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“Em 1851, o golpe de Estado do marechal-duque de Saldanha instaurou uma nova etapa política em Portugal,
designada por Regeneração. Tratou-se de um movimento simultaneamente político e social, na medida em que
pretendeu conciliar as diversas facções do Liberalismo e harmonizar os interesses da alta burguesia com os das
camadas rurais e da pequena e médias burguesias. Para o efeito, procedeu-se à revisão da Carta Constitucional
(o Acto Adicional de 1852 alargava o sufrágio e estabelecia eleições diretas para a Câmara dos Deputados),
assegurou-se o rotativismo partidário e promoveu-se uma série de reformas económicas.
A política de Obras Públicas do período da Regeneração foi designada por fontismo devido à acção do
ministro Fontes Pereira de Melo. Preocupado em recuperar o país do atraso económico e tecnológico, Fontes
encetou uma política de construção de novos meios de comunicação e transporte, tais como estradas, caminhos-de-
ferro, carros eléctricos, pontes, portos, telégrafo e telefones.
Vislumbravam-se três grandes vantagens decorrentes do investimento em transportes e meios de comunicação: a
criação de um mercado nacional, fazendo chegar os produtos a zonas isoladas e estimulando o consumo; o
incremento agrícola e industrial e o alargamento das relações entre Portugal e a Europa evoluída.