos de cursos de direito, lógico que o fenômeno é percebido em

outras áreas, notarem o vasto conhecimento do docente, no entanto, não saber transmitir
com qualidade de maneira que o aluno possa realmente ser auxiliado no aprendizado,
desta forma, fica notória a prática docente vista apenas como uma segunda atividade em
que não se percebe a dedicação necessária, por fatores diversos.

O tema em questão relacionado diretamente a formação didático-pedagógica do

docente em direito, como forma de garantir uma educação de qualidade de forma mais
eficiente é a justificativa principal, pois não se pode falar em Ensino Superior de
qualidade quando se tem apenas meros transmissores de conhecimento sem o mínimo
tato pedagógico.

A eficácia e confiabilidade das instituições de ensino superior se dão

plenamente, entre outros fatores, pela formação docente. É claro q o enfoque principal
da pesquisa é expor um problema recorrente, não relacionando toda prática pedagógica
na área aqui abordada como deficitária. É evidente que existem bons profissionais que
transmitem o conhecimento de forma didática e pedagógica contribuindo assim com
uma boa formação dos discentes.
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3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

É notório que no Brasil têm surgido nos últimos anos vários cursos de direito ao
mesmo tempo em que um grande número de bacharéis não consegue a aprovação no
exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), desta forma, vários profissionais
ingressam no mercado de trabalho graduados nesses cursos, e claro, novos professores,
com isso, tem-se questionado o nível de qualidade das instituições, bem como, a
qualidade de aprendizado dos referidos profissionais que, entre outras áreas do direito,
passam a atuar no magistério, claro que uma boa formação de profissionais de nível
superior passa pela formação e desenvolvimento docente.
Devido a esta problemática, várias sugestões têm sido direcionadas tanto pela
OAB como dos operadores do direito, visando uma melhor formação dos estudantes da
área jurídica, o que levou a OAB solicitar junto ao Ministério da educação a suspensão
da autorização de novos cursos por cinco anos até que se verifique a qualidade dos
cursos já existentes.

A formação didático-pedagógica constitui-se em um dos meios fundamentais de

melhoria do ensino, onde o objetivo principal é restabelecer a comunicação entre
professor-aluno em que o docente seja visto como cooperador no processo de
aprendizagem e não, que seja visto como detentor de todo conhecimento.

Tem ainda a pesquisa, a proposta de apresentar o que se vê na prática onde a

docência nos cursos de ensino em direito, tem-se por costume trazer para sala de aula a
vivência prática dos profissionais operadores do direito, ou seja, a maioria dos
professores que atuam na formação acadêmica na área; são juízes, promotores,
advogados entre outros.

Desta forma, a presente pesquisa visa analisar a formação didático-pedagógica

do docente em Direito como meio fundamental para trazer qualidade ao processo de
ensino-aprendizagem.

4. OBJETIVOS:
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4.1. Objetivo Geral.

Analisar a formação didático-pedagógica do docente em direito como meio de
construção de uma educação jurídica de qualidade

4.2. Objetivos específicos.

Verificar os aspectos de ensino e aprendizagem que a formação didático-

pedagógica traz ao ensino superior como um todo com enfoque especial ao ensino
superior em direito, visando a formação eficiente dos discentes.

. Discorrer sobre a aplicabilidade da formação didático-pedagógica, sua eficácia

na construção de uma educação superior de qualidade facilitadora da relação
professor-aluno.

Analisar a realidade do ensino jurídico brasileiro numa perspectiva da formação

didático-pedagógica como garantia que cada assunto seja abordado de forma ampla,
criando no aluno a oportunidade de construir conhecimento e formar opinião.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

No que diz respeito às mudanças propostas pelo novo sistema na educação

formal brasileira, que abrange desde o ensino à própria estrutura das instituições de
ensino superior, que traz uma abordagem de reorientação dos sistemas educacionais.
Para (NEVES 2007 p. 14), “estas novas expectativas de formação pressupõem
ruptura com padrões e modelos rígidos e, em muitos casos, indiferenciados de educação
superior.”
Ainda segundo a autora, as mudanças na formação devem privilegiar a
capacidade criativa bem como acompanhar o desenvolvimento tecnológico 2007 p. 15.

