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Licenciatura em História

Introdução ao estudo da História


1º Período. Carga Horária: 80 h/a.; Carga horária semanal: 4 h/a.

1° semestre letivo de 2023 (08/05 a 01/10).


Aulas às quintas, 18h15-21h25.
Professor José Ernesto Moura Knust. Contato: zeknust.iff@gmail.com

EMENTA

Conceitos básicos e instrumentos fundamentais da análise histórica; Fontes, Objetos e Métodos da História;
A História e seu campo de estudos: o debate acerca da cientificidade da História; O ofício do historiador;
Perspectivas Historiográficas; Tempo, Narrativa e Fato Histórico.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Conhecer os elementos necessários para a compreensão do conhecimento histórico a partir da comparação das
diferentes propostas teóricas e metodológicas presentes na historiografia ao longo de sua história de
constituição.

Objetivos Específicos:
- Analisar as questões específicas do conhecimento histórico.
- Compreender os diferentes significados e sentidos do termo História no tempo.
- Conhecer as noções fundantes da disciplina histórica.
- Identificar as escolas históricas mais significativas e seus debates.
- Refletir sobre os procedimentos de pesquisa histórica

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade 1: Narrativa, História e Tempo


- Definição de História.
- História, Narrativa e Consciência Histórica.
- História, Tempo e Regimes de Historicidade.

Unidade 2: História Memória e Verdade.


- História e Memória.
- História, Registro e Fato Histórico.
- História e Poder.
- História, versão e Verdade.

Unidade 3: História, teoria e método.


- Fonte histórica, documento e monumento.
- Metodologia da História.
- História e Teoria.
- Escolas historiográficas nos séculos XIX, XX e XXI.
Plano de curso: Introdução ao Estudo da História  1º semestre de 2023 – Professor José Knust
CRONOGRAMA

Unidade 1 – Narrativa, História e Tempo.


11/05 Apresentação do curso.

Narrativa, História e tempo: questões introdutórias.

18/05 O que é a História?


Texto base:
FRIZZO, Fábio. "História, historiografia e pensamento histórico". In: Uma história do
pensamento histórico do século XIX. Curitiba: InterSaberes, 2018, p.25-41.

Texto de aprofundamento:
BLOCH, Marc. “A História, os homens e o tempo”. In: Apologia da história. Rio de Janeiro: Zahar, 2002,
p.51-68.
Bibliografia complementar:
ARÓSTEGUI, Julio. “História e historiografia: os fundamentos”. [seção: A História, a historiografia e o
historiador]. In: A pesquisa histórica: teoria e método. Bauru: EDUSC, 2006, p.25-54.
GALLIE, Walter. “Narrativa e compreensão histórica”. In: In: MALERBA, Jurandir (org.). História e
narrativa: A ciência e a arte da escrita histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2016, p.137-151
25/05 História e Consciência Histórica.
Texto base:
CERRI, Luis Fernando. “O que é consciência histórica”. In: Ensino de História e Consciência
Histórica. Implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de
Janeiro: FGV, 2011, p.19-55.

Texto de aprofundamento:
HELLER, Agnes. “Presente, passado e futuro”. In: Uma teoria da História. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1993, p.51-67.
Bibliografia complementar:
BARROS, José D’ Assunção. “O tempo, conceitualmente”. In: O tempo dos historiadores. Petrópolis:
Vozes, 2013, p.30-44.
RÜSEN, Jörn. “Pragmática – a constituição do pensamento histórico na vida prática”; “A constituição
narrativa do sentido histórico”. In: Razão Histórica. Teoria da História: os fundamentos da
ciência histórica. 1a reimpressão. Brasília: Editora UNB, 2010, p.53-93, 149-178.
01/06 A experiência humana do tempo e seus regimes de historicidade.
Texto base:
PIMENTA, João Paulo. “Ideias de História”. In: O Livro do Tempo. São Paulo: Edições 70,
2021, p.247-293.

Texto de aprofundamento:
KOSELLECK, Reinhart. Historia Magistra vitae – Sobre a dissolução do topos na história moderna em
movimento. In: Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de
Janeiro: Contraponto, 2006, p.41-60.
Bibliografia complementar:
HARTOG, François. “Tempo, história e a escrita da história: a ordem do tempo”. Revista de História, no
148, 2003, p.9–34.
ROSA, Halmut. “Introdução”. In: Aceleração. A transformação das estruturas temporais da Modernidade.
São Paulo: Editora UNESP, 2019, p.1-65.

