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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Ementa:
1) O conceito de história
2) Pesquisa e escrita da história
3) O campo histórico e os gêneros da historiografia contemporânea
4) Problemas teóricos fundamentais
Programa:
• Explorar os conceitos de história e historiografia
• Refletir sobre o papel da pergunta no processo da pesquisa
• Compreender os fundamentos da heurística e da crítica históricas
• Compreender teoricamente a relação entre pesquisa histórica e escrita da história
• Analisar a relação entre os gêneros historiográficos e os diferentes tipos de experiência do
passado
• Explorar a relação entre gêneros historiográficos e práticas disciplinares
• Apresentar o problema da construtividade/narratividade do conhecimento histórico
• Discutir o problema do tempo histórico
• Discutir o tema da utilidade e dos usos da historiografia
Avaliações: Serão três avaliações ao longo do semestre, cada uma valendo 100 pontos. A menção
final será atribuída a partir da média das três avaliações.
Para a primeira avaliação, os alunos deverão responder a duas questões sobre os textos
selecionados para o curso. As respostas deverão ser entregues por escrito (entre 200 e 300 palavras)
até 24 horas antes das aulas em que os textos serão discutidos. Essas respostas serão lidas e
discutidas pelos alunos durante as respectivas aulas. A atribuição dos textos/questões a cada aluno
seguirá a ordem da lista de matrícula.
A segunda avaliação consistirá na apresentação de um seminário sobre um dos seguintes
livros de Michel Foucault:
1) Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão...;
2) Herculine Barbin. O diário de um hermafrodita.
Os seminários serão apresentados em grupo e cada grupo deverá entregar um texto de até seis
laudas sobre o livro selecionado.
A terceira avaliação consistirá na apresentação de um seminário em grupo sobre um dos
seguintes projetos relacionados à memória, ambos com forte presença na mídia e nas redes sociais:
1) “demonumenta” [http://demonumenta.fau.usp.br];
2) “Memorial da Resistência” [http://memorialdaresistenciasp.org.br/].
Além do seminário em grupo, cada aluno deverá entregar um ensaio final (entre quatro e seis
laudas) que articule a reflexão sobre esses projetos a pelo menos dois textos lidos durante o curso.
Orientações para a formatação das avaliações: Times new roman tamanho 12, espaçamento
1,5, margens 2,0 cm, referências completas em notas de rodapé.
Critérios de avaliação: coerência argumentativa; conhecimento dos textos; capacidade de
encadeamento dos textos em função dos conteúdos estudados; consistência estilística e controle
da norma culta;
Cronograma
Avaliação 01
(continuada)
11 14/07 POMATA, Gianna. “History, Particular and
O campo histórico... Universal: On Reading Some Recent Women’s
History Textbooks”, p. 6-50.
12 19/07 AVELAR, Alexandre. “A biografia como escrita da
O campo histórico... História: possibilidades, limites e tensões”, p. 157-
172.
Avaliação 01
(continuada) CHARBEL, Felipe. “Modos de existir pelas
palavras. Sobre a prática de escrever diários em
momentos violentos da história”, p. 20-21.
13 21/07 O campo histórico... AVELAR, Alexandre. “A biografia como escrita da
História: possibilidades, limites e tensões”, p. 157-
Avaliação 01 172.
(continuada)
CHARBEL, Felipe. “Modos de existir pelas
palavras. Sobre a prática de escrever diários em
momentos violentos da história”, p. 20-21.
14 26/07 O campo histórico... SALOMON, Marlon. “Isso não é um livro de
história”: Michel Foucault e a publicação de
Avaliação 01 documentos de arquivos, p. 229-252.
(continuada)
FOUCAULT, Michel. “A vida dos homens
infames”, p. 203-222.
15 28/07 O campo histórico... SALOMON, Marlon. “Isso não é um livro de
história”: Michel Foucault e a publicação de
documentos de arquivos, p. 229-252.
Bibliografia obrigatória:
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Trad. Julia Romeu. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.
AVELAR, Alexandre. “A biografia como escrita da História: possibilidades, limites e tensões”.
Dimensões, vol. 24, 2010, p. 157-172.