...Igualmente implica em mudanças no perfil de formação, qualificando-a no

tocante ao domínio de conhecimento, na capacidade de aplicá-los
criativamente na solução de problemas concretos, no desenvolvimento de
espírito de liderança e polivalência funcional, bem como, na maior
adaptabilidade à mudança tecnológica, de informação e comunicação.
Fundamental é que essas mudanças assegurem a ampliação do acesso à
educação superior.
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Nesta chamada para a evolução em tempos modernos é oportuno que o ensino

superior seja visto como meio de transformação e de mudanças e inclusão em todos os
níveis. Uma vez que segundo Neves p. 15. “O sistema de educação superior em geral, e
as universidades em particular, precisam lidar cumulativamente com os problemas
velhos e novos e os desafios cada vez mais complexos”
Além de novas tecnologias ou propostas pedagógicas, o ensino universitário
necessita antes de tudo de um processo de desmembramento de classes elitistas, há a
urgência de se acompanhar as mudanças externas, comuns à sociedade, para também
construir uma universidade mais abrangente em termos de alcance social, é o que
assevera, (SANTOS 2011, P. 29), “A reforma tem por objetivo central responder
positivamente às demandas sociais, pela democratização radical da universidade, pondo
fim a uma história de exclusão de grupos sociais...”

2.1 O ensino superior na LDB.

É bem verdade que há uma longa caminhada no processo de restauração ou

modernização do ensino superior no Brasil, passou por uma reformula pela LDBN, Lei
nº 9.394/96, que trouxe inovações ao sistema de ensino superior, sobretudo no que se
refere à natureza e dependência administrativa. Sendo à natureza acadêmica, definida
por decretos complementares, tais como os Decretos nº 3.860/01 e 2.406/97.

2.2 O docente na LDB

A formação do professor de nível superior foi contemplada pelo dispositivo em

apreço, declarando como deve ser o processo de admissão ao magistério público bem
como, sua qualificação profissional, é o que preconiza o Artigo 66, da Lei aqui exposta;.
(BRASIL, 1996, art. 66 e 67).

O que o legislador idealizou na letra da lei, foi o diploma de pós-graduação para

o exercício do magistério, entretanto, traz uma observação interessante de que o notório
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saber, e este reconhecido por uma universidade que ofereça em seu quadro um curso de
doutorado, poderão ser aceito como docente de ensino superior.

3 O docente da área de direito.

Para (AGUIAR 1999, p. 80), os professores de Direito podem ser considerados

“professores de emergência, geralmente juízes, promotores e advogados, que só
ouviram falar em educação no dia em que foram convidados a lecionar”.

Já para Pagani (2011 pag. 4), Tendo outra profissão, será pouco tempo dedicado
à atividade docente, que se resume, inevitavelmente, ao tempo passado em sala de aula.
A reflexão, o estudo, a pesquisa e a vida acadêmica não fazem parte da rotina desses
professores, que chegam e saem assim que “bate o sinal”. Sem reflexão, não há
questionamento, e, sem questionamento, não há mudança, tampouco, a percepção dessa
necessidade.

Sendo assim, segundo VENTURA apud PAGANI, 2011 pag. 4, não há o

interesse destes docentes se qualificarem para o magistério jurídico. “São raros os
docentes que buscam titulação na área da educação, assim como são raros os programas
de pós-graduação em Direito que propõem uma ação pedagógica inovadora”.

Para (NAZIAZENO 2013). O profissional docente deve comprometer-se com

a atividade docente profissionalizante, deve assumir um novo papel, transformar-se,
comprometer-se com uma docência profissionalizada, diferenciar-se dos pesquisadores
das varias áreas do conhecimento.

Pimenta & Anastasiou (2002), enfatizam que o domínio do conhecimento é de

fundamental importância para quem leciona, entretanto, a garantia de que o aluno está
assimilando o que é transmitido exige certas técnicas de comunicação pedagógica, o que
define uma boa aprendizagem, logicamente, é a forma como o conhecimento é
compartilhado.
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Ao abordar o tema, Anibal (2010), afirma que O modelo de simples prática de

reprodução de conhecimento não mais atende aos anseios da sociedade. Nos cursos
jurídicos o que predominância é o ensino legalista, havendo pouca evolução.

