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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS


FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTORIOGRAFIA CONTEMPORÂNEA – 1º semestre de 2024
Professora: Mariana de Moraes Silveira (marianamsilveira@gmail.com)

Proposta do curso:
O curso se propõe a familiarizar as e os discentes com a produção historiográfica contemporânea, a
habilitá-las e habilitá-los a analisar criticamente textos historiográficos e a refletir sobre a historicidade
da escrita da história. Primeiramente, serão discutidos desafios e questionamentos teóricos, como os
diferentes aspectos da operação historiográfica, o impacto das mídias digitais sobre a escrita da
história, o problema das temporalidades, a questão da narrativa, o estatuto dos textos produzidos por
historiadoras e historiadores, os potenciais de histórias que não se restrinjam à experiência humana,
as articulações entre trauma e memória e as dinâmicas associadas à colonialidade e ao racismo. Em
seguida, a atenção se voltará para alguns dos principais debates historiográficos que se consolidaram
ao longo do século XX, sublinhando os contrastes e as aproximações entre diferentes propostas
teórico-metodológicas. Por fim, a disciplina contemplará grandes questões que têm, nos últimos anos,
mobilizado o universo acadêmico, atentando para as distintas vertentes em disputa e para as
implicações desses debates no que diz respeito ao papel de historiadoras e historiadores na vida
pública.

Os textos estão disponíveis nesta pasta:


https://drive.google.com/drive/folders/1OA5iGlhfrVybVH7yLmtgA4ds44F5OfT0

11/03: Apresentação do programa e introdução do curso


Textos de referência: KLEINBERG, Ethan; SCOTT, Joan Wallach; WILDER, Gary. Teses sobre teoria e
história. 2018. Disponível em:
https://www.academia.edu/36775977/Teses_sobre_Teoria_e_Hist%C3%B3ria_TRADU%C3%87%C3%
83O_.
NICOLAZZI, Fernando. Os historiadores e seus públicos: Regimes historiográficos, recepção da história
e história pública. História Hoje, v. 8, n. 12, p. 203-222, jan./jul. 2019.

Atividades obrigatórias
A serem desenvolvidas até o dia 18/03 (antes da aula)
Leitura do Tutorial da Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda:Tutorial
Ingresso no grupo de WhatsApp organizado pela equipe de apoio do projeto Mais Teoria da História
na Wiki: https://chat.whatsapp.com/FiiCLh5QsZNBZnlpuqlHqx
Criação de conta na Wiki; consultar:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda:Guia_de_edi%C3%A7%C3%A3o/Como_criar_uma_conta
Formação de grupos para produção de verbetes (3 a 5 pessoas)
Envio, via Moodle, de sugestões de ao menos dois nomes de historiadoras que não contam com
verbetes na versão em português da Wikipédia
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UNIDADE I – ABALOS EPISTEMOLÓGICOS, CAMINHOS TEÓRICOS

Parte 1 – Escritas da história, lugares da técnica


18/03: A história da historiografia como problema: Um lugar social, uma prática, uma escrita
Debate sobre historiadoras a biografar e escolha dos nomes com que cada grupo trabalhará
Leitura obrigatória: CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In: A escrita da História. Rio de
Janeiro: Forense, 2015. p. 45-111.
Leitura complementar: TROUILLOT, Michel-Rolph. O poder na estória. In: Silenciando o passado: Poder
e a produção da história. Curitiba: huya, 2016. p. 19-63.

01/04: Escritas digitais da história e o desafio da autoridade compartilhada


Primeira oficina de capacitação para edição na Wikipédia
Leituras obrigatórias: LUCCHESI, Anita. Por um debate sobre História e Historiografia Digital. Boletim
Historiar, São Cristóvão, n. 2, p. 45-57, mar./abr. 2014.
ROSENZWEIG, Roy. Wikipédia: A história pode ser feita em código aberto? (trechos selecionados do
capítulo – O modo Wikipédia: Como ela funciona; Por que devemos nos preocupar? Implicações para
os historiadores). In: Clio conectada: O futuro do passado na era digital. Belo Horizonte: Autêntica,
2022. p. 121-127; p. 148-166.
Leituras complementares: PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. Tempos de popularização da história?
Questões em torno da Wikipédia. In: Lembrança do presente: Ensaios sobre a condição histórica na era
da internet. Belo Horizonte: Autêntica, 2022. p. 71-94.
VARELLA, Flávia Florentino; BONALDO, Rodrigo Bragio. Negociando autoridades, construindo saberes:
A historiografia digital e colaborativa no projeto Teoria da História na Wikipédia. Revista Brasileira de
História, v. 40, n. 85, p. 147-170, set./dez. 2020.