Ensaio crítico 1: “Para que serve a História?”


Prazo de entrega: 11/06.

08/06 Feriado Corpus Christi

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Plano de curso: Introdução ao Estudo da História  1º semestre de 2023 – Professor José Knust

Unidade 2 – História, Memória e Verdade.


15/06 Entrega de resultados e feedback do Ensaio Crítico 1.
História, Memória e Registro: questões introdutórias.

22/06 História e Memória.


Textos base:
CANDAU, Joel. “O jogo social da memória e da identidade”. In: Memória e Identidade. São
Paulo: Contexto, 2012, p.105-179.

Texto de aprofundamento:
POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio”. Revista Estudos Históricos v.2, no 3, 1989, pp.3-
15.
Bibliografia complementar:
GRINBERG, Keila. “O mundo não é dos espertos: história pública, passados sensíveis, injustiças
históricas”. História da Historiografia, 12, no 31, 2019, p.145–76.
PERROT, Michelle. “Práticas da memória feminina”. In: As mulheres, ou, os silêncios da história. Bauru:
EDUSC, 2005, p.33-43.
29/06 Registro e “fato histórico”.
Texto base:
CARR, Edward H. “O historiador e seus fatos”. In: Que é história? Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1982, p.36-55.

Texto de aprofundamento:
SCHAFF, Adam. “Os fatos históricos e sua seleção”. In: História e verdade. São Paulo: Martins Fontes,
1978, p.203-238.
Bibliografia complementar:
LOWENTHAL, David. “Como conhecemos o passado”. Projeto História: Revista do Programa de Estudos
Pós-Graduados de História 17, 1998, p.63-201.
06/07 Historiografia e Poder.
Texto base:
TROUILLOT, Michel-Rolph. “O poder na estória”. In: Silenciando o passado: poder e a
produção da história. Curitiba: Huya, 2016, p.19-62.

Texto de aprofundamento:
LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. [Teses IV a IX]. São Paulo: Boitempo, 2005, p.58-
95.
Bibliografia complementar:
CHAKRABARTY, Dipesh. “A póscolonialidade e o artifício da história”. Práticas da História, Journal on
Theory, Historiography and Uses of the Past 11, 2020, p.247–277.
SMITH, Bonnie G. “Introdução”. In: Gênero e história: homens, mulheres e a prática histórica. Bauru:
EDUSC, 2003, p.13-37.
13/07 História, versão e verdade.
Texto base:
GINZBURG, Carlo. “Unus testis – o extermínio dos judeus e o princípio da realidade.” O fio
e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p.210-230.

Texto de aprofundamento:
WHITE, Hayden. “Enredo e verdade na escrita da História”. In: MALERBA, Jurandir (org.). A História
Escrita. Teoria e História da Historiografia. São Paulo: Contexto, 2006, p.191-210.
Bibliografia complementar:
GAGNEBIN, Jeanne Marie. “Verdade e memória do passado”. Projeto História: Revista do Programa de
Estudos Pós-Graduados de História 17, 1998, p.213-221.
SCHAFF, Adam. “Por que reescrevemos continuamente a História?”; “A objetividade da verdade histórica”.
In: História e verdade. São Paulo: Martins Fontes, 1978, p.267-310.

Ensaio Crítico 2: “A quem serve a História?”.


Prazo para entrega: 23/07

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Plano de curso: Introdução ao Estudo da História  1º semestre de 2023 – Professor José Knust

17/07-30/07: Recesso escolar

Unidade 3 – Historiografia, teoria e método.


03/08 Entrega de resultados e feedback do Ensaio Crítico 2.
História, teoria e método: questões introdutórias.

10/08 Fontes Históricas: Documentos e monumentos.


Texto base:
LE GOFF, Jacques. “Documento/Monumento”. In: História e memória. Lisboa: Edições 70,
1982, p.535-549.

Texto de apoio:
BLOCH, Marc. “A observação histórica”. In: Apologia da história. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p.69-87.
Bibliografia complementar:
ARÓSTEGUI, Julio. “Uma teoria da documentação histórica”. In: A pesquisa histórica: teoria e método.
Bauru: EDUSC, 2006, p.488-512.
MOMIGLIANO, Arnaldo. “O surgimento da pesquisa antiquária”. In: As raízes clássicas da historiografia
moderna. São Paulo: Editora UNESP, 2019, p.93-129.
17/08 O método historiográfico.
Texto base:
GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário”. In: Mitos, Emblemas,
Sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p.143-179.