Logicamente que no cenário atual, se faz necessário que o professor de ensino

superior, construa com o aluno fontes de saber, de forma a conduzi-lo à pesquisa e não
somente acostumá-lo a busca de conhecimento pronto e sintetizado, este é apenas um
dos desafios do docente na atualidade, com diz Prigol e Behrens (2014 p. 4).

Segundo Becerra, (2010; 5217)., “a formação pedagógica do professor dos

Cursos de Direito é imprescindível e acaba por situar o profissional ao espaço de
atuação profissional”

7. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo, de revisão bibliográfica, cujo objetivo é;

investigar se e como os conhecimentos científicos nos diferentes campos do saber
podem auxiliar na compreensão da importância dos saberes da formação
didático-pedagógica do professor em direito.

A metodologia utilizada Para abordar o tema baseia-se em análise de livros, da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e periódicos, bem como artigos virtuais,

7.1 Procedimentos Metodológicos

Partindo da premissa de escritos pedagógicos além da lei que regula o tema,

será utilizado na pesquisa o método dedutivo, abordando no contexto geral o momento
em que uma pessoa, no caso docente em atividade na área de direito, expõe seu
conhecimento em sala de aula, buscando interagir com o discente com vista a
compartilhar o conhecimento.
Apresentando o problema encontrado com relação aos saberes
didático-pedagógicos, tendo como objetivo apresentar a necessidade de práticas
pedagógicas de maneira que cada assunto seja abordado de forma ampla, criando no
aluno a oportunidade de construir seu conhecimento, formar sua opinião, e não ficar a
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mercê de um “ditador” intelectual, tendo domínio do conhecimento e muitas vezes, via

de regra, informar e não formar o aluno para profissão e para vida.

O conhecimento didático-pedagógico será a técnica aplicada neste trabalho de

pesquisa tendo por objetivo principal analisar a problemática de carência na formação
de docentes na área de direito, ao mesmo tempo em que aborda uma formação
pedagógica com o fim de facilitar o aprendizado.

9. REFERÊNCIAS

BECERRA. Aníbal Antonio Aguilar, Trabalho publicado nos Anais do XIX

Encontro Nacional do CONPEDI realizado em Fortaleza - CE nos dias 09, 10, 11 e
12 de Junho de 2010.

BRASIL, Lei de Bases e Diretrizes da Educação Nacional. Brasília: MEC/SEB, 1996.

Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.

CNE. Resolução CNE/CES 9/2004. Diário Oficial da União, Brasília, 1º de outubro de

2004, Seção 1, p. 17 (**) Alterada pela Resolução CNE/CES nº 3, de 14 de julho de
2017.

NAZIAZENO, Erica Lima. Magistério jurídico: a importância da capacitação do

docente frente à crise do ensino jurídico no Brasil. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande,
XVI, n. 118, nov 2013. Disponível em:
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/mnt/?n_link=revista_artigos_leitura
&artigo_id=13845&revista_caderno=13>. Acesso em jan 2018.

NEVES, Clarissa Eckert Baeta. Sociologias, Porto Alegre, ano 9, nº 17, jan./jun. 2007,
*

p. 14-21

PAGANI, Juliana Ferrari de Oliveira. A formação dos professores dos cursos de

Direito no Brasil: a pós-graduação “stricto sensu”. Disponível em:
<http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhos Completos/
comunicacoes Relatos/0264.pdf >. Acesso em: jan. 2018.

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Lea das Graças C. Docência no ensino

superior. São Paulo: Cortez, 2002.

PRIGOL. Edna Liz; BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação continuada do

docente do ensino superior e sua relação com sua prática pedagógica ‐ X ANPED
SUL, Florianópolis, outubro de 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A universidade do Século XXI; para uma reforma

democrática e emancipatória da universidade, 3ª Ed. São Paulo- Cortez 2011.