08/04: A internet revoluciona o conhecimento histórico


Segunda oficina de capacitação para edição na Wikipédia
Leitura obrigatória: SILVEIRA, Pedro Telles da. As fontes digitais no universo das imagens técnicas:
Crítica documental, novas mídias e o estatuto das fontes históricas digitais. Antíteses, v. 9, n. 17, p.
270-296, jan./jun. 2016.
Leitura complementar: PUTNAM, Lara. The Transnational and the Text-Searchable: Digitized Sources
and the Shadows They Cast. American Historical Review, v. 121, n. 2, p. 377-402, April 2016 (será
disponibilizada uma tradução do texto).

Parte 2 – Tempos, narrativas, memórias


15/04: Narrar o tempo, temporalizar a narrativa
Data-limite para preenchimento do formulário de acompanhamento da atividade com a Wikipédia
Leitura obrigatória: FARIA, Daniel. Anamorfose de um dia: O tempo da história e o dia 11 de dezembro
de 1972. História da Historiografia, n. 17, p. 11-29, abr. 2015.
Atividade obrigatória: Exploração do material interativo elaborado a partir da obra O museu da
inocência – a ser trabalhado juntamente com este trecho do livro: PAMUK, Orhan. O tempo. In: O
museu da inocência. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 302-311.
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Leituras complementares: FARIA, Daniel. Oceano sem lei: A história do Brasil vista do porão do Navio
Manaus. Varia Historia, v. 37, n. 75, p. 851-881, set./dez. 2021.
LACAPRA, Dominick. O que é história? O que é literatura? In: Compreender outros: Povos, animais,
passados. Belo Horizonte: Autêntica, 2023. p. 197-226.

22/04: Um lampejo num instante de perigo


Leitura obrigatória: BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: LÖWY, Michael. Walter
Benjamin: Aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. São Paulo:
Boitempo, 2005. p. 41; p. 48; p. 54; p. 58; p. 62; p. 65; p. 70; p. 83; p. 87; p. 96; p. 100; p. 108; p. 116;
p. 119; p. 123; p. 128; p. 130; p. 134; p. 138; p. 140; p. 142 (teses dispersas ao longo do livro).
Leituras complementares: GAGNEBIN, Jeanne-Marie. Walter Benjamin ou a história aberta. In:
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1986. p.
7-19.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Apresentação – Sobre o conceito de História de Walter Benjamin. In:
MÜLLER, Adalberto; SELIGMANN-SILVA, Márcio (Org.). Sobre o conceito de História: Walter Benjamin,
edição crítica. São Paulo: Alameda, 2020. p. 9-28.

06/05: Memórias do trauma, violências do arquivo, percursos da colonialidade


Leituras obrigatórias: HARTMAN, Saidiya. O livro dos mortos. In: Perder a mãe: Uma jornada pela rota
atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista ECO-Pós, v. 23, n. 3, p. 12-33, 2020.
Leituras complementares: MCCLINTOCK, Anne. Introdução – Pós-colonialismo e o anjo do progresso.
In: Couro imperial: Raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Ed. Unicamp, 2010. p.
15-40.
SAID, Edward. Territórios sobrepostos, histórias entrelaçadas. In: Cultura e Imperialismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011. p. 34-116.

Parte 3 – Confrontar outros


13/05: Sexualidades, técnicas de si
Leitura obrigatória: FOUCAULT, Michel. O dispositivo de sexualidade. In: História da sexualidade. I – A
vontade de saber. São Paulo: Graal, 2006. p. 73-123.
Leituras complementares: FOUCAULT, Michel. Introdução. In: História da sexualidade. II – O uso dos
prazeres. São Paulo: Graal, 2012. p. 9-43.
MACHADO, Roberto. Cobra que perde a pele. In: Impressões de Michel Foucault. São Paulo: n-1, 2017.
p. 33-52.
O’BRIEN, Patricia. A história da cultura de Michel Foucault. In: HUNT, Lynn (Org.). A nova história
cultural. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 33-62.