Texto de apoio:
ARÓSTEGUI, Julio. “O processo metodológico na historiografia”. In: A pesquisa histórica: teoria e método.
Bauru: EDUSC, 2006, p.466-488.
Bibliografia complementar:
BLOCH, Marc. “A crítica”. In: Apologia da história. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p.89-124.
MOMIGLIANO, Arnaldo. “Tradição Herodoteana e Tucidideana”. In: As raízes clássicas da historiografia
moderna. São Paulo: Editora UNESP, 2019, p.57-91.
24/08 Historiografia e Teoria.
Texto base:
HUNT, Lynn. “Apresentação: História, cultura e texto”. In: Idem (org). A Nova História
Cultural. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.1-29.

Texto de aprofundamento:
SEWELL Jr., William. “Teoria, história e ciência social”. In: Lógicas da História: teoria social e
transformação social. Petrópolis: Vozes, 2017, p.15-34.
Bibliografia complementar:
BLOCH, Marc. “Análise histórica”; “Capítulo V – sem título”. In: Apologia da história. Rio de Janeiro:
Zahar, 2002, p.125-159.
BURKE, Peter. “Questões centrais”. In: História e teoria social. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p.145-
179.
31/08 A História da Historiografia: um panorama dos dois últimos séculos.

Organização do trabalho final.

07/09 Feriado do dia da Independência.

Encerramento do curso
14/09 Apresentação dos trabalhos finais.

21/09 Entrega de resultados do trabalho final e avaliação do curso.

28/09 Prova final (Av3)

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Plano de curso: Introdução ao Estudo da História  1º semestre de 2023 – Professor José Knust
AVALIAÇÕES
A regulamentação didático-pedagógica do IFF-Macaé estabelece que a avaliação nos cursos de Ensino
Superior deve consistir em duas notas básicas (Av1 e Av2) e uma avaliação de recomposição de nota, que
substituirá a mais baixa das notas básicas em caso de insuficiência de rendimento (média abaixo de 6,0) ou em
caso de não realização de uma das atividades. Ou seja, a Av3 também consiste em segunda chamada caso, por
qualquer motivo, você não realize as atividades da Av1 ou da Av2.

Espírito colaborativo e honestidade acadêmica


Toda a atividade acadêmica desenvolvida neste curso deve estar pautada pelos princípios éticos da colaboração
coletiva e honestidade acadêmicas. Isso significa manter uma relação cordial e cooperativa com suas/seus
colegas de turma assim como com o professor. Esteja preparado para auxiliar suas/seus colegas de turma em
problemas que eles vierem a enfrentar e tenha a certeza de que você terá apoio da turma e do professor para
enfrentar todo problema que afete sua participação no curso. Qualquer dificuldade, seja acadêmica, seja
pessoal, me procure e juntos encontraremos soluções e saídas. Não busque subterfúgios e práticas desonestas
para resolver estes problemas. Evite, sobretudo, as práticas de plágio e cópia, seja de fontes da internet, seja
de seus colegas.

Sobre plágio e cópias


O plágio consiste em tomar para si, com ou sem intenção, o crédito do trabalho de outra pessoa. Esta é uma
das práticas mais corrosivas ao desenvolvimento da aprendizagem e será ativamente combatida neste curso.
Assim, trabalhos com cópias de fontes sem a devida referência bibliográfica serão zerados. Cabe ressaltar que
o plágio e a cópia não ficam caracterizados apenas quando há cópia integral e idêntica do texto. Cópias parciais
e com mera mudança de vocabulário também são irregulares e serão punidas da mesma maneira. O mesmo se
aplica para o uso de ferramentas de geração de texto por inteligência artificial.

Data das atividades e sistema de pontuação:


Data Avaliação Valor
Entrega até 11/06 Ensaio crítico sobre a unidade 1. 5
Av1
Entrega até 23/07 Ensaio crítico sobre a unidade 2. 5
Av2 Apresentação oral em setembro Trabalho final 10
Av3 Entrega até 28/09. Prova sobre a unidade 3 10

Descrição das atividades avaliativas:

Ensaios críticos (Av1)


Para as duas primeiras unidades será cobrado a redação de um ensaio crítico, individual e em casa, com
reflexões que relacionem os temas estudados à uma questão geradora. O objetivo desta atividade é promover
uma reflexão que sintetize as discussões realizadas ao longo das aulas e as leituras da unidade em questão. O
texto deve ser escrito em um editor de textos (word ou equivalente) nas normas da ABNT e conter no mínimo
uma página. Eles deverão ser entregues via moodle em formato .pdf.