BEIGUELMAN, Giselle. “Deep Nostalgia e o falseamento profundo da história pelas IAs”. Zum,
Instituto Moreira Salles, mar. 2021, disponível em: https://revistazum.com.br/colunistas/deep-
nostalgia/
BLOCH, Marc. Apologia da história. Ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BOYM, Svetlana. “Mal-estar na nostalgia”. História da Historiografia. Ouro preto, n. 23, 2017, p. 153-
165.
CHARBEL, Felipe. “Modos de existir pelas palavras. Sobre a prática de escrever diários em
momentos violentos da história”. Suplemento Pernambuco, n. 20, jan. 2020, p. 20-21.
FOUCAULT, Michel. “A vida dos homens infames” Ditos e escritos IV - Estratégias, poder-saber 2.
ed.Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 203-222.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais. Morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras.
HARTOG, François. Evidência da história. O que os historiadores veem. Trad. Guilherme João de Freitas
Teixeira. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2017.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Vários tradutores. Belo
Horizonte: Editora Autêntica, 2013.
KOYRÉ, Alexandre. “Filosofia da História”. In: SALOMON, Marlon (org.). Alexandre Koyré:
historiador do pensamento. Goiânia: Almeida & Clément Edições, 2010, p. 49-61.
NORA, Pierre. “Entre memória e história: a problemática dos lugares”. Trad. Yara Aun Khoury.
Proj. História. São Paulo, v. 10, 1993, p. 7-28.
PAZ, Octavio. A busca do presente. Trad e org. Eduardo Jardim. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo,
2017.
POMATA, Gianna. “History, Particular and Universal: On Reading Some Recent Women’s
History Textbooks”. Feminist Studies, v. 19, n. 1, p. 6-50, 1993.
SALOMON, Marlon. “Isso não é um livro de história”: Michel Foucault e a publicação de
documentos de arquivos. Topoi (Rio de Janeiro). 2019, v. 20, n. 40, pp. 229-252.
Bibliografia complementar:
ASSIS, Arthur. “Por que se escrevia a história? Sobre a justificação da historiografia no mundo
ocidental pré-moderno”. In: SALOMON, Marlon (org.). História, verdade e tempo. Chapecó: Argos,
2011, p. 105-132.
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As escolas históricas. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
CATROGA, Fernando. Memória, história e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2015.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017.
CHAKRABARTY, Dipesh. “O clima da história: quatro teses”. Sopro, n. 91, 2013, p. 1-22.
DASTON, L. Historicidade e objetividade. Organização: Tiago Santos Almeida & Francine Iegelski.
São Paulo: LiberArs, 2017.
DAVIS, Natalie Zemon. O retorno de Martin Guerre. Trad. Denise Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1987.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. 2ª ed. Trad. Elisa
Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma Tannus
Muchail. 8ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GATTINARA, Enrico Castelli. Les inquiétudes de la raison: Epistémologie et histoire en France dans l'entre-
deux-guerres. Paris: Vrin, 1998.
GOUDI, Jo; ARMITAGE, David. Manifesto pela história. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
HACKING, Ian. Historical Ontology. Cambridge: Harvard University Press, 2002.
HARTOG, François. Crer em história. Trad. Camila Dias. Belo Horizonte: Autentica Editora,
2017. – (Coleção História & Historiografia).
JABLONKA, Ivan. History is a contemporary literature : manifesto for the social sciences. Trad. Nathan J.
Bracher. Londres: Cornell University Press, 2018.
JENKINS, Keith, MORGAN, Sue e MUNSLOW, Alun. Manifestos for History. Nova York:
Routledge, 2007.
KLEINBERG, Ethan. SCOTT, Joan W., WILDER, Gary [Coletivo Wild On]. Teses sobre teoria e
história. Tradução de André de Lemos Freixo e João Munhoz Ohara, 2018.
LE GOFF, Jacques; CHARTIER Roger; REVEL, Jacques (orgs.). A história nova. Trad. Eduardo
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MALERBA, Jurandir (org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo, Contexto,
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MARROU, Henri I. Do conhecimento histórico. Lisboa: Aster, [s.d.].
MARTINS, Estevão de Rezende (org.). História pensada: teoria e método na historiografia europeia do século
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POMATA, Gianna e SIRAISI, Nancy G. Historia: Empiricism and Erudition in Early Modern Europe.
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PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Trad. de Guilherme João de Freitas Teixeira. Belo
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VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Brasília: Ed. UnB, 2014.