20/05: Descentramentos do humano


Leitura obrigatória: HARAWAY, Donna. Naturezas-culturas emergentes; Histórias das raças (trechos
selecionados: introdução do capítulo; Uma categoria só sua; A partir de “Notas da filha de um jornalista
esportivo”, junho de 2000). In: Manifesto das espécies companheiras: Cachorros, pessoas e alteridade
significativa. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021. p. 9-33; p. 75-77; p. 100-114.
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Leitura complementar: HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: Ciência, tecnologia e feminismo-


socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz (Org.). Antropologia do ciborgue: As vertigens do
pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2016. p. 35-118.

UNIDADE II – A ESCRITA DA HISTÓRIA NA CONTEMPORANEIDADE: PERCURSOS E DESAFIOS

Parte 1 – Projetos historiográficos do século XX


27/05: A história social: ascensão...
Leitura obrigatória: BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais: A longa duração. Revista de História,
v. XXX, n. 62, p. 261-294, abr./jun. 1965.
Leituras complementares: FEBVRE, Lucien. Frente ao vento: Manifesto dos novos Annales. In:
Combates pela história. Lisboa: Presença, 1989. p. 42-50.
LE GOFF, Jaques; NORA, Pierre. Apresentação a Faire de l’histoire. In: NOVAIS, Fernando A.; SILVA,
Rogerio F. da (Org.). Nova História em perspectiva. V. 1. São Paulo: Cosac Naify, 2011. p. 123-127.
LÉVI-STRAUSS, Claude. História e etnologia. In: Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
p. 13-40.

03/06: ...reconfigurações...
Leitura obrigatória: WALSHAM, Alexandra. Rough Music and Charivari: Letters between Natalie
Zemon Davis and Edward Thompson, 1970-1972. Past and Present, v. 235, n. 1, p. 243-262, May 2017
(será disponibilizada uma tradução do texto).
Leituras complementares: DAVIS, Natalie Zemon. Prefácio; Introdução. In: O retorno de Martin Guerre.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 9-11; p. 17-21; p. 160-161 (notas).
REVEL, Jacques. Microanálise e construção do social. In: REVEL, Jacques (Org.). Jogos de escalas: A
experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1998. p. 15-38.
THOMPSON, E. P.. Rough Music (seções I e IV). In: Costumes em comum: Estudos sobre a cultura
popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 353-369; p. 392-397; p. 470-475 (notas);
p. 481 (notas).

10/06: ...e queda (?)


Leituras obrigatórias: CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados, v. 5, n. 11,
p. 173-191, jan./abr. 1991.
LORIGA, Sabina. Prefácio. In: O pequeno X: Da biografia à história. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. p.
11-16.
Leituras complementares: GEERTZ, Clifford. Uma descrição densa: Por uma teoria interpretativa da
cultura. In: A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. p. 3-21.
LEVI, Giovanni. Usos da biografia. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (org.). Usos &
abusos da história oral. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2000. p. 167-182.

Parte 2 – Embates do presente


17/06: Estranhar a historiografia: Mulher(es), gênero(s), sexualidade(s)
Data-limite para preenchimento do relato de experiência e do formulário de feedback sobre o
acompanhamento da atividade com a Wikipédia
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Leituras obrigatórias: AGARWAL, Kritika. What is Trans History? From Activist and Academic Roots, a
Field Takes Shape. Perspectives on History, May 2018 (será disponibilizada uma tradução do texto).
BUTLER, Judith. Introdução: Agir em conjunto. In: Desfazendo gênero. São Paulo: Ed. Unesp. 2022. p.
11-36.
Leituras complementares: PRECIADO, Paul B.. Eu sou o monstro que vos fala: Relatório para uma
academia de psicanalistas. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
SCOTT, Joan W.. Os usos e abusos do gênero. Projeto História, n. 45, p. 327-351, dez. 2012.