Calendário de prazos de entrega e questões geradoras dos ensaios críticos:


11/06
Ensaio crítico sobre a unidade 1: “Para que serve a História?”.
23/07
Ensaio crítico sobre a unidade 2: “A quem serve a História?”.

Trabalho final (Av2)


O trabalho final consiste na produção, por um grupo de 4 ou 5 pessoas, de uma análise de um tema da
historiografia do século XX dentro de uma lista de sugestões que será apresentada posteriormente. Esta análise
deverá ser apresentada de forma oral em setembro (em dias e modelo a combinar com a professora da disciplina
de Leitura e Escrita Acadêmica).

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Plano de curso: Introdução ao Estudo da História  1º semestre de 2023 – Professor José Knust
Prova Final (Av3)
Para aqueles que ainda não tiverem avaliação suficiente para a aprovação ao final da Av2, haverá uma prova
final. As duas questões desta prova serão entregues no dia da entrega de resultados parciais (21/09) e suas
respostas, individuais devem ser entregues até o dia 28/09. Esta atividade também consiste em uma reflexão
que sintetize as discussões realizadas ao longo das aulas e leituras, neste caso referente à terceira unidade. O
texto deve ser escrito em um editor de textos (word ou equivalente) nas normas da ABNT e conter no mínimo
uma página para cada uma das duas questões. Eles deverão ser entregues via moodle em formato .pdf.

Descrição dos critérios de avaliação.


A avaliação destas atividades irá mensurar o nível em que cada estudante se engajou com e foi eficiente no
desenvolvimento das reflexões, debates e atividades propostas. Existem níveis diversos de engajamento e
eficiência possíveis, sendo que quanto maior o envolvimento e eficiência do estudante, melhor será sua
avaliação final no curso. Dois critérios básicos de avaliação serão utilizados: engajamento e eficiência nas
reflexões. “Engajamento” diz respeito ao quanto você estudou e buscou referências para realizar as atividades.
“Eficiência nas reflexões” avaliará a qualidade dos argumentos e ideias que você apresentará.

Engajamento
Avaliação Descrição
Total Utilização plena dos textos obrigatórios e de alguns textos de apoio e complementares e
busca ativa por outros textos não indicados.
Pleno Utilização plena dos textos obrigatórios e de alguns textos de apoio e complementares.
Alto Utilização plena dos textos obrigatórios.
Mediano Utilização parcial dos textos obrigatórios.
Baixo Pouca utilização de referências.

Eficiência
Avaliação Descrição
Brilhante Elaboração de ideias extraordinárias sobre o tema a partir da identificação correta das
questões centrais e de uma utilização original do material de referência.
Instigante Elaboração de boas ideias sobre o tema a partir da identificação correta das questões centrais
sobre o tema trabalhado e de sua relação com o material utilizado.
Precisa Identificação correta das questões centrais sobre o tema trabalhado e relação consistente
com o material utilizado.
Correta Elaboração apenas de ideias básicas presentes no material utilizado sem relacioná-las
apropriadamente com as questões centrais do tema trabalhado.
Problemática Elaboração de ideias equivocadas ou com problemas de desenvolvimento lógico sobre o
tema trabalhado.

O cruzamento de sua avaliação nestes dois critérios determinará um nível de avaliação e pontuação:
Matriz de avaliação Nível de eficiência nas reflexões
Brilhante Instigante Precisa Correta Problemática
Total Perfeito Excelente Ótimo Muito bom Bom
Engajament
Nível de

Pleno Excelente Ótimo Muito Bom Bom Regular


Alto Ótimo Muito Bom Bom Regular Suficiente
o

Mediano Muito Bom Bom Regular Suficiente Insuficiente


Baixo Bom Regular Suficiente Insuficiente Reprovável

Relação entre avaliação e pontuação:


Avaliação Pontuação Avaliação Pontuação
Perfeito 100% Regular 70-79%
Excelente 95-99% Suficiente 60-69%
Ótimo 90-94% Insuficiente 50-59%
Muito bom 85-90% Reprovável <50%
Bom 80-84%

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