24/06: Eurocentrismos e nacionalismos em questão: Perspectivas latino-americanas


Leitura obrigatória: SERULNIKOV, Sergio. El secreto del mundo: Sobre historias globales y locales en
América Latina. História da Historiografia, v. 13, n. 32, p. 147-184, jan./abr. 2020.
Leituras complementares: DUTRA, Eliana de Freitas. “Se existo não sou um outro”: Os desafios de ser
América Latina. In: DUTRA, Eliana de Freitas; MYERS, Jorge (Org.). Continente por definir: As ideias de
América no século XX. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2022. p. 27-78.
SÁBATO, Hilda. Historia latinoamericana, historia de América Latina, Latinoamérica en la historia.
Prismas, v. 19, n. 2, p. 135-145, jul./dic. 2015.

01/07: Novos “fins da história”? Negacionismos e catástrofe ambiental


Leituras obrigatórias: AVILA, Arthur Lima de. Qual passado escolher? Uma discussão sobre o
negacionismo histórico e o pluralismo historiográfico. Revista Brasileira de História, v. 41, n. 87, p. 161-
184, maio/ago. 2021.
DANOWSKI, Deborah. Negacionismos. São Paulo: n-1, 2018. Disponível em: https://issuu.com/n-
1publications/docs/cordel_negacionismos.
Leituras complementares: DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O fim do mundo
como acontecimento fractal. In: Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis:
Cultura e Barbárie; Instituto Socioambiental, 2017. p. 130-147.
TURIN, Rodrigo. Antropoceno e futuros presentes: Entre regime climático e regimes de historicidade
potenciais. Topoi, v. 24, n. 54, p. 703-724, set./dez. 2023.

AVALIAÇÕES

Trabalho com verbetes na Wikipédia


Em grupos de 3 a 5 pessoas, vocês deverão redigir um verbete biográfico sobre uma historiadora que
ainda não conte com uma página na edição em português da Wikipédia. Os nomes serão escolhidos
coletivamente pela turma na aula do dia 18/03. Cada grupo deverá necessariamente trabalhar com
biografadas distintas.
A atividade será desenvolvida ao longo de todo o semestre e contará com o apoio técnico da equipe
do Projeto Mais Teoria da História na Wiki, incluindo horários para monitoria.
A entrega do trabalho terá duas partes:
1) Entrega parcial de uma página de testes do verbete biográfico a ser criado na Wikipédia: até
06/05 (segunda-feira).
2) Entrega final de uma versão revista do texto, incluindo a publicação no domínio principal:
até 10/06 (segunda-feira).
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Material de apoio: Manual para a escrita de biografias na Wikipédia:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Manual_para_a_escrita_de_biografias_na_Wikip%C3%A9
dia.pdf
Cartilha Wikipédia e as biografias de pessoas LGBTQIAP+:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wikip%C3%A9dia_e_as_biografias_de_pessoas_LGBTQIAP
%2B.pdf
Manual sobre uso de imagens na Wikipédia:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Manual_sobre_uso_de_imagens_na_Wikip%C3%A9dia.pdf
Projeto Mais Teoria da História na Wiki: https://maisteoriadahistorianawiki.com.br/ /
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Projeto_Mais_Teoria_da_Hist%C3%B3ria_na_Wiki

Ensaio
Em grupos de 3 a 5 pessoas, vocês deverão elaborar um ensaio sobre uma obra literária,
relacionando-a com os debates realizados ao longo do curso. O ensaio deverá dialogar com, no
mínimo, dois textos obrigatórios da disciplina e um item da bibliografia de apoio listada a seguir.
O formato do ensaio é livre, mas todas as referências empregadas deverão ser claramente
identificadas. Qualquer forma de plágio será severamente penalizada.
Os ensaios que consistirem em textos deverão, obrigatoriamente, propor experimentações narrativas
e/ou ser redigidos tendo em vista o diálogo com públicos ampliados – ou seja, as avaliações não
deverão ser apresentadas como trabalhos acadêmicos convencionais. Boas fontes de inspiração
podem ser encontradas no portal HHMagazine: https://hhmagazine.com.br/
Caso o grupo opte por um formato não textual (podcast, vídeo, ensaio visual etc.), recomenda-se que
a bibliografia utilizada seja apresentada em um documento à parte.
Espera-se que os trabalhos demonstrem domínio das leituras do curso, capacidade de argumentação
e aptidão para refletir de forma autônoma sobre a historiografia, seus questionamentos teóricos e as
relações da história acadêmica com outras formas de elaboração da experiência temporal.
Os trabalhos deverão ser entregues por meio do Moodle até o dia 01/07 (segunda-feira).
O grupo deverá consultar previamente a professora caso deseje analisar uma obra que não conste da
lista abaixo.

Obras sugeridas:
ALMEIDA, Djaimilia Pereira de. Luanda, Lisboa, Paraíso. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
D’SALETE, Marcelo. Angola Janga: Uma história de Palmares. São Paulo: Veneta, 2017.
ELTIT, Diamela. Jamais o fogo nunca. Belo Horizonte: Relicário, 2017.
FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de memórias coloniais. São Paulo: Todavia, 2018.
HERINGER, Victor. O amor dos homens avulsos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
JAFFE, Noemi. O que ela sussurra. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
KUCINSKI, Bernardo. K. Relato de uma busca. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
MERUANE, Lina. Tornar-se Palestina. Belo Horizonte: Relicário, 2019.
PEETERS, Frederik. Pílulas azuis. São Paulo: Nemo, 2015.
POLESSO, Natalia Borges. A extinção das abelhas. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
TENÓRIO, Jeferson. O avesso da pele. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
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VERUNSCHK, Micheliny. O som do rugido da onça. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

Bibliografia de apoio:
AZOULAY, Ariella Aïsha. Arte que destrói o mundo comum. Piseagrama, n. 15, p. 46-55, 2021.
Disponível em: https://piseagrama.org/artigos/arte-que-destroi-o-mundo-comum/
DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivências. In: Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2011. p. 45-65.
DUTRA, Eliana de Freitas. Performances no mundo do livro: Entre a história, a memória e a ficção.
Topoi, v. 21, n. 45, p. 705-731, set./dez. 2020.
FUKS, Julián. O que é o romance? In: Romance: História de uma ideia. São Paulo: Companhia das Letras,
2021. p. 11-32.
JABLONKA, Ivan. Da não ficção à literatura-verdade. In: A história é uma literatura contemporânea:
Manifesto pelas ciências sociais. Brasília: Ed. UnB, 2021. p. 281-320.
LACAPRA, Dominick. História e o romance. Revista de História, n. 2/3, p. 107-124, 1991.
LORIGA, Sabina. Memória, história e literatura. ArtCultura, v. 19, n. 35, p. 19-30, jul./dez. 2017.
PINTO, Júlio Pimentel. Do fingimento à imaginação moral: Diálogos entre história e literatura. Tempo,
v. 26, n. 1, p. 25-42, jan./abr. 2020.
ROSENZWEIG, Roy. As potencialidades do hipertexto para as revistas acadêmicas. In: Clio conectada:
O futuro do passado na era digital. Belo Horizonte: Autêntica, 2022. p. 205-213.
STAROBINSKI, Jean. É possível definir o ensaio? Remate de Males, v. 31, n. 1-2, p. 13-24, jan./dez. 2011.
TURIN, Rodrigo. A polifonia do tempo: Ficção, trauma e aceleração no Brasil contemporâneo.
ArtCultura, v. 19, n. 35, p. 55-70, jul./dez. 2017.
WHITE, Hayden. Enredo e verdade na escrita da história. In: MALERBA, Jurandir (Org.). A história
escrita: Teoria e história da historiografia. São Paulo: Contexto, 2006. p. 191-210.

Discussão de textos
Vocês deverão encarregar-se da discussão crítica dos textos durante uma aula da Unidade I e outra
da Unidade II. Em cada encontro, espera-se que as pessoas responsáveis façam não um resumo das
leituras, mas sim problematizações e reflexões críticas, propondo questões para o debate da turma.

Distribuição dos pontos


Atividade de redação de verbetes na Wikipédia: 40 pontos (20 pontos para a entrega parcial; 10
pontos para a entrega final; 5 pontos para o preenchimento de cada formulário)
Ensaio: 40 pontos
Discussões de textos (um da Unidade I e um da Unidade II): 10 pontos (5 pontos cada)
Participação nas aulas ao longo do curso: 10 pontos

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